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Do Grunhido ao controle Clerical - etapas do desenvolvimento da comunicação e linguagem

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3 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE 
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO - CAC 
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO – DCOM 
GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO 
 
ABENILDO DAYWANGLES DO NASCIMENTO 
ANA CATARINA DE LIMA 
CAMILLA TEIXEIRA MACHADO ROCHA 
LETÍCIA CRISTINE DE BARROS GUIMARÃES 
MARCELA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO CRUZ 
MARCELLA CÉSAR DE ALBUQUERQUE FALCÃO 
 
 
 
DO GRUNHIDO AO CONTROLE CLERICAL – ETAPAS DO 
DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE - PE 
2013 
4 
 
ABENILDO DAYWANGLES DO NASCIMENTO 
ANA CATARINA DE LIMA 
CAMILLA TEIXEIRA MACHADO ROCHA 
LETÍCIA CRISTINE DE BARROS GUIMARÃES 
MARCELA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO CRUZ 
MARCELLA CÉSAR DE ALBUQUERQUE FALCÃO 
 
 
 
 
 
 
 
DO GRUNHIDO AO CONTROLE CLERICAL – ETAPAS DO 
DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM 
 
 
Trabalho desenvolvido na disciplina de História 
da Comunicação como parte da avaliação 
referente ao semestre 2013.1. 
Prof. Resp. Heitor Rocha 
Prof. Aux. Karoline Fernandes 
 
RECIFE- PE 
2013 
5 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 03 
2. DESENVOLVIMENTO E CONCEITOS DE COMUNICAÇÃO 04 
3. A COMUNICAÇÃO NA ANTIGUIDADE ORIENTAL 10 
4. A COMUNICAÇÃO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 13 
4.1 A comunicação na Grécia Antiga 13 
4.2 A comunicação na Roma Antiga 16 
5. A COMUNICAÇÃO NA IDADE MÉDIA 18 
6. CONCLUSÃO 20 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A pesquisa desenvolvida a seguir reúne informações a respeito da evolução da 
comunicação humana, desde os primórdios até a Idade Média. Os primeiros registros de 
linguagem, as contribuições das civilizações do Oriente e da área mediterrânea e conceitos 
elementares de signo, significado, significante e código estão agrupados a fim de elucidar o 
progresso de um dos maiores legados da humanidade: a comunicação. 
 O tema exposto é de grande importância, pois fornece um maior esclarecimento sobre 
a história das produções culturais desenvolvidas e aperfeiçoadas pelo homem ao longo dos 
séculos. Sempre presente no cotidiano, a comunicação é uma necessidade humana que não se 
restringe apenas à escrita e a oralidade. Um gesto, um olhar, uma aparência podem denunciar 
a intenção do interlocutor e o trabalho a seguir formaliza tais comportamentos. As antigas 
comunidades e seus acréscimos à história da comunicação também estão relacionados no 
campo de pesquisa estudado. Por fim, objetiva-se munir potenciais leitores com informações 
históricas e conceituais a respeito da interação antropológica e correlacionar tais 
conhecimentos com suas respectivas funções na atualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. DESENVOLVIMENTO E CONCEITOS DE COMUNICAÇÃO 
 
A comunicação precede a linguagem como objeto de expressão. Para entender o 
processo de comunicação devemos a fazer uma volta no tempo, buscar origens de expressões 
físicas, artísticas (mesmo englobadas no quesito místico), origem de sons ou grunhidos, e 
posteriormente, construção da associação de símbolo e significado, analisando também o 
contexto histórico como fator que desencadeou o surgimento dessa etapa. 
 Apesar da carga preconceituosa do termo "pré-história" levar a entender que em tal 
período os homens não contribuíram para a história do mundo, foi nessa época que se 
inventou um dos maiores legados da humanidade: a comunicação. Não é possível afirmar 
categoricamente em que momento e de que maneira os homens primitivos começaram a se 
comunicar. Isso acontece devido à própria ausência de linguagem da pré-história, que não 
permitia que os acontecimentos da época fossem transmitidos para as gerações posteriores de 
forma precisa. Por isso, o estudo dos primórdios da comunicação é baseado em hipóteses e 
probabilidades. 
 Na época em que os hominídeos começaram a se comunicar ainda não eram 
classificados como humanos, e sim como membros de uma das 180 espécies de primatas, os 
quais eram divididos em primatas inferiores (prossímios, ou seja, quase macacos), e os 
primatas superiores, denominados símios, onde se incluem. Segundo Defleur e Ball-Rokeach 
(1993, p.26), 
O que parece mais plausível, dos exíguos indícios de que dispomos, é que as 
primeiras formas humanas se comunicavam através de um número limitado de sons 
que eram fisicamente capazes de produzir, tais como rosnados, roncos e guinchos, 
além de linguagem corporal, provavelmente incluindo gestos com mãos ou braços, e 
movimentos e posturas de maior amplitude. 
 Há aproximadamente 2,5 milhões de anos, com o surgimento do Homo habilis, 
representante mais antigo do gênero homo, essa manifestação das necessidades básicas para a 
sobrevivência evoluiu para uma linguagem onomatopaica. Ou seja, os primeiros hominídeos 
começaram a imitar, propositalmente, os sons dos animais e da natureza - o cantar do pássaro, 
o latido do cachorro, a queda d'água, o trovão - para exprimir suas necessidades. O Homo 
erectus, surgido 500 mil anos depois já apresentava uma linguagem razoavelmente eficiente. 
8 
 
Acredita-se que esse avanço deveu-se ao aumento de massa encefálica e mudanças 
morfológicas, permitindo um maior desenvolvimento dos processos linguísticos. 
 Por fim, há cerca de 100 e 35 mil anos atrás, surgiu o homem que já sabia exprimir 
suas ideias, sentimentos e crenças. Há dúvidas sobre a classificação desse antepassado- Homo 
sapiens ou Homo sapiens sapiens- que é mais conhecido como homem de Cro-magnon, e se 
expressava através de desenhos rupestres nas paredes e tetos de grutas e cavernas. Como o 
desenho é algo mais subjetivo, está suscetível a interpretações divergentes e, dessa forma, não 
se sabe se os registros feitos nas cavernas eram a representação do cotidiano daqueles 
homens, algum ritual de magia, ou ambos. 
Independente das circunstâncias, o que se sabe é que os homens sentiram necessidade 
de interagir de forma mais eficaz. Assim sendo, comunicar estava atrelado diretamente à 
necessidade do ambiente. Em dado momento histórico, o hominídeo precisou se relacionar de 
forma articulada em seu grupo, dar à situação uma simbologia que a decodificasse em 
mensagem e facilitasse suas relações interpessoais, criando assim a conhecida estrutura de 
signo, significado, significante, código e linguagem. 
O signo é a unidade linguística que possui um significado, o conceito, aquilo que uma 
língua expressa acerca do mundo em que vivemos ou acerca de um mundo possível, podendo 
ser ou não verbal. O significante é a forma do signo se mostrar, que corresponde à expressão 
oral da língua, o som – é importante destacar que há arbitrariedade, que na linguística, dá a 
certeza de uma não codependência entre significado e significante, não há uma razão para que 
eles estejam atrelados, explicando assim o fato de que cada língua tem seus sons 
(significantes) diferentes para um mesmo significado. O signo é ainda toda forma ou 
fenômeno que representa algo distinto de si mesmo. 
A unidade linguística é dotada de vários significados e significantes, que irão ser 
dados mediante a situação e colocação que aparecerão no contexto. É imperativo aprender e 
compreender essa variedade para a aplicação adequada, o que viabilizará uma comunicação 
eficiente de nossas intenções. Vale ressaltar que para o processo de comunicação também é 
preciso escolher corretamente os signos que representarão nossas intenções. 
9 
 
“Há muitas palavras para um só significado. E também palavras com muitos 
significados” DIMBLEBY, Richard e BURTON, Graeme. Mais do que Palavras – 
uma introdução à teoria da comunicação. São Paulo: SUMMUS, 1990. (p. 42) 
Ao conjunto de signos, dá-se o nome de código. Trata-se de um sistema para a 
utilização de signos, um jogo, com regras e convenções trocadas e compartilhadas pelos 
usuários desse código. Ele é primário representa o conjunto de signos que tomam forma 
verbal ou não verbalmente, ou de outrasformas, e é secundário quando dá a essa primeira 
condição uma particularidade. 
 Assim, a linguagem surge como um dos meios de expressão da comunicação, um 
espelho de pensamento, podendo ser ou não estruturada no sistema de códigos, visto que 
atualmente, defende-se a interação como uma concepção mais aceita para sua definição. A 
ação que dará ao signo o significado desejado, as condições para a produção do enunciado. 
Deve-se salientar a importância da gramática, ou seja, o conjunto de regras o qual organiza os 
signos de modo que eles façam sentindo, e permite que a mensagem seja entendida pelo 
interlocutor. De acordo com Bordenave (1982, pg.24), 
As regras de combinação são necessárias pela seguinte razão: se o homem possui 
um repertório de signos, teoricamente poderia combiná-los de infinitos modos. Se 
cada pessoa combinasse seus signos a seu modo, seria muito difícil comunicar-se 
com os outros. Graças à gramática, o significado já não depende só dos signos, mas 
também da estrutura de sua apresentação. É por isto que não é a mesma coisa dizer: 
"Um urso matou meu pai", que dizer: "Meu pai matou um urso." 
 É fundamental ressaltar que, independente da época e das circunstâncias, a 
comunicação tem a mesma utilidade, ou seja, permitir que as pessoas se relacionem e 
compartilhem seus conhecimentos e pensamentos. Comunicação engloba tudo que carregue 
um significado, seja na emissão ou recepção dessa informação. Quando se fala algo, 
automaticamente se produz um signo. Quanto mais e melhor se conhecer esse signo e seu 
significado, melhor e mais rápida será a decodificação desse significado e, por conseguinte, a 
transmissão dessa mensagem. Tomando como exemplo as seguintes situações históricas 
podemos materializar melhor o que antes foi descrito: 
 Um homem do paleolítico, já capaz de produzir utensílios domésticos como lâminas 
de corte e machados, repassa esse conhecimento para seu filho. 
10 
 
 Um velho artesão de Petrolina mostra a seu filho como se faz uma carranca de barro. 
Independente da maneira que ocorreu a comunicação nos casos acima - desenhos, gestos, 
ou linguagem onomatopaica para o homem do paleolítico, e a linguagem oral e gestos para o 
artesão- a mensagem foi entendida pelos receptores, que a partir deste momento estarão 
hábeis a fabricar os mesmos objetos que seus pais. 
 Um cidadão da Grécia antiga, lugar no qual foi inventado o teatro, vai assistir uma 
comédia que satiriza os costumes e a sociedade da época. 
 Um ator contemporâneo diz linhas decoradas com muita sinceridade e sentimento 
como se fossem próprias. 
 Suponhamos que após assistir a peça, o cidadão grego passe a discordar da estrutura 
de organização da sociedade onde vive. Já o que assistiu a peça mais recente, se comove e 
passa a olhar de forma mais sensível o mundo que o cerca. Independe do sentimento 
despertado, ambos os espectadores, apesar de não interagirem de forma direta com o ator, 
mudam a sua forma de enxergar o mundo. 
 Assim, pode-se concluir que o ato de comunicar tem um grande poder de 
transformação. Essa transformação ocorre não só no receptor, mas também no emissor da 
mensagem. Além do filho (receptor) transformar-se em artesão, o pai (emissor), converte-se 
em mestre. Já o ator do 4º exemplo, passa a sentir-se mais seguro, mais bem compreendido e 
mais querido. 
 Como se pode inferir do exposto, a comunicação surge como uma necessidade social. 
Para cada necessidade específica existe uma função que possibilita que ela seja exposta e 
captada pelo receptor, sendo elas as seguintes: 
 Função instrumental: Satisfazer as necessidades materiais ou espirituais da pessoa; 
 Função informativa: Informar, permitir que haja transferência de conhecimentos e 
opiniões entre os membros de uma sociedade; 
 Função regulatória ou de persuasão: Controlar o comportamento de um indivíduo ou 
de um grupo, tendo a finalidade de garantir um controle social; 
 Função interacional: Permitir que haja socialização, interação entre duas pessoas ou 
mais; 
11 
 
 Função de expressão pessoal: Expressar as opiniões próprias do indivíduo, ou seja, 
seus pontos de vista diante dos mais diversos assuntos; 
 Função explicativa ou heurística: Tentar explorar -explicar e entender- o mundo dentro 
e fora da pessoa; 
 Função imaginativa: Fantasiar um mundo próprio, onde o indivíduo se vê em 
situações que gostaria de vivenciar. Essa função também é amplamente explorada pela 
indústria cultural, a exemplo de livros e filmes. 
Não é possível enumerar as fases da comunicação, pois ela não possui uma sequência 
linear. Porém, para fins explicativos, com o propósito de concluir melhor a reflexão sobre o 
assunto, devemos mencionar algumas fases que costumam fazer parte desse processo: 
 A pulsação vital: Dinâmica interna de qualquer pessoa-onde pulsam sentimentos, 
lembranças e opiniões, como um verdadeiro caldeirão vital- que tem como centro o 
cérebro. 
 A interação: Para se manter, a pulsação vital tem que se adaptar ao ambiente físico e 
social que rodeia o organismo, acomodando-se ou tentando transformá-lo. A pessoa 
necessita entrar em interação com o meio ambiente e, dessa forma, emite e recebe 
mensagens por todos os canais possíveis: olhos, pele, mãos, língua, ouvido. 
 A seleção: A pessoa não emite tudo o que pensa, nem recebe tudo que o ambiente lhe 
transmite. Ou seja, desse caldeirão são selecionados os elementos os quais a pessoa 
deseja compartilhar. A escolha dessa seleção pode ser motivada por motivos externos 
tais quais o ambiente ou os ouvintes, ou por decisão própria. 
 A percepção: No caso dos estímulos externos, a pessoa percebe a realidade que lhe 
rodeia por meio de seus sentidos, e assim percebe os signos que lhes são apresentados. 
 A decodificação: O ouvinte busca na memória uma ideia correspondente(significado) 
aos signos usados pelo falante para se expressar, decodificando a mensagem passada. 
 A interpretação: Às vezes, mesmo decodificando as palavras, seus significados não 
são totalmente compreendidos pelo ouvinte. Essa situação ocorre ou porque a 
mensagem não foi colocada dentro do seu contexto, ou porque o falante utilizou de um 
vocabulário específico do qual o ouvinte não tem domínio- mesmo tendo familiaridade 
com o código em pauta. 
 A incorporação: Mesmo interpretando uma mensagem em sua plenitude, muitas vezes 
o ouvinte não concorda com ela - porque vai contra seus valores, ideias ou 
12 
 
sentimentos- e dessa forma, não a incorpora. Algumas vezes, só uma parte da 
mensagem é aceita e outra é rejeitada, havendo uma incorporação parcial. A 
flexibilidade mental do receptor é o principal dentre os fatores que interferem na 
aceitação ou rejeição da mensagem. 
 A reação: Ao incorporar uma mensagem, a reação pode ser visível aos que rodeiam o 
ouvinte, ou interna, quando ele a guarda apenas para si mesmo. Às vezes, ao 
incorporar uma mensagem, ocorre uma mudança mais duradoura no ouvinte, que é 
convencido de tal maneira a mudar seu ponto de ponto de vista e seu modo de agir, e 
às vezes até mesmo sua personalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. A COMUNICAÇÃO NA ANTIGUIDADE ORIENTAL 
A partir da migração e a conseqüente instalação dos grupos sedentários humanos, houve, na 
Mesopotâmia, o registro da primeira civilização oriental, os Sumérios. Eles foram 
responsáveis pela criação das primeiras cidades-estado da região, como Ur, Quish e Nipur e 
por firmarem atividades comerciais com outros povos da Antiguidade. Buscando controlar as 
mercadorias comercializadas usava-se um sistema pictográfico, pois eram utilizados seixos de 
vários tamanhos que, com o tempo, foram substituídos por marcações feitas em pedras de 
argila e, depois, por figuras que representavam as transações realizadas. Porém, esse sistema 
apresentou problemas, pois havia uma grande quantidade de símbolos e também o peso das 
pedras de argila. 
 OsSumérios buscaram evoluir na escrita transformando os desenhos para que eles 
passassem a representar os sons da língua falada, deixando assim de ser uma escrita 
pictográfica, passando a ser ideográfica. Essa tentativa de representar os sons da linguagem 
resultou em uma escrita silábica, totalmente abstrata e formada por uma série de marcas na 
forma de cunhas, ficando assim conhecida como escrita cuneiforme. Ela era feita a partir da 
gravação de símbolos em blocos de argila que eram, em seguida, expostos ao sol ou cozidas 
numa espécie de forno para garantir maior durabilidade. 
 O sistema de escrita cuneiforme não ficou restrito apenas ao povo sumério, foi 
também difundido entre várias culturas e línguas, como os babilônicos e os assírios, tendo na 
Babilônia sido formalizado o primeiro código de leis escritas, o “Código de Hamurabi” além 
de organizarem gramáticas, dicionários e lecionarem línguas estrangeiras. Durante 
aproximadamente 3.000 anos, foi o sistema cuneiforme foi a forma de escrita mais importante 
do Oriente Próximo. Assim, esse sistema pode ser classificado como o primeiro meio de 
comunicação gráfica internacional da história. 
 Ao contrário do ocorrido na Mesopotâmia, no Egito a escrita era necessária para a 
ideologia monárquica sendo capaz de registrar e reforçar as realizações do rei, além do 
registro das cerimônias fúnebres. Existiam três tipos de escrita: hieroglífica, hierática e 
demótica. A escrita hieroglífica é considerada pictográfica e ao mesmo tempo ideográfica, 
pois além de utilizar imagens simplificadas para representar objetos concretos, era utilizada 
também para representar idéias abstratas. É considerada a escrita mais importante da 
civilização, que era estritamente usada para a impressão de mensagens em túmulos e templos, 
14 
 
portanto era monumental e religiosa, além de ser usada para registrar os acontecimentos mais 
importantes do império. A escrita hierática era uma simplificação da hieroglífica e utilizada 
em textos literários, administrativos e jurídicos e a demótica era uma própria simplificação da 
hierática sendo mais utilizada pelo povo. 
 No Egito a escrita era tida como uma forma de poder e dominação, sendo assim 
restrita para uma pequena parcela da sociedade. Para ser um escriba e dominar a leitura e 
escrita dos hieróglifos havia a formação em uma escola palaciana onde os melhores possuíam 
cargos de extrema importância para o Estado, como a contabilidade de impostos e avaliação 
do valor das propriedades. Entretanto, um dos grandes legados da civilização egípcia é a 
criação da primeira mídia portátil: o papiro. O uso da pedra como suporte para a escrita 
dificultava o transporte, havendo assim a necessidade de buscar uma nova forma pela qual a 
escrita pudesse ser transportada com menos dificuldades. O papiro não ficou restrito apenas 
aos egípcios, foi também utilizado pelos gregos, romanos, bizantinos e árabes levando a 
ocorrência de mudanças na organização política e cultural da sociedade. 
Uma das maiores contribuições para a história da comunicação humana veio da 
civilização fenícia. Baseados em um sistema político chamado Talassocracia, governo voltado 
para o comércio marítimo, o povo fenício realizava intercambio comercial com cidades 
gregas, egípcias e até com tribos litorâneas da África e Ibéria. Por isso, por volta de 1000 a.C, 
desenvolveram um sistema de símbolos facilitador do processo de comunicação: o alfabeto 
sonoro. Este servia para o controle sobre os estoques, os acordos comerciais, encomendas, 
preços e outras negociações que teriam de ser devidamente registradas. 
O alfabeto era formado por cerca de vinte e dois símbolos (signos) somente 
consonantais, que permitiam escrever qualquer palavra. A simplicidade, a precisão das formas 
e a escolha de sons não complexos foram à base para sua rápida expansão. Entretanto, por não 
possuir símbolos para representar as vogais, que precisavam ser deduzidas no contexto da 
palavra, terminava por dar margem a muitas ambiguidades. Somente anos depois, para evitar 
tais imprecisões, os gregos inseriram vogais ao alfabeto fenício, sendo este um dos fatores 
históricos preponderantes para o desencadeamento dos grandes movimentos da ciência, das 
artes e da religião. 
O sucesso cultural do alfabeto grego explica-se facilmente, pois os primitivos sistemas 
de escrita, usados pelos sumérios, acadianos, egípcios e outros povos, baseavam-se em 
15 
 
grandes quantidades de sinais pictográficos (ideogramas), e cada sinal representava tanto o 
objeto concreto como o conceito subjacente. Por isso, somente o alfabeto grego, plenamente 
desenvolvido no início do Período Arcaico, pode ser considerado completo, já que possuía 
sinais representativos tanto para as consoantes como para as vogais. Todos os alfabetos 
ocidentais, inclusive o alfabeto latino, derivam do alfabeto grego. 
Outro ponto importante na evolução da comunicação é atribuído aos sofistas (grupo de 
mestres gregos). Eles dominavam e transmitiam técnicas avançadas de discurso que atraiam 
muitos aprendizes. Antes de tudo, os sofistas se preocupavam em manejar minuciosamente a 
oratória, a retórica e a eloquência, ao ponto de convencer rapidamente o interlocutor sobre o 
que se discutia. A contribuição dos sofistas foi marcante porque o repasse do conhecimento 
era feito através da comunicação oral e escrita. Além disso, a retórica introduzia no ouvinte 
ideologias aproveitáveis para manipulação do povo, que para os gregos era fundamental na 
política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4. A COMUNICAÇÃO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
O surgimento de diferentes formas de escrita pode ser considerado como ponto de 
partida para o desenvolvimento de novas técnicas e formas de comunicação. Durante a 
antiguidade clássica, dentro da civilização greco-romana, o homem pôde aperfeiçoar sua 
capacidade de produzir, armazenar e fazer circular informações. Durante esse mesmo período, 
o alfabeto fenício foi adotado pelos gregos, transformando-se na origem de todos os alfabetos 
ocidentais. Ainda vale destacar que as línguas faladas dentro dessas sociedades - o grego e o 
latim - serviram de base para diversos idiomas como o francês, o espanhol, o italiano, o 
romeno e o português. 
4. 1. A comunicação na Grécia Antiga: 
 
 Da cultura oral à cultura escrita. 
Uma ideia bastante aceita por muitos historiadores é a de que os famosos poemas 
épicos de Homero – a Ilíada e a Odisseia – tenham sido compostos e disseminados oralmente, 
no período que vai do Séc. XII ao Séc. VII, chamado Idade Média grega. Nesse período ainda 
não havia vestígios de escrita. 
Sabe-se que a origem das letras gregas é semítica, isso se comprova através de seus 
nomes e formas bastante semelhantes às do alfabeto fenício. Em 775 a.C., ano em que 
realizaram-se os primeiros jogos olímpicos, o alfabeto fenício foi adotado na Grécia. Logo, a 
partir do Séc. VIII os gregos puderam escrever a sua história. O próprio “pai da História”, 
Heródoto, chegou a afirmar, no Séc. V, que a escrita havia sido introduzida na Grécia pelos 
fenícios. 
“Os gregos passaram da cultura oral à escrita exatamente como nós estamos 
passando da cultura escrita para a oral. Eles terminaram num deserto de dados 
classificados exatamente como nós poderemos acabar numa nova 
enciclopédia tribal de enlevo auditivo.” MCLUHAN, Marshall 
“Entre os mais antigos exemplos de escrita encontramos versos ocasionais e 
anotações pessoais, inscritos em cerâmica ou gravados na rocha, que 
demonstram como esse novo alfabeto não era um patrimônio limitado a uma 
restrita casta de escribas, mas por sua simplicidade estava ao alcance de 
17 
 
qualquer pessoa que dispusesse de meios para aprendê-lo: pintores de vasos, 
cinzeladores, gravadores de bronze, cidadãos privados.” GIOVANNINI, 
Giovanni. 
Entre os materiais utilizados pelos gregos para escrever nos primórdios de sua históriadestacam-se: pedra, bronze e, até mesmo, madeira – como as tábulas que continham, em 
Atenas, o Código de Leis de Sólon – para textos curtos ou de caráter público. Já para textos 
mais longos poderiam utilizar o couro ou o papiro. O couro era durável e podia ser apagado 
facilmente. Não se sabe ao certo desde quando o ensinamento da escrita se uniu a outros, já 
existentes, como a ginástica, o canto e a cítara. Sabe-se que no século VI a escrita já havia 
sido incluída, visto que as leis do ostracismo – impostas pro Clístenes – previam que um 
cidadão médio fosse capaz de escrever o próprio nome. 
 A democratização do saber. 
Pela primeira vez na história da humanidade, a capacidade de ler e de escrever não era 
mais um privilégio de uma única classe social. Entretanto, vale lembrar que os gregos não 
chegaram a implantar uma instrução básica obrigatória e gratuita e houve uma exclusão da 
parte feminina na instrução. 
 Os livros e bibliotecas na Grécia. 
Segundo Harold A. Innis, estudioso dos meios de comunicação de massa, a evolução 
cultural da sociedade grega é diretamente proporcional à involução da sua estrutura política. 
A difusão da escrita e da leitura, na Grécia, teriam provocado, juntamente à expansão da 
literatura, várias consequências sociais, entre elas a limitação do crescimento do mito e uma 
certa ênfase à lógica e ao acordo político. Innis atribui a Aristóteles a passagem “da instrução 
oral ao hábito de leitura”, o que levou à mania do colecionamento e ao surgimento das 
grandes bibliotecas. 
Foi durante o período Helenístico que houve uma maior difusão da leitura e este fato 
se deve, principalmente, à criação das grandes bibliotecas. A célebre Biblioteca de 
Alexandria, fundada pelos ptolomeus – provenientes de um dos Estados territoriais que 
alcançaram grande progresso nesse período – e localizada no Egito, tornou-se o centro 
principal da civilização helenística. A Biblioteca era academia científica e pensionato de 
sábios, continha cerca de 500.000 volumes. Com o crescente aumento no número de livros, 
18 
 
foi fundada a Biblioteca de Serápio, que contava com aproximadamente 40.000 volumes, que 
eram exemplares repetidos de Alexandria. Os bibliotecários assumiam posto de gramáticos. 
Cabia a eles além de catalogar as obras, corrigir e comentar seus respectivos textos. 
Portanto, conclui-se que as monarquias helenísticas foram grandes responsáveis pelo 
desenvolvimento das bibliotecas e, consequentemente, pela difusão e promoção da cultura. 
 A invenção do pergaminho. 
 Atribui-se a Êumenes II, rei de Pérgamo, a invenção do pergaminho. A lenda diz que, 
entre 197 e 150 a.C., ele teria tentado fugir do monopólio egípcio do papiro. Foi nesse período 
que se começou a tratar adequadamente das peles de animais como base para a escrita, com o 
objetivo de torná-las mais apropriadas à escrita. Pérgamo foi, de fato, um centro importante de 
fabricação desse novo material. As peles eram submetidas a banhos de água e cal, em fases 
alternadas. Depois, eram lavadas, despojadas do pêlo e esticadas para secar. O pergaminho 
tinha a vatagem de ser mais resistente em relação ao papiro. Mas foi somente no século IV 
d.C. que ele substituiu completamente o papiro na produção de livros. 
 A democracia e a liberdade de expressão. 
A Grécia foi o berço da democracia e de uma série de ideais políticos modernos. A 
democracia ateniense era direta, ou seja, não havia representantes, os próprios cidadãos 
deveriam tomar as decisões. Eles se reuniam em Assembléia, na praça pública - Ágora -, para 
discutir sobre diversos assuntos. Na Ágora, o direito à voz era de todos os cidadãos, logo, 
havia liberdade de expressão. 
Entretanto, os cidadãos atenienses - os que podiam participar da vida política da Polis 
- restringiam-se a um pequeno grupo de pessoas, os homens livres. A maior parcela da 
população era formada por mulheres, escravos, prisioneiros e estrangeiros, que não podiam 
participar da vida política. 
 A existência da escravidão em Atenas era o que permitia aos homens livres ocupar-se 
somente da vida política. Pode-se dizer que a democracia grega existia por causa da 
escravidão. O grande número de escravos em Atenas permitiu que o cidadão ateniense se 
dedicasse mais à política. Aristóteles dizia que todo e qualquer trabalho manual devia ser 
executado por escravos para que os cidadãos pudessem dispor de tempo para participar das 
atividades políticas. 
19 
 
 
 A introdução da retórica. 
No século V a.C., a retórica teria sido introduzida na Grécia Antiga pelos sofistas e 
filósofos da época. Originalmente, consistia na técnica de comunicar de maneira persuasiva. É 
popularmente conhecida como “a arte da persuasão”. Teria sido fortemente usada na 
propaganda e política ateniense e sabe-se que se mantém viva até a atualidade. 
 
4.2. A Comunicação na Roma Antiga: 
Tanto na República quanto no Império, Roma foi considerada uma sociedade de 
comunicação. Os romanos difundiram e universalizaram a cultura e sua língua tornou possível 
a ideia de informação como um conhecimento que se pode elaborar, sustentar e ser 
transmitido através do ensino. 
 Os livros e bibliotecas em Roma. 
Se o número de bibliotecas públicas já era grande no período helenístico, ele tornou-se 
ainda maior durante o Império Romano. Eram, geralmente, divididas em 2 seções: latina e 
grega. Existiam salas de leitura, de conversa e locais apropriados para servir de escritório. 
Tudo isso caracteriza uma grande extensão da atividade literária na antiguidade clássica. 
Apesar desse avanço, os romanos utilizavam o instrumento de censura. Os prefeitos diretores 
das bibliotecas tinham direito de decidir sobre o desaparecimento de livros “suspeitos” ou 
“perigosos” e podiam promover as obras que fossem úteis para sua propaganda. Vale lembrar 
que os livros ainda não eram formadores de opinião, não influenciavam nem mesmo as elites. 
Segundo Pierre Grimal, “Em Roma, as livrarias, como as salas de declamação, eram o 
ponto de encontro dos connaisseurs, que debatiam problemas literários. (...) A publicidade 
estendia-se nos pilares vizinhos. Essas lojas de livreiros situavam-se, naturalmente, nas 
vizinhanças do fórum.” 
 O serviço postal romano. 
Os romanos desenvolveram o serviço postal mais eficiente e seguro de toda a 
antiguidade, o chamado cursus publicus. Os mensageiros chegavam a percorrer cerca de 70 
20 
 
quilômetros a pé ou 200 quilômetros a cavalo. Ainda existia uma inspeção para evitar o uso 
abusivo para fins privados. 
 O primeiro jornal da história. 
Uma publicação gravada em pedra e afixada nas principais cidades do Império 
Romano, por ordem de Júlio César, em 59 a.C., registrou notícias sobre os mais 
importantes acontecimentos sociais e políticos de Roma. O Acta Diurna é considerado o 
primeiro “jornal” oficial de que se tem notícia. O povo era informado sobre guerras, 
sentenças judiciais, execuções, escândalos no governo e podiam encontrar até crônicas 
esportivas. 
 As 4 redes de comunicação. 
Segundo estudos de John B. Thompson – sociólogo e professor da Universidade de 
Cambridge -, antes da criação da imprensa, já no final do Império Romano, quatro tipos de 
redes de comunicação haviam sido estabelecidas: 
a) Controlada e estabelecida pela Igreja Católica 
b) Mantida pelas autoridades políticas dos estados e principados, tanto dentro dos 
territórios particulares de cada estado quanto entre os estados que mantinham 
relações diplomáticas; 
c) Ligada à expansão da atividade comercial; 
d) Constituída por comerciantes, mascates e ambulantes. Esses disseminavam as 
informações nas reuniões em mercados ou em encontros nas tabernas. 
Ao longo dos séculos XV, XVI e XVII, ocorreram dois “desenvolvimentos-chave” 
dentro dessas redes. Primeiramente, o estabelecimento e crescimento dos serviços postais que, 
rapidamente, tornaram-se disponíveis para uso geral,e, em segundo, o uso da imprensa na 
produção e disseminação das notícias. 
 
 
 
 
21 
 
5. A COMUNICAÇÃO NA IDADE MÉDIA 
Compreendida entre os séculos V e XV, a Idade Média foi um período muito extenso e 
repleto de grandes evoluções no campo da linguagem. Apesar da grande rotulação da idade 
média como “período das trevas”, onde a circulação de ideias era restrita e a liberdade de 
expressão era pouca ou inexistente, impregnada pela mentalidade religiosa, foi na idade média 
que se desenvolveram boa parte dos idiomas hoje falados no mundo. 
Línguas eslavas, germânicas, célticas, itálicas, bálticas, iranianas, indo-arianas, o 
grego, albanês, dácio, Anatólio, armênio e tocário foram alguns dos idiomas desenvolvidos 
durante a idade média que deram origem a uma diversidade de línguas faladas no mundo 
contemporâneo. O latim, por exemplo, que deu origem a maioria dos idiomas latino-
americanos, é proveniente das línguas itálicas, e hoje em dia já é extinto. 
A comunicação no início da Idade Média resumia-se basicamente à atuação da igreja 
católica. A população em sua maioria, não tinha nenhum acesso às produções culturais da 
época, e toda a forma de conhecimento era retida pela igreja, ou continha interesses do clero. 
O conhecimento só poderia ser desenvolvido por intermédio da igreja, e foi por causa dessa 
interdependência que surgiram filosofias como a escolástica, que tentavam vincular razão e 
fé. A igreja transmitia à sociedade seus dogmas, e com isso criava uma mentalidade única e 
imutável. 
Durante a realização dos ofícios e das orações, nos templos do cristianismo, os 
monges e párocos começaram a sentir a necessidade da implementação de um substrato 
material, em que os fiéis pudessem acompanhar a liturgia. A partir daí, começaram a serem 
produzidos os códices, uma espécie de livro, onde ficavam contidas as orações, atos, salmos e 
cânticos, com iluminuras para ilustrações. Os códices, ou livros de reza, eram produzidos por 
monges copistas inicialmente em papiros, e depois em livresco. Esses códices proporcionaram 
o início da expansão do conhecimento, pois aqueles que sabiam ler transmitiam seus 
conhecimentos para outros. Quando esses dominavam a arte da leitura, passavam a ler além 
dos livros de reza. 
 Surgiram também os espaços de mediação cultural, que eram praças públicas que 
serviram como pontos de encontro para a conversa e discussão face a face, encontros não 
formalizados e habituais. A partir dessas reuniões, surgiram cantores, narradores e artistas em 
geral, que tornaram-se veiculadores da informação em locais públicos. 
22 
 
 As notícias difundiam-se de forma oral,ou por breves estrofes que eram os primeiros 
sinais da comunicação em movimento. As noticias começaram a ser cantadas, declamadas em 
forma de pequenos poemas e narrativas. As baladas, os Jograis, e as Cantinelas, foram pouco 
a pouco se difundindo pela sociedade, e deram o passo inicial para uma cultura escrita. 
 Esse tipo de notícia gerou um mercado de textos que eram repassados a algum jogral 
ou vendido em um caderno de pergaminho, que possuíam semelhanças gráficas com os 
jornais da atualidade. Essas versões manuscritas surgiram bem antes do surgimento da prensa. 
Depois de algum tempo, o sucesso desses meios de comunicação foi tamanho que o estado 
tentou se apropriar desse meio de comunicação e sem sucesso, censuravam os jograis que 
perturbavam e incomodavam o poder estabelecido. Os trovadores passaram a transmitir suas 
idéias e doutrinas por meio da música. 
 O período medieval foi de suma importância para a história da comunicação mundial. 
Foi nele que surgiram os primeiros indícios de uma comunicação informativa e expansiva, 
Que ratificava e retificava a opinião dos cidadãos da plebe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CONCLUSÃO 
Com tais etapas do desenvolvimento, pode-se observar como de deu o 
desenvolvimento da comunicação ao longo do tempo. Cada período da historia citado 
foi de suma importância para o avanço da comunicação, e suas várias formas de 
atuação e fases de desenvolvimento. 
 A comunicação aqui é estudada desde suas formas mais primitivas, como os 
grunhidos e gemidos dos primeiros habitantes do planeta terra, passando pelos 
primeiros idiomas chegando ate os dias de hoje. É fundamental ter conhecimento 
sobre tais etapas, são uma grande arma para o entendimento da vida humana e de suas 
fases, a comunicação aparece como resposta ao estímulo de relação imposto pelo meio 
em que o hominídeo sofreu e trabalhou, e as fases de desenvolvimento e representação 
simbólica que o homem moderno trouxe no decorrer das eras. 
Vale salientar que ao observar a historia da comunicação é percebível que a 
mesma foi extremamente essencial mesmo que involuntariamente fosse utilizada. Ou 
seja, antes mesmo da comunicação informativa surgiu a comunicação inata, feita 
respondendo às necessidades da sociedade e do meio. Conclui-se que a comunicação 
sempre foi onipresente, e toda e qualquer sociedade é baseada na nela. O viver em 
sociedade depende diretamente da comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
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MATTERLART, Armand, MARTELLART, Michèle – Histoire des théories de la 
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