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Farmacocinética: o que o organismo faz sobre a droga (absorção, distribuição, biotransformação e eliminação) Farmacodinâmica: o que a droga faz sobre o organismo Absorção: passagem do fármaco do seu local de aplicação para o sangue. Barreiras: diferentes pHs, barreira lipídica, membrana celular... Transporte: Passivo: difusão pela bicamada lipídica Filtração Passagem através de poros, ou canal aquoso Principal mecanismo de transporte de fármacos, depende da -Concentração da droga -Coeficiente de partição água/óleo (lipossolubilidade) Solubilidade em óleo x solubilidade em água -pH (quantidade de prótons) -área para difusão da droga MOLÉCULAS PEQUENAS E NÃO POLARES Ativo:Necessita de uma proteína transportadora Contra o gradiente de concentração Demanda gasto de energia Pode saturar, ou seja muito fármaco para pouca proteína transportadora Substancias grandes e polares (hidrofílicas) Transporte passivo: moléculas pequenas, lipossolúveis e sem carga. Canal aquoso: moléculas pequenas, hidrofílicas e com carga (passa junto com a água) Transporte ativo: moléculas grandes, hidrofílicas e com carga. A difusão simples é a principal maneira de absorção de fármacos, com isso pode-se concluir que substâncias sem cargas são melhores absorvidas. Ionização de Ácidos e Bases fracas Os ácidos fracos sãoneutros em sua forma protonada carregados em sua forma desprotonada, já as bases são carregadas em sua forma protonada e neutras em sua forma desprotonada. Exemplo: AH � A - + H + BH + � B + H + Quando o pK> pH (pH baixo, sobra H + ) -> predominam as formas protonadas (AH e BH + ) estomago Quando o pK< pH (pH alto, sem H + no meio) -> predominam as formas desprotonadas (A - e B) intestino Se pH = pK -> equilíbrio entre as formas Fármacos ácidos são melhores absorvidos no estomago, enquanto os fármacos básicos são melhores absorvidos no intestino. O intestino tem maior fluxo sanguíneo e maior superfície de absorção, portanto os fármacos básicos são melhores absorvidos e os fármacos ácidos sofrem mais para serem absorvidos. Para ácido, maior pk retêm o próton e fica associado -> melhor absorção (pk>pH) Para base, menor pk pra facilitar a dissociação -> melhor absorção (pk<pH) Comidas pesadas retem o fármaco no estomago,demora mais pra ser absorvido (chegar na circulação sistêmica) Ligação do Fármaco com proteínas plasmáticas: - Fármacos hidrofóbicos e ácidos fracos se ligam a albumina - um fármaco pode se ligar a uma albumina (baixa capacidade) ou várias moléculas de fármaco para cada albumina(alta capacidade) - O fármaco que esta ligado a albumina não reage, o fármaco livre reage. - a albumina pode funcionar como um reservatório de fármaco, conforme a concentração de fármaco no sangue baixa, fármacos vão se soltando da albumina e ficam livres para agir - A Concentração do fármaco também é importante para que a ligação com a albumina ocorra -Normalmente fármacos hidrossolúveis ficam dissolvidos no plasma Fármaco classe I e fármaco classe II Fármaco classe I: dose menor que quantidade de sítios de ligação disponíveis (sobra sítio, pouco fármaco livre) Fármaco classe II: dose maior que a quantidade de proteína disponível (falta proteína e sobra fármaco)-↑concentração No sangue, a concentração de fármaco tipo IIé maior pois tem menos fármaco ligado e mais fármaco livre pra agir. Biotransformação -> Eliminação Cinética de 1ª ordem: pouco fármaco (dose baixa), biotransformação diretamente proporcional à quantidade de fármaco livre. Enzima suficiente para bitransformar o fármaco, no fígado. Cinetica de ordem zero: dose alta (muito fármaco, a quantidade de enzima no fígado pra biotransformar não é suficiente, o metabolismo é constante e independente da dose. Duas fases, podendo ocorrer uma depois outra ou vice versa, ou somente uma das fases. Servem para deixar o fármaco mais polar e mais fácil de eliminar. Fase I Catalizada pelo sistema citocromo p-450. São introduzidos pequenos grupos radicais como (OH) ou(NH2), que vão conferir aumento da polaridade do fármaco. Converte moléculas lipossolúveis em moléculas mais polares pela introdução de pequenos grupos radicais. O metabolismo da fase I pode aumentar, diminuir ou manter inalterada a atividade farmacológica do medicamento. (Oxidação, hidroxilação, desaquilação e desaminação). Fase II Reações de conjugação, para fármacos muito lipossolúveis que não são eliminados após a fase I. Reação de conjugação com substrato e, endógeno (moléculas grandes) como ácido glicuronico, acido acético, aminoácidos, ou ácido sulfúrico resulta no aparecimento de moléculas polares e mais hidrossolúveis, que são em sua maioria terapeuticamente inativos. Esses compostos podem agora ser eliminados pela urina. Após a fase II o fármaco é inativo. Após a fase I talvez ainda possa passar pela membrana e talvez o sítio de reação não tenha sido afetado. A biotransformação também pode servir para ativar o fármaco-> produzir metabolito ativo. E pode produzir tóxicos. Farmacodinamica O efeito do fármaco sobre o corpo, o que o fármaco faz com o organismo. Sítio de ação, efeito farmacológico e resposta clinica. -Fármacos de ação inespecífica: se ligam a íons ou pequenas moléculas e não possuem sítio alvo em componentes moleculares de tecidos Ex: antiácido estomacal, agentes quelantes EDTA, sulfato de magnésio, manitol. -Fármacos de ação específica: alto grau de seletividade e especificidade de ação,atuam em sítios definidos, sítios localizados em componentes moleculares dos tecidos. Supressão da função genica, receptores farmacológicos, ação em transportadores e ação sobre membranas. Fármacos Agonistas Agonista pleno: se liga adeterminado local de ação e provoca mesma resposta que substância endógena normalmente provocaria Agonista parcial: se liga a um determinado local de ação e desencadeia resposta menor do que a substância endógena normalmente provocaria Agonista inverso: se liga ao local de ação e provoca ação contrária a ação que a substância endógena (ou agonista) normalmente provocaria Antagonista: droga que neutraliza ação de substancia endógena ou antagonista. Não produz efeito, pelo contrario, bloqueia o efeito. Antagonismo farmacocinético: reduz a concentração de fármaco ativo (ex: alteração no pH do meio) Antagonismo por bloqueio de receptores (competitivo): o antagonista compete com agonista pelo mesmo sitio alvo, assim o agonista se liga menos ao seu sitio alvo provocando diminuição do efeito (ligação reversível) Antagonismo não competitivo: o antagonista não se liga ao sitio alvo do agonista, se liga a outra parte do receptor inativando-o, não impede a ligação do agonista ao alvo, mas impede a ação inativando a proteína (receptor). Antagonismo Fisiológico: ocorre entre dois agonista que atuam (sobre sistemas celulares diferentes) em sentidos opostos na mesma resposta celular. Exemplo: Adrenalina em β1aumenta batimento cardíaco e Acetilcolina em M2 diminui o batimento cardíaco. Relação dose e efeito: Farmaco+receptor�complexo fármaco receptor � efeito O efeito vai ser proporcional a quantidade de complexos fármaco receptor, efeito proporcional ao numero de receptores ocupados Dose mínima: adm a pacientes que nunca tomaram a droga, corresponde a menor dose capaz de produzir efeito terapêutico Dose máxima: maior dose que pode ser adm sem efeito toxico Dose terapêutica ou eficaz: entre a min e a máx, a concentração em que o efeito é ótimo e poucos efeitos colaterais Dose terapêutica mediana: produz efeito terapeutico em metade dos animaistestados –DE50 Dose mínima letal: mínima dose capaz de provocar a morte Dose letal mediana: dose em que metade dos animais morrem (dose única). DL50 Índice terapêutico: DL50/DE50 � medida indireta da toxicidade da droga, margem de segurança Índice terapêutico muito próximo a 1 significa que a dose letal esta muito próxima da dose terapêutica, quanto mais distante de um, maior a distancia entre a dose que mata e a dose que produz efeito, maior segurança. Eficácia: capacidade de ativar o receptor, resposta máxima produzida pelo fármaco. Eficacia mede a quantidade de resposta provocada pelo fármaco. Antagonista tem eficácia zero, porque não desencadeia resposta. Afinidade: capacidade da droga se ligar ao receptor (provocando resposta ou não) Potencia: quanto fármaco é necessário pra desencadear determinada resposta DE50 -> dose do fármaco que desencadeia 50% da resposta máxima, se DE50 é baixa, o fármaco é mais potente. Curva na presença de Antagonistas: -Antagonista competitivo: (compete pelo sítio de ação) desloca a curva para a direita, diminuindo a potencia, pois precisa de maior dose pra ganhar na competição pelo sitio alvo e provocar o mesmo efeito. Se não aumentar a dose, diminui a eficácia. -Antagonista não competitivo: não adianta aumentar a dose, porque não competem pelo sitio alvo. Diminui a eficácia do agonista, pois mesmo aumentando a dose o efeito vai ser menor, devido aos receptores inativados pelo antagonista. -Agonista parcial: menor eficácia, promove menor resposta que agonista pleno. Tempo de ½ vida: Tempo necessário para alterar a concentração do fármaco a metade. Proporcional à taxa de depuração (eliminação). Qualquer fator que diminua a eliminação (doenças no fígado, rim, coração) aumenta o tempo de ½ vida SEGUNDA PROVA DE FARMACOLOGIA Neurônio: axônio, dendrito e corpo celular. Sistema Nervoso Periférico: - nervos: conjunto de axônios - gânglios: conjunto de corpos celulares Sistema Nervoso Central -vias ou tratos: conjunto de axônios -núcleos: conjunto de corpos celulares O sistema nervoso central é responsável pelo processamento das informações e o periférico é responsável por conduzir a informação. A função sensorial recebe informações e transmite ao SNC (nasce nos receptores e é provocada por estímulos). SN autônomo: controle involuntário SN somático: controle sobre os músculos esqueleticos Nervo sensitivo ou aferente: No SNP somático: conduz sensibilidade da pele, músculo esqueletico, ossos, tendão e ligamentos. No SNP autônomo: conduz a sensibilidade visceral. Nervo eferente: Sistema motor somático -> musculo esquelético (único neurônio) Sistema motor visceral: Simpático -> gânglio perto do SNC (Musculo liso, cardíaco e glândulas) Parassimpático -> gânglio mais perto das vísceras (órgãos viscerais) Função sensorial + motora = reflexo O estímulo chega à medula através da raiz dorsal. A condução do impulso dentro do neurônio é elétrica: repouso = +/-/+ A bomba Nak que mantem esse potencial, mais Na fora do que k dentro, quando chega estímulo, o potencial se inverte -/+/- Sentido do impulso: membrana pré sináptica -> fenda sináptica -> membrana pós sináptica Neurotransmissor: substância química produzida por neurônio. Gaba: hiperpolarização, abre canais de Cl e impede a entrada de Ca, pra ficar mais longe da despolarização (inibitório) Glutamato: abre canais de Na para despolarizar (excitatório) Na despolarização, são abertos canais de Na, o Na entra no neurônio invertendo o seu potencial. Sistema Nervoso Periférico – autônomo Simpático -> medo, terror, luta ou fuga A divisão simpática auxilia o organismo a superar os desafios do ambiente, faz conexão com a área toraxica. Musculo esquelético precisa de mais sangue (dilatação da musculatura esquelética). Digestão, pele sofrem vasoconstrição e constrição pra sobrar mais sangue para os músculos. Aumento do batimento cardíaco (aumento da força de contração), dilatação do brônquio, quebra glicogênio no ficado e manda pro sangue, diminuição da liberação de insulina, para a glicose ficar no sangue e não no tecido. Dilata a pupila para enxergar melhor, lipólise e liberação de acido graxo. Parassimpático -> economia e obtenção de energia (repouso e digestão) Contração da pupila, bronquioconstição, aumento dos movimentos peristálticos e da digestão, diminuição da força de contração do coração, estimulo da secreção das glândulas da digestão, aumento da secreção de insulina. Controle do Sistema Nervoso Autônomo. Hipotálamo -> sistema límbico (elo de ligação entre emoções e reações fisiológicas) O SNA é controlado por vias que conectam o sistema límbico (expressão visceral das emoções) ao hipotálamo. AGENTES COLINÉRGICOS – ACETILCOLINA Síntese: corpo celular do neurônio Estocagem: em vesícula por transporte ativo Liberação: na despolarização abrem-se os canais de Ca (Ca entra no neurônio), que empurram a Ach pra fora do neurônio (exocitose). A Ach pode ser degradada na fenda pela acetilcolinesterase, que transforma-a em colina e acetato. A Ach também pode ser reciclada por um sistemaacoplado ao Na que transporta a molécula de volta ao interior do neurônio onde é acetilada e estocada. N1: Gânglio N2: Musculo esquelético Ações da Acetilcolina: Receptor muscarínico: coração, trato gastrintestinal e glândulas (metabotrópico) Receptor nicotínico: junção neuromuscular e gânglios (ionotrópicos N1- gânglio e N2 –musculo esqueletico) Sinapse colinérgica: 1- Receptor nicotínico: despolarização, contração muscular e excitação do neurônio. 2- Receptor muscarínico: M1 M2 e M3 medeiam as ações da acetilcolina nas sinapses parassimpáticas pós ganglionares no coração, musculatura lisa e glândulas. Receptores Muscarínicos: Acoplados a proteína G M1 M3 e M5: ativam fosfolipase (formando inositoltrifosfato e diacilglicerol), abrem canais de Ca. Em células musculares esse mecanismo promove contração M2e M4: inibem a adenilatocilcase impedindo a formação de AMP cíclico. Ações do ReceptoresMuscarínocos: M1 – aumenta a secreção de ácido gástrico M2 – diminui a frequência cardíaca e a força de contração (imibiçãopré sináptica – autorregulação) M3 – musculatura lisa e glândulas (ativa Ca), secreção, contração da musculatura do trato gastrintestinal, do sistema respiratório, urinário e globo ocular. Vasodilatação. Agentes colinérgicos – Agentes que interferem na transmissão da acetilcolina Ação direta: interfere no receptor (agonista/antagonista) Ação indireta: interfere na síntese, liberação e degradação: Drogas anticolinesterasicas: impedem a degradação da acetilcolina, aumentando a sua concentração Hemicolínio impede a entrada de colina no neurônio, impedindo a formação de Ach Toxina butolinica impede a saída da Ach em vesículas Drogas anticolinesterasicas: Neostigmina: reverter ação relaxante Ecotioplato: glaucoma (maior dilatação = maior pressão. Aumentar Ach para contrair e diminuir pressão) Colinomiméticos de ação indireta: Organofosfatos: irreversível -> mata por paralização de musculo esqueletico, do diafragma, brquicardia e hipotensão. Acumulo de acetilcolina na fenda. Bloqueio por despolarização. Agentes colinérgicos de ação direta: Agonistas Muscarínicos: Hipotonia da bexiga: agoista M3 (aumentar Ach e contrair a bexiga) Glaucoma: Agonista M3 ( aumentar Ach e contrair a pupila para diminuir a pressão ocular) Braquicardia: antagonista M2 (diminuir Ach e aumentar aa frequência cardíaca e a força de contração) Asma: Antagonista M3 (diminuiAch para relaxar os brônquios – musculatura lisa) Espasmos: Antagonista M3 (diminuir a contração muscular lisa) M3 – aumenta a contração muscular lisa. Receptor nicotínico: gânglios + musculo esqueletico Receptor muscarinico: glândulas + musculo esqueletico + musculo cardiaco Drogas bloqueadoras neuromusculares - promove paralisia, relaxamento da musculatura. Bloqueador não despolarizante: o Na não pode entrar no neurônio e despolarizar.Para ocorrer a contração tem que despolarizar (Ach promove a despolarização da célula). Antagonista competitivo dos receptores nicotínicos. Reversível por drogas anticolinesterásicas. Efeito colateral mais comum: hipotensão e bronquiconstrição. Bloqueador despolarizante: Agonista da Ach, aumenta a concentração de Ach e entrada de Na, deixando a região sempre despolarizada e diminuindo a excitabilidade elétrica. A Ach é degradada de forma mais lenta pela colinesterase, após um espasmo temporário ocorre um bloqueio da musculatura. Somente depois da queda da qntdade de Ach haverá um novo potencial de ação. De modo geral possui ação curta. Efeitos colaterais mais comuns: braquicardia, disritmia e glaucoma. AGENTES ADRENÉRGICOS: ADRENALINA E α Síntese: tirosina sai do meio extracelular e entra no neurônio, forma DOPA que vira DOPAMINA que entra em vesícula pra formar NORADRENALINA, depois sai da vesícula e forma ADRENALINA, a adrenalina entra novamente em vesícula para ser liberado. Hormonio -> principalmente Adrenalina Neurotransmissor -> principalmente Noradrenalina Todos os receptores adrenérgicos são receptores metabotrópicos (α1 e α2; β1, β2 e β3) α1 – musculatura lisa, contração de vasos, adrenalina α2 – cels beta do pâncreas β1 – coração β2 – musculo liso e esquelético; brônquios β3 – gordura Receptor α1: ativa canais de Ca, promove vasoconstrição da musculatura lisa, cutânea e gastrintestinal, aumenta secreção salivar e glicogenólise hepática. Receptor α2: inibe a adenilatociclase, sem ativação do AMP cíclico e sem entrada de Ca. Inibe a noradrenalina, promove agregação plaquetária e inibição da liberação de insulina (cels beta do pâncreas). Todos os receptores β ativam a adenilatocliclase, aumento da AMP cíclica, aumento de Ca. Receptor β1: aumento da frequência cardíaca. Receptor β2:produção de NO (óxido nítrico), vasodilatação, bronquidilatação, relaxamento do músculo visceral, glicogenólise hepática e tremor muscular. Receptor β3: lipólise. Agentes Adrenérgicos: - Inibidor da Dopacarboxilase (CARBIDOPA): o metildopa entra na no lugar da DOPA na síntese de noradrenalina, formando metilnoradrenalina e metiladrenalina e metildopamina. Age liberando um falso precursor (metildopa), diminui a produção de dopamina, adrenalina e noradrenalina. Ação indireta, pois interfere na síntese.O mal de Parkinson esta relacionado a deficiência de dopamina. Para estimular a síntese de dopamina: L dopa + carbidopa. Se der só L dopa ela é convertida em L dopamina, que não atravessa a barreira hematoencefálica, por isso é admcarbidopa, que impede que a Ldopa se transforme em Ldopamina, a carbidopa impede a dopa descarboxilase e a carbidopa não atravessa a barreira hematoencefálica. A carbidopa impede a dopadescarboxilase em nível periférico. Efeito terapêutico do carbidopa (inibidor da dopa descarboxilase): hipertensão. Efeitos indesejáveis: hipotensão, sonolência, diarreia e impotência. Noradrenalina e Adrenalina atuam no centro da saciedade!! Reserpina: impede a dopamina de entrar na vesícula, impedindo assim a síntese de adrenalina e noradrenalina. Não é mais comercializado devido aos efeitos colaterais, como depressão, hipotensão, sonolência, diarreia e impotência pela falta de noradrenalina. Anfetamina: Aumenta liberação e inibe receptação de noradrenalina. Como exemplo temos os inibidores de apetite. Na fenda sináptica acumula adrenalina e noradrenalina que atuam no centro da saciedade e diminuição da fome. Por não ser específico tem efeitos colaterais/adversos como hipertensão, insônia, taquicardia, agitação. Anfetamina, Ldopa, metildopa, carbidopa, reserpina são de ação indireta pois interferem na síntese ou liberação de noradrenalina e adrenalina. Drogas que afetam a liberação de noradrenalina em geral tem como efeito adverso normalmente: impotência, sonolência, hipotensão e diarreia. Um detalhe importante é saber que a acetilcolina atua no sistema parassimpático e seu aumento tem a ver com digestão, repouso, contração da pupila e diminuição do glaucoma. A adrenalina e a noradrenalina atuam no sistema simpático e o aumento da concentração tem a ver com agitação, preparo para a luta/fuga. Agentes Adrenérgicos de ação direta: Descongestionante nasal: vasoconstritor, diminui a produção de muco. Agonista de α1 (fenilefrina) Hipotensão: etilefrina, promove vasoconstrição Estes dois medicamentos são agonistas de α1, logo abrem canais de Ca. Clonidina: agonista α2, estimula receptores α2 na medula e estimula receptores das terminações nervosas, resultando na diminuição da liberação de noradrenalina. Para tratar hipertensão (diminui ação em α1 -> vasodilatação e diminui ação em β2 ->braquicardia e menor liberação de renina). Agonistas β-adrenergicos diretos: Agonista β1: (Dubotamina) para parada cardíaca, o objetivo do fármaco é aumentar a concentração de Ca e a força de contração. Ativa a adenilato-cilcase, o que leva ao aumento da AMP cíclica dentro da célula o que ativa a proteína quinase, o que faz aumentar o influxo de Ca nas células miocárdicas, aumentando a força de contração. Efeito colateral: disritmia. Agonista β2: (Musculo liso, brônquios..).(Salbutamol, Terabutalina e Salmeterol). Efeito terapêutico – asma (broquiodilatação – NO). Efeitos indesejáveis – taquicardia, disritmias, vasodilatação e tremor. Agonista β não seletivo: Isoprenalina Age indistintamente em β1 e β2 Agonistas α e β adrenérgicos NORADRENALINA: Efeito terapêutico obsoleto Efeito colateral: hipertensão, vasoconstrição, taquicardia e disritmias. ADRENALINA: Efeito terapêutico: tratamento de asma no choque anafilático Efeito colateral: hipertensão, vasoconstrição, disritmias e taquicardia. Antagonistas α adrenérgicos diretos: Prazosina: agonista α1, usado para hipertensão (relaxamento de vasos). Os efeitos indesejáveis são rubor, hipotensão, taquicardia, congestão nasal e impotência. Ioimbina: antagonista α2, sem efeito terapêutico, considerada afrodisíaco, os efeitos indesejáveis são excitação e hipertensão. Antagonistas β adrenérgicos diretos: Atenolol e Metropolol: efeitos terapêuticos – hipertensão, disritmia e angina. Efeitos indesejáveis – extremidades frias, insuficiência cardíaca, fadiga e depressão. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Anti-hipertensivos Antiaginos Inotrópicos Positivos Controle da Pressão Arterial: Diminuição do volume de sangue nos rins (diminuição da taxa de filtração glomerular)�Renina �Angiotensina II �Aldosterona� Aumenta o volume de sangue circulante (retenção de NaCl e água) e aumenta a Resistencia Vaso- Periféricae o debito cardíaco � Aumento da pressão. Diminuição da pressão sanguínea � Aumento da atividade simpática � Aumento da ativação dos receptores β1 do coração e α1 (vasoconstrição) � Aumento do débito cardíaco e aumento da resistência periférica � aumento da pressão sanguínea. A angiotensina age no córtex da suprarrenal promovendo a síntese e liberação de aldosterona, que no túbulo contorcido distal vai estimular a bomba NaK (aumento da reabsorção de Na e eliminação de K), o quevai aumentar a retenção de Cl por atração iônica e consequentemente a retenção de água, aumentado o volume sanguíneo, aumentando o retorno venoso e aumentando assim a pressão arterial. O SNA – simpático age em α1, que controla a vasoconstrição. Aumento do volume de sangue + Vasoconstrição = aumento da pressão arterial. Um aumento na pressão diastólica significa aumento na pressão dos vasos, o que leva a crer na existência de placas impedindo a passagem do sangue. Isso pode levar a um ACV hemorrágico, isquêmico ou enfarto. Se houver obstrução total dos vasos que irrigam o ventrículo esquerdo = enfarto fulminante. Não existe tratamento universal para a hipertensão, cada paciente deve ser tratado individualmente. Diuréticos Saluréticos: São medicamentos de ação anti-hipertensiva e adrenérgicos periféricos de ação central. São vasodilatadores e interferem no sistema Renina-Angiotensina. São bloqueadores ganglionares. Relação entre Na e pressão arterial: em indivíduos com pressão alta, com volume sanguíneo expandido e sobrecarga de sódio, deve usar um Diurético salurético como tratamento. 1.1 Diuréticos tiazídicos 1.2 Diuréticos poupadores de potássio 1.3 Diuréticos de alça 1.1 Diuréticos tiazídicos: bloqueiam a reabsorção de sódio na porção ascendente da alça de henle (sai Na, Cl, K, e entra Mg, Ca e HCO3 por transporte ativo – essa região é impermeável à água) e na parte inicial do túbulo contorcido distal (sai água, Na, Cl e Ca). A eliminação de Ca no túbulo contorcido distal pode provocar osteoporose e a eliminação de K faz a hiperpolarizaçãoficar prejudicada, os sinais vão muito rápido. O corpo esta adaptado a certo debito cardíaco, no começo do tratamento o paciente vai apresentar taquicardia, pois o corpo vai tentar manter o mesmo debito cardíaco, vai ocorrer vasoconstrição para aumentar a resistência vascular periférica, deixando o paciente com aspecto inchado, pois a água dos vasos vai passar para o tecido devido a vasoconstrição. Depois de certo tempo os vasos dilatam novamente e a agua volta para os vasos, o corpo se acostuma ao novo debito cardíaco e a pessoa perde o aspecto inchado. Para a taquicardia inicial pode-se administrar junto com o diurético tiazídico um inibidor de β1. Vai chegar uma hora que a concentração de sal vai ser baixa e os rins vão identificar a diminuição do fluxo sanguíneo nos rins, então vai ser estimulada a bomba Nak, para reabsorver Na e eliminar K, causando hipopotassemia. Também deve-se levar em consideração a idade e etnia do paciente, negros e idosos respondem melhor ao tratamento com diuréticos. Resumo: diurético tiazídico Maior eliminação de sal na urina � diminuição do volume sanguíneo e extracelular � diminuição do retorno venoso � diminuição do debito cardíaco � diminuição da pressão arterial. Os diuréticos tiazídicosinduzem redução limitada da pressão arterial, por isso são indicados para tratamento da hipertensão primaria leve. Os diuréticos tiazídicos apresentam muitos efeitos adversos (anorexia,vomito, diarreia, hipersensibilidade, fraqueza, inquitação, entre muitos outros). Interações dos diuréticos tiazídicos: Interagem com hormônios da suprarrenal aumentado a hipopotassemia Interação com indometacina diminuindo o efeito anti-hipertensivo Interação com glicosídeos digitálicos -> toxicidade digitálica: estimula coração a contrair Bloqueador neuromuscular Prejudica a coagulação devido ahipopotassemia. 1.2 Diuréticos poupadores de potássio: espironolactona é o protótipo do grupo, atua como inibidor competitivo da aldosteronaa nível de receptor (túbulo contorcido distal). Por ter baixa ação anti-hipertensiva, esse fármaco é normalmente administrado em combinação com outros, normalmente para corrigir a hipopotassemia causada por outros diuréticos. No túbulo contorcido distal estimula a bomba NaK (reabsorve Na e elimina K), um antagonista faz a bomba não funcionar, não reabsorvendo Na. A Aldosterona estimula essa bomba. Com um inibidor da aldosterona a bomba não é estimulada, assim não há reabsorção de Na, Cl e água, sem eliminar K. O diurético tiazídico atua na alça de henlee porção ascendente do túbulo contorcido distal, os diuréticos poupadores de potássio atuam no túbulo contorcido distal competindo com a aldosterona a nível de receptor, sem estimular a bomba NaK. Efeitos adversos: diarreia, náusea, vomito, fraqueza, cefaleia e urticaria. 1.3 Diuréticos de Alça: são os mais potentes atualmente disponíveis. Inibem somente o transporte ativo de Na e Cl do ramo espesso ascendente da alça de Henle. Fluxo sanguíneo alto, não ativa renina nem aldosterona -> menos efeitos colaterais. Os efeitos adversos incluem náuseas, vômitos, icterícia, diarreia, agranulocitose entre outros. Os diuréticos de alça são superiores no tratamento de hipertensão moderada a grave. Ao contrario dos tiazídas, os diuréticos de alça aumentam o fluxo de sangue nos rins. Os diuréticos de alça possuem ação diurética muito maior, o que pode levar a grave depleção de água e eletrólitos. Localização dos receptores Adrenérgicos Periféricos α1 – musculatura lisa dos vasos cutâneos e viscerais, músculo radial da íris α2 – terminação nervosa pré sináptica, cels beta do pâncreas e corpos celulares dos neurônios adrenérgicos β1 – coração β2 – musculatura lisa dos vasos da musculatura esquelética; brônquios; musculatura lisa uterina β3 –tecido adiposo Existem quatro formas de diminuir a pressão arterial com redução da atividade sináptica 1- Antagonista α1: diminuição da vasoconstrição arteriolar -> diminuição da resistência vascular periférica -> diminuição Pressão Arterial 2- Antagonista α1: aumento do calibre das veias -> diminuição do retorno venoso -> diminuição debito cardíaco -> diminuição da Pressão Arterial (dificulta o retorno venoso, pode causar varizes) 3- Antagonista β1: diminuição na força de contração e na frequência cardíaca -> diminuição do debito cardíaco -> diminuição da Pressão Arterial 4- Antagonista β1: diminuição da secreção de renina mediada pelo simpático -> diminui renina -> diminui angiotensina II (vasoconstritor) -> diminui aldosterona (salurético) -> diminui Pressão Arterial. Receptores adrenérgicos periféricos: Antagonista α1 (diminui vasoconstrição, aumenta calibre de artérias e veias) ou antagonista β1 (diminui a frequência cardíaca e a secreção de renina) Antagonista α1 (prazocina) normalmente prescrito junto com um antagonista β1 ou diuértico. É indicado para tratar hipertensão leve ou moderada.Antagonista β2 (propranolol) atua tanto no receptor β1 como no β2. Brancos e jovens respondem melhor aos β – bloqueadores. Os efeitos colaterais incluem fadiga, insônia, impotência, aumento dos triglicérides e diminuição do HDL. Guanedina e Reserpina: são drogas atualmente pouco utilizadas devido a seus efeitos colaterais. Interferem na síntese de noradrenalina e adrenalina, impedindo a dopamina de entrar na vesícula ou impede a eliminação de noradrenalina. Medicamentos Anti-Hipertensivos de Ação Central Estimulam α2 (agonistas), o que faz diminuir a quantidade de impulsos, o que faz diminuir a ação em α1 e β1. Clonidina: estimula receptores α2 do centro vaso-motor, da medula e das terminações nervosas -> diminui os disparos neuronais -> diminui produção de noradrenalina -> diminui ação em α1 e β1 -> que provoca vasodilatação e menor liberação de renina e braquicardia. Utilizada em pacientes que não respondem bem a diuréticos ou tem problemas renais. A retirada do tratamento deve ser lenta para não ocorrer hipertensão rebote. Os principais efeitos colaterais são boca seca e secura da mucosa nasal. Metildopa: é um falso precursor dadopamina, produz metil-noradrenalina que desloca a adrenalina das vesículas, sendo liberado como um falso transmissor de impulso. Age como agonista potente de α2, acredita-se que sua ação seja semelhante a da clonidina. Acetato de guanabes e cloridado de guanfacina atuam como agonistas de α2adrenergico no centro vasomotor e medula. Medicamentos Anti-hipertensivos vasodilatadores diretos Hidralazina: age diretamente na célula muscular lisa dos vasos. Para haver contração muscular a actina tem que fosforilar, o GMP cíclico desfosforila a actina, impedindo a contração, sem contrair, o musculo fica relaxado, o que diminui a resistência vascular periférica e consequentemente a pressão arterial. Cloridato de hidralazina ->relaxamento do musculo liso arteriolar (ativação do GMPc) ->dimiui a resistência periférica -> diminui a pressão arterial -> taquicardia reflexa. Vasodilatação nos rins aumenta o fluxo sanguíneo renal, não ativando a liberação de renina. Usada no tratamento de hipertensão severa, quase sempre administrado com um β bloqueador (por causa da taquicardia reflexa). Os efeitos adversos mais comuns incluem cefaleia, náusea, sudorese, arritmia e precipitação da angina. O diazóxido e o Menoxidil atuam abrindo os canais de potássio (K sai da célula deixando-a mais negativa), causando hiperpolarização do musculo liso (hiperpolarizada a célula é menos ativada, sofre menos contração) -> diminuir a resistência periférica -> diminuir a pressão arterial. Efeitos adversos : taquicardia reflexa e retenção de Na e água. O diazóxido é usado somente nas crises graves, intravenoso, tem efeito tóxico por causar hipotensão excessiva. O Menoxidil é usado no tratamento de hipertensão severa refratária a outros fármacos. A taquicardia reflexa pode ser severa e por promover retenção de Na e água pode levar ao edema. Nitroprussiato de sódio: Libera óxido nítrico (fator relaxante derivado do endotélio) ->ativa guanilatociclase e promove acúmulo de GMPc -> relaxamento do musculo liso arteriolar e vascular. Hipotensão ortostática (pessoa anda arcada) e diminuição da pressão arterial. Funciona em qualquer pessoa independente da cauda da hipertensão. Usado em UTI, administração intravenosa contínua porque é rapidamente biotransformado. Medicamentos anti-hipertensivos bloqueadores ganglionares Trimetafano e Mecamilamina: Competem com a Acetilcolina pelos receptores nicotínicos ganglionares (lembrando que os gânglios ficam no SNA simpático/parassimpático). No SNA simpático -> coração diminui frequência cardíaca(diminui adrenalina e noradrenalina). No SNA parassimpático -> coração aumenta frequência cardíaca (diminui acetilcolina). Depende do tônus predominante da pessoa. Utilizado somente em emergências devido aos muitos efeitos colaterais. Medicamentos anti-hipertensivos que afetam o sistema Renina – Angiotensina Renina -> angiotensina I -> (enzima ECA)-> Angiotensina II -> vasoconstrição. Angiotensina II -> liberar aldosterona -> aumento retenção Na e água Enzima ECA converte angiotensina I em angiotensina II, se bloquear essa enzima, impedindo essa conversão não há vasoconstrição nem retenção de Na e água, portanto sem aumento de pressão. Se a angiotensina II não chega no vaso não há vasoconstrição, se não chega no córtex da suprarrenal não libera aldosterona (não retem Na e água). Medicamentos que inibem a ECA São eficientes no tratamento pós-infarto e insuficiência cardíaca. Os efeitos indesejáveis incluem tosse seca, vermelhidão, febre, alteração do paladar e hipercalcemia (alta [Ca] no sangue). Medicamentos Antianginosos Angina: intensa dor toraxica, que ocorre quando a quantidade de oxigênio que chega pelas coronárias é insuficiente para abastecer o coração. A angina estável pode ser desencadeada pelo frio, emoções, exercícios e alimentação. A angina instável é aquela pré-infarto (angina de repouso), esta associada com uma modificação na característica, frequência e duração da dor em pacientes com angina estável que começam a apresentar os sintomas em repouso. Pode ser um sinal de infarto do miocárdio, requer terapia vigorosa. Angina variante (vasoespastica) causada por vasoespasmos passageiros de vasos coronarianos, usualmente associada a ateromas subjacentes, episódios de dor podem ocorrer em repouso. Tratamento Angina estável: Nitratos, β bloqueadores, bloqueadores do canal de Ca Angina instável: AAS e nitratos Angina variante: Nitratos orgânicos, bloqueador canal de Ca Pré carga: nível de tensão que a musculatura cardíaca é submetida no retorno venoso Pós carga: nível de tensão no momento da contração Antiaginosos: Nitratos, Bloqueadores canal de Ca, β - bloqueadores Nitratos – Mecanismos de Ação Diferem em sua volatilidade, são efetivos em todo tipo de angina, ésteres dos ácidos nítrico e nitroso de álcoois. Ativa guanilatociclase -> acumula GMPc ->desforforilação -> relaxamento da musculatura lisa. Dilatação das veias -> diminui retorno venoso -> diminui debito cardíaco -> diminui pré-carga Dilatação das artérias -> diminui RVP -> diminui pós-carga A diminuição da pré e pós carga diminui a necessidade de sangue no coração -> alivio da angina. Indicação: Ataque de angina agudo por períodos curtos (nitroglicerina) Profilaxia de ataques de angina, medicamentos de liberação sustentada (a tolerância pode limitar o uso). Tolerância e dependência aos nitratos: O uso continuo leva a tolerância e dependência física, portanto devem ser retirados gradualmente, a retirada abrupta pode ocasionar ataque anginoso grave, infarto do miocárdio e morte. Efeitos Adversos: cefaleia, hipotensão postural, rubor facial e taquicardia. Bloqueadores do canal de Cálcio O efeito principal é impedir a entrada de cálcio nas células cardíacas lisas (as células musculares esqueléticas tem muito Ca em seu sarcolplasma, não adianta bloquear o que vem de fora), das coronárias e artérias sistêmicas, através do bloqueio de seus canais. Os canais de Ca são ativados pela despolarização da membrana ou por receptores ativados por neurotransmissores ou hormônios. Nó sinoatrial: marcapasso do coração, gera impulsos, potenciais de ação (as células cardíacas são auto excitáveis) Bloqueio dos canais de Ca nas células do coração -> diminui [Ca] nas células do coração -> deprime a formação do impulso nervoso no nodo sinoatrial, diminui condução através do nodo átrio-ventricular e células de purkinje, diminuiu frequência cardíaca. Diminuiu contração do miocárdio, diminui demanda pela oxigenação do miocárdio. Bloqueio de Ca no musculo liso vascular -> diminui contração das artérias coronárias e periféricas, o que melhora a oxigenação e diminui a pós-carga. Nessa classe se enquadram os benzodiazepínicos. Efeitos adversos dos bloqueadores dos canais de Cálcio: Vasodilatação dos vasos periféricos: hipotensão, tonteira e vertigens Diminuição da automaticidade do nó sinoatrial: braquicardia Diminuição na condução átrio-ventricular: bloqueio cardíaco Diminuição da contração do coração: insuficiência cardíaca congestiva Antagonistas βadrenorreceptores Suprimem a ativação do coração e o trabalho cardíaco, diminuem a demanda de oxigênio do coração, diminuem as a incidência e consequência da angina, aumentam a tolerância ao exercício na angina por diminuírem a frequência cardíaca e consequentemente a demanda de oxigênio do miocárdio, também por aumentarem o tempo diastólico (relaxamento) na qual a perfusão do miocárdio ocorre. No tratamento da angina, são contraindicados em diabéticos, portadores de moléstia vascular periférica ou doença pulmonar obstrutivacrônica. Medicamentos Inotrópicos Positivos Aumentam a contratilidade do musculo cardíaco e dessa maneira aumentam o debito cardíaco. Usado em situações de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) O coração se torna incapaz de bombear sangue suficiente para todas as partes do corpo, a ICC é acompanhada de grandes aumentos de volume sanguíneo e liquido intersticial, assim o coração, veias e capilares se tornam repletos de sangue, daí o termo congestiva. (O sangue acumula em determinadas regiões e o liquido sai do vaso causando edema). O tratamento da ICC inclui aumento no debito cardíaco, na redução dos sintomas 3 classes de fármacos tem se mostrado efetivas: 1) Vasodilatadores: diminuem a carga sobre o miocardio. Diminui a RVP -> diminui pós carga (a força que o coração tem que fazer para ejetar o sangue); diminui o retorno venoso -> diminui pré carga, dificulta o retorno venoso, o que causa edema e varizes. 2) Diuréticos: diminuem o volume extracelular para diminuir o edema e evitar ativação do sistema renina/angiotensina/aldosterona, porque em ICC o fluxo sanguíneo nos rins é baixo. 3) Inotrópicos: aumentam a força de contração do musculo cardíaco, cuidado para não estimular de mais e provocar uma parada cardíaca. Aumento citoplasmático da concentração de Cálcio que incrementa a contratilidade do musculo cardíaco. Glicosídeos Cardíacos (Digitálicos) -Provem da planta digitalis - Aumenta a força de contração e consequentemente o débito cardíaco. Inibem a bomba NaK, ativando a bomba NaCa e aumentando a quantidade intracelular de Na, o aumento de Na leva a um maior influxo de Ca, causando contração sistólica mais intensa. Os canais de Ca também se abrem, o Ca se liga a tropomianina, deixando a actina livre para ligar com a miosina e contrair o musculo. Célula cardíaca contrai com maior foça. ICC -> digitálicos -> aumento do debito cardíaco -> esvazia efetivamente os ventrículos -> diminui a pressão ventricular diastólica ->diminui a pressão pulmonar -> diminui a congestão. ICC -> digitálicos -> aumenta o debito cardíaco -> melhora o fluxo renal -> aumenta a filtração glomerular -> diminui a secreção de renina -> diminui a secreção de aldosterona ->diminui reabsorção de Na e água -> diminui edema. Coração muito danificado por infecção ou processos degenerativos não respondem bem a digitálicos. Cada caso é um caso individualizado, depende do médico. Os glicosídeos cardíacos tem uma pequena margem de segurança, podem causar náusea, vomito, diarreia, dor abdominal, cefaleia, sonolência, fadiga, diminuição de libido, impotência, transtornos visuais, transtornos mentais, entre outros. As arritmias cardíacas são comuns, o bloquei cardíaco e as contrações ventriculares prematuras também. Agonistas β – Adrenérgicos O estimulo β adrenérgico melhora o desempenho cardíaco pelos efeitos de vasodilatação e inotrópico positivo. A dubotamina e dopamina são os β adrenérgicos empregados, depois dos digitálicos a dubotamina é o agente inotrópico mais usado. A dubotamina leva ao aumento da AMPc intracelular, ativando a proteína quinase, o que aumenta a entrada de Ca para o interior da células miocárdicas, aumentado a força de contração. Inibidores da fosfodiesterase Impedem a inibição do AMPc. TERCEIRA PROVA DE FARMACOLOGIA Farmacologia da Dor Alertar o organismo para algo que esta lesando o tecido, avisar do perigo, respostas imediatas a estímulos nocivos, um exemplo da importância é a analgesia congênita (não sentir dor) “Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tecidual potencial ou de fato, ou ainda descrita em termos que sugerem tal danos.” Como reconhecer o estímulo doloroso? Existem no organismo receptores sensoriais responsáveis por alertar o SNC de danos nocivos ao corpo, são os chamados receptores nociceptivos, também conhecidos como receptores da dor. Esses receptores são responsáveis pela transdução de sinais, ou seja, captam um estímulo e o transformam em potencial de ação no neurônio. Estão localizados na pele (localização cutânea -> milhares) ou vísceras (localização visceral -> sensação menos localizada). O excesso e estímulos pode torna-los nocivos, como o calor ou o frio. Dano tecidual (estímulo) -> fibras captam o estímulo -> mediadores químicos + neurotransmissores -> transmissão da informação (PA) -> chega à medula pela raiz dorsal. Os mediadores estão presentes no estímulo da dor e os neurotransmissores no corno dorsal para transmitir a dor. Os principais neurotransmissores presentes no corno dorsal para transmissão da dor são a substancia P, que atua nos receptores NK1 e o glutamato que atua nos receptores AMPAe cainato. A fibra secundária leva a informação até o encéfalo, exceto o olfato, todos os outros sentidos passam pelo tálamo antes de ir para o córtex, como se o tálamo funcionasse como uma peneira de informações. A informação chega ao núcleo talâmico ou córtex através no feixe ascendente. Mediadores químicos da dor Prostaglandina E2 Leucotrienos Bradicininas Histamina Serotonina Controle central da dor Sistema inibitório descendente – SID Quando o estímulo doloroso ativa neurônios do núcleo da rafe e da matéria cinzenta periaquedutal, é ativada uma via descendente que faz sinapse inibitória nos neurônios de segunda ordem, a informação dolorosa que vem dos aferentes primários é inibida. A analgesia pode ser induzida pela ansiedade ou medo por exemplo. Neurotransmissores do sistema inibitório descendente: Serotonina:ativa SID e estimula os neurônios a liberarem encefalinas, também atua a nível periférico Noradrenalina: atua diretamente nos neurônios de segunda ordem inibindo o estimulo doloroso e ativa os neurônios colinérgicos, a liberarem serotonina, que inibe a transmissão da dor, através da ativação de receptores muscarínicos. Opióides: atuação pré e pós sinaptica (aferentes primários e neurônios de segunda ordem). Casos extremos, morfina e codeína. Se exógeno o opióide age em todos os segmentos. Serotonina, noradrenalina e encefalina agem no corno dorsal no sentido e impedir a passagem da informação. Paciente com depressão responde mais a dor. Depois que houve ascensão da dor o cérebro verifica se há necessidade de liberar serotonina. Na terminação nervosa (periferia) é estimulada a percepção da dor, mas na medula inibe a dor -> serotonina e noradrenalina. Como o Medo pode induzir a analgesia? Medo ativa sistema cerebral de defesa ->ativa sistema inibitório descendente -> inibe a transmissão da dor -> analgesia. Nesse caso vale ressaltar que é importante que que a dor não compita com a necessidade fuga do estímulo aversivo. FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS – AINEs Dor aguda: 1º evento, dor como sinal de que algo esta errado Dor crônica: a dor permanece por um longo período, mesmo com o cessar do estímulo doloroso Inflamação: resposta normal do organismo, defesa e recuperação de injúria. Mas não pode ser exagerada. Estímulo lesivo celular ->liberação de mediadores químicos -> histamina, prostaglandina E2, serotonina(5-HT), bradicinina e interleucina -> reação inflamatória aguda -> resolução. As cicloxigenases COX I: enzima essencial, encontrada na maioria das células, produção de prostaglandinas para manutenção de funções fisiológicas. COX II: formação induzida pelo processo de inflamação (IL1, IL2, TFNα), produção prostaglandinas que medeiam a inflamação, dor e febre. Cascata da Inflamação Lesão ->fosfolipase A2 (na membrana celular) -> ativa fosfolipídios -> estimula liberação de ácido aracdônico para o meio extracelular. O ácido aracdônico podesofrer ação de duas enzimas: Lipoxigenase -> busca da homeostasia ou Cicloxigenase -> início da resposta inflamatória. A lipoxigenase ativa substâncias ligada a processos alérgicos. A COX II ativa substâncias ligadas a inflamação, como prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanas. A COX I ativa substâncias fisiológicas protetoras (principalmente gástricas e renais). O ácido aracdônico, ao ativar a ciclóxigenase COX II, estimula a produção de PGG2 e PGH2, que liberam outras enzimas da inflamação (prostaglandinas) Ácido Aracdônico ↓ Cicloxigenase COX II ↓ TXA2 ←PGG2/PGH2 → PGI2 ↙ ↓ ↘ PGE2 PGF2α PGD2 FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS Indução da contração uterina (PGE2, PGF2α) Febre (PGE2) Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor (PGE2, PGI2) Sensibilização das terminações nociceptivasperiféricas periféricas (PGE2, PGI2) APLICAÇÕES TERAPÉUTICAS DAS PROSTAGLANDINAS Estimulação uterina para aborto entre a 12ª e a 20ª semana Anti-ulceroso no trato gastrintestinal Agregação plaquetária, substituindo a heparina Impotência masculina Inibidor de leucotrienos (asma) AINEs Não possuem estrutura esteroide. Exemplo: aspirina, ação anti-inflamatória, analgésica e antipiréticos. Modo de ação: inibem a cicloxigenase I e II, inibindo a produção de prostaglandinas, agindo como analgésico já que PGE2 e PGI2 sensibilizam os receptores periféricos da dor e causam hiperalgesia potencializando os mediadores da dor. São eficazes contra dor associada a lesão tecidual ou inflamação, já que no processo inflamatório PGE2 e PGI2 são responsáveis pela (facilitam) sensação dolorosa. A ação analgésica dos AINEs esta associada a uma menor produção de prostaglandinas, em especial e PGE2, o que resulta em menor sensibilização das terminações nervosas nociceptivas a mediadores inflamatórios como bradicinina e serotonina, causando menor sensação dolorosa. A temperatura do corpo é regulada pelo hipotálamo, durante uma resposta inflamatória é liberado um pirógeno (pelos macrófagos) que estimula o hipotálamo a liberar PGE2, que promove a elevação do ponto de ajuste da temperatura. Portanto a ação antipirética dos AINEs esta associada a inibição de PGE2 no hipotálamo. A febre ocorre quando há um distúrbio no termostato, elevando a temperatura corporal. Com a inibição de PGE2 no hipotálamo o corpo passa a trabalhar para que ocorra o reajuste da temperatura, os mecanismos de termorregulação atuam para que a temperatura corpórea seja reduzida, dilatando vasos da superfície e provocando sudorese. Ação anti-inflamatória dos AINEs. Direta: redução das prostaglandinas que promovem vasodilatação (PGE2 e PGI2), diminuindo a vasodilatação. Ação anti-inflamatória indireta: menor vasodilatação, diminui a ação da histamina, que diminui a permeabilidade dos capilares, o que faz diminuir os edemas. AINEs: efeitos adversos PGE2estimula a produção de muco protetor no estomago e intestino e PGI2 inibe a secreção gástrica, então um AINE vai acarretar no aumento de ácido gástrico e diminuição do muco protetor, podendo causar náuseas, vômitos ou ulcera/hemorragia. A PGE2, PGI2 são antagonistas da angiotensina II, catecolaminas e vasopressina que fazem a vasoconstrição, porque essas prostaglandinas promovem vasodilatação, sem elas não há vasodilatação, aumentando a vasoconstrição, causando insuficiência renal, o que é toxico no organismo não é eficientemente eliminado por causa da baixa filtração. No sistema respiratório osAINEs aumentam os níveis de CO2 (diminuindo a fosforilação oxidativa), aumentando a ventilação alveolar, com doses terapêuticas. Em doses altas os AINEs atuam sobre o centro respiratório no bulbo, acarretando alcalose respiratória (por causa da hiperventilação), que é corrigida nos rins. O TXA2 aumenta a agregação plaquetária e o PGI2 inibe. Em doses baixas de AINEs o TXA2 é inibido, em influenciar o PGI2, diminuindo a agregação plaquetária, ajudando na prevenção de formação de trombos. (Mas dificultando a cicatrização, inibindo a coagulação e em cirurgias pode causar hemorragia. Com menor frequência, os AINEs causam distúrbios hepáticos, depressão na medula óssea, broncoespasmos em indivíduos sensíveis, nefropatia e reações cutâneas. Classes terapêuticas dos aines 1ª classe: Salicatos (AAS) Aspirina. Primeira droga sintetizada pela indústria farmacêutica, no mercado desde 1897 Retirada da casca do chorão-salguerro, a salicina foi isolada em 1829. Sofre metabolização no fígado e intestino. Indicado para analgesia, dores de cabeça, antitérmico, anti-inflamatório. Uso profilático para trombose. Inibe a cicloxigenase, transformando-a numa forma inativa. Ac acetilsalicílico ->salicilato e COX ativa -> COX inativa, pela adição do grupo acetil na COX. Sofre absorção estomago e intestino delgado, em 30 min é encontrada no sangue e o pico se dá em 2 horas. Influenciam na absorção a composição, velocidade de desintegração, alimentos, pH e tempo de esvaziamento gástrico. A absorção maior se dá no estômago (91% não ionizada). Pode ser encontrada livre ou ligados a albumina. Sofre hidrólise na mucosa gastrintestinal, desacetilando e passando de ácido acetilsalicílico para ácido salicílico, que sofre conjugação com glicina e glicirônio. 2ª classe: FENAMATOS Os efeitos colaterais mais frequentes são desconforto gástrico e anemia hemolítica e dispepsia. É contra-indicado em caso de doença no trato gastrintestinal e alteração na função renal. Muito usado para cólica. 3ª classe: PIRAZOLÔNICOS Efeitos colaterais frequentes: hemorragia, agranulocitose, púrpura, trombocitopenia hemolítica e anemia aplástica (medula deixa de produzir células vermelhas e brancas). Baixa a pressão arterial, como exemplo o dipirona. Usado para febre e dor, apesar de ser AINE tem baixa ação anti-inflamatória e baixa ação sobre vasos. 4ª classe: PARAMINOFENOL Tilenol e paracetamol, mais indicado no Brasil para crianças, do que dipirona por causa do efeito colateral anemia aplástica. Produz tóxico intermediário que ataca células principalmente do fígado, as crianças não têm defesa contra esse composto intermediário. Adulto que toma muitos remédio -> induz enzima P450 que produz esse intermediário. NUNCA MISTURAR ÁLCOOL E TILENOL, usar dipirona se necessário. Intermediário tóxico = N-acetil β benzoquinona imina. 5ª classe: ÁCIDOS FENILACÉTICOS Cataflan (inflamações superficiais de mucosa - k)e voltarem (inflamações mais profundas, o Na aumenta a solubilidade em água, retenção de água aumenta a pressão - Na). Efeitos colaterais como sangramentos, ulcerações, hepatotoxicidade. DERIVADOS DA SEROTONINA E NÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 7ª classe: PIRROLACÉTICO Efeitos colaterais: desconforto gástrico, dores de cabeça, nervosismo, ansiedade, insônia, distúrbios visuais e hipersensibilidade. 8ª classe: FENOXIMETANOSSULFANILIDA Fraco inibidor da prostaglandina, analgésico noradrenérgico. Efeito colateral: hepatotoxicidade. Nimesulida (analgésico somente). 9ª classe: PROPIÔNICO Atividade anti-inflamatória e analgésica. Indicado para crianças, mas demora de 2 a 3 horas para baixar a febre. 10ª classe: OXICANS MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DE SEGUNDA GERAÇÃO 12ª classe: COXIBIS Tempo médio de meia vida: 7 horas, metabolização hepática. Mais ou menos a 5 anos no mercado e pode gerar parada cardíaca em quem já tem problema. AINEs GLICOCORTICÓIDES A liberação de hormônios pela hipófise anterior é regulada por um hormônio de liberação ou inibição específico do hipotálamo. Estímulo -> hipotálamo -> hormônioliberador da corticotropina -> hipófise -> hormônio adrenocorticotrópico/corticotropina -> estimular as adrenais -> produzir cortisol (corticoides e mineralocorticoides)-> inibir todos os anteriores. O hormônio de liberação da corticotropina (hipotálamo) é regulado por fatores neuronais e ma=ecanismos de retro alimentação negativa. A liberação de aldosterona é controlada pela pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. A primeira opção de tratamento são os AINEs, mas se não resolver administrar glicocorticoides. Se aumentar a quantidade plasmática de glicocorticoides, vai ocorrer retroalimentação negativa e o corpo para de produzí-los. Por isso a retirada deve ser lenta para voltar a produção normal de GLC. Se faltar GLC a pessoa não esta mais preparada para o estresse. (*considerando estresse qualquer situação que altere a homeostasia do organismo). A adm de GLC exógenos tem função anti-inflamatória e imunissupressora. Metabolismo de carboidratos: Glicocorticoides -> cortisol -> estresse Cortisol ↑[GLICOSE] sague (energia) Inibe liberação de insulina para a glicose não entrar na célula Estimula a gliconeogênese e glicogenolise Aumenta síntese de glicogênio hepático, estocando substrato para respostas agudas a agentes glicogenolíticos Diminui síntese proteica e aumenta a proteólise (↑[AMINOÁCIDOS] para reparar tecidos ou fornecer energia) Inibe a utilização periférica da glicose Metabolismo lipídico Triacilglicerol -> ácido graxo + lipídeo Gordura quebrada tende a se localizar na barriga Efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura RESISTENCIA AO ESTRESSE E EFEITO SOBRE AS RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS IMUNOLÓGICAS Situação de estresse: ↑CRH -> ↑ACTH -> ↑glicocorncóides Aumentam a resistência do organismo ao estresse Inibem síntese de mediadores inflamatórios Inibe a liberação de enzimas lisossômicas Inibe liberação de histamina Reduz formação de prostaglandinas e leucitrienos - menor vasodilatação - diminuição da permeabilidade capilar - menor migração de leucócitos Inibe proliferação de fibroblastos e síntese de colágeno Inibe resposta imune celular Suprime a produção de linfócitos Diminui a produção de leucinas, o que diminui a febre Aumentam a resistência do organismo ao estresse e inibe as respostas da inflamação. MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICÓIDES Inibição dos genes da transcrição da COX 2 Bloqueio da indução mediada pela vitamina D3 do gene osteoclacina, nos osteoclastos e modificação dos genes colagenases Aumento da síntese da lipocortina-1, proteína que suprime a fosfolipase A2.Diferente dos AINEs que agem na COX 1 e 2, os glococorticóides agem inibindo a enzima fosfolipase A2, não havendo produção de ácido aracdônico, interrompendo a cascata a inflamação. Metabolizados no fígado e penetram nas células por difusão Efeitos indesejáveis Observados principalmente como uso sistêmico prolongado. Supressão da resposta à infecção, supressão da síntese de glicocorticoides endógenos, ação metabólica alterada, síndrome de Curshing. Inibe crescimento (asma) quebra colágeno e interfere no osteoblasto Mineralocorticoide aumenta a reabsorção de sal e água, aumentando a pressão arterial Efeitos colaterais Gota: acumulo de ácido úrico pelo excesso de aminoácidos (proteólise) Ácido graxo: placa de ateroma nos vasos (infarto, AVC, trombose e pressão alta -> também pelo aumento da reabsorção desal e água) Diabete supra-renal: produção de insulina, mas ação inibida Cansaço: por causa da quebra de proteínas Principais indicações clínicas Surfactante pulmonar (asma, bronquite), não deixa pulmão colabar Redução de queloides (quebra colágeno) Dermatite de contato Reações alérgicas a picadas de insetos (diminui liberação de histamina e leucotrienos) Terapia para doenças neoplásicas em combinação com agentes citotóxicos (leucemia). Os medicamentos antineoplásicos destroem células cancerosas, o organismo entende que tem que regenerar, dar glicocorticoide para não sintetizar proteína, diminuir o fluxo sanguíneo e suprimir a resposta imune. Asma, por inalação ou sistêmica em casos graves ->broncodilatação Topicamente em condições de inflamação da pele, olhos, ouvidos e nariz Hipersensibilidade Doenças auto-imunes Prevenção de rejeição em transplante. Outros efeitos Retenção de líquido -> hipertensão arterial (aldosterona) Maior ocorrência de infecções no uso prolongado devido a supressão das interleucinas (IL) Gastrites e ulceras devido a baixa produção de PGE2 e PGI2 Colírios com glicocorticoides podem levar o paciente a desenvolver glaucoma Risco de aumento d glicemia ANALGÉSICOS OPIÓIDES São analgésicos opióides todas as substâncias derivadas do ópio, como morfina (opiáceonatiral, seu nome deriva do grego, Morpheu – Deus do sono- devido ao sedativo que esse opióide possui) e algumas sintéticas como a codeína. Ópio é obtido do suco da planta Papaversomniferum, apresenta-se como uma goma marrom que resulta do suco leitoso coagulado. A morfina é o principal alcaloide do ópio. Analgésicos opióides: Analgésicos opióides atuam como agonistas dos opióides endógenos. Receptores opióides mais conhecidos: µ (1 e 2): analgesia, depressão respiratória, euforia e síndrome de abstinência K (1,2 e 3): analgesia, miose (contração da pupila), δ (1 e 2): alteração do comportamento afetivo σ: disforia, alucinações. Estimulação vasomotora, estimulação respiratória e dilatação da pupila. Age principalmente em áreas relacionadas à condução do estimulo doloroso e áreas pertencentes ao sistema límbico e extrapiramidal. MECANISMO DE AÇÃO DOS OPIÓIDES Ação central: interação com receptores κ, δ ou µ fecha canais cálcio-voltagem-dependentes reduzindo a entrada de cálcio para o interior de terminais nervosos, diminuindo a liberação de neurotransmissores. PRINCIPAIS EFEITOS FARMACOLÓGICOS DA MORFINA Analgesia Depressão respiratória Náuseas Miose Liberação de histamina Euforia e sedação Supressão de tosse Vômitos Redução da motilidade TGI Boncoconstrição e hipotensão No sistema nervoso central Afinidade por receptores µ Analgesia: alteração da percepção da dor e da reação do paciente a dor Euforia: sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e desconforto Sedação: sonolência e turvação da consciência Depressão respiratória: inibição dos mecanismos do tronco cerebral Supressão da tosse (mais especificamente a codeína) Miose Rigidez no tronco – aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na ventilação Náuseas e vômitos: ativação da zona desencadeante quimiorreceptora do tronco cerebral USO DOS OPIÓIDES Dor intensa e constante Dor associada ao câncer ea doenças terminais Adm em intervalos fixos é mais eficiente Os opióides atravessam a barreira hematoencefálica dos fetos, podendo provocar depressão respiratória. Tolerância e dependência aos efeitos da morfina A tolerância surge rapidamente acompanhada da síndrome de abstinência física (com duração de alguns dias) e dependência psicológica, associada ao desejo mórbido da droga, podendo durar vários meses ou anos. ANESTÉSICOS LOCAIS Procaína Lidocaína Prilocaína Bupivacaína Benzocaína Mecanismos de ação: Impedem o inicio e a propagação dos potenciais de ação atravésdo bloqueio dos canais de sódio, por bloquear a condução do impulso ao longo das fibras nervosas são capazes de abolir a dor nos territórios corporais inervados. Assim bloqueiam primariamente pequenos neurônios mielinizados, como os nociceptivos.No entanto não são específicos, podendo inibir outros neurônios, incluindo os motores, fazendo a pessoa perder a motricidade. Efeitos indesejáveis: Ocorrem quando há passagem para a circulação sitemica, podendo causar agitação, confusão, tremores, convulsão e depressão respiratória. Também são efeitos inedsejpaveis depressão miocárdica, vasodilatação e queda da pressão arterial. ANESTÉSICOS GERAIS 1) Intravenosos Tiopental Etomidato Propofol Cetamina Midazolam 2) Inalatórios Halotano Enflurano Isoflurano Óxido nitroso Éter MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS Inibem a transmissão sináptica, provavelmente não exercendo efeito sobre a condução axonal. Esta inibição pode ocorrer devido a redução da liberação de neurotransmissor, inibição da ação do neurotransmissor ou redução da excitabilidade da célula pós sinaptica. EFEITO DOS ANESTÉSICOS GERAIS Suprimem a dor ao preço de perda da consciência e da motricidade, mantendo apenas alguns reflexos, bem como as funções autônomas vitais como a circulação sanguínea e respiração. Três alterações fisiológicas principais: perda da consciência, perda da resposta a estímulos dolorosos e perda dos reflexos. Os intravenosos são usados para indução da anestesia, seguido do anestésico inalatório. Os agentes anestésicos podem provocar depressão cardiovascular através dos efeitos sobre o miocárdio e os vasos sanguíneos, bem como no sistema nervoso. SEGUNDO BLOCO DE AULA – 3ª PROVA TRANSTORNOS DE ANSIEDADE A ansiedade é própria da via humana e necessária até certo ponto. É estímulo à ação, é impulsionadora da criatividade em movimentos de superação de problemas e da superação de frustrações. Ansiedade: você imagina que o perigo existe, mas não vê o perigo. Fobia é um tipo de ansiedade. Medo: o perigo é eminente, a pessoa fica sem ação. Ansiedade exagerada é vivenciada como um estado emocional não prazeroso e desconfortável, envolve mudanças de humor e da cognição. Acompanhada por alterações fisiológicas e comportamentais. A ansiedade torna-se patológica quando a resposta ao estímulo é exagerada e irracional. Pode ser devido a predisposição genética e fatores ambientais. Aumento de serotonina na amigdala -> ansiedade generalizada Diminuição de serotonina na matéria cinzenta periaquedutal -> pânico, fobias Aumento de serotonina no hipocampo -> ansiedade generalizada Diminuição de serotonina no hipocampo -> depressão Pânico é sentimento de morte, a pessoa se sente impedida de fugir como se a morte fosse certa. Depressão não tratada pode virar pânico. Diazepan é um ansiolítico. Medicamentos ansiolíticos – surgiram no final do século 19. Fenobarbital (gardenal, hoje usado para convulsões) surgiu no início do século 20, ansiolítico eficaz e de baixo custo. Muitos efeitos indesejáveis, pode provocar dependência fisiológica acentuada. Surgimento dos benzodiazepínicos, usados até hoje, menor toxicidade que o fenobarbital e menor capacidade de produzir dependência. Ratinho + balde -> enquanto rato nada: ansiedade, quando rato para de nadar: depressão. Sistema de inibição comportamental: ansiolítico inibe neurônios serotonérgicos e noradrenérgicos. Bases neuroquímicas da ansiedade De uma perspectiva evolutiva a ansiedade e o medo estão nas reações de defesa dos animais diante de estímulos ameaçadores ou situação de perigo. As patologias relacionadas a ansiedade, depressão ou medo ocorrem quando há um distúrbio no controle reações de defesa. Condicionamento aversivo: Rato leva choque toda vez que ouve um som, depois de um tempo toda vez que ouvir esse som seu corpo vai reagir como se estivesse levando o choque. Ansiolíticos inibem neurônios serotonérgicos e noradrenérgicos, (o ratinhonão vai responder ao som, mesmo que condicionado, como se ele esquecesse do choque toda vez) o que causa inibição do comportamento, aumento da vigilância e aumento da atenção seletiva. Diminuição da serotonina na matéria cinzenta periaquedutal leva aos sintomas do pânico e o aumento da serotonina no hipocampo (amigdala) leva aos sintomas de ansiedade. MECANISMOS DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS O gaba é o principal neurotransmissor inibitório, então os benzodiazepínicos atuam como agonista do GABA, potencializando sua ação, diminuindo a ansiedade, causando sedação e efeito anti-convulsivante. EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS BENZODIAZEPÍNICOS Redução da ansiedade e agressão Sedação e indução do sono Redução do tônus muscular e coordenação Efeito anticonvulsivante Os benzodiazepínicos apresentam pequenas diferenças entre si, quanto a propriedade ansiolítica, sedativa e hipnótica, a duração da ação varia bastante no grupo, podendo determinar seu efeito terapêutico. FARMACOCINÉTICA São fármacos lipossolúveis, amplamente absorvidos por adm oral, distribuição ampla. São metabolizados a derivados glicurônicos, compostos ativos que são eliminados na urina, preferencialmente. DISTÚRBIOS ANSIOSOS: BENZODIAZEPÍNICOS Devem ser usados para ansiedade grave e contínua. Os agentes de ação mais prolongada como o diazepam são preferidos para pacientes ansiosos que terão um tratamento mais prolongado. Ocorre tolerância, ou seja, aumento da dose para o mesmo efeito, no entanto os efeitos ansiolíticos estão menos sujeitos a tolerância que o efeito sedativo e hipnótico. DISTURBIOS DO SONO: BENZODIAZEPÍNICOS FLURAZEPAM: ação prolongada, reduz o numero de despertares noturnos, diminui o tempo de indução do sono, pode ocorrer sedação diurna, aumenta a duração do sono. TEMAZEPAM: ação intermediria, útil para pacientes que despertam com grande frequência, ou seja, útil no controle da insônia causada pela incapacidade de manutenção do sono. TRIAZOLAM: ação curta, usado para induzir o sono, pacientes com dificuldade de induzir o sono. EFEITOS ADVERSOS – BENZODIASEPÍNICOS Sonolência Confusão Amnésia Comprometimento da coordenação motora DEPENDÊNCIA Pode haver dependência física ou psíquica se adm altas doses por longos períodos Interrupção abrupta provoca síndrome de abstinência, com confusão, ansiedade, agitação, insônia e tensão. ANTAGONISTAS BENZODIAZEPÍNICOS Alguns fármacos como o flumazil são considerados antagonistas competitivos dos benzodiazepínicos, prevenindo sua ação ansiolítica. ANTAGONISTAS DE RECEPTORES 5-HT1A: BUSPIRONA Liga-se também aos receptores da dopamina, porem é pouco provável que sua ação venha daí. Acredita-se que atue sobre receptores serotonérgicos pré-sinápticos inibitórios, reduzindo a liberação de serotonina. São necessárias várias semanas para a manifestação de seus efeitos ansiolíticos. Os efeitos colaterais parecem ser menos incômodos que dos benzodiazepínicos, consistem em vertigem, náusea, cefaleia, sem sedação ou perda de coordenação. BETA BLOQUEADORES: PROPANOLOL Antagonista d e β – adrenorreceptores Sua eficiência depende do bloqueio das respostas simpáticas periféricas, é utilizado em pessoas que precisam se apresentar em público, com o objetivo de diminuir os sintomas físicos da ansiedade, tais como taquicardia, tremores e transpiração. *ALGUMAS SIGLAS E MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS* DEPRESSÃO Todos apresentam flutuações de afeto, no entanto em algumas pessoas essas flutuações assumem um caráter inadequado, sendo muito severas e persistentes, caracterizando um distúrbio afetivo. Os transtornos afetivos podes ser classificados em: distúrbio depressivo unipolar e distúrbios bipolares. Podem estar associados a doenças orgânicas, uso de medicamento e efeitos de transtornos psiquiátricos. O transtorno afetivomais comum é a depressão. Distúrbio bipolar: humor e comportamento oscila entre a depressão e a mania, sendo a mania caracterizada por excessos, agitação, entusiasmo e confiança. Os sintomas da mania e depressão são inapropriados para situação. Transtorno afetivo unipolar: humor depressivo, sono, anedonia, culpa, fadiga ou perda de energia, alterações no peso, pensamento de morte, suicídio, alterações psicomotoras. Reserpina (fármaco) que ↓disponibilidade de monoaminas e pode causar depressão. Antidepressivos ↑ disponibilidade de monoaminas. TEORIAS DA DEPRESSÃO Teoria monoaminérgica da depressão: a depressão surge em decorrência de uma deficiência na transmissão noradrenérgica. Dois anos depois foi proposta a teoria serotonérgica da depressão, que diz que a depressão seria causada por uma deficiência de serotonina na fenda sináptica. Antidepressivos 1 – IPRONIAZIDA – IMAO Dos pacientes “testados” 2/3 melhoraram a depressão quando tratados com esse medicamento, no teste com placebo 1/3 respondeu. IMAO – inibidores da monoamina oxidase Inibidores da recaptação da serotonina, fazendo aumentar sua concentração na fenda.A MAO é responsável por controlar a noradrenalina/serotonina intraneuronal. Inibidores da MAO – IMAO A eficácia desses medicamentos foi descoberta por acaso na década de 50. Função da MAO: regular a concentração intra-neuronal livre de noradrenalina e serotonina IMAOs: irreversíveis e não seletivos, a inibição não seletiva da MAO promove um acúmulo de noradrenalina e serotonina e dopamina na fenda sináptica no momento em que o neurônio é ativado. IMAOs: reversíveis e seletivos. MAO-A tem afinidade preferencial pela noradrenalina e serotonina. MAO-B tem afinidade preferencial pela dopamina. São usados como psicofármacos inibidores seletivos da MAO-A: Moclobemida. Efeitos colaterais Hipotensão postural Ganho de peso excessivo Efeitos anticolinérgicos Toxicidade hepática Excessiva estimulação central – tremores, excitação, insônia Efeitos farmacológicos Aumento da [5-HT] e Noradrenalina > Dopamina Tratamento crônico: diminuição dos receptores β e 5-HT Latência de ação: duas a três semanas Interação com alimentos Nunca ingerir com alimentos que contenham tiramina, porque pode causar uma hipertensão aguda, que pode levar a cefaleia grave e hemorragia intracraniana. Aminas simpatomiméticas também podem causar a mesma reação. Efeito da tiramina na presença da IMAO irreversível: aumento exagerado da concentração de noradrenalina, que pode causar um aumento excessivo da pressão arterial (potencialização do fármaco). O excesso de [noradrenalina] causado pelo efeito da tiramina é destruído pela MAO, se der IMAO não tem MAO para destruir o excesso de noradrenalina. Como evitar interação com tiramina: não comer queijos envelhecidos, arenque defumado, cervejas e vinhos, fígado, extratos de leveduras, embutidos, feijões de fava. E descongestionantes nasais simpatomiméticos. Usos clínicos Depressão, quando os outros tratamentos são ineficientes, depressão atípica, fobias e IMAO-B para doença de Parkinson. 2 – ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS – (ADT) Inibem a recaptação de noradrenalina e/ou serotonina, competindo pelo transportador da membrana, com diferentes potenciais. Aparecimento do efeito em 2-4 semanas Ação farmacológica Imipramina inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina Desipramina inibe acentuadamente a recaptação de noradrenalina Amitriptilina inibe de maneira eficaz a recaptação de serotonina Clomiparina inibe com elevada potência e seletividade a recaptação de serotonina Principais ações do ADT Bloqueio de receptor H1 Bloqueio de receptor α1 (bloqueio contração da musculatura lisa, vasos e adrenalina) Bloqueio de receptor M1 (bloqueio da secreção de ácido gástrico) Bloqueio de recaptura de noradrenalina Bloqueio da recaptura de serotonina Efeitos terapêuticos Bloqueio da recaptura da serotonina e noradrenalina Efeitos colaterais Bloqueio dos receptores H1, levando a um excesso de peso Bloqueio de receptores M1, levando a constipação, boca seca, tontura e prejudicando a visão, retenção urinária, disfunção sexual e memória Bloqueio dos receptores α1: tontura, diminuição da pressão arterial, hipotensão postural, taquicardia reflexa Diminuição do limiar convulsivo Bloqueio da transmissão no nodo atrioventricular, causando arritmias cardíacas Desencadeamento de episódios de mania Superdosagem por Antidepressivo Tricíclico (ADT) Suicídio, delírio + convulsão, comaa, depressão respiratória (dura por vários dias) Pode levar a morte devido ao bloqueio cardíaco progressivo Contraindicações Glaucoma Íleo paralítico Alargamento da próstata Arritmias cardíacas com bloqueio de ramo Epilepsias e propensão para convulsões Distúrbios de equilíbrio Uso clínico dos ADTs Transtorno depressivo Transtorno obsessivo – compulsivo Fobias Dor neuropática Incontinência urinária infantil Usos menos comuns: bulimia, outros transtornos alimentares e déficit de atenção. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTURA DE SEROTONINA – ISRS Geração mais nova de antidepressivos Vantagens sobre ADTs e IMAOS Menos efeitos colaterais Menor efeito nos receptores colinérgicos, histaminérgicos e α-adrenérgicos Baixa toxicidade aguda (mais seguros em superdosagem) Não apresentam relações com alimentos como IMAOs Desvantagens dos ISRS Custo elevado Náusea, anorexia e insônia Aumento da agressividade, violência, relatos de aumento da taxa de suicídio Se administrado junto com IMAO pode causar a Síndrome 5-HT: tremor, hipertermia, colapso cardiovascular e morte. Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina são antagonistas indiretos de serotonina (?) Perfil de ação dos ISRS Dose inicial é a mesma da dose de manutenção Início da resposta de 3 a 8 semanas A resposta é normalmente a remissão completa dos sintomas Os sintomas geralmente não pioram no tratamento Propriedades farmacológicas dos ISRS Bloqueio da recaptura de dopamina Bloqueio da recaptura de noradrenalina Bloqueio da recaptura de serotonina Ação em receptores sigma (σ) Bloqueiam receptores M1 Bloqueio dos receptores 5-HT2 PROPRIEDADES DOS ISRS – FLUOXETINA Bloqueio dos receptores 5-HT2 Bloqueio da recaptura de noradrenalina Bloqueio da recaptura de serotonina Inibição enzimática: CYP450 2D6, 3ª4 PROPRIEDADES DOS ISRS – SERTRALINAE PAROXICETINA Sertralina Bloqueio da recaptura de dopamina Ação em receptores sigma (σ) Bloqueio da recaptura de serotonina Paroxicetina Bloqueio da recaptura de noradrenalina Bloqueio da recaptura de serotonina Bloqueio de receptores M1 Inibição enzimática: NOS, CYP450 2D6, 3ª4 PROPRIEDADES DOS ISRS – FLUVOXAMINA E CITALOPRAM Fluvoxamina Ação em receptores sigma (σ) Bloqueio da recaptura de serotonina Cotalopram Bloqueio da recaptura de serotonina Inibição enzimática: CYP450 2D6, 3A4, 1A2 Escitalopram Isômero ativo do Citalopram Menos efeitos adversos (insônia, problema de ejaculação, sonolência, fadiga e sudorese). Efeitos colaterais dos ISRS Disfunção sexual Ansiedade Nervosismo Insônia Dor de cabeça Tremor Sonolência Fadiga Astenia Purido Tontura Erupção cutânea Tremor Problemas gastrintestinais Sudorese Boca seca Usos clínicos dos ISRS Bulimia nervosa Transtorno de pânico Uso sob investigação: transtorno afetivo bipolar, dependências em geral, esquizofrenia, fobia social, transtorno
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