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Introdução ao estudo do direito:
Propedêutica
Enciclopédica
Zetetica 
Epistemológica 
Propedêutica: Introdutória, propõe a oferecer fundamentos para a estruturação do conhecimento jurídico. Oferece conceitos que são pressupostos para que possa compreender os diversos tipos de direitos (civil, constitucional...)
Enciclopédica: Condensar diversas formas de conhecimento. Engloba diversos conhecimentos aplicados ao direito (Históricos, sociológicos, filosóficos..)
Zetetica: Diferente da palavra dogma.
 Valoriza a indagação, o questionamento, a reflexão critica, o inverso do dogma(inquestionável). Gera uma insegurança e muitas vezes injustiça, já que é questionada. Envolve a politica-ideológica, que influencia nas decisões.
Epistemológica: Aborda as condições de cientificidade do direito. 
•o poder politico pode ser considerado como ciência? 
Não há resposta exata, mas crê que não seja ciência e sim arte. 
Teoria da norma jurídica: 
• Sociedade: qualquer agrupamento de indivíduos que apresente um padrão de organização. Existem sociedade humanas e não-humanas( formigas, abelhas...)
As sociedades não-humanas são baseadas no determinismo biológico (sempre se comportaram da mesma forma), já nas sociedades humanas o quadro alterasse, pois o ser humano é essencialmente livre, não regido pelo determinismo histórico.
 Da liberdade humana é que surge a necessidade de um sistema de controle social, pois as sociedades humanas são dinâmicas, impulsionando o direito.
Sistema de controle social:
Conjuntos de instituições (família, escola, igreja e estado) e de normas (regras de conduta que estabelecem padrões de “dever ser” comportamental) que regulam o comportamento humano em sociedade.
Existem dois tipos de normas sociais: As técnicas e as éticas.
 •Normas técnicas: Normas sociais que disciplinam o comportamento humano, tendo em vista a otimização dos resultados. Para a técnica o que interessa é atingir os resultados, realizar as finalidades, independente dos meios. A técnica não carrega valores, é neutra. 
•Normas éticas: Etiqueta, moral e direito
 ○ Normas de etiqueta: menor relevância para a vida social, regulam aspectos éticos menos significativos para o convívio grupal. Se limitam a disciplinar hábitos de educação e polidez no trato com as pessoas e com as coisas. 
Obs: Descortesia é o não cumprimento com a norma ética de etiqueta.
obs: A sanção difusa brota da opinião publica, de forma espontânea e plural. Aplicada por toda e qualquer agente social.
○ Normas morais: Regulam valores e padrões de comportamento mais relevantes. Estabelecem padrões de comportamento que são essenciais. 
Obs: Imoralidade é a infração ética, decorrente da violação das normas morais.
○ Normas jurídicas (direito): Configuram a chamada mínimo ético; Disciplinam os valores do comportamento indispensável para o convívio social. É o “núcleo duro” do sistema de controle social, pois ergue a ultima barreira das ordens sociais.
Obs: A sanção jurídica apresenta natureza organizada, porque não brota da opinião publica, mas pelo controle do Estado. A sanção jurídica já está pré-determinada no sistema normativo, já se sabe, antecipadamente, o que ira ocorrer se não obedecer as normas jurídicas. A sanção é a privação da liberdade, é aplicada pelo Estado, devido ao processo legal. 
Importante:
Todos os padrões de normas éticas são histórico condicionado (Variam no tempo e no espaço), são relativos. 
A maioria dos comportamentos são lícitos e não lícitos. “ Tudo o que não está juridicamente proibido, está juridicamente liberado”
A descortesia e a imoralidade são, geralmente, comportamentos lícitos.
Embora direito e moral tenha uma relação direta, não existe uma coincidência absoluta. Existe uma zona de intersecção.
Teoria dos círculos éticos:
Teoria jusnaturalista → círculos concêntricos.
• Direito como conceito abstrato, vindo do divino.
• Teoria natural, humanidade, liberdade.
Teoria positivista→ Círculos separados
• o direito não se confude com a lei
•positivismo jurídico
•Kelsen 
Teoria pós-positivista → círculos secantes 
• tudo baseado na dignidade humana (pós 2 guerra mundial) 
 Direito X moral: Criterios distintivos
Bilateralidade x unilateralidade 
Heteronomia x autonomia 
Exterioridade x interioridade 
Maior coercitividade x menor coercitividade
Maior coatividade x menor coatividade
Sanção organizada x sanção difusa 
Bilateralidade: porque as normas jurídicas sempre disciplinam relações inter subjetivas. (sujeito ativo x sujeito passivo ) 
Unilateralidade: Porque desrespeito a consciência privada de cada individuo e não poder ser exigida.
Obs: o Direito, ao conceder direitos, da mesma forma impõe obrigações, sendo pois uma via de mão dupla. Já a moral não, suas regras são simplificadas, impondo tão somente deveres, e o que se espera dos indivíduos é a obediência as suas regras. 
Heteronomia: As normas jurídicas são consideradas, porque são impostas por entidades distintas do individuo. São estabelecidas, normalmente, pelo Estado. 
Autonomia: porque a moral é o campo da liberdade, escolhendo livremente o que se deseja.
Exterioridade: Porque pressupõe a materialização de uma conduta no mundo dos fatos. Só pode incidir se um se um comportamento estiver materializado no mundo externo.
Interioridade: Interior de cada ser humano 
Obs:  Direito é externo por se ocupar das atitudes externalizadas dos indivíduos, não devendo se atuar no campo da consciência, somente quando necessário para averiguar determinada conduta. Já a moral se destina influenciar diretamente a consciência do indivíduo, de forma a evitar que as condutas incorretas sejam externalizadas, e quando forem, deverá ser objeto de análise somente para se aferir a intenção do indivíduo. 
Coercitividade: O medo ou receio gerado na mente do agente social pela norma ética. A moral é menos coercitiva, porque o individuo teme mais a ordem jurídica (são mais restritivas) 
Coatividade: Manifestação concreta da sanção ética, ou seja, nas sociedades ocidentais contemporâneas o direito é mais coativo, porque as sansões jurídicas, implicam constrangimento patrimonial ou físico muito mais intensos do que a moral. 
Sanção organizada é pré-ordenada pelo sistema normativo, sendo aplicada pelo Estado, enquanto que a sanção difusa brota da opinião publica.
Atributos das normas jurídicas: Requisitos para que a norma tenha existência válida e produza seus efeitos.
 competência 
• validade formal procedimento 
 informal – conteúdo 
• vigência 
•vigor
•eficacia técnico-juridica (aplicabilidade)
 social (efetividade)
• legitimidade
1-Validade: Consiste na compatibilidade vertical de uma norma jurídica inferior com uma norma jurídica superior.
 • validade material: Desrespeito a compatibilidade de uma norma jurídica com outra norma jurídica ao que se refere ao conteúdo. A norma jurídica superior prescreve o conteúdo da norma jurídica inferior. 
 • validade formal: Consiste na observância de dois aspectos: Competência e o procedimento. A norma jurídica superior estabelece a forma de criação da norma jurídica inferior.
obs: Competência → habilitação que a norma jurídica superior confere a um dado órgão para que crie um órgão inferior.
 Procedimento→ conjunto de fases que devem ser observados para a criação de uma norma jurídica inferior.
     Obs: Validade é a pertinência da norma com o ordenamento, ou seja, cumprir requisitos de caráter formal e material.
Formal: Cumprimento de requisitos quanto a forma de elaboração da lei.
Material: Conteúdo da norma. A matéria que a norma trata deve guardar uma relação de coerência com a norma superior.
          Pirâmide normativa de Kelsen
                                                         ---------
                                                            --------------------------------Constituição Federal-------
 -----------------------Leis----------------------
 -------------------Atos Administrativos-------------------
 --------------------------Sentença; Testamentos----------------------
        ----------------------------------------------------------------------------------------------
2- Vigencia: é o tempo de validade da norma jurídica. Podem ser determinada e indeterminada.
 • Determinada: Normas jurídicas que estabelecem previamente o termino da sua validade. 
 Obs: quando a norma jurídica tem vigência determinada o escoamento do prazo é denominado de caducidade (perda de um fundamento objetivo da norma.). O tempo de validade pré-estabelecido se fundou.
• Indeterminada: Normas jurídicas que produzem seus efeitos até que sejam revogadas por outras normas jurídicas de igual ou superior hierarquia. Nesse sentido o tempo de validade está indefinido. ( Ex: constituição de 88)
Importante:
Revogação consiste na substituição de uma norma jurídica por outra que ostente igual ou superior hierarquia e que trate do mesmo tema de modo diverso. Pode ser: 
 Total x parcial
 Expressa x tácita 
• Total: Quando o novo diploma normativo modificar globalmente o diploma normativo anterior.
• parcial: Quando o novo diploma normativo modificar apenas parcelas do diploma normativo anterior.
• Expressa: Quando o novo diploma normativo modifica textualmente o diploma normativo anterior.
•Tácita: Quando o novo diploma normativo se revela logicamente incongruente com o diploma normativo anterior, ainda que não esteja posto textualmente. 
Vigencia = incidência: Incidência consiste na relação entre a publicação e o momento de inicio de sua vigência ( tempo de validade). A incidência pode ser imediata (quando o inicio da sua vigência coincide com a data de sua publicação) ou mediata ( quando o inicio da vigência ocorrer depois da data de publicação, tendo um intervalo que é chamada de VACATIO LEGIS(vancancia normativa), que serve para que a sociedade se adapte as novas leis)
A lei de introdução as normas do direito brasileiro lindb no art. 1º, estabelece que a lei que não dispuser sobre a sua incidência valera depois de 45 dias após a publicação em solo nacional e três meses depois para os brasileiros no exterior.
Obs: Lei lindb→ Sua função é orientar desde a elaboração e modo de aplicação, até a vigência da lei no tempo e no espaço apresentando critérios para a solução de eventuais conflitos, estabelece base interpretativa para a garantia da eficácia do ordenamento jurídico e ainda o suprimento lacunas.
Revogação = repristinação 
• Repristinação é a restauração dos efeitos jurídicos de uma norma revogada pela revogação da norma revogadora 
Lei A  Lei B  Lei C
Se a Lei A é revogada pela Lei B e, em seguida, a Lei B é revogada pela Lei C, não necessariamente a Lei A voltará a ter vigência.
Ou seja, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
• o brasil permiti a repristinação, desde que seja expressa(o novo diploma normativo, modifica textualmente o diploma normativo anterior). Não é possível repristinação tácita.
3- Vigor: Força vinculante de uma norma jurídica, que absorve todas as situações ocorridas durante a sua vigência, trata-se da aplicação do principio geral do direito: ”O tempo rege o ato”
Obs: As vezes pode se perder a vigência e continuar tendo vigor.
Ex: Algo foi feito em 2001 e foi julgado em 2004, a lei que serve é a de 2001.
Obs: No direito penal o vigor sofre alterações: Consagrada no art. 5º
4- Eficacia: Possibilidade de produção concreta dos efeitos jurídicos. Pode ser social(efetividade) e técnica( aplicabilidade)
• Social: norma jurídica é eficaz quando seus preceitos são concluídos pelos agentes sociais. Transpôs o mundo do “dever ser” para “ser”, quando é cumprida.
• técnica: Possibilidade da norma jurídica produzir seus efeitos, independentemente, da criação de outra norma jurídica.
5- legitimidade: consiste na adequação valorativa da norma jurídica. Uma norma legitima é uma norma entendida como justa pela maioria da sociedade no dado contexto histórico-cultural ( no tempo e no espaço)
Obs: legitimidade e efetividade não andam, necessariamente, juntos. 
Classificação das normas jurídicas:
1- Quanto ao sistema
2- Quanto a relação com a vontade das partes
3- Quanto a relação das normas jurídicas entre si
4- Estrutura normativa
5-Quanto a aplicabilidade
6- Quanto a sistematização legal
7- Quanto aos âmbitos de validade: 
 7.1-Espacial
 7.2- material
 7.3- pessoal
 7.4- Temporal 
8- Quanto a sanção: Normas perfeitas; Normas mais-que-perfeitas; Normas menos-que-perfeitas; Normas imperfeitas
1- Diferença entre direito interno e direito estrangeiro:
 - Direito interno: normas jurídicas pertencentes a um ordenamento jurídico nacional. Se foi produzida no Estado interno soberano, como exemplo a constituição de 88.
- Direito estrangeiro: Normas jurídicas produzidas fora dos limites territoriais de um dado Estado soberano .Produzidas no âmbito da comunidade politica internacional, como exemplo o tratado de Assunção em 61 que criou o mercosul. 
Obs: As normas do direito estrangeiro só se tornam validas no âmbito do direito interno. No Brasil é feito pelos decretos administrativos.
Obs: No direito comunitário da união europeia tem aplicabilidade direta e imediata.
2- Normas cogentes e normas dispositivas:
-Normas cogentes: Normas obrigatórias para os cidadãos. Se empoe obrigatoriamente ao sujeito. Não admite afastamento da sua incidência. Ex: obrigatoriedade dos votos.
- Normas dispositivas: Normas que admitem a modulação dos seus efeitos pela vontade das partes. Ex: As normas do código civil que tratam dos regimes patrimoniais dos bens no casamento, que podem ser por comunhão total, comunhão parcial e separação de bens .
3- Primarias e secundarias: ligada a relação direta ou indireta do ser humano.
- Primarias: São normas que disciplinam diretamente o comportamento humano, permitindo, obrigando ou proibindo uma dada conduta. Ex: Art. 121 do código penal, crime de homicídio que proíbe matar alguém.
- Secundaria: São normas jurídicas que disciplinam o modo de criação, interpretação e aplicação de outras normas jurídicas, disciplinando somente de forma indireta o comportamento humano. Especie de metalinguagem normativa. Ex: Lindb, no art. 1: modo de aplicar as leis.
4-Regras e princípios:
-Regras jurídicas: São normas que apresentam uma estrutura normativa fechada que estabelece marcos de segurança e de previsibilidade para as relações sócias, por força disso a aplicação das regras é feita de forma automática. 
 Fechar o sistema → limitam o espaço de interpretativo, promovendo fechamento dogmático. 
ex: Art 82 da constituição de 88, que diz que o mandato do presidente será por 4 anos. 
 Art 18, que diz que Brasília é a capital federal
-Prinicipios: São normas que apresentam uma estrutura normativa aberta, que aponta para a realização de valores capazes de tutelar a ideia de justiça. Por força disso, oportunizam um amplo espaço interpretativo para que o jurista explore as dimensões de legitimidade e de efetividade da ordem jurídica.
ex: Art 1, inciso 3: Dignidade da pessoa humana
→ Construir um direito mais justo, dialogando com a realidade social.
5- existe quatro tipos de aplicabilidade:
 1- Plena: São normas jurídicas que produzem direta e imediatamente seus efeitos, independente da criação de outras normas jurídicas. Ex: Art 18, paragrafo 1: Brasilia é a capital federal. (Não precisou criar uma lei).
 2- Limitada: São normas jurídicas cuja produção dos seus efeitos depende da criação de outras normas jurídicas. Ex: Art 153, inciso 7: Compete a união instituir impostos sobre grandes fortunas nos termos de lei complementar. (Enquanto a lei complementar não for comungada, não se pode exercer essa lei)
 3- Contida: São normas que produzem efeitos jurídicos diretos e imediatosem um primeiro momento e em um segundo momento admitem a restrição dos efeitos jurídicos originais. Ex: N1 prevê que será criada N2 para restrição de N1. (eficácia restritiva), é vista no art 5, inciso 12: trata da liberdade de trabalho oficio ou profissão. 94→ Criação do exame da ordem, dando limite a essa liberdade. 
 4- Exaurida: São normas jurídicas cujo os efeitos já se consumaram no tempo, permanecendo vigentes por força de uma mera reminiscência histórica. Ex: art 2 da adct de 88: plebiscito de 93 → escolher a forma e o sistema de governo (manteve republica federativa).
6- Codificados, consolidadas e normas esparsas (extravagantes) 
- Codificadas: São normas pertencentes a leis gerais e de grande coesão logica: os códigos (Lei de grande generalidade e é uma lei de grande coesão logica. Não apresenta contradição interna). Ex: norma inserida no código.
- Consolidações: são leis de menor generalidade e de menor coesão logica. Ex: CLT: mais especifico que o código, é uma lei de menor coesão logica. Pode apresentar contradições.
-Esparsas: São leis que tratam de temas e destinatários específicos. Ex: Estatuto da criança, do idoso.
7-
 →Validade espacial: normas gerais e especificas.
 - normas gerais: validade em todo território nacional. Ex: lei federal
 - normas especificas: Validadas em parcelas especificas do território nacional. Ex: leis estaduais e leis municipais.
→ Validade material: Direito publico e direito privado:
 - normas do Direito público: Regulam as relações entre o Estado e os cidadãos, bem como a relação entre órgãos estatais, tendo em vista a prevalência da supremacia do interesse coletivo. Ex: normas do direito constitucional, administrativo e tributário. 
 - normas do direito privado: normas jurídicas que disciplinam relações entre particulares, tendo em vista a prevalência dos princípios da liberdade e da autonomia da vontade. Ex: direito civil (instituto do casamento), direito comercial.
Obs: A maioria das normas do direito publico são normas cogentes (obrigatórias), não podem se afastar pela vontade das partes e a maioria das normas de direito privado são normas dispositivas (admitem a modulação dos seus efeitos pela vontade das partes). 
Obs: Verifica-se hoje um processo convergente de privatização do direito publico e de publicização do direito privado.
 - Privatização: Participação do privado na ordem publica. Ex: arena fonte nova, construída pela oas. 
- Publicização: crescente intervenção do Estado nas relações privadas( dirigismo contratual). Ex: contrato da empregada domestica, que passou a ser contrato de empregado normal. 
→validade pessoal: Normas genéricas e normas individualizadas:
 -normas genéricas: alcançam toda comunidade jurídica. Ex: normas de constituição (destinatários indefinidos).
 - normas individualizadas: Se dirigem a destinatários específicos. Ex: contrato
Obs: quanto maior hierarquia, maior generialidade; quanto maior hierarquia, menor indidualização.
→Validade temporal: 
 - vigência: 
determinada: pré-estabelecem o termino de validade, como são as medidas provisorias 
indeterminada: não estabelecem o termino da sua validade. (Revogação) 
- normas de incidência: 
Imediata: Inicia sua vigência no momento da publicação (const.88)
Mediata: Preveem um prazo de vacatio legis. Normas que iniciam sua vigência após o momento de publicação (código civil 2002→2003)
- normas irretroativas ou retroativa: 
 - Irretroativa: Não alcançam situações ocorridas antes da sua vigência, prevalecendo os princípios da segurança jurídica e de que o tempo rege o ato. As leis e as normas não retroagem porque devem respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Obs:
1- Direito adquirido é o direito que já se inseriu no patrimonio do titular.
2- Expectativa de direito: Iminencia de adquirir o direito. 
 3- Ato jurídico perfeito: ato jurídico cuja criação obedeceu os requisitos exigidos na lei. Ex: contrato já celebrado, situação já consolidada.
4- Coisa julgada: Consiste na imodificabilidade da decisão judicial sobre a qual não cabe mais a interposição de recursos. Não é possível que a lei venha proletar algo que já foi julgado. Se manifesta quando não pode mais recorrer.
- Retroativa: São normas jurídicas que alcançam as situações ocorridas antes do inicio da sua vigência. Ex: Retroativa da lei penas, mais benéfica ao réu.
8- - normas perfeitas: São normas jurídicas cuja violação acarreta a nulidade do ato ilícito. Ex: art.124 do código civil, estabeleceu que são nulos os atos jurídicos que versem sobre objetos impossíveis são nulos. 
- normas mais-que-perfeitas: Normas cuja violação acarreta a nulidade do ato ilício e a imposição de um castigo ao transgressor. Ex: bigamia( segundo casamento simultaneamente), é nulo e é crime.
- normas menos-que-perfeitas: Normas cuja violação implica a imposição de um castigo ao infrator. Ex: homicídio, privando o infrator da liberdade, porque não tem como reconstituir o ato cometido. 
-normas imperfeitas: normas cuja violação não implica a imposição de uma sanção. Ex: divida de jogo→ Estabelece direito, impõem deveres, mas não pode aplicar sanção.
 
 Fontes do Direito:
1- etimologia: origem 
2- conceito
 Fontes materiais
3- tipologias
 Estatais 
 fontes formais 
 Não estatais 
1-Etimologia:
 Fonte: Provem da palavra fons em latim, que significa origem de um fenômeno. Nesse sentindo, fontes do direito é o surgimento do fenômeno jurídico. 
2- Conceito:
Fontes do direito são os modos de manifestação da normatividade jurídica, que surgem a partir da realidade social. 
Obs: “Onde há sociedade há direito” → Direito como fonte da realidade social, para atender as necessidades coletivas.
3- Tipologias:
1- Fontes materiais: São todos os fatores econômicos, políticos e ideológicos que influenciam a criação das normas jurídicas. É a matéria-prima (Realidade social) para a criação das normas jurídicas. 
 Ex: A fonte material da lei maria da penha é a violência contra a mulher; a fonte material da lei da copa é a copa.
Obs: As fontes materiais do direito requerem uma visão zetetica (forma mais ampla e aberta do direito)
2- Fontes formais: São as normas jurídicas propriamente ditas, surgidas a partir da influencia das fontes materiais do direito.
 Obs: As fontes materiais podem se tornar formais. 
2.1- fontes formais estatais: surgem do Estado → Legislação e jurisprudência.
* Legislação: Consiste no conjunto de normas escritas gerais e abstratas que emanam, geralmente, de um parlamento (leis). A legislação é a principal fonte do direito nos sistemas jurídicos de civil law (tradição Romano-Germânica; ex: países europeus)
 Leis são fontes normativas do direito que integram o direito escrito, são também fonte normativa genérica (se dirigem a toda comunidade) e também são abstratas (porque regulam hipóteses no ponto do dever ser), além disso, são produzidas pelo poder legislativo (parlamento). 
*Jurisprudência: Conjunto de decisões judiciais reiteradas, que estabelecem um padrão interpretativo capaz de influenciar futuros julgamentos.
 Fonte que tem uma capacidade grande de poder exprimir o direito mais vivo, concreto.
No tocante, à jurisprudência merece destaque no conceito de sumula: Um enunciado interpretativo que sintetiza o entendimento jurisprudencial pacificado dos tribunais. Elas podem ser persuasivas (não obrigatória) ou vinculantes (obrigatórias).
 No Brasil, a maioria são persuasivas e qualquer tribunal pode produzir uma sumula.
 Ex de sumula vinculante: Vedação ao uso de algemas, na sumula 11.
2.2- fontes formais não estatais: brotam da sociedade civil → Costume, doutrina, negocio jurídico e poder normativo dos grupos sociais.
* Costume: Consiste na reiteração de praticas sociais que disciplinam juridicamente as relaçõesintersubjetivas. A principal fonte do direito no sistema cnamon law .
 Ex: 13º salario, que no séc. XX os patrões pagavam porque queriam. De moral se tornou jurídico.
 Ex; Cheque pré-datado, se transformou em garantia de venda. 
Obs: Dentre os ramos jurídicos mais influenciados pelos costumes, destacam-se o direito comercial e o direito internacional.
Obs: Um costume pode revogar uma lei?
 Positivistas: Não, apenas a efetividade.
para os outros pensadores a resposta é sim, porque pode minar a efetividade da lei.
* Doutrinas: consiste no conjunto de livros, artigos e pareceres dos estudiosos do direito. Trata-se da produção cientifica do direito, que oferece argumentos de autoridade para a tomada das decisões judiciais.
*Negocio jurídico: São acordos de vontades que estabelecem direitos e deveres para os particulares (âmbito do direito interno). Ex: contratos
*Poder normativo dos grupos sociais: É o poder conferido as instituições sociais, para produzirem seus próprios ordenamentos jurídicos. Ex: regulamento de empresas.
 
Teoria do ordenamento jurídico: 
1- A noção de sistema jurídico
2-O problema da completude (existência de lacunas jurídicas)
3- O problema da coerência ( existência das antinomias jurídicas)
4- O problema da unidade (existência da norma fundamental)
1- A teoria do ordenamento jurídico se propõe a oferecer uma visão sistemática do direito, propondo a ordenação racional dos elementos que compõe a experiência jurídica, 
 A mais conhecida visão de sistema jurídico é aquela proposta por Kelsen, o autor da teoria pura do direito (sistema juridico como pirâmide normativa).
→ proposta de composição e aplicação do direito como sistema. 
Obs: Sistema é sempre uma ordenação racional de elementos, o universo é sempre caótico, mas podemos conferir a esse mundo uma ordem racional. 
 A realidade jurídica é caótica, pois diversas normas podem ser produzidas e podem entrar em conflito com outras normas já existente, além de poder não responder todos os questionamentos. 
Sistema juridico de Kelsen: sistema juridico operacional, que permite extrair respostas para os problemas práticos do dia-a-dia.
2- Problema da completude consiste na exigência racional de que o sistema juridico ofereça respostas para todos os problemas da vida. Discute-se sobre a existência das chamadas lacunas jurídicas: espaços vazios no plano comportamental que carecem de normas expressas. 
 → Discursão se o sistema jurídico é completo (inexistência de lacunas) ou não (lacunas: Comportamentos que não são regulados pelo direito)
Argumentos em prol da completude: 
1- o direito é completo, porque prevalece o raciocínio: Tudo que não está juridicamente proibido, está juridicamente permitido.
2- o direito é completo porque o juiz não pode eximir-se de julgar.
Argumentos em prol da incompletude: 
1- O direito é incompleto, porque ele próprio prevê os mecanismos de integração do direito (preenchimento de lacunas) 
2- O direito é incompleto, porque a sociedade se transforma sempre no ritmo célere (rápido)
*Tipos de lacunas jurídicas: Lacunas normativas, fáticas e valorativas.
1- lacuna normativa: ocorre quando inexiste norma que regule o caso concreto, Ex: falta de lei brasileira sobre o comercio eletrônico.
2- lacuna fática: se manifesta toda vez que a norma se afasta dos fatos sociais (perda de efetividade) → quando a norma não coincide com os fatos. Ex: Estatuto do idoso (existe no plano do dever ser)
3- lacuna valorativa: Brecha gerada pelo afastamento da norma em face do valor social da justiça. Ex: norma constitucional e legislativa do código penal, sobre maioridade.
Integração do direito: Consiste na atividade de preenchimento das lacunas jurídicas. Integrar o direito e completa-la.
Obs: Não existe hierarquia dos mecanismos de integração e um não exclui o outro, podendo exercer juntos para completar as lacunas.
A ciência jurídica oferece quatro mecanismos de integração. Eles são previstos, inclusive, em diversos diplomas legislativos, tais como a Lindb. São eles: Analogia, costume, princípios gerais do direito e equidade.
1- Analogia: Aplicação de uma norma jurídica que trata de uma dada situação social para outra situação social semelhante, que carece de regulação normativa expressa. 
Ex: aplicação da lei maria da penha para tutela dos transexuais.
A analogia é utilizada com reserva em alguns ramos jurídicos. No direito tributário e penal, só se admite uso da analogia para a proteção do réu ou condenado. Nesses dois ramos jurídicos prevalece o principio da realidade estrita, o que não está na lei, não pode ser sancionado. 
Ex: crime virtual. 
Analogia se diferencia de forma tênue da interpretação extensiva, a qual implica a ampliação do sentido e alcance da norma jurídica para abarcar uma situação social que, aparentemente, não estava regulada de modo expresso. 
Ex: Interpretação extensiva da dignidade da pessoa humana para abarcar as pessoas jurídicas e até mesmo dos embriões. 
2- Costume: Consiste no conjunto de praticas sociais repetidas que servem para o preenchimento das lacunas jurídicas, Podem ser fontes diretas e imediatas, ou integração do direito ( Comum no sistema de civil law→ Lei como principal fonte do direito)
Ex: Pagar fiado, comum em contratos. 
3- Princípios gerais do direito: São normas que aproximam o direito da moral, correspondendo aos mais altos valores e fins do sistema jurídico. 
ex: Crime famélico( pequena gravidade)
4- Equidade: Consiste na aplicação do sentimento de justiça do julgador diante do caso concreto, influenciado por suas convicções morais acerca do justo. 
Sempre, ou quase sempre, acompanha o processo de interpretação e aplicação do direito.
Ex: uso da equidade na lei de arbitragem (Mecanismo de solução extrajudicial dos conflitos).
3- O problema da coerência: Teoria das antinomias jurídicas
Desrespeito à necessidade de solucionar as eventuais contradições existentes entre as normas jurídicas (antinomias jurídicas) → são frequentes. 
*Critérios de solução das antinomias jurídicas: Hierárquico, cronológico, especialidade e ponderação de bens e interesses.
1- hierárquico: Existindo conflito entre norma jurídica superior e norma jurídica inferior, prevalece a norma jurídica superior. Este é o principal critério de solução das antinomias jurídicas. 
2- Cronológico: havendo normas de mesma hierarquia, prevalece a norma jurídica posterior, em face da norma jurídica anterior.
ex: código civil 16/17 e o código de defesa do consumidor de 90 
3- Especialidade: havendo conflito entre norma jurídica geral e norma jurídica especial, ambas da mesma hierarquia, prevalece a norma jurídica especial. 
ex: Código de defesa do consumidor ( não obriga vagas para idosos) e Estatuto do idoso (obriga vagas para idosos).
4- Ponderação de bens e interesses: Critério utilizado para a solução das antinomias principiológicas, diante da impossibilidade do uso dos demais critérios. 
 Nesse sentido deve o interprete topicamente (caso a caso) estabelecer uma relação de prioridade concreta dos princípios em disputa, valorando os fatos sociais. 
Ex: aborto anencefálico X dignidade e direito a vida .
4- O dogma da unidade:
 Exigência racional de que o sistema jurídico apresente um ponto de convergência para os seus elementos, trata-se do debate acerca da norma jurídica fundamental. Para um sistema ser considerado apto para resolver os problemas, ele precisa ser completo, coerente e uno. 
Ponto de unidade do sistema jurídico: Norma fundamental.
Concepções sobre a norma fundamental: Ponto de unidade do sistema jurídico 
1- Concepção jusnaturalista: O sistema jurídico teria como ponto de unidade a própria ideia de justiça (Absoluto e universal, servindo como norma fundamental de todo sistema jurídico).
2- Positivismo clássico: A norma fundamental do sistema jurídico seria a constituição. Porque o positivismo não enxerga nada além das normas.
3- politica: O fundamento da ordem jurídica seria a vontade do poder constituinte originárioque cria a constituição de um dado estado.
 Ex: ordem jurídica brasileira seria a vontade da assembleia constituinte de 87, que criou um novo sistema jurídico.
 É criticada por não ser possível identificar a vontade do poder constituinte.
4- Positivismo logico (Teoria pura do direito): Para essa concepção a norma fundamental seria um pressuposto logico, que obrigaria a aceitação dogmática da ordem jurídica. Tal norma seria uma ficção necessária para que seja possível conceber o sistema jurídico como uma pirâmide normativa.
 Norma hipotética fundamental que estivesse acima da constituição. Não existe, mas remos que conceber. Acredita que o positivismo clássico não explica os fundamentos da constituição. 
 “ Cumpra uma ordem jurídica, seja ela qual for” → Kelsen→ fechando assim o sistema 
5- Pós-positivismo: A norma fundamental seria o conjunto dos princípios constitucionais, que permitiram a expressão dos valores presentes na realidade social. 
 Visão “mista” que promove o dialogo das normas com a realidade social. 
Ex: Dignidade da pessoa humana.
Relação jurídica:
É o vinculo intersubjetivo que envolve de um lado o sujeito ativo (titular de um direito subjetivo) e de outro lado um sujeito passivo (obrigado ao cumprimento de um dever jurídico), bem como o vinculo intersubjetivo que justifica imposição de uma sanção jurídica na hipótese de uma ilicitude.
O Conceito de relação jurídica é o resultado da característica da bilateralidade do fenômeno jurídico, que se diferencia da unilateralidade típica do fenômeno moral.
Elementos constitutivos das relações jurídicas: 
1- fato jurídico
2- sujeitos do direito
3- direito subjetivo
4- dever jurídico
5- ilícito
6- Sanção jurídica
1- fato jurídico: Todo e qualquer acontecimento natural ou humano capaz de produzir consequências no âmbito do direito. Materializando no mundo real a hipótese abstrata prevista no âmbito da norma jurídica.
Vinculado ao termo exterioridade. 
Em sentido amplo, compreende o fato jurídico em sentindo restrito e o ato jurídico.
 
 Fato jurídico (stricto sensu) 
Fato jurídico em sentido amplo
(lato sensu) Ato jurídico
° Fato jurídico em sentindo restrito: Acontecimento natural que produz efeito jurídico. Ex: o tempo; morte natural.
° Ato jurídico: Acontecimento humano voluntario, que produz efeito jurídico. Pode ser tanto unilateral de vontades, como acordo de vontades (testamento)
2-sujeitos do direito: São entes que a ordem jurídica reputa como aptos para titularizar direitos e cumprir deveres jurídicos. Existem dois tipos de sujeitos de direito: Ativo (titularizar o direito subjetivo) e passivo (Que obriga o cumprimento do dever jurídico, ex: Relação tributaria→ Estado é titular de um direito de credito: Ativo e do outro lado contribuinte, que é obrigado a pagar os tributos). 
°Os sujeitos de direito podem ser tanto entes personalizados (pessoas) ou entes despersonalizados.
Pessoas: Naturais(físicas)→existência corporia, ex: qualquer um de nós.
 Juridicas→ ficções criadas pelos seres humanos, ex: Associações, sociedades, entes federativos.
Obs: Nem sempre os entes dos direitos são pessoas.
 Entes personalizados (pessoas físicas ou jurídicas)
 Sujeitos do direito
(ativos e passivos) Entes despersonalizados 
3-Direito subjetivo: Consiste no conjunto de faculdades que a norma jurídica confere aos sujeitos ativos para atuar no âmbito da licitude. O objeto do direito subjetivo é o dever jurídico correlato. 
 Existem diversas modalidades de direito subjetivo: 
° Direitos patrimoniais (possuem conotação econômica, ex: direito de propriedade) X Direitos extras patrimoniais (Não permitem a preciação econômica, ex: direito a integridade física)
° Direito subjetivo publico (Exercido no âmbito de uma relação jurídica na qual esteja presente o estado, ex: Direito a educação, saúde) X Direito subjetivo privado (Exercidos no âmbito das relações particulares, ex: direito do locador receber um aluguel)
° direito subjetivo absoluto ( Exercem perante toda a comunidade jurídica, ex: direito a vida) X Direito subjetivo relativo (Exercidos contra sujeitos passivos determinados, ex: direito de credito comercial)
4- Dever jurídico: Consiste no conjunto de obrigações assumidas pelo sujeito passivo da relação jurídica. Três tipos de obrigações: obrigação de fazer, de não fazer e a obrigação de dar.
° Obrigação de fazer: Realizar uma conduta positiva. Ex: prestação de serviço
° Obrigação de não fazer: Realizar uma conduta negativa, de abstenção. Ex: dever de sigilo profissional.
° Obrigação de dar: entrega de um bem. Ex: tributos
5- ilícito: Comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) que a ordem jurídica proíbe. Pode configurar-se tanto pelo descumprimento do dever jurídico (ex: sonegação fiscal) ou pelo exercício desproporcional de um direito subjetivo (abuso do direito, ex: Blitz policial)
6- Sanção jurídica: Consequência do ilícito. Que impõe constrangimento patrimonial (ex: indenização por danos morais) ou pessoal (ex: prisão, que é a privatização da liberdade)a um infrator. Apresenta nas sociedades atuais e ocidentais natureza organizada.
 Escolas do pensamento juridico:
1- Jusnaturalismo
2- Positivismo legalista (Escola de exegese)
3- Historicismo juridico
4- Sociologismo juridico
5- Teoria pura do direito
6- Pós-positivismo juridico
1- Jusnaturalismo: É uma doutrina dos direitos naturais, que acredita na existência de um padrão absoluto e imutável do justo. Segundo esta concepção os direitos nasceriam com a própria natureza humana, pois todos os seres humanos carregariam dentro de si um código de ética e justiça. 
 Mais antiga concepção da historia do pensamento juridico, partindo da ideia que o individuo já nasceriam com o direito (direito inato inerente a condição humana).
 Todos os indivíduos carregam em si um código de ética (verificar o que é justo ou injusto e se o comportamento viola ou não a justiça). 
obs: Ainda hoje presente no âmbito juridico.
Fases do jusnaturalismo: 
1º fase: Jusnaturalismo cosmologico→ sustenta que o fundamento dos direitos naturais e da própria ideia de justiça, seria a harmonia do universo, o qual seria regido por leis universais que poderiam ser acessada pelos seres humanos.
 data da idade antiga (Grecia e Roma antiga).
Papel do ser humano seria atuar em sociedade a partir da cosmologia.
Justiça emanasse do universo.
2º fase: Fase teológica → Essa foi a concepção jusnaturalista típica da idade media. O fundamento dos direitos naturais seria a vontade de Deus.
Justiça divina (igreja católica)
3º fase: Jusnaturalismo racionalista → o fundamento dos direitos naturais seria a razão humana, o ser humano poderia através da razão identificar um comportamento como justo. 
 Concepção típica da idade moderna.
 Direito a vida deve ser considerado pelo jusnaturalismo racional, porque entende como justo na sociedade, pois influencia na conivência social.
 Antes da revolução liberal, Revolução gloriosa, revolução francesa e independência dos EUA.
4° fase: Jusnaturalismo contemporâneo → Sustenta a ideia de que os direitos naturais podem ser traduzidos através de direitos humanos reconhecidos em declarações internacionais. Tal concepção surge após a segunda grande guerra mundial. 
No século XIX perdeu enfoque, porém depois da segunda guerra, voltou a ter força. 
pós segunda guerra foi influenciado pelos direitos humanos.
Conteúdo variável: Por ter especificidades culturais.
Criticas positivas:
1- Teve o mérito de colocar a justiça como ponto central do conhecimento juridico (legitimidade do direito)
2- Foi a primeira corrente a desenvolver a noção de sistema hierárquico (Direito natural no alto e o direito positivo na base, sendo criado pelo estado e estando em consonância com o direitonatural)
Criticas negativas:
1- o jusnaturalismo confunde legitimidade com validade, porque a lei injusta estaria desprovida de validade. A lei injusta não seria considerada lei, pois subordinava validade à legitimidade.
2- Conceito de direitos naturais apresenta uma grande abertura semântica, gerando insegurança jurídica. (Dificil identificar o que são direitos naturais, por isso que dificilmente são usadas como fundamentos).
2- Positivismo legalista (Escola de exegese): 
Foi uma concepção típica da modernidade jurídica, surgida no contexto das revoluções liberais burguesas dos séculos XVII e XVIII. O direito foi identificado com a lei, a mais importante manifestação foi a escola de exegese, formada pelos comentadores do código de napoleônico de 1804.
XIX: Periodo histórico do desenvolvimento legalista. O direito foi tratado com a lei (única e exclusiva da legislação).
Razões sociais do legalismo:
1°- Ascensão da burguesia aos parlamentos nacionais. 
2°- A lei trouxe segurança e previsibilidade para as relações sociais e econômicas do sistema capitalista. Porque a lei é uma fonte escrita do direito.
3º- O legalismo se compatibilizava com o racionalismo iluminista (Razão pode criar o mundo) ex: lei como fonte racional.
Teses do positivismo legalista: 
1°- Redução do direito á lei (monismo juridico → direito se manifestando apenas pela lei)
2º- Separação do direito em face da moral (Desprezo sobre o debate acerca da justiça).
3°- Crença na perfeição racional do legislador.
4°- Afirmação da completude e da coerência do sistema legal (a lei não teria nem lacunas, nem antinomias).
5º- Neutralização politicas do poder judiciário (juiz como mera boca da lei)
6º- Interpretação textual e mecânica da lei (método gramatical).
Criticas positivas:
1- Permitiu o avanço cientifico doutrinário no âmbito do direito civil.
2- Valorização da lei permitiu a superação da monarquia no campo politico e o desenvolvimento capitalista no âmbito econômico.
Criticas negativas: 
1- o legislador e a lei não conseguem alcançar a perfeição 
2- A lei não é a única fonte do direito
3- interpretação dogmática da lei pode gerar profundas injustiças.
3- Historicismo juridico:
Foi uma corrente de pensamento surgida na Alemanha durante o século XIX, como um movimento de reação ao positivismo legalista, O seu maior defensor foi o jurista germânico Savigny.
Teses fundamentais do historicismo:
1- Valorização do costume como fonte do direito.
2- critica á capacidade racional do legislador e da perfeição da lei,
3- Valorização do VOLKSGEIST (espirito do povo como fundamento do direito) → cada povo teria características proprias e singulares, e o direito devia se adequar a todas.
4- valorização da interpretação histórica do direito (Apego ao direito romano) → Deve buscar o costume. 
Criticas positivas:
1- Teve mérito de demonstrar a insuficiência do positivismo legalisra
2- O historicismo teve o mérito de situar o direito no zona dos objetos reais ( diferente de ideais), reconhecendo as adversidades histórico-cultural e a mutabilidade do direito
3- O historicismo possibilita a democratização social da criação do direito (pluralismo juridico) → Não apenas criado pelo estado.
Criticas negativas:
1- Os costumes, como fontes não escritas, são de difícil identificação, acarretando insegurança jurídica.
2- O conceito de espirito do povo é impreciso, muitas vezes equivocado e passivo de manipulação politica.
3- Confunde efetividade com validade (nem todo costume é licito)

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