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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Toxicologia Veterinária e Plantas Tóxicas 1 DIAGNÓSTICO TOXICOLÓGICO É muito importante se conhecer a causa de uma intoxicação. Isso facilita para o estabelecimento de um tratamento efetivo com o tóxico. Muitas vezes não existe um tratamento específico para a substância intoxicante, então deve-se realizar um tratamento sintomático e de manutenção. Muitas vezes não se tem a certeza da causa da doença, então trabalha-se com o tratamento para a suspeita, ou mesmo trata-se os sintomas para uma causa completamente desconhecida. O início do diagnóstico toxicológico é feito pela história clínica e anamnese. A história clínica deve se atentar a informações como a vacinação e vermifugação do animal, se ele usa algum medicamente, se foi utilizado algum ectoparasiticida e se algum outro animal do mesmo ambiente que ele foi intoxicado. Para pequenos animais, é muito importante saber onde mora, se tem acesso a rua e se recentemente ocorreram mudanças no ambiente. Para grandes, deve- se saber onde é criado, se é próximo de industrias, se foram utilizados praguicidas ou fertilizantes na propriedade e se a região é endêmica do aparecimento de plantas tóxicas. A dieta é muito importante, com o que come, as alterações. Se consumiu alimentos mofados ou estragados, se tem acesso a fonte de água de qualidade. A procedência do alimento é importante. Os sinais clínicos mais importantes seriam o início das manifestações, a velocidade da evolução e os odores exalados pelo animal. Muitos proprietários não sabem essas informações. Na avaliação química deve ser feito o exame físico completo, com exames complementares, como hemograma, glicemia, ureia, creatinina, enzimas hepáticas, etc. Achados post mortem envolve estudos de lesões macroscópicas, histopatologia e análise toxicológica. A análise toxicologia é limitada por ainda não existir métodos de análise para todos os agentes, sendo que também faltam laboratórios credenciados para o exame. A amostra para exame deve sempre acompanhar a suspeita clínica. O ensaio com animais é pouco usado, pois requer uma intoxicação de um animal de mesma espécie, gerando a necessidade de outros tipos de exames. Para coleta o material deve estar limpo, não necessariamente estéril. Os recipientes devem ser de vidro ou de plástico inertes, devidamente identificadas, refrigeradas ou congeladas. Para as amostras, pode-se coletar sangue, urina, fezes, vômitos, pelos, etc. No caso de amostras post mortem, as mais enviadas são fígado, rim, cérebro e pulmão. Amostras ambientas também podem ser enviadas, como alimentos, forragens, iscar, plantas tóxicas, água e solo.
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