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CAPÍTULO 1 - O Setor Publico na Atividade Econômica
Introdução
Neste capitulo, vão ser apresentados conteúdos sobre a intervenção do Estado na economia, destacando-se suas funções econômicas. Também serão apresentados elementos da estrutura tributária. Como os princípios e a classificação da tributação, déficit público e formas de financiamento. 
A formação de grandes monopólios, no inicio do século XX, resultou no controle de oferta e no aumento de preços dos produtos. Foi nesse período que o Estado passou a regular as atividades econômicas, período este, onde os mercados não conseguiram resolver seus problemas econômicos. Pode ser citada como exemplo a Crise de 1929 (quebra da Bolsa de Nova Iorque) e logo após, a Grande Depressão dos anos 1930. 
A partir desse período, o Estado passou a participar mais na produção nacional e a criar leis para regular a economia. 
Aumento da Participação do Estado na Atividade Econômica
No capitalismo, as grandes economias costumam dizer que o setor privado é mais eficiente do que aquele que é regulado pelo governo. De modo que se houvessem firmas operando livremente, funcionária melhor, porém não é isso que ocorre na maioria dos países capitalistas. 
A teoria econômica tradicional diz que a explicação para esse fato é que nos mercados muito competitivos é impossível haver um aumento de lucro de certo individuo, sem prejudicar outra pessoa, esse ideal é denominado “ótimo de pareto”.
	Porém, essa mesma teoria econômica revela maximização de lucros só seria possível sem a intervenção do governo. Essa ideia de mercado perfeito não procede devido às “falhas de mercado” onde se destacam:
	A existência de bens públicos: são aqueles que seu consumo por um só individuo não altera o consumo do mesmo por toda a população. Exemplos: tangíveis (ruas e iluminação publicas), intangíveis (justiça e segurança nacional). 
Inexistência de Monopólios naturais
	Para melhor definirmos monopólios naturais, vejamos o seguinte princípio:
	Mercados competitivos, são os mercados que melhor representam as inter-relações entre consumidores e produtores, com o objetivo de atingir o maior nível de bem estar economicamente e socialmente. São caracterizados por apresentarem baixos custos à entrada de novas empresas de uma maneira que nenhuma empresa tenha condições de manipular os preços dos bens e serviços oferecidos.
	Uma forma contrária de mercados competitivos são os MONOPÓLIOS NATURAIS que seria o mercado em que apenas uma única empresa produzindo, geraria custos mais baixos para a formação dos preços de venda que várias empresas produzindo.
	Sendo que nos monopólios naturais os custos de entrada no mercado são altíssimos de forma que o custo por unidade de produção, o chamado custo médio, diminui à medida que aumenta a escala de produção da empresa. Exemplo: Setores de produção de gás, energia e telefone.
Externalidades
	As externalidades representam a forma como as ações de determinado indivíduo ou empresa impactam os demais indivíduos. São atividades que envolvem a imposição involuntária de custos ou de benefícios, isto é, tendo efeitos positivos e negativos.
Externalidades Positivas: Quando ações resultam em benefícios a outros indivíduos ou firmas econômicas. Exemplos de externalidades positivas: São bens públicos tais como a saúde pública, educação, infraestrutura viárias.
Externalidades Negativas: São representadas por determinadas ações que de forma direta ou indireta prejudicam os demais indivíduos. Exemplos de externalidades negativas: Um caso bem clássico para esclarecer o que realmente é o lado negativo da externalidade é, despejo de produtos poluentes nos rios, por empresas. Sendo assim torna-se o custo social bem mais elevado do custo privado, pelo fato que as comunidades ribeirinhas as margens do rio serão prejudicadas.
Mercados incompletos
	É definido como, o mercado onde o custo de produção é inferior aos preços que os consumidores estão dispostos a pagar. Trata-se do mercado onde existe a possibilidade de ganhos da parte dos produtores. É caracterizado como sendo o mercado em que mesmo que os custos de produção estão abaixo do preço que os consumidores estão dispostos a pagar.
Falhas na informação
 
	O Estado tem que participar para ocorrer um fluxo melhor na informação. Sua participação e importante, pois não são fornecidos dados suficientes para que os consumidores tomem suas decisões corretamente. 
Desemprego
	Os elevados registros de desemprego no início dos anos de 1930 foi devido a Grande Depressão Econômica, mais conhecida como a Crise de 1929. Este período da depressão econômica causou altas taxas de desemprego, queda significativa no PIB (Produto Interno Bruto), queda na produção industrial e em toda atividade econômica em todo o mundo. 
	Para fugir da crise, o governo americano criou um plano chamado New Deal (novo acordo), que foi inspirado nas ideias o economista John Keynes, onde visava medidas econômicas para garantir o pleno emprego, redistribuição de lucros para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse. Além disso, tinha o objetivo do Estado intervir na economia para tentar controlar a depressão e a crise social. Com esse novo plano econômico, o Estado começou a ter uma participação mais direta na economia. 
	O New Deal abrangia a agricultura, a indústria e a área social, entre as medidas estavam entre elas: realização de diversas obras públicas como hospitais, escolas, aeroportos e entre outras para que pudesse criar empregos, erradicação do trabalho infantil, aumento dos salários dos empregos, liberação de empréstimos aos fazendeiros para que pudessem quitar as dívidas e retornassem com as produções, controle e fixação dos preços dos produtos e investimentos nos setores da indústria e a criação de políticas de emprego. 
	Com esse novo plano econômico, o Estado começou a ter uma participação mais direta na economia, além disso, amparou o cidadão e incentivaram a criação de políticas de bem estar social que mais tarde foram copiadas por outros países capitalistas.
Renda Per capita 
	Indica o grau de desenvolvimento de um país, à medida que a renda aumenta, cresce também a demanda por serviços de infraestruturas, para acompanhar o crescimento econômico, a produtividade e o bem estar da população junto com o crescimento da renda. O crescimento da renda exige mais participação do governo na oferta de bens públicos como: parques, autoestradas, gastos com a população idosa, investimentos em educação para a formação do capital humano e programas de distribuição de renda, saúde preventiva, saneamento básico, água potável, imunização e medidas de higienização para áreas mais pobres.
Mudanças Tecnológicas 
 	Essas mudanças começaram a acontecer por que o estado passou a intervir junto às empresas privadas, pois as mesmas não tinham dinheiro suficiente para realizar projetos de melhorias, e assim fazendo com que ocorresse a criação do motor de combustão que trouxe um grande avanço tecnológico e com isso houve o aumento das rodovias e mais infraestruturas, e, portanto, essas mudanças ajudaram também no crescimento econômico de vários setores. 
Mudanças Populacionais
	Por causa do aumento da população do país o estado acaba tendo que aumentar seus gastos com saúde, educação. 
Efeitos de Guerra 
	Quando ocorre qualquer tipo de guerra o Estado gasta mais e assim aumenta suas despesas em consequência da sua participação nesses casos, para suprir as necessidades básicas da população, exemplos gastos com água, alimentação, saúde, investimentos na compra de armas para que seja feita a defesa do país e manter o exercito no campo de guerra. 
Fatores Políticos e Sociais 
	Com a criação de novos grupos sociais o Estado passou a intervir mais na economia, aumentando a demanda de empreendimentos públicos, como por exemplo, a criação de universidades e creches.
Mudanças da Previdência Social
	O que se imaginavaa principio era que as pessoas pudessem pagar pela sua aposentadoria, mas depois de um certo tempo passou a ser o principal instrumento de distribuição de renda e assim aumentando os gastos públicos do estado. Logo, os benefícios do INSS dependem de contribuição. A exceção são os segurados especiais que comprovem o trabalho em regime de economia familiar como agricultor ou pescador. Entretanto, há o benefício assistencial às pessoas deficientes impedidas de trabalhar e idosos com idade a partir de 65 anos e que não tenham nenhum tipo de renda, considerados pobres. Não é uma aposentadoria, mas muitas pessoas confundem como se fosse uma aposentadoria. 
Apesar de todas essas medidas serem tomadas, os mercados financeiros e do comercio internacional deram incertezas e especulações, fazendo com que aumentassem as funções do estado na economia do país. 
	
Funções Econômicas do Estado
Uma vez que o mercado por si só não consegue cumprir de maneira adequada algumas funções econômicas importantes, não fornecendo determinados bens, como é o caso de bens públicos.
O estado exerce através da política fiscal, as funções alocativa, distributiva e estabilizadora.
Função Alocativa
 	Relaciona-se a alocação de recurso por parte do governo a fim de oferecer: bens públicos, rodovias e segurança bens semi-publico, educação e saúde, desenvolvimento, construções de usinas.
Função Distributiva 
	Torna a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, através da tributação e transferência financeiras: subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais pobres da população, bolsa família etc..
Função Estabilizadora 
	Ajustar o nível de preço e nível de emprego, estabilizar a moeda mediante instrumentos de política monetária, fiscal, cambial e outras medidas de intervenção econômica.
CAPÍTULO 2 – ESTRUTURA TRIBUTÁRIA
Estrutura Tributária
A estrutura tributaria brasileira mesmo depois da proclamação da república em 1889, manteve-se com o mesmo sistema do Império por certo tempo. As principais receitas do país na época fora os impostos sobre o comercio exterior, que chegou a 2/3 das receitas total do setor publico. Em 1891 aconteceu uma importante mudança, começaram desenrolar o novelo de lã, ou seja, a distinção das fontes tributaria o que pertencia à alçada da União e o que pertencia ao Estado, e consequentemente abriu a possibilidade de Estados e União criarem novas receitas tributárias.
Em 1934 iniciaram os impostos internos sobre os produtos, a partir daí as receitas dos estados e municípios prevaleceram sobre as da União, produzindo as maiores mudança de valores. Outra mudança importante aconteceu em 1946, apesar de ser considerada uma mudança sensível, foi importante, pois nesse período que ocorreu a inclusão de novos impostos, com objetivo de aumentar a receita dos municípios, e que as rendas entre as esferas do governo, fossem descriminadas através de um sistema e transferência de impostos.
Nos períodos entre 1946 e 1966, os impostos sobre compras internas, ficaram tão altos, que chegou um ponto em que a tributação sobre a base doméstica crescia sem parar, e se fez necessário à implantação dos impostos sobre o consumo em 1956. A principal reforma tributária em 1960 foi referente à capacidade de arrecadação do estado, para que pudesse solucionar o déficit fiscal e a estrutura tributaria fosse utilizada para apoiar e estimular a economia. Pode-se incluir a alocação de recursos vinculados às metas da política econômica, nesse período foram implantados os impostos: IPI e ICMS.
Os Princípios da Tributação
São dois os princípios a serem seguidos:
Neutralidade – diz que os tributos não devem alterar os preços relativos, ou seja, deve ser mínima a interferência dos agentes de mercados na economia.
Equidade – diz que deve ser neutro e justo entre os indivíduos, dentro deste pode ser classificados dois subprincipios:
O beneficio, o tributo só é justo, quando cada pessoa contribui para o estado, de forma justa, ou seja, de acordo com os benefícios que o recebe.
A capacidade de pagamento deve-se contribuir com os impostos de acordo com a capacidade individual de pagamento, exemplo imposto de renda. O método utilizado para obter a capacidade de pagamento, é utilizando os meios: renda, consumo e patrimônio.
 Classificação dos Tributos
Os tributos são constituídos por taxas, pela contribuição de melhoria e por impostos. As taxas são tributos pagos em função do exercício do poder da policia ou da utilização efetiva ou potencial dos serviços públicos prestados. A contribuição de melhoria é um tributo pago pelo contribuinte quando uma obra pública aumenta o valor patrimonial dos bens imóveis.
Para os impostos existem formas diferentes de classificação: a primeira forma se divide em duas categorias: Imposto direto e Imposto Indireto.
Imposto Direto - São os tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte e não sobre os bens ou serviços consumidos. Um exemplo de um imposto direto é o Imposto de Renda cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
Imposto Indireto - Refere-se aos tributos que incidem sobre os bens e serviços consumidos pelos contribuintes. Exemplo de impostos indiretos: ICMS e o IPI.
Uma segunda forma se divide em três categorias:
Imposto Progressivo - O imposto é denominado progressivo quando o imposto aumenta de acordo com o aumento da renda. Cobra-se mais de quem ganha mais. Exemplo: IRPF e IRPJ.
Imposto Regressivo - O imposto é chamado regressivo quando a participação dos impostos na renda dos agentes diminui na proporção do aumento da renda. Neste caso quem ganha menos paga mais. Exemplo: ICMS e IPI. Eles não incidem sobre a renda, mas sobre o preço das mercadorias, pois a mesma alíquota é passada para todos os contribuintes.
Imposto Neutro - A participação dos impostos na renda dos indivíduos é a mesma, independente do nível da renda. Não há exemplo.
 Impostos que o Governo Arrecada 
II – IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO
IOF – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕE S FINANCEIRAS
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
IRPJ – IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA
IRPF – IMPOSTO DE RENDA PESSIA FÍSICA
ITR - IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
CIDE – CONTRIBUIÇÃO SOBRE INTERVENÇÃO DO DOMINIO PUBLICO
COFINS – CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
CSLL – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LIQUIDO
FGTS – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO
INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL
PIS / PASEP – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E DE FORMAÇÃO DO PATRIMONIO DO SERVIDOR PUBLICO.
Impostos Estaduais
ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS
IPVA – IMPOSTO PARA VEICULOS AUTOMOTIVOS
ITCMD – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO
Impostos Municipais
IPTU - IMPOSTO PREDIAL TERRITORIAL URBANO
ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇO
ITBI – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS INTER VIVOS
Formas de Tributação Pessoa Jurídica
SIMPLES NACIONAL – R$ 240.000,00 A R$ 2.400.000,00
LUCRO PRESUMIDO – R$ 2.400.000,00 (Igual ou superior)
LUCRO REAL – R$ 48.000.000,00 (superior)
Formas de Tributação Pessoa Física
IRPF – IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA
Déficit Público - Conceitos e Financiamentos
Na linguagem contábil, déficit é um excesso de passivo em relação ao ativo, isto é, as despesas e pagamentos são maiores que o faturamento e o total do crédito. Nas finanças públicas, considera-se déficit quando as despesas são maiores que a arrecadação.
Três conceitos são tradicionalmente utilizados para medir o déficit público: primário ou fiscal, operacional e nominal.
Déficit Primário ou Fiscal – Diferença entre o total arrecadado e o total de gastos públicos calculada com porcentagem do PIB.
Déficit Operacional – Déficit primário ou fiscal acrescido de juros reais de dívidas públicas passadas, excluindo a correção monetária e cambial.
Déficit Nominal - Déficit primário incluindoos juros reais e as despesas com as correções monetária e cambial das dívidas públicas.
Para financiar o déficit seja para qualquer conceito, o governo recorre a duas fontes de recursos: emissão de moeda e a venda de títulos da dívida pública.
Emissão de Moeda – Ocorre através de criação da moeda pelo Banco Central para financiar divida do Tesouro Nacional. Este procedimento traz a vantagem de não gerar déficits futuros e não ter que elevar a taxa de juros, Porém traz à desvantagem de gerar pressão inflacionária em face da colocação de moeda em quantidade superior a necessidade da economia.
Colocação de Títulos da Dívida Pública – Possibilita ao governo trocar título ativo financeiro não – monetário por moeda que está em circulação para financiar seu déficit. Este procedimento traz também vantagem e desvantagem. No primeiro caso, a venda de títulos públicos evita a ocorrência de opressões inflacionárias uma vez que não necessita recorrer a emissão de moeda. Porém no segundo caso a colocação de título público à disposição no mercado implica em oferecer taxas de juros atrativas com impacto no total do endividamento e no custo do financiamento.
 Conclusão
	O tema abordado nesse trabalho relata “O setor público na atividade econômica”. Esse tema aborda os principais aspectos macroeconômicos e o papel dos instrumentos de política econômica. Definindo o porquê da existência de monopólios naturais, explicando todos os conceitos e tipos de mercados, quais os motivos na economia que leva o alto índice de desemprego no país.
	Os fatores políticos e sociais, tem uma ligação muito forte com a economia do país, com isso foi criado novos grupos, para que o estado aumentasse os empreendimentos públicos para melhor servir à sua população. Sendo subdivididos em três tipos de funções com intenção de melhoria para os indivíduos. 
	Para o melhor crescimento e bom desenvolvimento da economia, foi criado uma estrutura tributária, implementando impostos sobre consumo, contendo dois princípios. Os impostos são subdivididos, sendo uma parte para o governo em geral, estado e município.
	Resumindo o setor público na economia, nada mais é do que o Estado impondo impostos para pessoas físicas e jurídicas com o intuito de melhoria para o país.
 Bibliografia
EAD – educação a Distancia – Estado e Políticas Públicas;
Apostila de curso online de Finanças Públicas para Receita Federal;
www.wikipedia.org;
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