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APOSTILA DE DENTISTICA ADESIVA

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APOSTILA DE DENTÍSTICA ADESIVA
1. SISTEMA ADESIVO
- A filosofia de preparos mais conservadores só foi possível graças ao mecanismo de adesão dos materiais restauradores. A técnica adesiva é utilizada para alterar forma dos dentes; restaurações estéticas; fixar restaurações indiretas de resina, cerâmica, metal, colagem, braquetes e bandas da ortodontia; colar fragmentos de dentes fraturados; reconstrução de núcleos para coroas, selar superfície dentinária exposta e restaurar cáries cervicais.
1.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ADESÃO
A adesão da resina composta ao esmalte garante uma retenção adequada e também uma diminuição da microinfiltração em volta das margens de esmalte. A resina ainda vai promover um reforço cuspídeo já que os dentes tornam-se frágeis em qualquer preparo. A resina sofre contração de polimerização e com isso desenvolve tensões. Entretanto quando a resina é aderida a uma única parede esta tensão é aliviada pelo escoamento.
QUANTO MAIS PAREDES A RESINA ESTIVER ADERIDA, MAIOR A TENSÃO E MAIOR O RISCO DE FENDAS NAS RESTAURAÇÕES.
- O condicionamento ácido do esmalte torna uma superfície lisa em uma superfície irregular, aumentando a energia de superfície. A resina é colocada e a formação de pequenos prolongamentos de resina nas porosidades do esmalte é o mecanismo fundamental da adesão das resinas ao esmalte pré-condicionado com ácido fosfórico (30 a 40%).
CONCENTRAÇÕES MAIS ALTAS OU MAIS BAIXAS LEVAM A FORMAÇÃO DE PRECIPITADOS QUE IMPEDEM A QUALIDADE DE UMA ADESÃO.
- O ataque ácido com ácido fosfórico deverá ser por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, isso porque o esmalte é mais mineralizado, logo o tempo de condicionamento deverá ser maior.
- O mecanismo de adesão dos materiais restauradores em dentina se baseia na penetração da resina na densa malha de fibras de colágenas expostas. No seu mecanismo de adesão há alguns empecilhos porque a dentina possui túbulos dentinários, tem grande volume de água e matéria orgânica, há presença de smear layer e após instrumentação smear plug, uma vez que a remoção do smear layer e plug pelo ácido pode aumentar o fluxo do fluido tubular para a superfície interferindo na adesão devido ao fato de existir resinas hidrófobas. Outro ponto importante é o fato da resina sofrer contração e expansão maior que o dente o que pode levar a formação de fendas.
1.2 CARACTERÍSTICAS DOS ADESIVOS DENTÁRIOS
1.2.1 – ÁCIDO
FUNÇÃO -> Remove smear layer, expõe o colágeno inter e peritubular, abre os túbulos dentinários e diminui a energia de superfície na dentina e aumenta a energia de superfície no esmalte.
1.2.2 – PRÍMER
CARACTERÍSTICA -> Solução de monômeros dissolvida em solvente, quando o solvente evapora uma película de monômero fica aderida na superfície do substrato. O solvente (acetona e etanol) pode deslocar a água da superfície dentinária e da extensa malha de fibras colágenas úmidas, promovendo infiltração de monômeros o que pode levar ao aumento da resistência. No esmalte o prímer NÃO é necessário podendo até diminuir a adesão. 
Não faz sentido aplicar prímer no esmalte, pois o seu condicionamento ácido não provoca diminuição da energia de superfície como ocorre na dentina.
FUNÇÃO -> Reveste a parte das fibrilas colágenas expostas pelo ácido, contém moléculas hidrófilas e hidrófobas, restaura a energia de superfície para valores que permitam a resina fluida molhar o substrato.
1.2.3 – ADESIVO
CARACTERÍSTICA -> São monômeros hidrófobos, por isso aplica o prímer que funciona como elo de ligação, se não aplicasse o prímer não haveria adesão porque a dentina é extremamente úmida quando comparada ao esmalte. Dessa maneira a parte hidrofílica do prímer se liga a superfície da dentina condicionada e a parte hidrofóbica dele se liga ao adesivo. 
FUNÇÃO -> Contém moléculas hidrófobas, copolimeriza com as moléculas do prímer, penetra os espaços interfibrilares para dar resistência estrutural a camada híbrida, penetra os túbulos dentinários formando resin tags. Ou seja, A SUA FUNÇÃO É PENETRAR OS ESPAÇOS INTERFIBRILARES DEIXADOS APÓS O CONDICIONAMENTO ÁCIDO E APÓS APLICAÇÃO DO PRÍMER, ATUANDO COMO ARGAMASSA PARA ESTABILIZAR TODA A ESTRUTURA FRÁGIL QUE SÃO AS FIBRAS DE COLÁGENO SEM SUPORTE DE HIDROXIAPATITA. 
OBSERVAÇÕES:
Depois de lavar o ácido as superfícies devem ser deixadas visivelmente úmidas. Se a dentina for secada demais resultará em colobamento das fibrilas colágenas provocando uma inadequada penetração do prímer. Conclui-se que não deve deixar água acumulada na superfície dentinária, pois pode levar a diluição do prímer e resultar em adesão deficiente e nem pode ressecar a dentina demais.
2. RESTAURAÇÕES DIRETAS COM RESINAS EM DENTES POSTERIORES
- As lesões cariosas em dentes posteriores inicialmente se manifestam como mancha branca localizada em cicatrículas e fissuras. Caso os fatores etiológicos forem controlados neste estágio e as condições do meio favorecerem o reequilíbrio mineral; as lesões oclusais em esmalte podem paralisar e permanecer como uma cicatriz da doença que podem ser brancas e ficarem escurecidas, o seu escurecimento se devem ao metabolismo bacteriano que existia naquela região ou devido aos pigmentos de alguns alimentos. 
- O uso de sonda exploradora para diagnosticar lesões cariosas oclusais deve ser evitado pois não diferencia lesões ativas de paralisadas e podem ficar também presas em sulcos sem cárie, pode causar danos em esmalte sadio, pode transportar bactérias de uma fissura infectada para outra não infectada.
- Lesões cariosas em esmalte não podem ser observadas em radiografias. Entretanto a radiografia interproximal é necessária para desvendar cáries ocultas.
- Lesões em esmalte ativas ou inativas não precisam de intervenção restauradora. Se as lesões estiverem ativadas o profissional deve detectá-las e intervir utilizando aplicação tópica de flúor e instruindo o paciente a fazer algumas mudanças nos hábitos alimentares. 
- Entretanto quando a lesão oclusal atinge dentina, dificilmente vai ser detida por métodos não invasivos. A evolução pode ser rápida ou lenta, com presença ou não de cavitação. A maioria são ditas “ocultas”. Já as lesões com cavitação podem ser rasas ou profundas, com fundo amolecido e úmido (representa alta atividade de cárie) ou duro e ressecado (baixa atividade de cárie).
- As lesões podem ser seladas ou restauradas dependendo de sua gravidade. As lesões que envolvem dentina cavitada ou não, cuja a imagem radiográfica a lesão ultrapasse o limite amelodentinária necessitam ser restauradas. 
* LESÕES DE CÁRIE PROXIMAL -> dificuldade no diagnóstico devido a presença de dentes adjacentes, necessitando de uma radiografia interproximal. Elas podem ser ativa ou inativa, entretanto o diagnóstico é difícil. Muitas lesões proximais que apresentam imagem radiográfica envolvendo dentina não apresentam cavidade no esmalte. (Para um diagnóstico preciso é necessário um exame clínico da superfície suspeita, necessitando de separação dental prévia).
* Para restaurar os dentes posteriores com resina deve ser analisado vários fatores:
1 -> tamanho da lesão (a resina é indicada para a restauração de lesões cariosas oclusais, proximais e ocluso-proximais pequenas e médias);
2 -> posição do dente na arcada;
3 -> localização e tipo de contato entre resina e dente antagonista (desgaste maior do contato de restaurações de resina e dente);
4 -> possibilidade de se usar dique de borracha (é recomendável o uso de dique);
5 -> acesso adequado para realizar o preparo cavitário e a inserção do material restaurador (quanto mais distal, mais difícil o preparo e a inserção do material devido ao acesso e visibilidade deficiente);
6 -> extensão vestíbulo-lingual em cavidades proximais (quanto maior for a extensão vestíbulo-lingual maior o risco do material restaurador ficar exposto ao contato direto com o dente antagonista e com isso maior a chance de desgaste e fratura. Essa maior extensão dificulta também a obtenção de contorno adequado nas proximais).
2.1 SELEÇÃO DA RESINA COMPOSTAAs resinas atuais possuem excelente estética e boa resistência ao desgaste.
- As resinas de dentes posteriores devem apresentar radiopacidade igual ou superior a do esmalte. As resinas que liberam flúor são capazes de diminuir a incidência de cáries secundárias. Não é muito indicado resina de micropartículas para dentes posteriores devido a menor resistência.
MELHOR -> resina híbrida com grande quantidade de partículas de carga e com tamanho de partículas médio.
2.2 PROTOCOLO CLÍNICO
- Anti-sepsia bucal;
- Anestesia local;
- Profilaxia dos dentes (escova de Robson, taça de borracha, pasta profilática e jato de bicarbonato);
- Seleção de cores (o dentista pode testar a cor colocando um incremento do material na superfície oclusal e observar se é a certa, faz a polimerização por 60 segundos e observa a superfície umedecida por saliva. É necessário observar também se o esmalte é translúcido muito ou pouco);
- Demarcação dos contatos com os dentes antagonistas (deve ser feita antes de tudo. Devem ser marcados os pontos de contato com o antagonista e se possível essas áreas não devem ser envolvidas);
- Isolamento absoluto do campo operatório;
- Preparo cavitário.
3. RESTAURAÇÃO CLASSE I DE DENTE POSTERIOR
Ocorre envolvimento da parte oclusal do dente.
- O preparo deve ser restrito a área da lesão. Entretanto há situação onde é necessário ampliar o preparo para possibilitar a remoção de dentina cariada. Para a ampliação usa uma broca esférica ou uma ponta diamantada esférica em alta rotação sob refrigeração. Após o acesso à dentina infectada, está deverá ser removida com broca esférica lisa na baixa rotação, as curetas podem ser usadas para auxiliar na remoção da dentina amolecida. A cavidade final na superfície oclusal poderá ser única ou múltipla, ficar parte confinada em esmalte e parte em dentina e com ângulo cavossuperficial nítido e sem bizel.
4. RESTAURAÇÃO CLASSE II DE DENTE POSTERIOR
Envolve a oclusal e a proximal dos dentes.
- A via de acesso à lesão é que vai indicar o tipo do preparo. A via pode ser:
1) Direta -> cavidade estritamente proximal.
2) Através da ameia lingual ou vestibular.
3) Oclusal.
- O preparo exclusivamente proximal é a opção mais vantajosa e mais difícil. O acesso oclusal é visto como última opção, ele pode envolver ou não a crista marginal. O acesso pela crista marginal deve ser realizado com broca esférica lisa na alta rotação para o acesso e preparo da cavidade, ainda podem ser usadas as curetas de dentina.
OBS -> Durante a execução de preparos proximais deve-se tomar cuidado para as brocas não tocarem o dente adjacente. Para evitar protege-se o dente adjacente com uma matriz metálica.
- As cavidades oclusoproximais necessitam de matriz para serem restauradas. A matriz deve conter o material restaurador, a fim de minimizar o acabamento e assegurar a obtenção de forma e contorno proximais adequados. Junto da matriz é necessário o uso da cunha que melhora a adaptação proximal da matriz.
- O condicionamento ácido pode ser realizado antes ou depois de colocar a matriz. Aplica o ácido 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, em seguida lava-o e seca de modo que as paredes da dentina apresente um brilho acetinado. Para evitar a secagem excessiva usa-se bolinhas de algodão e papel absorvente. A aplicação do sistema adesivo deve seguir as orientações do fabricante, usando para aplicação pincéis e microbrush, evitando que o adesivo se acumule nas paredes cavitárias, principalmente no ângulo formado pela matriz e o cavossuperficial. Após a aplicação o adesivo deve-se apresentar brilhante. Aplique um jato de ar leve para volatizar o solvente e a água residual e fotopolimerize.
- A inserção da resina na cavidade deve ser feita em incrementos para que ocorra o alívio das tensões geradas pela contração de polimerização. Se as tensões não forem aliviadas o risco de fratura é maior.
- A técnica de inserção da resina será influenciada pelo tamanho e profundidade da cavidade; tipo de cavidade (oclusal ou proximal); o tipo de matriz; tipo de resina.
OBS -> Os primeiros incrementos de resina colocados na cavidade não devem tocar a região do ângulo cavossuperficial, deixando um espaço correspondente a espessura do esmalte, para ser ocupado depois por uma resina translúcida.
- Após a inserção da resina deve-se usar um pincel para levar as resinas em direção a margem e arredondar as arestas, melhorando assim a adaptação.
- Para a inserção de resinas em cavidades oclusoproximais usa-se a matriz metálica e a técnica de incrementos. Deve-se fazer o preenchimento da classe proximal primeiramente, retirar a cunha e fotopolimerizar, a fotopolimerização deve ser feita tanto pela vestibular quanto pela lingual. Em seguida, faz a restauração da caixa oclusal.
OBS -> A resina deve ser bem polimerizada, pois uma polimerização ineficiente pode resultar na fratura da restauração e alterar a sua adesão a estrutura dental. 
- Os objetivos da inserção e polimerização são diminuir ao máximo a contração de polimerização, maximizar a adaptação marginal e diminuir a infiltração marginal.
4.1 ACABAMENTO E POLIMENTO
- O acabamento e polimento é indicado para que se realize após 24 horas. Deve ser realizado com cuidado. O acabamento deve ser iniciado pelas cristas marginais que poderão ser esculpidas com pontas diamantadas ou discos flexíveis abrasivos. A escultura da superfície oclusal deve ser complementada sob alta velocidade com pontas diamantadas. O acabamento é finalizado com o uso de pontas siliconadas e pastas de polimento.
- Os excessos nas proximais podem ser retirados com lâminas de bisturi.
OBS -> O acabamento inicial deve ser realizado antes da remoção do dique quando a oclusão deverá ser checada.
- A oclusão deve ser ajustada e depois inicia-se o polimento que deve ser iniciado pelas cristas marginais com discos abrasivos. Já o polimento da superfície oclusal poderá ser iniciado com pontas abrasivas siliconadas e ser complementado com pastas abrasivas aplicadas com disco de feltro. 
 
5. PREPARO E RESTAURAÇÃO TIPO TÚNEL
- Preparo com acesso pela oclusal sem danificar a crista marginal e parede proximal de esmalte.
5.1 INDICAÇÕES
- Lesão cariosa na proximal de pré-molares e molares que apresentam crista marginal intacta;
- Lesões cariosas com cavitação na proximal;
5.2 CONTRA-INDICAÇÕES
- Crista marginal rompida pela lesão;
- Possibilidade de acesso proximal mais conservador;
- Lesão proximal que envolva todo o ponto de contato;
- Lesão proximal muito próxima a crista marginal.
5.3 VANTAGENS
- Menor dano ao dente adjacente;
- Melhor acabamento proximal;
- Maior resistência ao dente;
- Preparo mais conservador.
5.4 DESVANTAGENS
- Dificuldade na remoção e visualização do tecido cariado através da pequena abertura da cavidade de acesso oclusal o que aumenta a chance de cárie residual.
5.5 PROTOCOLO CLÍNICO
- Diagnóstico;
- Planejamento;
- Profilaxia;
- Anti-sepsia;
- Anestesia;
- Isolamento absoluto;
- Preparo cavitário tipo túnel -> o preparo deve iniciar com a broca esférica em alta rotação próximo a lesão na fossa. O ponto de acesso oclusal deve ficar aproximadamente 1,5 a 2 mm da crista marginal. Inicialmente a broca deverá ser posicionada em direção a lesão e não paralela ao longo eixo do dente para não remover tecido sadio ou fazer exposição pulpar.
- Após atingir a lesão a broca deve ser movimentada vestíbulo-lingualmente para ampliar a cavidade de acesso oclusal da lesão. A seguir a dentina cariada deve ser removida com brocas esféricas lisas na baixa rotação. A remoção do tecido cariado deve ser realizado com cautela para não fraturar a crista e áreas de esmalte sem apoio.
- Restauração -> condicionamento ácido e sistema adesivo. A resina deve ser condensada dentro do túnel por 60 segundos, fotopolimeriza e em seguida faz o preenchimento até a oclusal. Utiliza matriz e cunha. Após a inserção e fotopolimerização da resina a matriz e a cunha devem ser retiradas e deve-se fazer um acabamento cuidadoso, especialmentena proximal. 
6. RESTAURAÇÕES DIRETAS EM DENTES ANTERIORES (CLASSE III)
- São lesões que ocorrem na superfície proximal de dentes anteriores sem comprometer o ângulo incisal.
- Para diagnostico de tais lesões faz exame clínico, radiografias e separação dental. As lesões cavitadas necessitam ser restauradas, as sem cavitação pode sem tratadas com medidas preventivas.
- Quando as lesões são exclusivamente proximais as lesões devem ser abordadas por acesso direto viabilizado pela separação dental ou por acesso palatino. Tais acesso tem como vantagem: conservação do tecido sadio e eliminação da necessidade de se fazer bizel.
- A abertura da lesão por vestibular deve ser evitada, sendo realizado nos seguintes casos:
1 -> lesão envolvendo a vestibular;
2 -> substituição de restaurações deficientes na vestibular;
3 -> dente mal posicionado na arcada e o acesso palatino implica em grande desgaste de tecido sadio;
4 -> forma de contorno palatina envolvendo a área de ponto de contato com o dente antagonista.
6.1 TÁTICA OPERATÓRIA
- Separação dental;
- Anti-sepsia;
- Anestesia;
- Profilaxia (pasta profilática, taças de borrachas e depois jatos de ar/água);
- Seleção de resina e cores (resina micro-hibridas que garantem superfícies lisas e brilhosas); -> usar luz natural na hora da seleção de cores;
- Isolamento do campo operatório -> melhor opção é o uso do dique de borracha. Não há a necessidade de usar grampos, faz apenas um “stop” de borracha no espaço interdental distal dos dentes do extremo do campo isolado;
OBS -> Classe III pode ser realizado com isolamento relativo.
- Preparo cavitário -> o acesso palatal será realizado se os dentes permitirem acesso direto (diastemas, ausência de dentes e separação dental);
- O preparo de cavidades proximais deve ser o mais conservador possível;
- As brocas esféricas lisas representam a melhor alternativa para o preparo dessas cavidades;
- A forma de contorno será determinada pelo tamanho, local, forma da lesão, da estética e via de acesso à lesão;
- Para lesões estritamente proximais o preparo deve ser restringido a remoção de tecido cariado;
- A cárie deve ser removida em baixa rotação;
- Quando a lesão for estritamente proximal e o acesso for pela palatina, deve-se iniciar o preparo em alta velocidade com broca esférica lisa, ela deve ser posicionada perpendicular ao esmalte, dirigida para o centro da lesão. A seguir, a abertura deve ser ampliada para facilitar a visualização, remoção de tecido cariado e inserção de material. A face proximal do dente adjacente deve ser protegida com tira.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE SE FAZER BIZEL, POIS:
Condicionamento ácido promove retenções necessárias;
Execução de bizel promove desgaste desnecessário;
Bizel pode implicar na exposição do material restaurador a regiões sujeitas a maiores esforços e com maior risco de fracasso por fratura.
- Seleção e estabilização da matriz -> na maioria das vezes uma fita matriz deve ser selecionada e preparada de acordo com o dente a ser restaurado;
- Levar a matriz e a cunha em posição. A cunha deve ser colocada no sentido contrário ao da abertura da cavidade. A cunha vai manter a tira em posição, promover ligeira separação dental e limitar os excessos de material restaurador na margem gengival;
- Condicionamento ácido -> aplicar o ácido de 1 a 2 mm do ângulo cavossuperficial na superfície externo do esmalte, realizar secagem deixando a dentina com um brilho acetinado;
- Passar o sistema adesivo;
- Inserção de resina composta;
- Após a aplicação e fotopolimerização do sistema adesivo, a matriz deverá ser ligeiramente afastada do dente a ser restaurado e a resina deve ser levada no preparo;
- As cavidades pequenas e médias devem ser preenchidas com um único incremento de resina, já as cavidades grandes devem ser preenchidas por incrementos;
- Com cavidades pequenas e médias após o seu preenchimento a matriz deverá retornar em posição original, sem pressão de modo a minimizar excessos na região cervical;
- Acabamento e polimento deverá ser dividido em 3 etapas:
*PROXIMAL -> Iniciado com a lâmina de bisturi para remover excessos na região gengival e completado com o auxílio de tiras de lixas usadas acima do ponto de contato em “S”.
*VESTIBULAR -> Usa-se discos abrasivos seqüenciais. Eles devem ser empregados secos e na baixa rotação.
*LINGUAL -> Usa-se brocas multilaminadas ou pontas diamantadas de granulação fina e em seguida borrachas e pastas abrasivas.
OBS: O acabamento e o polimento da restauração devem ser examinados para que não fique excessos nas marginais, deficiência na forma de contorno, para que fique bem estabelecido os pontos de contato e que não falte material.
UTILIZAR SONDA EXPLORADORA NAS FACES LIVRES E FIO DENTAL NAS FACES PROXIMAIS.
RESTAURAÇÃO DIRETAS EM DENTES FRATURADOS
Para o tratamento de fraturas em dentes anteriores é necessário diagnosticar o tipo de fratura. As fraturas dentais possíveis de serem tratadas por meio de procedimentos restauradores são:
Fratura de esmalte
Fratura de esmalte/dentina
Fratura de esmalte/dentina sem exposição pulpar e sem invadir o espaço biológico;
Fratura de esmalte/dentina sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico;
Fratura de esmalte/dentina com exposição pulpar e sem invadir espaço biológico;
Fratura de esmalte/dentina com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico.
- Em situações de fraturas o psicológico do paciente está abalado. É necessário que se faça um planejamento do procedimento onde se vai observar o tipo da lesão, disponibilidade do fragmento, viabilidade de aproveitamento, idade do paciente, condição endodôntica e qualidade do remanescente dental.
O que fazer?
Identificar o tipo de fratura e sua extensão no sentido apical é fundamental para o plano de tratamento;
Quanto menor a idade do paciente, maior deverá ser o esforço para minimizar o desgaste dental.
1 -> FRATURA COM PRESENÇA DE REMANESCENTE DENTAL SEM EXPOSIÇÃO PULPAR
Após o isolamento e limpeza do dente e fragmento com pasta abrasiva, deve-se fazer o condicionamento ácido, aplicar o sistema adesivo tanto no remanescente dental quanto no fragmento e depois colar o fragmento no remanescente dental.
- Passa sistema adesivo no dente e no fragmento de dente e une os dois e fotopolimeriza. Se ficar espaço após a colagem utiliza uma porção de resina para preencher.
2 -> FRATURA COM EXPOSIÇÃO PULPAR
Após o isolamento e limpeza do dente e do fragmento usa-se uma cureta para se fazer um corte na porção pulpar exposta, inicia-se o sangramento do local que deve ser irrigada com soro fisiológico até que o sangramento pare. Com o cessar do sangramento faz-se o revestimento pulpar que pode ser com hidróxido de cálcio (pó ou pasta) ou com um sistema resinoso. Após faz-se o condicionamento ácido em todos os tecidos dentários.
- Após a lavagem com soro fisiológico e proteger a polpa exposta e a dentina o esmalte deverá ser seco com suaves jatos de ar. Faz-se o condicionamento ácido do esmalte e dentina do fragmento, estendendo o condicionamento cerca de 2 mm do esmalte superficial, lava o fragmento abundantemente. Após a aplicação do sistema adesivo sobre os tecidos condicionados pelo ácido, o fragmento é carregado com uma pequena porção de resina e levado em posição e fotopolimeriza.
VANTAGENS DE SE FAZER COLAGEM DE FRAGMENTOS
- Possibilidade de se obter estética melhor do que uma restauração de resina;
- Resultado geralmente mais duradouro;
- Função mais facilmente restabelecida e mantida pela colagem do fragmento;
- Procedimento mais simples e rápido;
- Não necessita de polimento periodicamente.
DESVANTAGENS DE SE FAZER COLAGEM DE FRAGMENTOS
- Possibilidade de estética pior que de uma restauração;
- Possibilidade do fragmento se desprender;
- Possibilidade do fragmento não readquirir a cor original do dente;
- Possibilidade do profissional colar o fragmento em posição inadequada.
PROTOCOLO CLÍNICO PARA COLAGEM DE FRAGMENTOS
- Profilaxia -> usa-se pasta profilática de granulaçãofina com o auxílio de taça de borracha para limpeza do dente e do remanescente;
- Seleção da cor -> deverá ser da mesma cor do fragmento;
- Anti-Sepsia;
- Anestesia;
- Prova do fragmento -> etapa fundamental para que o clínico memorize a posição correta do fragmento;
- Acesso à margem cervical do remanescente dental -> pode ser obtido apenas com o uso do dique ou em casos mais difíceis usar o grampo 212;
- Isolamento do campo operatório;
- Tratamento da dentina com vitalidade ou polpa exposta para impedir acesso de bactérias e toxinas bacterianas usando hidróxido de cálcio ou ionômero de vidro;
- Preparo do fragmento e do remanescente dental;
- Imobilização do fragmento;
- Procedimento adesivo (colagem) -> deverá ser feita após a escolha do sistema adesivo e resina. Em seguida, uma fita de matriz de poliéster deverá ser instalada nos espaços proximais do dente a ser restaurado a fim de proteger os dentes adjacentes da ação do ácido que deve ser aplicado em dentina e esmalte (cerca de 2 a 3 mm do esmalte externo);
- Lava-se em seguida, protege a dentina com uma bolinha de papel absorvente enquanto o esmalte é seco;
- Aplica-se o prímer/adesivo e após toda superfície está com o sistema adesivo o fragmento imobilizado deverá ser carregado com uma resina composta previamente selecionada e levado na posição para colagem;
- Após o assentamento do fragmento com a resina e certificação que ele se encontra em posição os excessos de resina devem ser removidos e o conjunto adesivo/resina devem ser fotopolimerizados por 60 segundos;
OBS: Nos casos em que houver “janela” na linha de fratura, a união deverá ser feito pelo sistema adesivo e em seguida deverá fechá-la com resina.
RESTAURAÇÃO DE DENTES FRATURADOS
* Manobras Prévias:
- Análise radiográfica
- Cor do remanescente dental
* Seleção do material restaurador (cor e tipo)
- Seleção de cor deve ser feita em dentes limpos e antes de se fazer o isolamento absoluto e sob luz natural
- A cor da dentina deve ser escolhida junto a dentina ou pela região cervical do dente e açor de esmalte deverá ser escolhida no terço médio e incisal
* Isolamento do campo operatório
- Pode ser obtido por isolamento relativo por meio de roletes de algodão, fios retratores e sugadores potentes
* Preparo do dente
- Remoção de tecido cariado
- Não há necessidade de se fazer bizel, pois o condicionamento ácido e o sistema adesivo atuais são eficientes
PROTOCOLO CLÍNICO DE RESTAURAÇÃO DE DENTES FRATURADOS
- Limpeza, profilaxia e colocação da tira matriz;
- Condicionamento ácido e aplicação do sistema adesivo seguida de fotopolimerização;
- Colocação da primeira camada de resina formando a face palatina, para isso pode utilizar a tira de poliéster como apoio
CAMADAS INICIAIS -> cor de dentina
CAMADAS FINAIS -> cor de esmalte
OBS: Durante o condicionamento ácido é necessário proteger o dente vizinho com tira matriz. Caso a superfície for contaminada com saliva ela deve ser recondicionada com ácido.
OBS: O prímer/adesivo deve ser aplicado por 30 segundos a primeira camada e secado com jato de ar leve. A espera é para que o prímer flua pela dentina e o solvente evapore. Passa segunda camada, seca com o ar e fotopolimeriza.
O CONDICIONAMENTO ÁCIDO E A HIBRIDIZAÇÃO COM O SISTEMA ADESIVO PROMOVE O SELAMENTO ADEQUADO CONTRA A MICROINFILTRAÇÃO.
- Seleção, instalação e estabilização do sistema matriz -> a tira ajuda na reprodução das superfícies proximais e palatina -> melhor opção é a matriz transparente;
- A extensão palatal tem que ser pequena e restrinja à cobertura do dente a ser restaurado;
- Para melhor adaptação palatina, usa-se a ponta do dedo indicador, que vai possibilitar a reprodução da cavidade palatina sem muitos excessos;
- Todas as matrizes devem ser estabilizadas com cunhas interproximais que podem ser colocadas antes do condicionamento ácido ou após da polimerização;
- Inserção e polimerização das resinas -> a utilização de espátulas e pincéis ajudam na inserção;
- Para evitar a pré-polimerização a luz do refletor deve ser desligada;
- A resina deve ser forçada contra as margens com uso de uma espátula ou pincel;
IMPORTANTE -> O profissional não deve tocar a camada superficial dos incrementos já polimerizado, pois estes vão apresentar uma película superficial que não polimeriza em função do contato com o oxigênio do ar.
- Após a inserção e fotopolimerização das resinas o sistema matriz pode ser retirado, o isolamento também e fazer o ajuste oclusal;
- O acabamento e polimento proporciona contorno fisiológico que impede o acúmulo de placa bacteriana na restauração e margens, aumenta a resistência da restauração e torna a restauração imperceptível.
O ACABAMENTO E POLIMENTO PODERÃO SER REALIZADOS APÓS O AJUSTE OCLUSAL.
ACABAMENTO
- Primeiro se inicia pela face palatina utilizando brocas multilaminadas ou pontas diamantadas com granulação fina. E pode ser finalizado usando borrachas abrasivas e pontas siliconadas.
- Para o acabamento da superfície vestibular podem ser utilizadas brocas multilaminadas, pontas diamantadas e discos especiais. As pontas e os discos devem ser usados a seco.
- O acabamento proximal deve ser iniciado com a remoção de excessos em nível cervical utilizando lâmina de bisturi que pode ser completado utilizando tiras de lixa (cuidado para não passar no ponto de contato).
POLIMENTO
- O polimento deverá ser feito com sistema de discos flexíveis ou pastas abrasivas aplicados com discos de feltro e taças de borracha. 
- Utiliza-se primeiro pasta de granulação fina e após removida com água e spray usa a pasta de granulação extrafina.
SLOT VERTICAL
Método para haver menor desgaste de tecido dentário sadio.
- A cárie em dentes posteriores na proximal ocorre abaixo do ponto de contato.
- Faz o preparo com as brocas usando por último uma broca esférica para retirada de remanescente da cárie;
- Passa os recortadores margem gengival, retirando os prismas de esmalte sem apoio;
- Se for restaurar com amálgama faz as retenções nas paredes e quando restaura com resina não usa retenções;
- O ângulo cavossuperficial é nítido e sem bizel tanto para amálgama e para resina;
- Para restaurar brune a matriz para possibilitar melhor adaptação.
SLOT HORIZONTAL
Indicado para cáries insipientes. Faz a remoção pela proximal.
- Não há envolvimento do ponto de contato.
- Usa a broca 329 e em seguida para retirar cárie remanescente.
- Usa matriz em “S” e cunha.
SELAMENTO 
Selamento resinoso é um material utilizado para selar cicatrículas e fissuras e para utilizar em cima de restaurações pequenas.
INDICAÇÕES:
- Cicatrículas e fissuras profundas de dentes recém-erupcionados;
- Pacientes que apresentam doenças sistêmicas que implicam em diminuição do fluxo salivar;
- Pacientes que possuem baixa incidência à cáries.

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