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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Departamento de Química QUÍMICA ANALÍTICA II Introdução as aulas prática/teórica Objetivos Geral: Desenvolver uma metodologia analítica que habilite o estudante, através dos conhecimentos específicos, a reconhecer e avaliar os procedimentos alternativos (entre os métodos clássicos) para um problema analítico particular. Específico: Aprendizagem das técnicas fundamentais dos métodos clássicos de análise quantitativa (gravimetria e volumetria), enfatizando os fatores que limitam a precisão e a exatidão de cada método. Disciplina: 5930142 - Química Analítica II - Ementa Docente(s) Responsável(eis) Anderson Rodrigo Moraes de Oliveira Jose Fernando de Andrade Programa - Introdução à análise quantitativa: Definições, objetivos e importância. Amostragem, solubilização de amostras e sua problemática; - A balança analítica e sua utilização: calibração, cuidados e erros de pesagem; - Aparelhagens comuns, reagentes e técnicas usuais de laboratório. Reativos. Material de vidro (limpeza e calibração). Secagem. Meios filtrantes, filtrações e lavagens. Dessecadores e agentes dessecantes. Diferentes tipos de materiais e suas propriedades; - Tratamento de resultados analíticos: Algarismos significativos, operações e regras de arredondamento. Precisão e exatidão. Erros. Tratamento estatístico elementar e exercícios; - Força iônica de uma solução: atividade e coeficiente de atividade. Efeito da força iônica sobre os equilíbrios; - Introdução à gravimetria: Formação e crescimento de precipitados. Digestão, pós-precipitação e coprecipitação. Problemas relacionados ao grau de pureza e pesagem. Colóides; - Análises gravimétricas clássicas e algumas aplicações; - Titulometria: Generalidades. Titulometria baseada em reações de neutralização, precipitação, óxido- redução e complexação. Diferentes metodologias. Indicadores visuais, sua escolha e funcionamento. Curvas de titulação e aplicações práticas; - Resinas de troca iônica: Considerações gerais e aplicações em Química Analítica; - Noções de Análise Térmica (Termogravimetria); - Titulações Potenciométricas; Tipos de curvas e aplicações. Avaliação Método Aulas práticas, aulas expositivas, exercícios e relatórios dirigidos. Critério Três (3) notas de provas parciais escritas (envolvendo teoria e laboratório): P1 (x2) + P2 (x3) + P3 (x3) e Uma (1) nota de laboratório: NL (x2). A nota final MF será a média ponderada das quatro notas anteriores, conforme pesos acima e fórmula: MF = (2P1 + 3P2 +3P3+ 2NL)/10 Norma de Recuperação O aluno deverá obter média cinco (≥5.0), calculada da seguinte forma: M = (4 MF + 6 PR) / 10, na qual: MF = Média final obtida pelo aluno no semestre cursado e PR = prova de recuperação (escrita) abrangendo todo o conteúdo do programa. Nota de Laboratório (NL) Nota do relatório do grupo (A) Nota de acerto das medidas e/ou justificativa adequada do erro obtido (B) Conceito individual de cada aluno (C) NL: A + B + C / 3 Preleção (Sempre na Sala de Aula) Todos os alunos deverão ter em seu caderno de laboratório um ESQUEMA (FLUXOGRAMA) de como conduzirá o experimento a ser realizado naquele dia (Sequencia de etapas) e cálculos quando for o caso. Além disso, poderão existir questões especificas daquele experimento que serão postados no portal. Na prelação, alguns alunos serão arguidos sobre o experimento, valendo nota. Os fluxogramas e as questões deverão ser feitos individualmente e os estagiários PAE revisarão o preparo do experimento. O aluno que não seguir essas recomendações terá sua nota prejudicada na nota final de laboratório. Os relatórios devem ser apresentados como os tópicos a seguir: 1. Capa: contendo o titulo de experimento, nome dos autores, data de realização do experimento e número do grupo. 2. Objetivos: Descrever de forma sucinta e breve os objetivos do experimento sem copiar do roteiro. 3. Resultados experimentais: apresentar os resultados obtidos explicando-os detalhadamente. Utilizar tabelas e figuras numeradas corretamente, apresentar os resultados considerando as limitações das técnicas (algarismos significativos). 4. Conclusão: Apresentar de maneira clara e objetiva as conclusões considerando seus resultados obtidos (bons ou ruins). 5. Bibliografia: apresentar as referências bibliográficas de acordo com a ABNT. 6. Perguntas no final de cada roteiro: responder cada questão do roteiro no final do relatório. Relatórios (entregar para os estagiários PAE na semana seguinte) Comentários Gerais Os relatórios podem ser manuscritos, porém nesse caso legíveis. Cada aluno deve ter seu próprio caderno de laboratório. Preparar o experimento antes da aula. Meio de comunicação (Portal). Consultar a disciplina no Portal e verificar se tem algum recado. Cuidado com apostilas de anos anteriores. Tempo para realização dos experimentos. Tratamento estatístico. Reunião com alunos PAE. Boas práticas de laboratório (EPIs, computadores, etc...). Divisão das Aulas Práticas Quase sempre os experimentos serão realizados em dois dias de aula prática Experimento 1 – Calibração de recipientes volumétricos Experimento 2 – Preparo de Amostras Experimento 3 – Determinação gravimétrica de níquel com DMG Experimento 4 – Volumetria de neutralização. (Parte 1)-Preparação e padronização de um ácido forte e de uma base forte Experimento 4 (parte 2) – Volumetria de neutralização: Aplicações Dia Tópico (tópicos sujeitos a alteração) 05/08 Prof. José Fernando – teoria (2 h) – sala de aula Introdução Geral do laboratório – teoria - (2 h) – sala de aula 12/08 Calibração de material volumétrico 19/08 Preparo de amostras (teoria e Parte 1 do experimento) 26/08 Preparo de amostras (teoria e Parte 2 do experimento) 02/09 Gravimetria (DMG) (teoria e parte 1 do experimento) 16/09 Gravimetria (DMG) (teoria e parte 2 do experimento) 23/09 Titulometria Ácido-Base (parte 1) 30/09 Titulometria Ácido-Base (parte 2) 07/10 Titulometria Precipitação (parte 1) 14/10 Titulometria Precipitação (parte 2) 21/10 Titulometria Redox (parte 1) 04/11 Titulometria Redox (parte 2) 11/11 Potenciometria 18/11 Titulometria de Complexação (parte 1) 25/11 Titulometria de Complexação (parte 2) 02/12 A definir Calibração de Recipientes Volumétricos Experimento 1 O que são recipientes volumétricos ? São recipientes feitos para: Conter um determinado volume TC Dispensar um determinado volume TD Valores de volumes previamente definidos e dentro de uma margem conhecida de variação Pipetas Balão Volumétrico Buretas Micropipetas O que são recipientes volumétricos ? O que é calibrar recipientes volumétricos ? É um processo que tem como objetivo medir a quantidade real de volume que corresponde a quantidade indicada na escala de um instrumento/vidraria Calibração de uma pipeta: 10,00 ml 10,00 ± 0,02 ml Porque calibrar recipientes volumétricos ? Análise química quantitativa Determinar corretamente a concentração de uma determinada substância Os materiais são calibrados antes de serem vendidos? Corrigir algumas influencias laboratoriais Temperatura de análise x temperatura que foi feita a calibração Pipetas Pipetas Pipetas Pipetas Pipetas - Pipetadores Tipo de pipeta (mL) Erro máximo admissível (mL) (±) Tempo mínimo de escoamento (s) 0,50,006 5 1 0,006 10 2 0,006 10 3 0,01 10 4 0,01 10 5 0,01 15 6 0,02 15 7 0,02 15 8 0,02 15 9 0,02 15 10 0,02 15 15 0,03 25 20 0,03 25 25 0,03 25 30 0,05 25 40 0,05 25 50 0,05 25 75 0,08 30 Caracteristicas de pipetas volumétricas classe A Pipetas – Uso correto Micropipetas Uso correto de micropipetas 1 2 3 Aspirando o liquido Desprezando o liquido 1 2 3 1 2 3 Uso correto de micropipetas Micropipetas Algumas Características Quanto a Pipetas e Micropipetas Nunca pipetar qualquer liquido utilizando a boca; TC to contain não assoprar ; TD to deliver esgotamento total (2 traços); Não utilizar os pipetadores (pró-pipeta) para dispensar o volume; Nunca esquecer que micropipetas tem duas etapas na pipetagem; Não reutizar ponteiras utilizadas com micropipetas. Balão Volumétrico Características importantes quanto a balão volumétrico Balão Volumétrico Buretas Buretas 1 2 3 4 5 6 6 7 Buretas Informações Importantes Quanto Recipientes Volumétricos Erro de paralaxe Pipetas Buretas Balões Pyrex e outros vidros borossilicatos; Expandem 0,0010% por grau Celsius; Ex: Expansão do volume: (10oC)x(0,0010%) = 0,010% Expansão insignificante. Recipientes Volumétricos / Expansão Térmica / Recipientes Temperatura (oC) Alteração de volume a 20oC 10 0,99990.V20 o C 15 0,99995.V20 o C 20 1,00000.V20 o C 25 1,00005.V20 o C 30 1,00010.V20 o C ALTERAÇÃO DO VOLUME PELA TEMPERATURA DA VIDRARIA DE BOROSILICATO Ex.: um balão volumétrico Classe A de 250,00 mL calibrado a 20oC teria um volume esperado de 1,00010 x 250,00 mL = 250,02 mL a 30oC Maior exatidão nas medidas; Trabalhos mais cuidadosos; Ex: Considerar a expansão térmica de uma solução preparada a 17ºC. Determinar sua concentração a 25oC: Correção para a expansão térmica: c’/d’ = c/d c’ a 25oC = 0,03146 mol L-1 a 17oC 0,99705 g mL-1 0,99878 g mL-1 c’ = 0,03141 mol L-1 diminuição de 0,16% Recipientes Volumétricos / Expansão Térmica / Soluções Considerações Gerais Quanto a Recipientes Volumétricos Considerar sempre a temperatura no momento das medidas; Lavagem usar detergente neutro e água em abundância seguida por água deionizada; Lavagem deve resultar em um filme uniforme de água; Cuidado na secagem de recipientes volumétricos alguns materiais podem ser descalibrados em estufa a altas temperaturas; Cuidado com bolhas no interior dos recipientes; Se necessário uma secagem mais rápida utilizar acetona. Balanças Balança Analítica Mecânica Balanças Analíticas Eletrônicas Campo magnético maior faz com que o prato retorne a posição zero sistema servo Tipos comuns de Balanças Balanças analíticas Capacidade (g) Legibilidade (g) Resolução Balança macroanalítica 50 - 400 0,0001 (0,5 - 4) x 106 Semimicrobalança 30 - 200 0,00001 (0,3 - 2) x 107 Microbalança 3 - 20 0,000001 (0,3 - 2) x 107 Ultramicrobalança 2 0,0000001 2 x 107 Balanças analíticas Capacidade Legibilidade Resolução Escala de precisão industrial 30 - 6000 Kg 0,0001 - 0,1 Kg (0,1 - 6) x 105 Balança de precisão 100 - 30.000 g 0,001 – 1 g (0,3 - 2) x 105 Legibilidade: menor divisão de massa que pode ser lida no amostrador da balança Resolução: Capacidade/Legibilidade qde de massas diferentes que podem ser determinadas por uma balança em particular Balanças Analíticas Microbalanças Analítica Verificar o nivelamento da balança; Ligar a balança pelo menos 30 min antes do uso; Menor frasco de pesagem; Frasco e material temperatura ambiente; Nunca tocar nos frascos diretamente; Frasco de pesagem centro do prato; Usar frascos de pesagem limpos e secos. Cuidados Operacionais Nunca exceda a capacidade da balança; Mantenha a balança limpa Remova poeira e outras sujeiras do prato com pincel macio; Nunca manuseio os objetos a serem pesados com as mãos ou dedos gordura da mão altera peso; Os objetos a serem pesados devem estar na mesma temperatura da balança Quando aquecidos, devem ser resfriados - cerca de 30 min em dessecador correntes de convecção de ar. Cuidados Operacionais Não coloque produtos químico diretamente no prato da balança Use béqueres, pesa-filtro, papel manteiga, vidros relógio, etc... Não deixe nada no prato da balança ao final da pesagem Limpe o prato com o pincel se necessário; Cuidados Operacionais Alterações no recipientes ou substância entre pesagens sucessivas: Absorção ou perda de água, CO2 manter em dessecador para esfriar Empuxo força aparente que provoca a diminuição da massa medida; Temperatura correntes de convecção e peso do ar aquecido em um frasco fechado esperar esfriar em dessecar Erros Humanos. Erros na Pesagem Erro Devido ao Empuxo Diferença na densidade dos pesos-padrões e do material a ser pesado Material com densidade menor que 8 g/mL fazer a correção Erro Devido ao Empuxo Erro Devido a Temperatura Correntes de convecção exercem efeitos de empuxo sobre o prato e objeto; Ar aquecido em um frasco pesa menos que o mesmo volume de ar sob temperaturas mais baixas; Ambos efeitos massa aparente menor. Erro Devido a Temperatura Outros Equipamentos/Materias/Técnicas Utilizadas nas aulas seguintes Muflas e Estufas Muflas Estufas Dessecadores Dessecadores Agentes Dessecantes Agentes Dessecantes - Sílica Gel Umidade CoCl2 CoCl2.2H2O Co(H2O)6 2+ Azul Púrpuro Rosa Quando se remove ou coloca a tampa faz uso de um movimento deslizante minimizar a perturbação da amostra; Quando utiliza-se vácuo para vedação do dessecador deve- se girar a válvula levemente para saída do vácuo; Esperar esfriar a amostra antes de colocá-la no dessecador; Segurar o dessecador com as duas mãos a parte inferior e superior. Algumas Características Quanto a Dessecadores Transferência Quantitativa de Amostras em Química Analítica Sólidos 1 2 3 Líquidos Transferência Quantitativa de Amostras em Química Analítica
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