Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
20/08/2015 1 AULA 1 – ESTRADAS 1 APRESENTAÇÃO DO CURSO Prof. Leandro Vaz PROFESSOR � Leandro da Rocha Vaz � E-mail: leandro.vaz@bol.com.br; � leandro.vaz@unigranrio.edu.br; � Formação: � Técnico de Estradas (2º Grau) - CEFET-RJ - 1993 � Eng. Civil - Universidade Veiga de Almeida - 1998 � Mestre em Eng. de Transportes - IME - 2010 � Especialidade – Projeto Geométrico de Rodovias 20/08/2015 2 Disciplina Estradas 1 � Objetivos: � Apresentar as técnicas e parâmetros necessário para o desenvolvimento de um projeto de vias rodoviárias e ferroviárias no que tange a geometria das vias. � Serão abordados os conceitos a cerca dos projetos Geométrico e de Terraplenagem � Desenvolver um projeto de um pequeno segmento rodoviário ao longo do curso Ementa 1 - Escolha do traçado de uma estrada 1.1 - Classificação das rodovias 1.2 - Etapas dos estudos para a construção de uma estrada 2 - Elementos geométricos das estradas 2.1 - Azimutes e ângulos de deflexão 2.2 - Curvas de concordância horizontal 2.3 - Greides 3 - Características técnicas para projeto de rodovias 3.1 - Velocidade de projeto e velocidade de operação 3.2 - Veículos de projeto 3.3 - Distâncias de visibilidade 20/08/2015 3 Ementa 4 - Projeto de curvas horizontais 4.1 - Geometria da curva circular 4.2 - Locação de curvas circulares horizontais 4.3 - Visibilidade nas curvas horizontais 4.4 - Geometria das curvas de transição 4.5 - Comprimento máximo e mínimo de transição 4.6 - Locação de curvas de transição 5 - Projeto de curvas de transição 5.1 - Estabilidade dos veículos em curvas horizontais superelevadas 5.2 - Superelevação 5.3 - Raio mínimo das curvas circulares considerando a superelevação 5.4 - Superlargura 5.5 - Distribuição da superlargura Ementa 6 - Perfil longitudinal 6.1 - Fatores que influenciam a escolha do perfil longitudinal 6.2 - Comportamento dos veículos em rampa 6.3 - Curvas de concordância vertical 6.4 - Estudo das curvas verticais parabólicas 7 - Seção transversal 7.1 - Faixas de tráfego e pistas de rolamento 7.2 - Acostamentos e separadores centrais 7.3 - Faixa de domínio e dispositivos de segurança viária 20/08/2015 4 Ementa 8 - Terraplenagem 8.1 – Aterro 8.2 – Corte 8.3 – Cálculo de Volumes 8.2 – Distribuição 8.3 – Diagrama de Bruckner 8.4 – Notas de Serviço de Terraplenagem 8.5 – Quantificação de Terraplenagem Bibliografia RODOVIAS 1. FRAENKEL, B. B. Engenharia rodoviária. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980. 2. PONTES FILHO, G. Estradas de rodagem: projeto geométrico. São Paulo: IPC-PIH, 1998. 3. SENÇO, W. de. Estradas de rodagem: projeto. São Paulo: USP/Escola Politécnica, 1980. 4. LEE, S.H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. Apostila. Florianópolis, 120p, 2000. 5. LEE, S.H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. Florianópolis: Editora UFSC 413p, 2005. 6. ANTAS, P.M.; VIEIRA, A.; GONÇALO, E.A.; LOPES, L.A.S. Estradas – projeto geométrico e de terraplenagem. 1ª ed. Editora Interciência, 282 p., 2010. 7. DNER. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. Rio de Janeiro, 195p., 1999. (IPR, Publicação 706) 8. DNIT. Diretrizes básicas para estudos e projetos rodoviários: escopos básicos/ instruções de serviço. 3ª ed. Rio de Janeiro, 484p., 2006. (IPR, Publicação 726) 9. DNIT. Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos rodoviários: instruções para apresentação de relatórios. Rio de Janeiro, 313p., 2006. (IPR, Publicação 727) FERROVIAS BRINA, H. L. Estradas de ferro. Rio de Janeiro: LTC, 1979, 2v. 20/08/2015 5 Avaliações � AV – 1 � ED – Projeto parte 1 - Peso 5 � Prova – Peso 5 � AV – 2 � ED – Projeto parte 2 – Peso 5 � Prova – Peso 5 � AVS � Primeira Chamada � Segunda Chamada Projetos � Grupo de no máximo 5 Alunos � Desenvolvido ao longo de todo o semestre � Entregas: � Plantas em escala 1/1000 em A1 ou 1/2000 em A3 �Memorial descritivo do projeto em A4 � Desejável � Conhecimento em Autocad 20/08/2015 6 Projetos Projetos – Base 1 20/08/2015 7 Projetos – Base 2 Definição de Estradas Rodovias Estrada destinada a transferência de pessoas e/ou bens, entre dois locais geograficamente separados, efetuada por veículos automotores como carros, motos, ônibus e caminhões, também denominadas de estradas de rodagem. Ferrovias Estrada destinada a transferência de pessoas e/ou bens, entre dois locais geograficamente separados, efetuada por um comboio, automotora ou outro veículo semelhante, também denominadas de estradas de ferro. 20/08/2015 8 História das Rodovias Primeiros registros históricos no mundo do uso de estradas: � Pesquisas arqueológicas mostram que as primeiras estradas foram construídas a partir de trilhas usadas por povos pré-históricos e se localizaram no sudoeste da Ásia, numa ampla área delimitada pelo mar Negro, Cáspio, Mediterrâneo e o golfo Pérsico. � Primeiras estradas datam de 2500 AC., o faraó Keops, para a construção da grande Pirâmide (230m base x 146m altura) com 2,3 milhões de blocos de pedra, cada pesando 2,5 t, utilizou 100.000 homens durante 20 anos, para isso construiu-se uma estrada pavimentada com grandes lajes de pedra com a face superior trabalhada (pista lisa), os blocos eram arrastados sobre uma espécie de trenó arrastado por inúmeras parelhas de escravos, para diminuir o atrito parte da pista era lubrificada com óleo e água. História das Rodovias A Via Ápia (em latim Via Appia, em italiano Via Appia Antica) é uma das principais estradas da antiga Roma. Recebeu este nome em memória do político romano Ápio Cláudio Cego, que iniciou sua construção em 312 a.C. Inicialmente a estrada estendia-se de Roma a Cápua, numa distância de 300 quilômetros. Posteriormente foi ampliada para passar por Benevento, Taranto, até Brindisi (264 a.C.) (no "calcanhar" da península Itálica), chegando a uma extensão de 600 quilômetros. Era chamada, em latim, de Regina Viarum (rainha das estradas). 20/08/2015 9 História das Rodovias A primeira rodovia pavimentada no Brasil, foi a Estrada União e Indústria, que liga Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), que comemorou 150 anos em 2011, foi inaugurada em 23 de junho de 1861 pelo imperador dom Pedro II e construída com a mão de obra de colonos alemães. História das Rodovias Os revestimentos até o início do século 19 eram executados com pedras, madeiras ou solo selecionado (MS). A partir daquela época passou-se a usar o cimento e o asfalto nas pavimentações rodoviárias. � Início - 1802 na França, 1838 – Estados Unidos e 1869 na Inglaterra (asfaltos História das Rodovias naturais). � Os asfaltos derivados de petróleo foram utilizados a partir de 1909. (mais puros e mais econômicos que os asfaltos naturais). 20/08/2015 10 História das Rodovias � As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada apenas no século 19 e as rodovias surgiram só na década de 1920, primeiro no Nordeste, em programas de combate às secas. Em 1928 foi inaugurada a primeira rodovia pavimentada, a Rio- Petrópolis, a rodovia Washington Luís, hoje pertencente ao trecho da BR040. História das Rodovias A partir das décadas de 1940 e 1950, a construção de rodovias ganhou poderoso impulso devido a quatro fatores principais: � Criação do Fundo Rodoviário Nacional (lei Joppert), em 1946, que estabeleceu um imposto sobre combustíveis líquidos, usado para financiar a construção de estradas pelos estados e a União; � Criação dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem os DER’s, como também o departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER. � Fundação da Petrobrás, em 1954, que passou a produzir asfalto em grande quantidade; � Implantação da indústria automobilísticanacional, em 1957. 20/08/2015 11 História das Rodovias � A mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília levou à criação de um novo e ambicioso plano rodoviário para ligar a nova capital a todas as regiões do país. Entre as rodovias construídas a partir desse plano destacam-se a Brasília-Acre e a Belém-Brasília, que se estende por 2.070km, um terço dos quais através da selva amazônica. � Atualmente O Plano de Concessões de Rodovias impulsionou o mercado a novas demandas. História das Ferrovias O grande empreendedor brasileiro, Irineu Evangelista de Souza, (1813-1889), mais tarde Barão de Mauá, recebeu em 1852, a concessão do Governo Imperial para a construção e exploração de uma linha férrea, no Rio de Janeiro, entre o Porto de Estrela, situado ao fundo da Baía da Guanabara e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis. Em 1845, à frente de ousado empreendimento construiu os estaleiros da Companhia Ponta de Areia, em Niterói, iniciando a indústria naval brasileira. Em 11 anos, o estabelecimento fabricou 72 navios a vapor e a vela. Entusiasta dos meios de transporte, especialmente das ferrovias, a ele se devem os primeiros trilhos lançados em terra brasileira e a primeira locomotiva denominada “ Baroneza”. A primeira seção, de 14,5 km e bitola de 1,68m, foi inaugurada por D. Pedro II, no dia 30 de abril de 1854. A estação de onde partiu a composição inaugural receberia mais tarde o nome de Barão de Mauá. A Estrada de Ferro Mauá, permitiu a integração das modalidades de transporte aquaviário e ferroviário, introduzindo a primeira operação intermodal do Brasil. Nesta condição, as embarcações faziam o trajeto inicial da Praça XV indo até ao fundo da Baía de Guanabara, no Porto de Estrela, e daí, o trem se encarregava do transporte terrestre até a Raiz da Serra, próximo a Petrópolis. A empresa de Mauá, que operava este serviço, denominava-se “Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis”. 20/08/2015 12 História das Ferrovias � Após a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, sucederam-se as seguintes ferrovias, todas em bitola de 1,60m: � A segunda ferrovia inaugurada no Brasil foi a Recife-São Francisco, no dia 8 de fevereiro de 1858, quando correu o primeiro tem até a vila do Cabo, em Pernambuco. Esta ferrovia, apesar de não ter atingido a sua finalidade – o rio São Francisco – ajudou a criar e desenvolver as cidades por onde passava e constituiu o primeiro tronco da futura “Great Western” História das Ferrovias No início da década de 1950, o Governo Federal, com base em amplos estudos decidiu pela unificação administrativa das 18 estradas de ferro pertencentes à União, que totalizavam 37.000 km de linhas espalhadas pelo país. Em 16 de março de 1957 foi criada pela Lei n.º 3.115 a sociedade anônima Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA, com a finalidade de administrar, explorar, conservar, reequipar, ampliar e melhorar o tráfego das estradas de ferro da União a ela incorporadas, cujos trilhos atravessavam o País, servindo as regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Em 1969, as ferrovias que compunham a RFFSA foram agrupadas em quatro sistemas regionais: � Sistema Regional Nordeste, com sede em Recife; � Sistema Regional Centro, com sede no Rio de Janeiro; � Sistema Regional Centro-Sul, com sede em São Paulo; e � Sistema Regional Sul, com sede em Porto Alegre 20/08/2015 13 História das Ferrovias O processo de desestatização da RFFSA, foi realizado com base na Lei n.º 8.987/95, (Lei das Concessões). Esta lei estabeleceu os direitos e obrigações para as partes envolvidas no processo de concessão, definindo ainda, o princípio da manutenção do equilíbrio econômico e financeiro e os direitos dos usuários. O processo obedeceu a seguinte cronologia: O Governo Federal outorgou, em 28/06/97, à Companhia Vale do Rio Doce, no processo de sua privatização, a exploração da Estrada de Ferro Vitória a Minas e Estrada de Ferro Carajás. Em 7 de dezembro de 1999, o Governo Federal, com base na Resolução n.º 12, de 11 de novembro de 1999 do Conselho Nacional de Desestatização e por intermédio do Decreto n. 3.277, dissolve, liquida e extingue a Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA. História – Fatos Relevantes 1. Introdução da tração elétrica, em 1930, para substituir em determinados trechos à tração a vapor; 2. Substituição da tração a vapor pela diesel-elétrica, em 1939; Criação da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD, em 1942, que absorveu a Estrada de Ferro Vitória a Minas (construída a partir de 1903); 3. Reorganização e saneamento, no final da década de 30, das estradas de ferro existentes, com a criação da Inspetoria Federal de Estradas - IFE, órgão do Ministério de Viação e Obras Públicas, encarregado de gerir as ferrovias e rodovias federais; 4. Instituição do Departamento Nacional de Estradas de Ferro - DNEF e do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER em 1941; 5. Criação da Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA em 1957, unificando administrativamente as 18 estradas de ferro pertencentes à União, que totalizavam 37.000 quilômetros de linhas distribuídas pelo país; 6. Unificação das estradas de ferro do Estado de São Paulo, com a criação da FEPASA - Ferrovia Paulista S.A., em 1971; 7. Extinção, em dezembro de 1974, do DNEF e transferência de suas funções para a Secretaria-Geral do Ministério dos Transportes, bem como para a RFFSA. 8. Início do processo de desestatização do setor ferroviário, 1992, a partir da inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA no Programa Nacional de Desestatização. 20/08/2015 14 Classificação das Rodovias � 1. Quanto á posição Geográfica � 2. Quanto Jurisdição � 3. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica) ou Classe de projeto � 4. Quanto aos Aspectos Topográficos � 5. Quanto ao Nível de Serviço � 6. Classificação Funcional do Sistema Rodoviário Brasileiro � 7. Velocidade Diretriz Classificação das Rodovias Posição Geográfica � RADIAIS – Partem de Brasília, ligando as capitais e principais cidades. Têm a numeração de 010 a 080, no sentido horário. Ex. BR-040 (Brasília–Rio de Janeiro). � LONGITUDINAIS – Têm direção geral norte-sul. Começam com o número 1, variam de 100 a 199, (em Brasília 150). Ex: BR116 – Fortaleza – Jaguarão. � TRANSVERSAIS – Direção leste-oeste. A numeração varia de 200 no extremo norte a 250 em Brasília, indo até 299 no extremo sul. Ex: BR230 (Transamazônica). � DIAGONAIS – As pares têm direção noroeste-sudeste (NO-SE). A numeração varia de 300 no extremo nordeste a 398 no extremo sudeste (350 em Brasília). O número é obtido por interpolação. As ímpares têm direção nordeste-sudoeste (NESO) e a numeração varia de 301 no noroeste a 399 no extremo sudeste, (351 em Brasília). Ex: BR-319 (Manaus – Porto Velho). � LIGAÇÃO – Ligam pontos importantes das outras categorias. A numeração varia de 400 a 450 se a ligação estiver para o norte de Brasília e de 451 a 499, se para o Sul de Brasília. Apesar de serem de ligação podem ter grandes e pequenas extensões. 20/08/2015 15 Classificação das Rodovias Posição Geográfica Classificação das Rodovias Posição Geográfica As rodovias federais no Brasil são identificadas pela sigla BR, seguindo-se um traço, uma centena, uma barra e outra sigla correspondente ao estado da federação onde está implantada. � Exemplos: � BR-101/BA (Trecho de Rodovia Federal localizada no estado da Bahia). � BR-101/RS (Trecho de Rodovia Federal localizada no estado do Rio Grande do Sul). O primeiro algarismo define a direção dominante da rodovia. Ter-se-á, portanto, o seguinte: 20/08/2015 16 Classificação das Rodovias Jurisdição � FEDERAIS – são em geral vias arteriais e interessam diretamente à Nação, quase sempre percorrendo mais de um Estado. Mantidas pelo Governo Federal;� ESTADUAIS – ligam entre si cidades e a capital de um Estado. Atende às necessidades de um Estado, ficando contida em seu território. Têm usualmente a função de arterial ou coletora; � MUNICIPAIS – são construídas e mantidas pelos governos municipais. São de interesse de um município ou dos municípios vizinhos. � VICINAIS – são em geral estradas municipais, pavimentadas ou não, de uma só pista, locais e de padrão técnico modesto. Promovem a integração demográfica e a territorial da região na qual se situam e possibilitam a elevação do nível de renda do setor primário. (Escoamento das safras). Classificação das Rodovias Condições Técnicas Foi feita uma padronização das características técnicas das rodovias, agrupando-as em CLASSES DE PROJETO. O principal parâmetro considerado na classificação técnica ou de projeto é o VMD (volume médio diário) – quantidade de veículos/dia que passam pela rodovia. Adotamos como critério de classificação o volume de tráfego do 10º ano após sua abertura ao tráfego (projeção). 20/08/2015 17 Classificação das Rodovias Condições Técnicas � Classe 0: (via expressa): rodovia do mais elevado padrão técnico, com controle total de acesso. O critério de seleção dessas rodovias será o de decisão administrativa dos órgãos competentes. � Classe I: as rodovias integrantes desta classe são subdivididas em estradas de Classe IA (pista dupla) e Classe IB (pista simples). A rodovia classificada na Classe IA possui pista dupla e controle parcial de acesso. Sua necessidade decorrerá quando os volumes de tráfego causarem níveis de serviço inferiores aos níveis C ou D, numa pista simples. O número total de faixas será função dos volumes de tráfego previstos para o ano-horizonte de projeto. Já as estradas pertencentes a Classe IB são caracterizadas por rodovias de alto padrão, suportando volumes de tráfego, conforme projetados para o 10o ano após a abertura ao tráfego, com Volume Médio Horário (VMH) > 200 veículos, bidirecionais, ou VMD > 1400 veículos, bidirecionais. � Classe II: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano) compreendidos entre os seguintes limites: 1400 < VMD 700veículos, bidirecionais. � Classe III: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano) compreendidos entre os seguintes limites: 700 VMD 300veículos, bidirecionais. � Classe IV: rodovia de pista simples, as quais podem ser subdivididas em estradas Classe IVA ( veículos, bidirecionais) e estradas Classe IVB (VMD < 50 veículos, bidirecionais). Os volumes de tráfego também referemse ao 10o ano. Classificação das Rodovias Aspectos Topográficos Tendo-se em vista que a topografia das regiões abrangidas influi sensivelmente no custo da construção das rodovias, temos 3 tipos, que são diferenciadas pelas diferenças máximas de cota por km percorrido, dentro dos seguintes limites: � PLANA (declividade de até 8%); � ONDULADA (declividade entre 8% e 20%); � MONTANHOSA (declividade maiores que 20%) 20/08/2015 18 Classificação das Rodovias Aspectos Topográficos Tendo-se em vista que a topografia das regiões abrangidas influi sensivelmente no custo da construção das rodovias, temos 3 tipos, que são diferenciadas pelas diferenças máximas de cota por km percorrido, dentro dos seguintes limites: � PLANA (declividade de até 8%); � ONDULADA (declividade entre 8% e 20%); � MONTANHOSA (declividade maiores que 20%) Classificação das Rodovias Nível de Serviço Medida qualitativa da influência de vários fatores que incluem, a velocidade e o tempo de percurso, interrupções do tráfego, liberdade de manobra, segurança, comodidade de condução e custos de transportes. Variam de “a” (escoamento e velocidade livre) a “f” (velocidade e fluxo quase zero). � Nível A: - Fluxo Livre - Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A densidade do tráfego é baixa. � Nível B: - Fluxo estável - com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. � Nível C: - Fluxo ainda estável - Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e velocidade. 20/08/2015 19 Classificação das Rodovias Nível de Serviço � Nível D: - Fluxo Próximo a Situação Instável: Fluxo aproximando-se da situação instável com velocidades de operação toleráveis, mas afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Pouca liberdade para o motorista. Aceitável por curtos períodos de tempo. Fixado como Nível de Serviço Econômico para projetos de rodovias situadas em regiões montanhosas. � Nível E: - Fluxo Instável: A via trabalha a plena carga e o fluxo é instável, sem condições de ultrapassagem, sendo que a velocidade é controlada pelo tráfego (40 ou 50 Km/h). Essa condição permite o máximo volume de tráfego, ou seja, a CAPACIDADE, portanto, o volume de tráfego correspondente ao NÍVEL DE SERVIÇO é igual à CAPACIDADE DA RODOVIA. � Nível F: - Fluxo Forçado - Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes acima da capacidade da via. Formam-se extensas filas e impossibilita a manobra. Em situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. Classificação das Rodovias Nível de Serviço 20/08/2015 20 Classificação das Rodovias Sistema Funcional � SISTEMA ARTERIAL – Proporcionam alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego. Atendem ao tráfego de longa extensão interestadual ou internacional. � SISTEMA COLETOR – Atendem a núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor vulto não servidos pelo Sistema Arterial. A função deste sistema é proporcionar mobilidade e acesso dentro de uma área específica. � SISTEMA LOCAL – Constituído por rodovias de pequenas extensões, destinadas basicamente a proporcionar acesso ao tráfego intra-municipal de áreas rurais e de pequenas localidades às rodovias mais importantes. Classificação das Rodovias Sistema Funcional Estes sistemas são por sua vez, subdivididos em subsistemas em função do VMD, fluxo de tráfego, da seguinte forma: � SISTEMA ARTERIAL � Sistema Arterial Principal: Cidades com mais de 150.000 veículos. � Sistema Arterial Primário: Cidades com mais de 50.000 veículos. � Sistema Arterial Secundário: Cidades com mais de 50.000 veículos. � SISTEMA COLETOR � Sistema Coletor Primário : Cidades com mais de 5.000 veículos � Sistema Coletor Secundário : Cidades com mais de 2.000 veículos. � SISTEMA LOCAL: Servem a pequenas localidades. 20/08/2015 21 Classificação das Rodovias Velocidade Diretriz � É definida como a maior velocidade com que um trecho viário pode ser percorrido com segurança, mesmo com o pavimento molhado, quando o veículo estiver submetido apenas as limitações impostas pelas características geométricas. � A velocidade diretriz influencia no custo, ou seja quanto maior a velocidade diretriz, as características da rodovia são mais amplas, elevando o custo da obra. Classificação das Rodovias Velocidade Diretriz 1. É a velocidade selecionada para fins de projeto da via e que condiciona as principais características da mesma, tais como: raio de curvatura, superelevação, superlargura e distância de visibilidade, ( operação segura e confortável). 2. Representa a maior velocidade com que pode ser percorrido um trecho viário, com segurança e em condições aceitáveis de conforto, mesmo com o pavimento molhado, quando o veículo estiver submetido apenas às limitações impostas pelas características geométricas, sem influência do tráfego. 3. Velocidades diretrizes elevadas requerem característicasgeométricas mais amplas. 20/08/2015 22 Classificação das Rodovias Velocidade Diretriz � Via expressa (Expressway) - Uma via expressa, via rápida ou via reservada é uma via de comunicação terrestre, quase sempre dentro de uma área urbana. É sempre asfaltada e fechada para ciclistas e pedestres, com o intuito de maximizar o movimento e a velocidade média dos veículos motorizados que a usam. Além disso, cruzamentos e semáforos não são usados em uma via expressa, embora, naturalmente, restrições de velocidade máxima existam, mesmo que sejam mais altas que numa rua ou uma avenida. � Auto-Estrada (Freeway) - As auto-estradas são vias de comunicação destinadas apenas a tráfego motorizado, dotada de duas vias (pelo menos) em cada sentido, separadas por elementos físicos, com cruzamentos desnivelados ou seja, não possui cruzamentos (e sim rampas de acesso), e serve primariamente para atender ao tráfego entre áreas urbanas ou dentro de uma metrópole. Ainda são dotadas de serviços especiais, como: postos telefônicos, postos de segurança e pronto-socorro, etc. Classificação das Rodovias Velocidade Diretriz 20/08/2015 23 Estradas Pelo Mundo Estradas Pelo Mundo 20/08/2015 24 Estradas Pelo Mundo Estradas Pelo Mundo 20/08/2015 25 Estradas Pelo Mundo Estradas Pelo Mundo 20/08/2015 26 Estradas Pelo Mundo Estradas Pelo Mundo 20/08/2015 27 “Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.” “O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” Albert Einstein “A Geometria existe, como já disse o filósofo, por toda parte. É preciso, porém, olhos para vê-la, inteligência para compreendê-la e alma para admirá-la. MALBA TAHAN. O homem que calculava. 33 Ed. Rio de Janeiro : Record, 1987. Minuto de sabedoria OBRIGADO!
Compartilhar