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Aula_09_-_Orçamento_nas_Instituições_Públicas

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ORÇAMENTO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Aula 09
Prof. Vinicius
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Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas
A LRF determina que até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Receita pública - Previsão e Arrecadação (Art. 11 a 13 da LRF)
É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação, sendo vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe este procedimento, no que se refere aos impostos.
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Renúncia de Receita (Art. 14 da LRF)
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
►demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais; 
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►estar acompanhada de medidas de compensação, no exercício em que se inicia e nos dois seguintes, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Essas limitações não se aplicam a:
• às alterações das alíquotas dos impostos de importação, exportação, produtos industrializados (IPI) e operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
• ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. 
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A renúncia de Receita antes da LRF
Leis do Município de Passos - MG 
(Revogadas tacitamente)
Lei nº 2.153, de 1º de julho de 1999
Ementa: Dispõe sobre a concessão de reduções do IPTU, para os exercícios de 1998 e 1999 e dá outras providências. 
“Art. 1º Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a conceder redução de 80% (oitenta por cento) sobre Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, referente aos exercícios de 1998 e 1999 para os proprietários de imóveis a seguir especificados: I - pessoa jurídica devidamente registrada no Cadastro Geral de Contribuintes; II - pessoa física que esteja no estado de pobreza, viuvez, ou na condição de invalidez permanente”.
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“Art. 3º Os pagamentos do IPTU, já efetuados pelos contribuintes beneficiários desta Lei, confrontados com o novo cálculo do tributo efetuado na forma do artigo 1º, devendo o acerto da diferença ocorrer, sem acréscimos, até o dia 30 de agosto de 1999. 
§ 1º Se do acerto da diferença restar imposto a pagar serão expedidas guias complementares para quitação até o último dia do prazo para pagamento;
§ 2º Se for apurado excesso de pagamento, o valor excedente será compensado na quitação do tributo para os exercícios posteriores, sem qualquer acréscimo ou redução.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário”.
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Lei nº 2.156, de 30 agosto de 1999.
Ementa: Autoriza o poder executivo a criar o bônus de pontualidade e dá outras providências. 
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Bônus de Pontualidade a todos os contribuintes do Imposto Predial Territorial Urbano e Taxas de Serviços. 
§ 1º A bonificação que se refere no art. 1º é de 15%. 
§ 2º Só terá direito a esta bonificação o contribuinte que tiver quitado este tributo, no exercício anterior, na data correta.
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• É de observar que anteriormente a LRF, a renúncia de receita era totalmente sem qualquer ação planejada. 
• Renunciar receita não é proibido em Lei. 
• Com o advento da LRF, alguns requisitos devem ser observados previamente à renúncia de receita, ou seja, que dentro da estimativa da receita a mesma já esteja prevista ou qualquer outra medida de compensação (elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição).
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Despesa pública (Art. 15 e 16 da LRF)
Pela LRF, são consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam ao seguinte:
• A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: 
• estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes; 
• declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
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Considera-se:
 Adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; 
- Compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. 
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As limitações anteriores, constituem condição prévia para:
• empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras; 
• desapropriação de imóveis urbanos com o pagamento de indenizações.
A LRF, em relação a despesa total com pessoal, estabelece que é nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não apresente estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes e a declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
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Transparência, Controle e Fiscalização
Este tópico reúne todos os comandos normativos necessários à confecção e à divulgação de relatórios e demonstrativos ligados às atividades de condução das finanças públicas, estabelecendo regras e procedimentos de fiscalização, controle e avaliação do grau de sucesso obtido na administração das finanças públicas, particularmente sob o prisma das normas previstas na LRF.
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Transparência na Gestão Fiscal
Nesta seção, verifica-se a existência de dois blocos normativos distintos: um de caráter geral, dedicado à explicitação dos instrumentos de transparência na gestão fiscal; outro, específico, voltado às contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo.
Para efeito da LRF, consideram-se instrumentos de transparência:
╚ Os planos, os orçamentos e a lei de diretrizes orçamentárias;
╚ As prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
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╚ Relatório Resumido da Execução Orçamentária e a sua versão simplificada;
╚ Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada.
A transparência da gestão pública exige também o incentivo à participação popular e pela realização de audiências públicas, tanto durante a elaboração como no curso da discussão dos planos, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos.
Por sua vez, as contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo devem estar à disposição do público, no âmbito tanto do respectivo Poder Legislativo como do órgão técnico responsável por sua elaboração.
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 Atenção! 
Há 2 anos, em foi sancionada a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009 que acrescentou dispositivos à Lei Complementar nº 101/2000 (LRF), a fim de determinar a disponibilização em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.
A nova
Lei alterou o art. 48 da LRF e ainda acresceu os arts. 48-A, 73-A, 73-B e 73-C.
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Art. 48.............
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.” (NR) 
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Art. 2º A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 48-A, 73-A, 73-B e 73-C: 
“Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: 
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; 
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II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.” 
“Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar.” 
“Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: 
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I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes; 
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; 
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes. 
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.” 
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“Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3º do art. 23.” 
LRF, art. 23, § 3º, inciso I: receber transferência voluntária.
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
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§ 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
I - existência de dotação específica.
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Transferências voluntárias 
Transferências voluntárias consistem na entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal, ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (Lei Complementar nº 101/2000, art. 25). 
Instrumentos de transferências voluntárias 
Conforme visto no capítulo introdutório, atualmente, existem dois instrumentos que podem ser utilizados para a formalização das transferências voluntárias: o termo de convênio e o contrato de repasse. 
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Convênio
Convênio é qualquer instrumento que discipline a transferência de recursos públicos e tenha como partícipe órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista que estejam gerindo recursos dos orçamentos da União, visando à execução de programas de trabalho, projeto, atividade ou evento de interesse recíproco com duração certa, em regime de mútua cooperação (IN 01/97 - STN, art. 1º, caput, e § 1º, I). 
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Contrato de repasse é o instrumento utilizado para a transferência de recursos da União para Estados, Distrito Federal ou Municípios, por intermédio de instituições ou agências financeiras oficiais federais, destinados à execução de programas governamentais.
A partir da formalização do termo de cooperação, a transferência dos recursos será efetuada mediante contrato de repasse, do qual constarão os direitos e obrigações das partes, inclusive quanto à obrigatoriedade de prestação de contas perante o Ministério competente para a execução do programa ou projeto. 
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Homepage da Câmara Municipal de Passos
Atendendo determinação e da entrada em vigor da Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009.
Portal da Transparência
<http://www.camarapassos.mg.gov.br>
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