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Farmacologia Básica - Resumo completo da matéria

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Farmacocinética: o que o organismo faz sobre a droga (absorção, distribuição, biotransformação e eliminação) 
Farmacodinâmica: o que a droga faz sobre o organismo 
Absorção: passagem do fármaco do seu local de aplicação para o sangue. 
Barreiras: diferentes pHs, barreira lipídica, membrana celular... 
Transporte: 
 Passivo: difusão pela bicamada lipídica 
 Filtração 
 Passagem através de poros, ou canal aquoso 
 Principal mecanismo de transporte de fármacos, depende da 
 -Concentração da droga 
 -Coeficiente de partição água/óleo (lipossolubilidade) 
 Solubilidade em óleo x solubilidade em água 
 -pH (quantidade de prótons) 
 -área para difusão da droga 
 MOLÉCULAS PEQUENAS E NÃO POLARES 
 
 Ativo:Necessita de uma proteína transportadora 
 Contra o gradiente de concentração 
 Demanda gasto de energia 
 Pode saturar, ou seja muito fármaco para pouca proteína transportadora 
 Substancias grandes e polares (hidrofílicas) 
Transporte passivo: moléculas pequenas, lipossolúveis e sem carga. 
Canal aquoso: moléculas pequenas, hidrofílicas e com carga (passa junto com a água) 
Transporte ativo: moléculas grandes, hidrofílicas e com carga. 
A difusão simples é a principal maneira de absorção de fármacos, com isso pode-se concluir que substâncias sem cargas são 
melhores absorvidas. 
 
Ionização de Ácidos e Bases fracas 
Os ácidos fracos sãoneutros em sua forma protonada carregados em sua forma desprotonada, já as bases são carregadas em 
sua forma protonada e neutras em sua forma desprotonada. 
Exemplo: 
AH � A
-
+ H
+
 
BH
+
� B + H
+ 
 
Quando o pK> pH (pH baixo, sobra H
+
) -> predominam as formas protonadas (AH e BH
+
) estomago 
Quando o pK< pH (pH alto, sem H
+
 no meio) -> predominam as formas desprotonadas (A
- 
 e B) intestino 
Se pH = pK -> equilíbrio entre as formas 
Fármacos ácidos são melhores absorvidos no estomago, enquanto os fármacos básicos são melhores absorvidos no intestino. 
O intestino tem maior fluxo sanguíneo e maior superfície de absorção, portanto os fármacos básicos são melhores absorvidos e 
os fármacos ácidos sofrem mais para serem absorvidos. 
Para ácido, maior pk retêm o próton e fica associado -> melhor absorção (pk>pH) 
Para base, menor pk pra facilitar a dissociação -> melhor absorção (pk<pH) 
 
Comidas pesadas retem o fármaco no estomago,demora mais pra ser absorvido (chegar na circulação sistêmica) 
 
 
Ligação do Fármaco com proteínas plasmáticas: 
- Fármacos hidrofóbicos e ácidos fracos se ligam a albumina 
- um fármaco pode se ligar a uma albumina (baixa capacidade) ou várias moléculas de fármaco para cada albumina(alta 
capacidade) 
- O fármaco que esta ligado a albumina não reage, o fármaco livre reage. 
- a albumina pode funcionar como um reservatório de fármaco, conforme a concentração de fármaco no sangue baixa, 
fármacos vão se soltando da albumina e ficam livres para agir 
- A Concentração do fármaco também é importante para que a ligação com a albumina ocorra 
-Normalmente fármacos hidrossolúveis ficam dissolvidos no plasma 
 
Fármaco classe I e fármaco classe II 
Fármaco classe I: dose menor que quantidade de sítios de ligação disponíveis (sobra sítio, pouco fármaco livre) 
Fármaco classe II: dose maior que a quantidade de proteína disponível (falta proteína e sobra fármaco)-↑concentração 
No sangue, a concentração de fármaco tipo IIé maior pois tem menos fármaco ligado e mais fármaco livre pra agir. 
 
Biotransformação -> Eliminação 
Cinética de 1ª ordem: pouco fármaco (dose baixa), biotransformação diretamente proporcional à quantidade de fármaco livre. 
Enzima suficiente para bitransformar o fármaco, no fígado. 
Cinetica de ordem zero: dose alta (muito fármaco, a quantidade de enzima no fígado pra biotransformar não é suficiente, o 
metabolismo é constante e independente da dose. 
Duas fases, podendo ocorrer uma depois outra ou vice versa, ou somente uma das fases. Servem para deixar o fármaco mais 
polar e mais fácil de eliminar. 
Fase I 
Catalizada pelo sistema citocromo p-450. São introduzidos pequenos grupos radicais como (OH) ou(NH2), que vão conferir 
aumento da polaridade do fármaco. Converte moléculas lipossolúveis em moléculas mais polares pela introdução de pequenos 
grupos radicais. O metabolismo da fase I pode aumentar, diminuir ou manter inalterada a atividade farmacológica do 
medicamento. (Oxidação, hidroxilação, desaquilação e desaminação). 
Fase II 
Reações de conjugação, para fármacos muito lipossolúveis que não são eliminados após a fase I. Reação de conjugação com 
substrato e, endógeno (moléculas grandes) como ácido glicuronico, acido acético, aminoácidos, ou ácido sulfúrico resulta no 
aparecimento de moléculas polares e mais hidrossolúveis, que são em sua maioria terapeuticamente inativos. Esses compostos 
podem agora ser eliminados pela urina. 
Após a fase II o fármaco é inativo. 
Após a fase I talvez ainda possa passar pela membrana e talvez o sítio de reação não tenha sido afetado. 
A biotransformação também pode servir para ativar o fármaco-> produzir metabolito ativo. E pode produzir tóxicos. 
 
Farmacodinamica 
O efeito do fármaco sobre o corpo, o que o fármaco faz com o organismo. 
Sítio de ação, efeito farmacológico e resposta clinica. 
 
-Fármacos de ação inespecífica: se ligam a íons ou pequenas moléculas e não possuem sítio alvo em componentes moleculares 
de tecidos 
Ex: antiácido estomacal, agentes quelantes EDTA, sulfato de magnésio, manitol. 
-Fármacos de ação específica: alto grau de seletividade e especificidade de ação,atuam em sítios definidos, sítios localizados 
em componentes moleculares dos tecidos. Supressão da função genica, receptores farmacológicos, ação em transportadores e 
ação sobre membranas. 
 
Fármacos Agonistas 
 Agonista pleno: se liga adeterminado local de ação e provoca mesma resposta que substância endógena normalmente 
provocaria 
 Agonista parcial: se liga a um determinado local de ação e desencadeia resposta menor do que a substância endógena 
normalmente provocaria 
 Agonista inverso: se liga ao local de ação e provoca ação contrária a ação que a substância endógena (ou agonista) 
normalmente provocaria 
 
Antagonista: droga que neutraliza ação de substancia endógena ou antagonista. Não produz efeito, pelo contrario, bloqueia o 
efeito. 
 Antagonismo farmacocinético: reduz a concentração de fármaco ativo (ex: alteração no pH do meio) 
 Antagonismo por bloqueio de receptores (competitivo): o antagonista compete com agonista pelo mesmo sitio alvo, 
assim o agonista se liga menos ao seu sitio alvo provocando diminuição do efeito (ligação reversível) 
 Antagonismo não competitivo: o antagonista não se liga ao sitio alvo do agonista, se liga a outra parte do receptor 
inativando-o, não impede a ligação do agonista ao alvo, mas impede a ação inativando a proteína (receptor). 
 Antagonismo Fisiológico: ocorre entre dois agonista que atuam (sobre sistemas celulares diferentes) em sentidos 
opostos na mesma resposta celular. Exemplo: Adrenalina em β1aumenta batimento cardíaco e Acetilcolina em M2 diminui o 
batimento cardíaco. 
 
Relação dose e efeito: 
Farmaco+receptor�complexo fármaco receptor � efeito 
O efeito vai ser proporcional a quantidade de complexos fármaco receptor, efeito proporcional ao numero de receptores 
ocupados 
Dose mínima: adm a pacientes que nunca tomaram a droga, corresponde a menor dose capaz de produzir efeito terapêutico 
Dose máxima: maior dose que pode ser adm sem efeito toxico 
Dose terapêutica ou eficaz: entre a min e a máx, a concentração em que o efeito é ótimo e poucos efeitos colaterais 
Dose terapêutica mediana: produz efeito terapeutico em metade dos animaistestados –DE50 
Dose mínima letal: mínima dose capaz de provocar a morte 
Dose letal mediana: dose em que metade dos animais morrem (dose única). DL50 
 
Índice terapêutico: DL50/DE50 � medida indireta da toxicidade da droga, margem de segurança 
Índice terapêutico muito próximo a 1 significa que a dose letal esta muito próxima da dose terapêutica, quanto mais distante 
de um, maior a distancia entre a dose que mata e a dose que produz efeito, maior segurança. 
 
Eficácia: capacidade de ativar o receptor, resposta máxima produzida pelo fármaco. Eficacia mede a quantidade de resposta 
provocada pelo fármaco. Antagonista tem eficácia zero, porque não desencadeia resposta. 
Afinidade: capacidade da droga se ligar ao receptor (provocando resposta ou não) 
Potencia: quanto fármaco é necessário pra desencadear determinada resposta 
DE50 -> dose do fármaco que desencadeia 50% da resposta máxima, se DE50 é baixa, o fármaco é mais potente. 
 
Curva na presença de Antagonistas: 
-Antagonista competitivo: (compete pelo sítio de ação) desloca a curva para a direita, diminuindo a potencia, pois precisa de 
maior dose pra ganhar na competição pelo sitio alvo e provocar o mesmo efeito. Se não aumentar a dose, diminui a eficácia. 
-Antagonista não competitivo: não adianta aumentar a dose, porque não competem pelo sitio alvo. Diminui a eficácia do 
agonista, pois mesmo aumentando a dose o efeito vai ser menor, devido aos receptores inativados pelo antagonista. 
-Agonista parcial: menor eficácia, promove menor resposta que agonista pleno. 
 
Tempo de ½ vida: 
Tempo necessário para alterar a concentração do fármaco a metade. Proporcional à taxa de depuração (eliminação). Qualquer 
fator que diminua a eliminação (doenças no fígado, rim, coração) aumenta o tempo de ½ vida 
 
SEGUNDA PROVA DE FARMACOLOGIA 
Neurônio: axônio, dendrito e corpo celular. 
 
Sistema Nervoso Periférico: 
- nervos: conjunto de axônios 
- gânglios: conjunto de corpos celulares 
 
Sistema Nervoso Central 
-vias ou tratos: conjunto de axônios 
-núcleos: conjunto de corpos celulares 
 
O sistema nervoso central é responsável pelo processamento das informações e o periférico é responsável por 
conduzir a informação. A função sensorial recebe informações e transmite ao SNC (nasce nos receptores e é 
provocada por estímulos). 
 
SN autônomo: controle involuntário 
SN somático: controle sobre os músculos esqueleticos 
 
Nervo sensitivo ou aferente: 
No SNP somático: conduz sensibilidade da pele, músculo esqueletico, ossos, tendão e ligamentos. 
No SNP autônomo: conduz a sensibilidade visceral. 
 
Nervo eferente: 
Sistema motor somático -> musculo esquelético (único neurônio) 
Sistema motor visceral: Simpático -> gânglio perto do SNC (Musculo liso, cardíaco e glândulas) 
 Parassimpático -> gânglio mais perto das vísceras (órgãos viscerais) 
 
Função sensorial + motora = reflexo 
 
O estímulo chega à medula através da raiz dorsal. 
 
A condução do impulso dentro do neurônio é elétrica: repouso = +/-/+ 
A bomba Nak que mantem esse potencial, mais Na fora do que k dentro, quando chega estímulo, o potencial se 
inverte -/+/- 
 
Sentido do impulso: membrana pré sináptica -> fenda sináptica -> membrana pós sináptica 
Neurotransmissor: substância química produzida por neurônio. 
 
Gaba: hiperpolarização, abre canais de Cl e impede a entrada de Ca, pra ficar mais longe da despolarização 
(inibitório) 
Glutamato: abre canais de Na para despolarizar (excitatório) 
Na despolarização, são abertos canais de Na, o Na entra no neurônio invertendo o seu potencial. 
 
 
Sistema Nervoso Periférico – autônomo 
Simpático -> medo, terror, luta ou fuga 
A divisão simpática auxilia o organismo a superar os desafios do ambiente, faz conexão com a área toraxica. 
Musculo esquelético precisa de mais sangue (dilatação da musculatura esquelética). Digestão, pele sofrem 
vasoconstrição e constrição pra sobrar mais sangue para os músculos. Aumento do batimento cardíaco (aumento 
da força de contração), dilatação do brônquio, quebra glicogênio no ficado e manda pro sangue, diminuição da 
liberação de insulina, para a glicose ficar no sangue e não no tecido. Dilata a pupila para enxergar melhor, lipólise e 
liberação de acido graxo. 
Parassimpático -> economia e obtenção de energia (repouso e digestão) 
Contração da pupila, bronquioconstição, aumento dos movimentos peristálticos e da digestão, diminuição da força 
de contração do coração, estimulo da secreção das glândulas da digestão, aumento da secreção de insulina. 
 
Controle do Sistema Nervoso Autônomo. 
Hipotálamo -> sistema límbico (elo de ligação entre emoções e reações fisiológicas) 
O SNA é controlado por vias que conectam o sistema límbico (expressão visceral das emoções) ao hipotálamo. 
 
AGENTES COLINÉRGICOS – ACETILCOLINA 
Síntese: corpo celular do neurônio 
Estocagem: em vesícula por transporte ativo 
Liberação: na despolarização abrem-se os canais de Ca (Ca entra no neurônio), que empurram a Ach pra fora do 
neurônio (exocitose). A Ach pode ser degradada na fenda pela acetilcolinesterase, que transforma-a em colina e 
acetato. A Ach também pode ser reciclada por um sistemaacoplado ao Na que transporta a molécula de volta ao 
interior do neurônio onde é acetilada e estocada. 
 
N1: Gânglio 
N2: Musculo esquelético 
 
Ações da Acetilcolina: 
Receptor muscarínico: coração, trato gastrintestinal e glândulas (metabotrópico) 
Receptor nicotínico: junção neuromuscular e gânglios (ionotrópicos N1- gânglio e N2 –musculo esqueletico) 
 
Sinapse colinérgica: 
1- Receptor nicotínico: despolarização, contração muscular e excitação do neurônio. 
2- Receptor muscarínico: M1 M2 e M3 medeiam as ações da acetilcolina nas sinapses parassimpáticas pós 
ganglionares no coração, musculatura lisa e glândulas. 
 
Receptores Muscarínicos: Acoplados a proteína G 
M1 M3 e M5: ativam fosfolipase (formando inositoltrifosfato e diacilglicerol), abrem canais de Ca. Em células 
musculares esse mecanismo promove contração 
M2e M4: inibem a adenilatocilcase impedindo a formação de AMP cíclico. 
 
Ações do ReceptoresMuscarínocos: 
M1 – aumenta a secreção de ácido gástrico 
M2 – diminui a frequência cardíaca e a força de contração (imibiçãopré sináptica – autorregulação) 
M3 – musculatura lisa e glândulas (ativa Ca), secreção, contração da musculatura do trato gastrintestinal, do 
sistema respiratório, urinário e globo ocular. Vasodilatação. 
 
Agentes colinérgicos – Agentes que interferem na transmissão da acetilcolina 
Ação direta: interfere no receptor (agonista/antagonista) 
Ação indireta: interfere na síntese, liberação e degradação: 
Drogas anticolinesterasicas: impedem a degradação da acetilcolina, aumentando a sua concentração 
Hemicolínio impede a entrada de colina no neurônio, impedindo a formação de Ach 
Toxina butolinica impede a saída da Ach em vesículas 
 
Drogas anticolinesterasicas: 
Neostigmina: reverter ação relaxante 
Ecotioplato: glaucoma (maior dilatação = maior pressão. Aumentar Ach para contrair e diminuir pressão) 
 
Colinomiméticos de ação indireta: 
Organofosfatos: irreversível -> mata por paralização de musculo esqueletico, do diafragma, brquicardia e 
hipotensão. Acumulo de acetilcolina na fenda. Bloqueio por despolarização. 
 
Agentes colinérgicos de ação direta: 
Agonistas Muscarínicos: 
Hipotonia da bexiga: agoista M3 (aumentar Ach e contrair a bexiga) 
Glaucoma: Agonista M3 ( aumentar Ach e contrair a pupila para diminuir a pressão ocular) 
Braquicardia: antagonista M2 (diminuir Ach e aumentar aa frequência cardíaca e a força de contração) 
Asma: Antagonista M3 (diminuiAch para relaxar os brônquios – musculatura lisa) 
Espasmos: Antagonista M3 (diminuir a contração muscular lisa) 
M3 – aumenta a contração muscular lisa. 
 
Receptor nicotínico: gânglios + musculo esqueletico 
Receptor muscarinico: glândulas + musculo esqueletico + musculo cardiaco 
 
Drogas bloqueadoras neuromusculares 
- promove paralisia, relaxamento da musculatura. 
Bloqueador não despolarizante: o Na não pode entrar no neurônio e despolarizar.Para ocorrer a contração tem 
que despolarizar (Ach promove a despolarização da célula). Antagonista competitivo dos receptores nicotínicos. 
Reversível por drogas anticolinesterásicas. 
Efeito colateral mais comum: hipotensão e bronquiconstrição. 
 
Bloqueador despolarizante: Agonista da Ach, aumenta a concentração de Ach e entrada de Na, deixando a região 
sempre despolarizada e diminuindo a excitabilidade elétrica. A Ach é degradada de forma mais lenta pela 
colinesterase, após um espasmo temporário ocorre um bloqueio da musculatura. Somente depois da queda da 
qntdade de Ach haverá um novo potencial de ação. De modo geral possui ação curta. Efeitos colaterais mais 
comuns: braquicardia, disritmia e glaucoma. 
 
 
 
AGENTES ADRENÉRGICOS: ADRENALINA E α 
Síntese: tirosina sai do meio extracelular e entra no neurônio, forma DOPA que vira DOPAMINA que entra em 
vesícula pra formar NORADRENALINA, depois sai da vesícula e forma ADRENALINA, a adrenalina entra novamente 
em vesícula para ser liberado. 
Hormonio -> principalmente Adrenalina 
Neurotransmissor -> principalmente Noradrenalina 
Todos os receptores adrenérgicos são receptores metabotrópicos (α1 e α2; β1, β2 e β3) 
 
α1 – musculatura lisa, contração de vasos, adrenalina 
α2 – cels beta do pâncreas 
β1 – coração 
β2 – musculo liso e esquelético; brônquios 
β3 – gordura 
 
Receptor α1: ativa canais de Ca, promove vasoconstrição da musculatura lisa, cutânea e gastrintestinal, aumenta 
secreção salivar e glicogenólise hepática. 
Receptor α2: inibe a adenilatociclase, sem ativação do AMP cíclico e sem entrada de Ca. Inibe a noradrenalina, 
promove agregação plaquetária e inibição da liberação de insulina (cels beta do pâncreas). 
Todos os receptores β ativam a adenilatocliclase, aumento da AMP cíclica, aumento de Ca. 
Receptor β1: aumento da frequência cardíaca. 
Receptor β2:produção de NO (óxido nítrico), vasodilatação, bronquidilatação, relaxamento do músculo visceral, 
glicogenólise hepática e tremor muscular. 
Receptor β3: lipólise. 
 
Agentes Adrenérgicos: 
- Inibidor da Dopacarboxilase (CARBIDOPA): o metildopa entra na no lugar da DOPA na síntese de noradrenalina, 
formando metilnoradrenalina e metiladrenalina e metildopamina. Age liberando um falso precursor (metildopa), 
diminui a produção de dopamina, adrenalina e noradrenalina. Ação indireta, pois interfere na síntese.O mal de 
Parkinson esta relacionado a deficiência de dopamina. Para estimular a síntese de dopamina: L dopa + carbidopa. 
Se der só L dopa ela é convertida em L dopamina, que não atravessa a barreira hematoencefálica, por isso é 
admcarbidopa, que impede que a Ldopa se transforme em Ldopamina, a carbidopa impede a dopa descarboxilase e 
a carbidopa não atravessa a barreira hematoencefálica. A carbidopa impede a dopadescarboxilase em nível 
periférico. Efeito terapêutico do carbidopa (inibidor da dopa descarboxilase): hipertensão. Efeitos indesejáveis: 
hipotensão, sonolência, diarreia e impotência. 
 
Noradrenalina e Adrenalina atuam no centro da saciedade!! 
 
Reserpina: impede a dopamina de entrar na vesícula, impedindo assim a síntese de adrenalina e noradrenalina. 
Não é mais comercializado devido aos efeitos colaterais, como depressão, hipotensão, sonolência, diarreia e 
impotência pela falta de noradrenalina. 
 
Anfetamina: Aumenta liberação e inibe receptação de noradrenalina. Como exemplo temos os inibidores de 
apetite. Na fenda sináptica acumula adrenalina e noradrenalina que atuam no centro da saciedade e diminuição da 
fome. Por não ser específico tem efeitos colaterais/adversos como hipertensão, insônia, taquicardia, agitação. 
 
Anfetamina, Ldopa, metildopa, carbidopa, reserpina são de ação indireta pois interferem na síntese ou 
liberação de noradrenalina e adrenalina. 
Drogas que afetam a liberação de noradrenalina em geral tem como efeito adverso normalmente: 
impotência, sonolência, hipotensão e diarreia. 
 
Um detalhe importante é saber que a acetilcolina atua no sistema parassimpático e seu aumento tem a 
ver com digestão, repouso, contração da pupila e diminuição do glaucoma. A adrenalina e a noradrenalina atuam 
no sistema simpático e o aumento da concentração tem a ver com agitação, preparo para a luta/fuga. 
 
Agentes Adrenérgicos de ação direta: 
Descongestionante nasal: vasoconstritor, diminui a produção de muco. Agonista de α1 (fenilefrina) 
Hipotensão: etilefrina, promove vasoconstrição 
Estes dois medicamentos são agonistas de α1, logo abrem canais de Ca. 
Clonidina: agonista α2, estimula receptores α2 na medula e estimula receptores das terminações nervosas, 
resultando na diminuição da liberação de noradrenalina. Para tratar hipertensão (diminui ação em α1 -> 
vasodilatação e diminui ação em β2 ->braquicardia e menor liberação de renina). 
 
Agonistas β-adrenergicos diretos: 
Agonista β1: (Dubotamina) para parada cardíaca, o objetivo do fármaco é aumentar a concentração de Ca e a força 
de contração. Ativa a adenilato-cilcase, o que leva ao aumento da AMP cíclica dentro da célula o que ativa a 
proteína quinase, o que faz aumentar o influxo de Ca nas células miocárdicas, aumentando a força de contração. 
Efeito colateral: disritmia. 
Agonista β2: (Musculo liso, brônquios..).(Salbutamol, Terabutalina e Salmeterol). Efeito terapêutico – asma 
(broquiodilatação – NO). Efeitos indesejáveis – taquicardia, disritmias, vasodilatação e tremor. 
 
Agonista β não seletivo: Isoprenalina 
Age indistintamente em β1 e β2 
 
Agonistas α e β adrenérgicos 
NORADRENALINA: Efeito terapêutico obsoleto 
 Efeito colateral: hipertensão, vasoconstrição, taquicardia e disritmias. 
ADRENALINA: Efeito terapêutico: tratamento de asma no choque anafilático 
 Efeito colateral: hipertensão, vasoconstrição, disritmias e taquicardia. 
 
Antagonistas α adrenérgicos diretos: 
Prazosina: agonista α1, usado para hipertensão (relaxamento de vasos). Os efeitos indesejáveis são rubor, 
hipotensão, taquicardia, congestão nasal e impotência. 
Ioimbina: antagonista α2, sem efeito terapêutico, considerada afrodisíaco, os efeitos indesejáveis são excitação e 
hipertensão. 
 
Antagonistas β adrenérgicos diretos: 
Atenolol e Metropolol: efeitos terapêuticos – hipertensão, disritmia e angina. Efeitos indesejáveis – extremidades 
frias, insuficiência cardíaca, fadiga e depressão. 
 
 
MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES 
Anti-hipertensivos 
Antiaginos 
Inotrópicos Positivos 
 
Controle da Pressão Arterial: 
Diminuição do volume de sangue nos rins (diminuição da taxa de filtração glomerular)�Renina �Angiotensina II 
�Aldosterona� Aumenta o volume de sangue circulante (retenção de NaCl e água) e aumenta a Resistencia Vaso-
Periféricae o debito cardíaco � Aumento da pressão. 
 
Diminuição da pressão sanguínea � Aumento da atividade simpática � Aumento da ativação dos receptores β1 do 
coração e α1 (vasoconstrição) � Aumento do débito cardíaco e aumento da resistência periférica � aumento da 
pressão sanguínea. 
 
A angiotensina age no córtex da suprarrenal promovendo a síntese e liberação de aldosterona, que no túbulo 
contorcido distal vai estimular a bomba NaK (aumento da reabsorção de Na e eliminação de K), o quevai aumentar 
a retenção de Cl por atração iônica e consequentemente a retenção de água, aumentado o volume sanguíneo, 
aumentando o retorno venoso e aumentando assim a pressão arterial. O SNA – simpático age em α1, que controla 
a vasoconstrição. Aumento do volume de sangue + Vasoconstrição = aumento da pressão arterial. 
 
Um aumento na pressão diastólica significa aumento na pressão dos vasos, o que leva a crer na existência de placas 
impedindo a passagem do sangue. Isso pode levar a um ACV hemorrágico, isquêmico ou enfarto. Se houver 
obstrução total dos vasos que irrigam o ventrículo esquerdo = enfarto fulminante. 
 
Não existe tratamento universal para a hipertensão, cada paciente deve ser tratado individualmente. 
 
Diuréticos Saluréticos: 
São medicamentos de ação anti-hipertensiva e adrenérgicos periféricos de ação central. São vasodilatadores e 
interferem no sistema Renina-Angiotensina. São bloqueadores ganglionares. 
Relação entre Na e pressão arterial: em indivíduos com pressão alta, com volume sanguíneo expandido e 
sobrecarga de sódio, deve usar um Diurético salurético como tratamento. 
 
1.1 Diuréticos tiazídicos 
1.2 Diuréticos poupadores de potássio 
1.3 Diuréticos de alça 
 
1.1 Diuréticos tiazídicos: bloqueiam a reabsorção de sódio na porção ascendente da alça de henle (sai Na, Cl, K, 
e entra Mg, Ca e HCO3 por transporte ativo – essa região é impermeável à água) e na parte inicial do túbulo 
contorcido distal (sai água, Na, Cl e Ca). A eliminação de Ca no túbulo contorcido distal pode provocar osteoporose 
e a eliminação de K faz a hiperpolarizaçãoficar prejudicada, os sinais vão muito rápido. 
 O corpo esta adaptado a certo debito cardíaco, no começo do tratamento o paciente vai apresentar 
taquicardia, pois o corpo vai tentar manter o mesmo debito cardíaco, vai ocorrer vasoconstrição para aumentar a 
resistência vascular periférica, deixando o paciente com aspecto inchado, pois a água dos vasos vai passar para o 
tecido devido a vasoconstrição. Depois de certo tempo os vasos dilatam novamente e a agua volta para os vasos, o 
corpo se acostuma ao novo debito cardíaco e a pessoa perde o aspecto inchado. Para a taquicardia inicial pode-se 
administrar junto com o diurético tiazídico um inibidor de β1. Vai chegar uma hora que a concentração de sal vai 
ser baixa e os rins vão identificar a diminuição do fluxo sanguíneo nos rins, então vai ser estimulada a bomba Nak, 
para reabsorver Na e eliminar K, causando hipopotassemia. 
Também deve-se levar em consideração a idade e etnia do paciente, negros e idosos respondem melhor ao 
tratamento com diuréticos. 
 
Resumo: diurético tiazídico 
Maior eliminação de sal na urina � diminuição do volume sanguíneo e extracelular � diminuição do retorno 
venoso � diminuição do debito cardíaco � diminuição da pressão arterial. 
 
Os diuréticos tiazídicosinduzem redução limitada da pressão arterial, por isso são indicados para tratamento da 
hipertensão primaria leve. 
Os diuréticos tiazídicos apresentam muitos efeitos adversos (anorexia,vomito, diarreia, hipersensibilidade, 
fraqueza, inquitação, entre muitos outros). 
 
Interações dos diuréticos tiazídicos: 
Interagem com hormônios da suprarrenal aumentado a hipopotassemia 
Interação com indometacina diminuindo o efeito anti-hipertensivo 
Interação com glicosídeos digitálicos -> toxicidade digitálica: estimula coração a contrair 
Bloqueador neuromuscular 
Prejudica a coagulação devido ahipopotassemia. 
 
1.2 Diuréticos poupadores de potássio: espironolactona é o protótipo do grupo, atua como inibidor 
competitivo da aldosteronaa nível de receptor (túbulo contorcido distal). Por ter baixa ação anti-hipertensiva, esse 
fármaco é normalmente administrado em combinação com outros, normalmente para corrigir a hipopotassemia 
causada por outros diuréticos. No túbulo contorcido distal estimula a bomba NaK (reabsorve Na e elimina K), um 
antagonista faz a bomba não funcionar, não reabsorvendo Na. A Aldosterona estimula essa bomba. Com um 
inibidor da aldosterona a bomba não é estimulada, assim não há reabsorção de Na, Cl e água, sem eliminar K. O 
diurético tiazídico atua na alça de henlee porção ascendente do túbulo contorcido distal, os diuréticos poupadores 
de potássio atuam no túbulo contorcido distal competindo com a aldosterona a nível de receptor, sem estimular a 
bomba NaK. Efeitos adversos: diarreia, náusea, vomito, fraqueza, cefaleia e urticaria. 
 
1.3 Diuréticos de Alça: são os mais potentes atualmente disponíveis. Inibem somente o transporte ativo de 
Na e Cl do ramo espesso ascendente da alça de Henle. Fluxo sanguíneo alto, não ativa renina nem aldosterona -> 
menos efeitos colaterais. Os efeitos adversos incluem náuseas, vômitos, icterícia, diarreia, agranulocitose entre 
outros. 
Os diuréticos de alça são superiores no tratamento de hipertensão moderada a grave. Ao contrario dos 
tiazídas, os diuréticos de alça aumentam o fluxo de sangue nos rins. Os diuréticos de alça possuem ação diurética 
muito maior, o que pode levar a grave depleção de água e eletrólitos. 
Localização dos receptores Adrenérgicos Periféricos 
α1 – musculatura lisa dos vasos cutâneos e viscerais, músculo radial da íris 
α2 – terminação nervosa pré sináptica, cels beta do pâncreas e corpos celulares dos neurônios adrenérgicos 
β1 – coração 
β2 – musculatura lisa dos vasos da musculatura esquelética; brônquios; musculatura lisa uterina 
β3 –tecido adiposo 
 
Existem quatro formas de diminuir a pressão arterial com redução da atividade sináptica 
1- Antagonista α1: diminuição da vasoconstrição arteriolar -> diminuição da resistência vascular periférica -> 
diminuição Pressão Arterial 
2- Antagonista α1: aumento do calibre das veias -> diminuição do retorno venoso -> diminuição debito cardíaco -> 
diminuição da Pressão Arterial (dificulta o retorno venoso, pode causar varizes) 
3- Antagonista β1: diminuição na força de contração e na frequência cardíaca -> diminuição do debito cardíaco -> 
diminuição da Pressão Arterial 
4- Antagonista β1: diminuição da secreção de renina mediada pelo simpático -> diminui renina -> diminui 
angiotensina II (vasoconstritor) -> diminui aldosterona (salurético) -> diminui Pressão Arterial. 
 
Receptores adrenérgicos periféricos: 
Antagonista α1 (diminui vasoconstrição, aumenta calibre de artérias e veias) ou antagonista β1 (diminui a 
frequência cardíaca e a secreção de renina) 
 
Antagonista α1 (prazocina) normalmente prescrito junto com um antagonista β1 ou diuértico. É indicado para 
tratar hipertensão leve ou moderada.Antagonista β2 (propranolol) atua tanto no receptor β1 como no β2. Brancos 
e jovens respondem melhor aos β – bloqueadores. Os efeitos colaterais incluem fadiga, insônia, impotência, 
aumento dos triglicérides e diminuição do HDL. 
 
Guanedina e Reserpina: são drogas atualmente pouco utilizadas devido a seus efeitos colaterais. Interferem na 
síntese de noradrenalina e adrenalina, impedindo a dopamina de entrar na vesícula ou impede a eliminação de 
noradrenalina. 
 
Medicamentos Anti-Hipertensivos de Ação Central 
Estimulam α2 (agonistas), o que faz diminuir a quantidade de impulsos, o que faz diminuir a ação em α1 e β1. 
Clonidina: estimula receptores α2 do centro vaso-motor, da medula e das terminações nervosas -> diminui os 
disparos neuronais -> diminui produção de noradrenalina -> diminui ação em α1 e β1 -> que provoca vasodilatação 
e menor liberação de renina e braquicardia. Utilizada em pacientes que não respondem bem a diuréticos ou tem 
problemas renais. A retirada do tratamento deve ser lenta para não ocorrer hipertensão rebote. Os principais 
efeitos colaterais são boca seca e secura da mucosa nasal. 
Metildopa: é um falso precursor dadopamina, produz metil-noradrenalina que desloca a adrenalina das vesículas, 
sendo liberado como um falso transmissor de impulso. Age como agonista potente de α2, acredita-se que sua ação 
seja semelhante a da clonidina. 
Acetato de guanabes e cloridado de guanfacina atuam como agonistas de α2adrenergico no centro vasomotor e 
medula. 
 
Medicamentos Anti-hipertensivos vasodilatadores diretos 
Hidralazina: age diretamente na célula muscular lisa dos vasos. 
Para haver contração muscular a actina tem que fosforilar, o GMP cíclico desfosforila a actina, impedindo a 
contração, sem contrair, o musculo fica relaxado, o que diminui a resistência vascular periférica e 
consequentemente a pressão arterial. 
Cloridato de hidralazina ->relaxamento do musculo liso arteriolar (ativação do GMPc) ->dimiui a resistência 
periférica -> diminui a pressão arterial -> taquicardia reflexa. Vasodilatação nos rins aumenta o fluxo sanguíneo 
renal, não ativando a liberação de renina. Usada no tratamento de hipertensão severa, quase sempre administrado 
com um β bloqueador (por causa da taquicardia reflexa). Os efeitos adversos mais comuns incluem cefaleia, 
náusea, sudorese, arritmia e precipitação da angina. 
O diazóxido e o Menoxidil atuam abrindo os canais de potássio (K sai da célula deixando-a mais negativa), causando 
hiperpolarização do musculo liso (hiperpolarizada a célula é menos ativada, sofre menos contração) -> diminuir a 
resistência periférica -> diminuir a pressão arterial. Efeitos adversos : taquicardia reflexa e retenção de Na e água. O 
diazóxido é usado somente nas crises graves, intravenoso, tem efeito tóxico por causar hipotensão excessiva. O 
Menoxidil é usado no tratamento de hipertensão severa refratária a outros fármacos. A taquicardia reflexa pode 
ser severa e por promover retenção de Na e água pode levar ao edema. 
Nitroprussiato de sódio: Libera óxido nítrico (fator relaxante derivado do endotélio) ->ativa guanilatociclase e 
promove acúmulo de GMPc -> relaxamento do musculo liso arteriolar e vascular. Hipotensão ortostática (pessoa 
anda arcada) e diminuição da pressão arterial. Funciona em qualquer pessoa independente da cauda da 
hipertensão. Usado em UTI, administração intravenosa contínua porque é rapidamente biotransformado. 
 
Medicamentos anti-hipertensivos bloqueadores ganglionares 
Trimetafano e Mecamilamina: Competem com a Acetilcolina pelos receptores nicotínicos ganglionares (lembrando 
que os gânglios ficam no SNA simpático/parassimpático). No SNA simpático -> coração diminui frequência 
cardíaca(diminui adrenalina e noradrenalina). No SNA parassimpático -> coração aumenta frequência cardíaca 
(diminui acetilcolina). Depende do tônus predominante da pessoa. Utilizado somente em emergências devido aos 
muitos efeitos colaterais. 
 
Medicamentos anti-hipertensivos que afetam o sistema Renina – Angiotensina 
Renina -> angiotensina I -> (enzima ECA)-> Angiotensina II -> vasoconstrição. 
 Angiotensina II -> liberar aldosterona -> aumento retenção Na e água 
Enzima ECA converte angiotensina I em angiotensina II, se bloquear essa enzima, impedindo essa conversão não há 
vasoconstrição nem retenção de Na e água, portanto sem aumento de pressão. Se a angiotensina II não chega no 
vaso não há vasoconstrição, se não chega no córtex da suprarrenal não libera aldosterona (não retem Na e água). 
 
Medicamentos que inibem a ECA 
São eficientes no tratamento pós-infarto e insuficiência cardíaca. Os efeitos indesejáveis incluem tosse seca, 
vermelhidão, febre, alteração do paladar e hipercalcemia (alta [Ca] no sangue). 
 
Medicamentos Antianginosos 
Angina: intensa dor toraxica, que ocorre quando a quantidade de oxigênio que chega pelas coronárias é 
insuficiente para abastecer o coração. 
A angina estável pode ser desencadeada pelo frio, emoções, exercícios e alimentação. A angina instável é aquela 
pré-infarto (angina de repouso), esta associada com uma modificação na característica, frequência e duração da 
dor em pacientes com angina estável que começam a apresentar os sintomas em repouso. Pode ser um sinal de 
infarto do miocárdio, requer terapia vigorosa. Angina variante (vasoespastica) causada por vasoespasmos 
passageiros de vasos coronarianos, usualmente associada a ateromas subjacentes, episódios de dor podem ocorrer 
em repouso. 
Tratamento 
Angina estável: Nitratos, β bloqueadores, bloqueadores do canal de Ca 
Angina instável: AAS e nitratos 
Angina variante: Nitratos orgânicos, bloqueador canal de Ca 
 
Pré carga: nível de tensão que a musculatura cardíaca é submetida no retorno venoso 
Pós carga: nível de tensão no momento da contração 
 
Antiaginosos: Nitratos, Bloqueadores canal de Ca, β - bloqueadores 
 
Nitratos – Mecanismos de Ação 
Diferem em sua volatilidade, são efetivos em todo tipo de angina, ésteres dos ácidos nítrico e nitroso de álcoois. 
Ativa guanilatociclase -> acumula GMPc ->desforforilação -> relaxamento da musculatura lisa. 
Dilatação das veias -> diminui retorno venoso -> diminui debito cardíaco -> diminui pré-carga 
Dilatação das artérias -> diminui RVP -> diminui pós-carga 
A diminuição da pré e pós carga diminui a necessidade de sangue no coração -> alivio da angina. 
Indicação: Ataque de angina agudo por períodos curtos (nitroglicerina) 
 Profilaxia de ataques de angina, medicamentos de liberação sustentada (a tolerância pode limitar o uso). 
Tolerância e dependência aos nitratos: 
O uso continuo leva a tolerância e dependência física, portanto devem ser retirados gradualmente, a retirada 
abrupta pode ocasionar ataque anginoso grave, infarto do miocárdio e morte. 
Efeitos Adversos: cefaleia, hipotensão postural, rubor facial e taquicardia. 
 
Bloqueadores do canal de Cálcio 
O efeito principal é impedir a entrada de cálcio nas células cardíacas lisas (as células musculares esqueléticas tem 
muito Ca em seu sarcolplasma, não adianta bloquear o que vem de fora), das coronárias e artérias sistêmicas, 
através do bloqueio de seus canais. Os canais de Ca são ativados pela despolarização da membrana ou por 
receptores ativados por neurotransmissores ou hormônios. 
Nó sinoatrial: marcapasso do coração, gera impulsos, potenciais de ação (as células cardíacas são auto excitáveis) 
Bloqueio dos canais de Ca nas células do coração -> diminui [Ca] nas células do coração -> deprime a formação do 
impulso nervoso no nodo sinoatrial, diminui condução através do nodo átrio-ventricular e células de purkinje, 
diminuiu frequência cardíaca. Diminuiu contração do miocárdio, diminui demanda pela oxigenação do miocárdio. 
Bloqueio de Ca no musculo liso vascular -> diminui contração das artérias coronárias e periféricas, o que melhora a 
oxigenação e diminui a pós-carga. 
Nessa classe se enquadram os benzodiazepínicos. 
Efeitos adversos dos bloqueadores dos canais de Cálcio: 
Vasodilatação dos vasos periféricos: hipotensão, tonteira e vertigens 
Diminuição da automaticidade do nó sinoatrial: braquicardia 
Diminuição na condução átrio-ventricular: bloqueio cardíaco 
Diminuição da contração do coração: insuficiência cardíaca congestiva 
 
 
Antagonistas βadrenorreceptores 
Suprimem a ativação do coração e o trabalho cardíaco, diminuem a demanda de oxigênio do coração, diminuem as 
a incidência e consequência da angina, aumentam a tolerância ao exercício na angina por diminuírem a frequência 
cardíaca e consequentemente a demanda de oxigênio do miocárdio, também por aumentarem o tempo diastólico 
(relaxamento) na qual a perfusão do miocárdio ocorre. No tratamento da angina, são contraindicados em 
diabéticos, portadores de moléstia vascular periférica ou doença pulmonar obstrutivacrônica. 
 
 
Medicamentos Inotrópicos Positivos 
Aumentam a contratilidade do musculo cardíaco e dessa maneira aumentam o debito cardíaco. 
Usado em situações de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) 
O coração se torna incapaz de bombear sangue suficiente para todas as partes do corpo, a ICC é acompanhada de 
grandes aumentos de volume sanguíneo e liquido intersticial, assim o coração, veias e capilares se tornam repletos 
de sangue, daí o termo congestiva. (O sangue acumula em determinadas regiões e o liquido sai do vaso causando 
edema). 
O tratamento da ICC inclui aumento no debito cardíaco, na redução dos sintomas 3 classes de fármacos tem se 
mostrado efetivas: 
1) Vasodilatadores: diminuem a carga sobre o miocardio. Diminui a RVP -> diminui pós carga (a força que o coração 
tem que fazer para ejetar o sangue); diminui o retorno venoso -> diminui pré carga, dificulta o retorno venoso, o 
que causa edema e varizes. 
2) Diuréticos: diminuem o volume extracelular para diminuir o edema e evitar ativação do sistema 
renina/angiotensina/aldosterona, porque em ICC o fluxo sanguíneo nos rins é baixo. 
3) Inotrópicos: aumentam a força de contração do musculo cardíaco, cuidado para não estimular de mais e 
provocar uma parada cardíaca. 
Aumento citoplasmático da concentração de Cálcio que incrementa a contratilidade do musculo cardíaco. 
 
Glicosídeos Cardíacos (Digitálicos) 
-Provem da planta digitalis 
- Aumenta a força de contração e consequentemente o débito cardíaco. 
Inibem a bomba NaK, ativando a bomba NaCa e aumentando a quantidade intracelular de Na, o aumento de Na 
leva a um maior influxo de Ca, causando contração sistólica mais intensa. Os canais de Ca também se abrem, o Ca 
se liga a tropomianina, deixando a actina livre para ligar com a miosina e contrair o musculo. Célula cardíaca contrai 
com maior foça. 
ICC -> digitálicos -> aumento do debito cardíaco -> esvazia efetivamente os ventrículos -> diminui a pressão 
ventricular diastólica ->diminui a pressão pulmonar -> diminui a congestão. 
ICC -> digitálicos -> aumenta o debito cardíaco -> melhora o fluxo renal -> aumenta a filtração glomerular -> diminui 
a secreção de renina -> diminui a secreção de aldosterona ->diminui reabsorção de Na e água -> diminui edema. 
Coração muito danificado por infecção ou processos degenerativos não respondem bem a digitálicos. 
Cada caso é um caso individualizado, depende do médico. 
Os glicosídeos cardíacos tem uma pequena margem de segurança, podem causar náusea, vomito, diarreia, dor 
abdominal, cefaleia, sonolência, fadiga, diminuição de libido, impotência, transtornos visuais, transtornos mentais, 
entre outros. As arritmias cardíacas são comuns, o bloquei cardíaco e as contrações ventriculares prematuras 
também. 
 
 
 
Agonistas β – Adrenérgicos 
O estimulo β adrenérgico melhora o desempenho cardíaco pelos efeitos de vasodilatação e inotrópico positivo. 
A dubotamina e dopamina são os β adrenérgicos empregados, depois dos digitálicos a dubotamina é o agente 
inotrópico mais usado. 
A dubotamina leva ao aumento da AMPc intracelular, ativando a proteína quinase, o que aumenta a entrada de Ca 
para o interior da células miocárdicas, aumentado a força de contração. 
 
Inibidores da fosfodiesterase 
Impedem a inibição do AMPc. 
 
TERCEIRA PROVA DE FARMACOLOGIA 
 
Farmacologia da Dor 
Alertar o organismo para algo que esta lesando o tecido, avisar do perigo, respostas imediatas a estímulos nocivos, 
um exemplo da importância é a analgesia congênita (não sentir dor) 
“Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tecidual potencial ou de fato, ou 
ainda descrita em termos que sugerem tal danos.” 
 
Como reconhecer o estímulo doloroso? 
Existem no organismo receptores sensoriais responsáveis por alertar o SNC de danos nocivos ao corpo, são os 
chamados receptores nociceptivos, também conhecidos como receptores da dor. Esses receptores são 
responsáveis pela transdução de sinais, ou seja, captam um estímulo e o transformam em potencial de ação no 
neurônio. Estão localizados na pele (localização cutânea -> milhares) ou vísceras (localização visceral -> sensação 
menos localizada). O excesso e estímulos pode torna-los nocivos, como o calor ou o frio. 
Dano tecidual (estímulo) -> fibras captam o estímulo -> mediadores químicos + neurotransmissores -> transmissão 
da informação (PA) -> chega à medula pela raiz dorsal. Os mediadores estão presentes no estímulo da dor e os 
neurotransmissores no corno dorsal para transmitir a dor. Os principais neurotransmissores presentes no corno 
dorsal para transmissão da dor são a substancia P, que atua nos receptores NK1 e o glutamato que atua nos 
receptores AMPAe cainato. 
A fibra secundária leva a informação até o encéfalo, exceto o olfato, todos os outros sentidos passam pelo tálamo 
antes de ir para o córtex, como se o tálamo funcionasse como uma peneira de informações. A informação chega ao 
núcleo talâmico ou córtex através no feixe ascendente. 
 
Mediadores químicos da dor 
Prostaglandina E2 
Leucotrienos 
Bradicininas 
Histamina 
Serotonina 
 
Controle central da dor 
Sistema inibitório descendente – SID 
Quando o estímulo doloroso ativa neurônios do núcleo da rafe e da matéria cinzenta periaquedutal, é ativada uma 
via descendente que faz sinapse inibitória nos neurônios de segunda ordem, a informação dolorosa que vem dos 
aferentes primários é inibida. A analgesia pode ser induzida pela ansiedade ou medo por exemplo. 
Neurotransmissores do sistema inibitório descendente: 
Serotonina:ativa SID e estimula os neurônios a liberarem encefalinas, também atua a nível periférico 
Noradrenalina: atua diretamente nos neurônios de segunda ordem inibindo o estimulo doloroso e ativa os 
neurônios colinérgicos, a liberarem serotonina, que inibe a transmissão da dor, através da ativação de receptores 
muscarínicos. 
Opióides: atuação pré e pós sinaptica (aferentes primários e neurônios de segunda ordem). Casos extremos, 
morfina e codeína. Se exógeno o opióide age em todos os segmentos. 
Serotonina, noradrenalina e encefalina agem no corno dorsal no sentido e impedir a passagem da informação. 
Paciente com depressão responde mais a dor. Depois que houve ascensão da dor o cérebro verifica se há 
necessidade de liberar serotonina. Na terminação nervosa (periferia) é estimulada a percepção da dor, mas na 
medula inibe a dor -> serotonina e noradrenalina. 
 
Como o Medo pode induzir a analgesia? 
Medo ativa sistema cerebral de defesa ->ativa sistema inibitório descendente -> inibe a transmissão da dor -> 
analgesia. Nesse caso vale ressaltar que é importante que que a dor não compita com a necessidade fuga do 
estímulo aversivo. 
 
FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS – AINEs 
Dor aguda: 1º evento, dor como sinal de que algo esta errado 
Dor crônica: a dor permanece por um longo período, mesmo com o cessar do estímulo doloroso 
Inflamação: resposta normal do organismo, defesa e recuperação de injúria. Mas não pode ser exagerada. 
Estímulo lesivo celular ->liberação de mediadores químicos -> histamina, prostaglandina E2, serotonina(5-HT), 
bradicinina e interleucina -> reação inflamatória aguda -> resolução. 
 
As cicloxigenases 
COX I: enzima essencial, encontrada na maioria das células, produção de prostaglandinas para manutenção de 
funções fisiológicas. 
COX II: formação induzida pelo processo de inflamação (IL1, IL2, TFNα), produção prostaglandinas que medeiam a 
inflamação, dor e febre. 
 
Cascata da Inflamação 
Lesão ->fosfolipase A2 (na membrana celular) -> ativa fosfolipídios -> estimula liberação de ácido aracdônico 
para o meio extracelular. O ácido aracdônico podesofrer ação de duas enzimas: Lipoxigenase -> busca da 
homeostasia ou Cicloxigenase -> início da resposta inflamatória. 
A lipoxigenase ativa substâncias ligada a processos alérgicos. A COX II ativa substâncias ligadas a inflamação, como 
prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanas. A COX I ativa substâncias fisiológicas protetoras (principalmente 
gástricas e renais). 
 
 
 
O ácido aracdônico, ao ativar a ciclóxigenase COX II, estimula a produção de PGG2 e PGH2, que liberam outras 
enzimas da inflamação (prostaglandinas) 
 
Ácido Aracdônico 
↓ 
Cicloxigenase COX II 
↓ 
TXA2 ←PGG2/PGH2 → PGI2 
↙ ↓ ↘ 
PGE2 PGF2α PGD2 
 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS 
Indução da contração uterina (PGE2, PGF2α) 
Febre (PGE2) 
Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor (PGE2, PGI2) 
Sensibilização das terminações nociceptivasperiféricas periféricas (PGE2, PGI2) 
 
APLICAÇÕES TERAPÉUTICAS DAS PROSTAGLANDINAS 
Estimulação uterina para aborto entre a 12ª e a 20ª semana 
Anti-ulceroso no trato gastrintestinal 
Agregação plaquetária, substituindo a heparina 
Impotência masculina 
Inibidor de leucotrienos (asma) 
 
AINEs 
Não possuem estrutura esteroide. Exemplo: aspirina, ação anti-inflamatória, analgésica e antipiréticos. 
Modo de ação: inibem a cicloxigenase I e II, inibindo a produção de prostaglandinas, agindo como analgésico já 
que PGE2 e PGI2 sensibilizam os receptores periféricos da dor e causam hiperalgesia potencializando os 
mediadores da dor. São eficazes contra dor associada a lesão tecidual ou inflamação, já que no processo 
inflamatório PGE2 e PGI2 são responsáveis pela (facilitam) sensação dolorosa. 
A ação analgésica dos AINEs esta associada a uma menor produção de prostaglandinas, em especial e PGE2, o que 
resulta em menor sensibilização das terminações nervosas nociceptivas a mediadores inflamatórios como 
bradicinina e serotonina, causando menor sensação dolorosa. 
A temperatura do corpo é regulada pelo hipotálamo, durante uma resposta inflamatória é liberado um pirógeno 
(pelos macrófagos) que estimula o hipotálamo a liberar PGE2, que promove a elevação do ponto de ajuste da 
temperatura. Portanto a ação antipirética dos AINEs esta associada a inibição de PGE2 no hipotálamo. A febre 
ocorre quando há um distúrbio no termostato, elevando a temperatura corporal. Com a inibição de PGE2 no 
hipotálamo o corpo passa a trabalhar para que ocorra o reajuste da temperatura, os mecanismos de 
termorregulação atuam para que a temperatura corpórea seja reduzida, dilatando vasos da superfície e 
provocando sudorese. 
Ação anti-inflamatória dos AINEs. Direta: redução das prostaglandinas que promovem vasodilatação (PGE2 e PGI2), 
diminuindo a vasodilatação. Ação anti-inflamatória indireta: menor vasodilatação, diminui a ação da histamina, que 
diminui a permeabilidade dos capilares, o que faz diminuir os edemas. 
 
 
 
AINEs: efeitos adversos 
PGE2estimula a produção de muco protetor no estomago e intestino e PGI2 inibe a secreção gástrica, então um 
AINE vai acarretar no aumento de ácido gástrico e diminuição do muco protetor, podendo causar náuseas, vômitos 
ou ulcera/hemorragia. A PGE2, PGI2 são antagonistas da angiotensina II, catecolaminas e vasopressina que fazem a 
vasoconstrição, porque essas prostaglandinas promovem vasodilatação, sem elas não há vasodilatação, 
aumentando a vasoconstrição, causando insuficiência renal, o que é toxico no organismo não é eficientemente 
eliminado por causa da baixa filtração. No sistema respiratório osAINEs aumentam os níveis de CO2 (diminuindo a 
fosforilação oxidativa), aumentando a ventilação alveolar, com doses terapêuticas. Em doses altas os AINEs atuam 
sobre o centro respiratório no bulbo, acarretando alcalose respiratória (por causa da hiperventilação), que é 
corrigida nos rins. O TXA2 aumenta a agregação plaquetária e o PGI2 inibe. Em doses baixas de AINEs o TXA2 é 
inibido, em influenciar o PGI2, diminuindo a agregação plaquetária, ajudando na prevenção de formação de 
trombos. (Mas dificultando a cicatrização, inibindo a coagulação e em cirurgias pode causar hemorragia. 
Com menor frequência, os AINEs causam distúrbios hepáticos, depressão na medula óssea, broncoespasmos em 
indivíduos sensíveis, nefropatia e reações cutâneas. 
 
Classes terapêuticas dos aines 
1ª classe: Salicatos (AAS) 
Aspirina. Primeira droga sintetizada pela indústria farmacêutica, no mercado desde 1897 Retirada da casca do 
chorão-salguerro, a salicina foi isolada em 1829. Sofre metabolização no fígado e intestino. Indicado para 
analgesia, dores de cabeça, antitérmico, anti-inflamatório. Uso profilático para trombose. Inibe a cicloxigenase, 
transformando-a numa forma inativa. Ac acetilsalicílico ->salicilato e COX ativa -> COX inativa, pela adição do grupo 
acetil na COX. Sofre absorção estomago e intestino delgado, em 30 min é encontrada no sangue e o pico se dá em 2 
horas. Influenciam na absorção a composição, velocidade de desintegração, alimentos, pH e tempo de 
esvaziamento gástrico. A absorção maior se dá no estômago (91% não ionizada). Pode ser encontrada livre ou 
ligados a albumina. Sofre hidrólise na mucosa gastrintestinal, desacetilando e passando de ácido acetilsalicílico para 
ácido salicílico, que sofre conjugação com glicina e glicirônio. 
 
2ª classe: FENAMATOS 
 Os efeitos colaterais mais frequentes são desconforto gástrico e anemia hemolítica e dispepsia. É contra-indicado 
em caso de doença no trato gastrintestinal e alteração na função renal. Muito usado para cólica. 
 
3ª classe: PIRAZOLÔNICOS 
Efeitos colaterais frequentes: hemorragia, agranulocitose, púrpura, trombocitopenia hemolítica e anemia aplástica 
(medula deixa de produzir células vermelhas e brancas). Baixa a pressão arterial, como exemplo o dipirona. Usado 
para febre e dor, apesar de ser AINE tem baixa ação anti-inflamatória e baixa ação sobre vasos. 
 
4ª classe: PARAMINOFENOL 
Tilenol e paracetamol, mais indicado no Brasil para crianças, do que dipirona por causa do efeito colateral anemia 
aplástica. Produz tóxico intermediário que ataca células principalmente do fígado, as crianças não têm defesa 
contra esse composto intermediário. Adulto que toma muitos remédio -> induz enzima P450 que produz esse 
intermediário. NUNCA MISTURAR ÁLCOOL E TILENOL, usar dipirona se necessário. Intermediário tóxico = N-acetil β 
benzoquinona imina. 
 
 
 
5ª classe: ÁCIDOS FENILACÉTICOS 
Cataflan (inflamações superficiais de mucosa - k)e voltarem (inflamações mais profundas, o Na aumenta a 
solubilidade em água, retenção de água aumenta a pressão - Na). Efeitos colaterais como sangramentos, 
ulcerações, hepatotoxicidade. 
DERIVADOS DA SEROTONINA E NÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
7ª classe: PIRROLACÉTICO 
Efeitos colaterais: desconforto gástrico, dores de cabeça, nervosismo, ansiedade, insônia, distúrbios visuais e 
hipersensibilidade. 
 
8ª classe: FENOXIMETANOSSULFANILIDA 
Fraco inibidor da prostaglandina, analgésico noradrenérgico. Efeito colateral: hepatotoxicidade. Nimesulida 
(analgésico somente). 
 
9ª classe: PROPIÔNICO 
Atividade anti-inflamatória e analgésica. Indicado para crianças, mas demora de 2 a 3 horas para baixar a febre. 
 
10ª classe: OXICANS 
 
MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DE SEGUNDA GERAÇÃO 
12ª classe: COXIBIS 
Tempo médio de meia vida: 7 horas, metabolização hepática. Mais ou menos a 5 anos no mercado e pode gerar 
parada cardíaca em quem já tem problema. 
 
AINEs 
 
 
GLICOCORTICÓIDES 
A liberação de hormônios pela hipófise anterior é regulada por um hormônio de liberação ou inibição específico do 
hipotálamo. 
Estímulo -> hipotálamo -> hormônioliberador da corticotropina -> hipófise -> hormônio 
adrenocorticotrópico/corticotropina -> estimular as adrenais -> produzir cortisol (corticoides e 
mineralocorticoides)-> inibir todos os anteriores. 
O hormônio de liberação da corticotropina (hipotálamo) é regulado por fatores neuronais e ma=ecanismos de retro 
alimentação negativa. A liberação de aldosterona é controlada pela pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
A primeira opção de tratamento são os AINEs, mas se não resolver administrar glicocorticoides. Se aumentar a 
quantidade plasmática de glicocorticoides, vai ocorrer retroalimentação negativa e o corpo para de produzí-los. Por 
isso a retirada deve ser lenta para voltar a produção normal de GLC. Se faltar GLC a pessoa não esta mais preparada 
para o estresse. (*considerando estresse qualquer situação que altere a homeostasia do organismo). A adm de GLC 
exógenos tem função anti-inflamatória e imunissupressora. 
 
Metabolismo de carboidratos: 
Glicocorticoides -> cortisol -> estresse 
Cortisol ↑[GLICOSE] sague (energia) 
Inibe liberação de insulina para a glicose não entrar na célula 
Estimula a gliconeogênese e glicogenolise 
Aumenta síntese de glicogênio hepático, estocando substrato para respostas agudas a agentes glicogenolíticos 
Diminui síntese proteica e aumenta a proteólise (↑[AMINOÁCIDOS] para reparar tecidos ou fornecer energia) 
Inibe a utilização periférica da glicose 
 
Metabolismo lipídico 
Triacilglicerol -> ácido graxo + lipídeo 
Gordura quebrada tende a se localizar na barriga 
Efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura 
 
RESISTENCIA AO ESTRESSE E EFEITO SOBRE AS RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS IMUNOLÓGICAS 
Situação de estresse: ↑CRH -> ↑ACTH -> ↑glicocorncóides 
Aumentam a resistência do organismo ao estresse 
Inibem síntese de mediadores inflamatórios 
Inibe a liberação de enzimas lisossômicas 
Inibe liberação de histamina 
Reduz formação de prostaglandinas e leucitrienos 
 - menor vasodilatação 
 - diminuição da permeabilidade capilar 
 - menor migração de leucócitos 
Inibe proliferação de fibroblastos e síntese de colágeno 
Inibe resposta imune celular 
Suprime a produção de linfócitos 
Diminui a produção de leucinas, o que diminui a febre 
 
Aumentam a resistência do organismo ao estresse e inibe as respostas da inflamação. 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICÓIDES 
Inibição dos genes da transcrição da COX 2 
Bloqueio da indução mediada pela vitamina D3 do gene osteoclacina, nos osteoclastos e modificação dos genes 
colagenases 
Aumento da síntese da lipocortina-1, proteína que suprime a fosfolipase A2.Diferente dos AINEs que agem na 
COX 1 e 2, os glococorticóides agem inibindo a enzima fosfolipase A2, não havendo produção de ácido aracdônico, 
interrompendo a cascata a inflamação. 
Metabolizados no fígado e penetram nas células por difusão 
 
Efeitos indesejáveis 
Observados principalmente como uso sistêmico prolongado. Supressão da resposta à infecção, supressão da 
síntese de glicocorticoides endógenos, ação metabólica alterada, síndrome de Curshing. 
Inibe crescimento (asma) quebra colágeno e interfere no osteoblasto 
Mineralocorticoide aumenta a reabsorção de sal e água, aumentando a pressão arterial 
Efeitos colaterais 
Gota: acumulo de ácido úrico pelo excesso de aminoácidos (proteólise) 
Ácido graxo: placa de ateroma nos vasos (infarto, AVC, trombose e pressão alta -> também pelo aumento da 
reabsorção desal e água) 
Diabete supra-renal: produção de insulina, mas ação inibida 
Cansaço: por causa da quebra de proteínas 
 
Principais indicações clínicas 
Surfactante pulmonar (asma, bronquite), não deixa pulmão colabar 
Redução de queloides (quebra colágeno) 
Dermatite de contato 
Reações alérgicas a picadas de insetos (diminui liberação de histamina e leucotrienos) 
Terapia para doenças neoplásicas em combinação com agentes citotóxicos (leucemia). Os medicamentos 
antineoplásicos destroem células cancerosas, o organismo entende que tem que regenerar, dar glicocorticoide para 
não sintetizar proteína, diminuir o fluxo sanguíneo e suprimir a resposta imune. 
Asma, por inalação ou sistêmica em casos graves ->broncodilatação 
Topicamente em condições de inflamação da pele, olhos, ouvidos e nariz 
Hipersensibilidade 
Doenças auto-imunes 
Prevenção de rejeição em transplante. 
 
Outros efeitos 
Retenção de líquido -> hipertensão arterial (aldosterona) 
Maior ocorrência de infecções no uso prolongado devido a supressão das interleucinas (IL) 
Gastrites e ulceras devido a baixa produção de PGE2 e PGI2 
Colírios com glicocorticoides podem levar o paciente a desenvolver glaucoma 
Risco de aumento d glicemia 
 
 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES 
São analgésicos opióides todas as substâncias derivadas do ópio, como morfina (opiáceonatiral, seu nome deriva 
do grego, Morpheu – Deus do sono- devido ao sedativo que esse opióide possui) e algumas sintéticas como a 
codeína. Ópio é obtido do suco da planta Papaversomniferum, apresenta-se como uma goma marrom que resulta 
do suco leitoso coagulado. A morfina é o principal alcaloide do ópio. 
Analgésicos opióides: 
 
Analgésicos opióides atuam como agonistas dos opióides endógenos. 
Receptores opióides mais conhecidos: 
µ (1 e 2): analgesia, depressão respiratória, euforia e síndrome de abstinência 
K (1,2 e 3): analgesia, miose (contração da pupila), 
δ (1 e 2): alteração do comportamento afetivo 
σ: disforia, alucinações. Estimulação vasomotora, estimulação respiratória e dilatação da pupila. 
Age principalmente em áreas relacionadas à condução do estimulo doloroso e áreas pertencentes ao sistema 
límbico e extrapiramidal. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS OPIÓIDES 
Ação central: interação com receptores κ, δ ou µ fecha canais cálcio-voltagem-dependentes reduzindo a entrada 
de cálcio para o interior de terminais nervosos, diminuindo a liberação de neurotransmissores. 
 
PRINCIPAIS EFEITOS FARMACOLÓGICOS DA MORFINA 
Analgesia 
Depressão respiratória 
Náuseas 
Miose 
Liberação de histamina 
Euforia e sedação 
Supressão de tosse 
Vômitos 
Redução da motilidade TGI 
Boncoconstrição e hipotensão 
No sistema nervoso central 
Afinidade por receptores µ 
Analgesia: alteração da percepção da dor e da reação do paciente a dor 
Euforia: sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e desconforto 
Sedação: sonolência e turvação da consciência 
Depressão respiratória: inibição dos mecanismos do tronco cerebral 
Supressão da tosse (mais especificamente a codeína) 
Miose 
Rigidez no tronco – aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na ventilação 
Náuseas e vômitos: ativação da zona desencadeante quimiorreceptora do tronco cerebral 
 
USO DOS OPIÓIDES 
Dor intensa e constante 
Dor associada ao câncer ea doenças terminais 
Adm em intervalos fixos é mais eficiente 
Os opióides atravessam a barreira hematoencefálica dos fetos, podendo provocar depressão respiratória. 
 
Tolerância e dependência aos efeitos da morfina 
A tolerância surge rapidamente acompanhada da síndrome de abstinência física (com duração de alguns dias) e 
dependência psicológica, associada ao desejo mórbido da droga, podendo durar vários meses ou anos. 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
Procaína 
Lidocaína 
Prilocaína 
Bupivacaína 
Benzocaína 
 
Mecanismos de ação: 
Impedem o inicio e a propagação dos potenciais de ação atravésdo bloqueio dos canais de sódio, por bloquear a 
condução do impulso ao longo das fibras nervosas são capazes de abolir a dor nos territórios corporais inervados. 
Assim bloqueiam primariamente pequenos neurônios mielinizados, como os nociceptivos.No entanto não são 
específicos, podendo inibir outros neurônios, incluindo os motores, fazendo a pessoa perder a motricidade. 
 
Efeitos indesejáveis: 
Ocorrem quando há passagem para a circulação sitemica, podendo causar agitação, confusão, tremores, convulsão 
e depressão respiratória. Também são efeitos inedsejpaveis depressão miocárdica, vasodilatação e queda da 
pressão arterial. 
 
ANESTÉSICOS GERAIS 
1) Intravenosos 
Tiopental 
Etomidato 
Propofol 
Cetamina 
Midazolam 
2) Inalatórios 
Halotano 
Enflurano 
Isoflurano 
Óxido nitroso 
Éter 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS 
Inibem a transmissão sináptica, provavelmente não exercendo efeito sobre a condução axonal. Esta inibição pode 
ocorrer devido a redução da liberação de neurotransmissor, inibição da ação do neurotransmissor ou redução da 
excitabilidade da célula pós sinaptica. 
 
EFEITO DOS ANESTÉSICOS GERAIS 
Suprimem a dor ao preço de perda da consciência e da motricidade, mantendo apenas alguns reflexos, bem como 
as funções autônomas vitais como a circulação sanguínea e respiração. 
Três alterações fisiológicas principais: perda da consciência, perda da resposta a estímulos dolorosos e perda dos 
reflexos. Os intravenosos são usados para indução da anestesia, seguido do anestésico inalatório. Os agentes 
anestésicos podem provocar depressão cardiovascular através dos efeitos sobre o miocárdio e os vasos sanguíneos, 
bem como no sistema nervoso. 
 
SEGUNDO BLOCO DE AULA – 3ª PROVA 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
A ansiedade é própria da via humana e necessária até certo ponto. É estímulo à ação, é impulsionadora da 
criatividade em movimentos de superação de problemas e da superação de frustrações. Ansiedade: você imagina 
que o perigo existe, mas não vê o perigo. Fobia é um tipo de ansiedade. Medo: o perigo é eminente, a pessoa fica 
sem ação. 
Ansiedade exagerada é vivenciada como um estado emocional não prazeroso e desconfortável, envolve mudanças 
de humor e da cognição. Acompanhada por alterações fisiológicas e comportamentais. A ansiedade torna-se 
patológica quando a resposta ao estímulo é exagerada e irracional. Pode ser devido a predisposição genética e 
fatores ambientais. 
 
Aumento de serotonina na amigdala -> ansiedade generalizada 
Diminuição de serotonina na matéria cinzenta periaquedutal -> pânico, fobias 
Aumento de serotonina no hipocampo -> ansiedade generalizada 
Diminuição de serotonina no hipocampo -> depressão 
 
Pânico é sentimento de morte, a pessoa se sente impedida de fugir como se a morte fosse certa. Depressão não 
tratada pode virar pânico. Diazepan é um ansiolítico. 
Medicamentos ansiolíticos – surgiram no final do século 19. Fenobarbital (gardenal, hoje usado para convulsões) 
surgiu no início do século 20, ansiolítico eficaz e de baixo custo. Muitos efeitos indesejáveis, pode provocar 
dependência fisiológica acentuada. Surgimento dos benzodiazepínicos, usados até hoje, menor toxicidade que o 
fenobarbital e menor capacidade de produzir dependência. 
Ratinho + balde -> enquanto rato nada: ansiedade, quando rato para de nadar: depressão. 
 
Sistema de inibição comportamental: ansiolítico inibe neurônios serotonérgicos e noradrenérgicos. 
 
Bases neuroquímicas da ansiedade 
De uma perspectiva evolutiva a ansiedade e o medo estão nas reações de defesa dos animais diante de estímulos 
ameaçadores ou situação de perigo. As patologias relacionadas a ansiedade, depressão ou medo ocorrem quando 
há um distúrbio no controle reações de defesa. 
 
Condicionamento aversivo: 
Rato leva choque toda vez que ouve um som, depois de um tempo toda vez que ouvir esse som seu corpo vai reagir 
como se estivesse levando o choque. Ansiolíticos inibem neurônios serotonérgicos e noradrenérgicos, (o 
ratinhonão vai responder ao som, mesmo que condicionado, como se ele esquecesse do choque toda vez) o que 
causa inibição do comportamento, aumento da vigilância e aumento da atenção seletiva. Diminuição da serotonina 
na matéria cinzenta periaquedutal leva aos sintomas do pânico e o aumento da serotonina no hipocampo 
(amigdala) leva aos sintomas de ansiedade. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
O gaba é o principal neurotransmissor inibitório, então os benzodiazepínicos atuam como agonista do GABA, 
potencializando sua ação, diminuindo a ansiedade, causando sedação e efeito anti-convulsivante. 
 
 
 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
Redução da ansiedade e agressão 
Sedação e indução do sono 
Redução do tônus muscular e coordenação 
Efeito anticonvulsivante 
 
Os benzodiazepínicos apresentam pequenas diferenças entre si, quanto a propriedade ansiolítica, sedativa e 
hipnótica, a duração da ação varia bastante no grupo, podendo determinar seu efeito terapêutico. 
 
FARMACOCINÉTICA 
São fármacos lipossolúveis, amplamente absorvidos por adm oral, distribuição ampla. São metabolizados a 
derivados glicurônicos, compostos ativos que são eliminados na urina, preferencialmente. 
 
DISTÚRBIOS ANSIOSOS: BENZODIAZEPÍNICOS 
Devem ser usados para ansiedade grave e contínua. Os agentes de ação mais prolongada como o diazepam são 
preferidos para pacientes ansiosos que terão um tratamento mais prolongado. 
Ocorre tolerância, ou seja, aumento da dose para o mesmo efeito, no entanto os efeitos ansiolíticos estão menos 
sujeitos a tolerância que o efeito sedativo e hipnótico. 
 
DISTURBIOS DO SONO: BENZODIAZEPÍNICOS 
FLURAZEPAM: ação prolongada, reduz o numero de despertares noturnos, diminui o tempo de indução do sono, 
pode ocorrer sedação diurna, aumenta a duração do sono. 
TEMAZEPAM: ação intermediria, útil para pacientes que despertam com grande frequência, ou seja, útil no 
controle da insônia causada pela incapacidade de manutenção do sono. 
TRIAZOLAM: ação curta, usado para induzir o sono, pacientes com dificuldade de induzir o sono. 
 
EFEITOS ADVERSOS – BENZODIASEPÍNICOS 
Sonolência 
Confusão 
Amnésia 
Comprometimento da coordenação motora 
 
DEPENDÊNCIA 
Pode haver dependência física ou psíquica se adm altas doses por longos períodos 
Interrupção abrupta provoca síndrome de abstinência, com confusão, ansiedade, agitação, insônia e tensão. 
 
ANTAGONISTAS BENZODIAZEPÍNICOS 
Alguns fármacos como o flumazil são considerados antagonistas competitivos dos benzodiazepínicos, prevenindo 
sua ação ansiolítica. 
 
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES 5-HT1A: BUSPIRONA 
Liga-se também aos receptores da dopamina, porem é pouco provável que sua ação venha daí. Acredita-se que 
atue sobre receptores serotonérgicos pré-sinápticos inibitórios, reduzindo a liberação de serotonina. São 
necessárias várias semanas para a manifestação de seus efeitos ansiolíticos. Os efeitos colaterais parecem ser 
menos incômodos que dos benzodiazepínicos, consistem em vertigem, náusea, cefaleia, sem sedação ou perda de 
coordenação. 
 
 
BETA BLOQUEADORES: PROPANOLOL 
Antagonista d e β – adrenorreceptores 
Sua eficiência depende do bloqueio das respostas simpáticas periféricas, é utilizado em pessoas que precisam se 
apresentar em público, com o objetivo de diminuir os sintomas físicos da ansiedade, tais como taquicardia, 
tremores e transpiração. 
*ALGUMAS SIGLAS E MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS* 
 
DEPRESSÃO 
Todos apresentam flutuações de afeto, no entanto em algumas pessoas essas flutuações assumem um caráter 
inadequado, sendo muito severas e persistentes, caracterizando um distúrbio afetivo. 
Os transtornos afetivos podes ser classificados em: distúrbio depressivo unipolar e distúrbios bipolares. Podem 
estar associados a doenças orgânicas, uso de medicamento e efeitos de transtornos psiquiátricos. O transtorno 
afetivomais comum é a depressão. 
Distúrbio bipolar: humor e comportamento oscila entre a depressão e a mania, sendo a mania caracterizada por 
excessos, agitação, entusiasmo e confiança. Os sintomas da mania e depressão são inapropriados para situação. 
Transtorno afetivo unipolar: humor depressivo, sono, anedonia, culpa, fadiga ou perda de energia, alterações no 
peso, pensamento de morte, suicídio, alterações psicomotoras. 
Reserpina (fármaco) que ↓disponibilidade de monoaminas e pode causar depressão. Antidepressivos ↑ 
disponibilidade de monoaminas. 
 
TEORIAS DA DEPRESSÃO 
Teoria monoaminérgica da depressão: a depressão surge em decorrência de uma deficiência na transmissão 
noradrenérgica. Dois anos depois foi proposta a teoria serotonérgica da depressão, que diz que a depressão seria 
causada por uma deficiência de serotonina na fenda sináptica. 
Antidepressivos 
1 – IPRONIAZIDA – IMAO 
Dos pacientes “testados” 2/3 melhoraram a depressão quando tratados com esse medicamento, no teste com 
placebo 1/3 respondeu. 
IMAO – inibidores da monoamina oxidase 
Inibidores da recaptação da serotonina, fazendo aumentar sua concentração na fenda.A MAO é responsável por 
controlar a noradrenalina/serotonina intraneuronal. 
Inibidores da MAO – IMAO 
A eficácia desses medicamentos foi descoberta por acaso na década de 50. 
Função da MAO: regular a concentração intra-neuronal livre de noradrenalina e serotonina 
IMAOs: irreversíveis e não seletivos, a inibição não seletiva da MAO promove um acúmulo de noradrenalina e 
serotonina e dopamina na fenda sináptica no momento em que o neurônio é ativado. 
IMAOs: reversíveis e seletivos. MAO-A tem afinidade preferencial pela noradrenalina e serotonina. MAO-B tem 
afinidade preferencial pela dopamina. São usados como psicofármacos inibidores seletivos da MAO-A: 
Moclobemida. 
 
Efeitos colaterais 
Hipotensão postural 
Ganho de peso excessivo 
Efeitos anticolinérgicos 
Toxicidade hepática 
Excessiva estimulação central – tremores, excitação, insônia 
 
 
 
Efeitos farmacológicos 
Aumento da [5-HT] e Noradrenalina > Dopamina 
Tratamento crônico: diminuição dos receptores β e 5-HT 
Latência de ação: duas a três semanas 
 
Interação com alimentos 
Nunca ingerir com alimentos que contenham tiramina, porque pode causar uma hipertensão aguda, que pode 
levar a cefaleia grave e hemorragia intracraniana. Aminas simpatomiméticas também podem causar a mesma 
reação. 
Efeito da tiramina na presença da IMAO irreversível: aumento exagerado da concentração de noradrenalina, que 
pode causar um aumento excessivo da pressão arterial (potencialização do fármaco). O excesso de [noradrenalina] 
causado pelo efeito da tiramina é destruído pela MAO, se der IMAO não tem MAO para destruir o excesso de 
noradrenalina. 
Como evitar interação com tiramina: não comer queijos envelhecidos, arenque defumado, cervejas e vinhos, 
fígado, extratos de leveduras, embutidos, feijões de fava. E descongestionantes nasais simpatomiméticos. 
Usos clínicos 
Depressão, quando os outros tratamentos são ineficientes, depressão atípica, fobias e IMAO-B para doença de 
Parkinson. 
 
2 – ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS – (ADT) 
Inibem a recaptação de noradrenalina e/ou serotonina, competindo pelo transportador da membrana, com 
diferentes potenciais. Aparecimento do efeito em 2-4 semanas 
 
Ação farmacológica 
Imipramina inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina 
Desipramina inibe acentuadamente a recaptação de noradrenalina 
Amitriptilina inibe de maneira eficaz a recaptação de serotonina 
Clomiparina inibe com elevada potência e seletividade a recaptação de serotonina 
 
Principais ações do ADT 
Bloqueio de receptor H1 
Bloqueio de receptor α1 (bloqueio contração da musculatura lisa, vasos e adrenalina) 
Bloqueio de receptor M1 (bloqueio da secreção de ácido gástrico) 
Bloqueio de recaptura de noradrenalina 
Bloqueio da recaptura de serotonina 
 
Efeitos terapêuticos 
Bloqueio da recaptura da serotonina e noradrenalina 
 
Efeitos colaterais 
Bloqueio dos receptores H1, levando a um excesso de peso 
Bloqueio de receptores M1, levando a constipação, boca seca, tontura e prejudicando a visão, retenção urinária, 
disfunção sexual e memória 
Bloqueio dos receptores α1: tontura, diminuição da pressão arterial, hipotensão postural, taquicardia reflexa 
Diminuição do limiar convulsivo 
Bloqueio da transmissão no nodo atrioventricular, causando arritmias cardíacas 
Desencadeamento de episódios de mania 
Superdosagem por Antidepressivo Tricíclico (ADT) 
Suicídio, delírio + convulsão, comaa, depressão respiratória (dura por vários dias) 
Pode levar a morte devido ao bloqueio cardíaco progressivo 
 
Contraindicações 
Glaucoma 
Íleo paralítico 
Alargamento da próstata 
Arritmias cardíacas com bloqueio de ramo 
Epilepsias e propensão para convulsões 
Distúrbios de equilíbrio 
 
Uso clínico dos ADTs 
Transtorno depressivo 
Transtorno obsessivo – compulsivo 
Fobias 
Dor neuropática 
Incontinência urinária infantil 
Usos menos comuns: bulimia, outros transtornos alimentares e déficit de atenção. 
 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTURA DE SEROTONINA – ISRS 
Geração mais nova de antidepressivos 
 
Vantagens sobre ADTs e IMAOS 
Menos efeitos colaterais 
Menor efeito nos receptores colinérgicos, histaminérgicos e α-adrenérgicos 
Baixa toxicidade aguda (mais seguros em superdosagem) 
Não apresentam relações com alimentos como IMAOs 
 
Desvantagens dos ISRS 
Custo elevado 
Náusea, anorexia e insônia 
Aumento da agressividade, violência, relatos de aumento da taxa de suicídio 
Se administrado junto com IMAO pode causar a Síndrome 5-HT: tremor, hipertermia, colapso cardiovascular e 
morte. 
 
Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina são antagonistas indiretos de serotonina (?) 
 
Perfil de ação dos ISRS 
Dose inicial é a mesma da dose de manutenção 
Início da resposta de 3 a 8 semanas 
A resposta é normalmente a remissão completa dos sintomas 
Os sintomas geralmente não pioram no tratamento 
 
Propriedades farmacológicas dos ISRS 
Bloqueio da recaptura de dopamina 
Bloqueio da recaptura de noradrenalina 
Bloqueio da recaptura de serotonina 
Ação em receptores sigma (σ) 
Bloqueiam receptores M1 
Bloqueio dos receptores 5-HT2 
PROPRIEDADES DOS ISRS – FLUOXETINA 
Bloqueio dos receptores 5-HT2 
Bloqueio da recaptura de noradrenalina 
Bloqueio da recaptura de serotonina 
Inibição enzimática: CYP450 2D6, 3ª4 
PROPRIEDADES DOS ISRS – SERTRALINAE PAROXICETINA 
Sertralina 
 Bloqueio da recaptura de dopamina 
 Ação em receptores sigma (σ) 
 Bloqueio da recaptura de serotonina 
Paroxicetina 
 Bloqueio da recaptura de noradrenalina 
 Bloqueio da recaptura de serotonina 
 Bloqueio de receptores M1 
Inibição enzimática: NOS, CYP450 2D6, 3ª4 
PROPRIEDADES DOS ISRS – FLUVOXAMINA E CITALOPRAM 
Fluvoxamina 
 Ação em receptores sigma (σ) 
 Bloqueio da recaptura de serotonina 
Cotalopram 
 Bloqueio da recaptura de serotonina 
Inibição enzimática: CYP450 2D6, 3A4, 1A2 
 
Escitalopram 
Isômero ativo do Citalopram 
Menos efeitos adversos (insônia, problema de ejaculação, sonolência, fadiga e sudorese). 
 
Efeitos colaterais dos ISRS 
Disfunção sexual 
Ansiedade 
Nervosismo 
Insônia 
Dor de cabeça 
Tremor 
Sonolência 
Fadiga 
Astenia 
Purido 
Tontura 
Erupção cutânea 
Tremor 
Problemas gastrintestinais 
Sudorese 
Boca seca 
 
Usos clínicos dos ISRS 
Bulimia nervosa 
Transtorno de pânico 
Uso sob investigação: transtorno afetivo bipolar, dependências em geral, esquizofrenia, fobia social, transtorno

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