Buscar

por que estudar a mídia - 2ª avaliação resumo e fichamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE 
Centro de Artes e Comunicação - CAC 
Departamento de Comunicação – DCOM 
Graduação em Comunicação Social – Jornalismo 
Disciplina: Metodologia do Estudo 
Profª. Msc. Izabella Medeiros 
 
Aluno: Abenildo Daywangles do Nascimento 
 
Transcrição POR QUE ESTUDAR MÍDIA? 
 
SILVERSTONE, Roger. A textura da experiência. In: Por que estudar mídia? São 
Paulo: Edições Loyola, 2002. p. 11-31 
“Nossa mídia é onipresente, diária, uma dimensão essencial da nossa experiência 
contemporânea. (...) Passamos a depender da mídia, tanto impressa como eletrônica, para fins 
de entretenimento e informação, de conforto e segurança, para ver algum sentido nas 
continuidades da experiência e também, de vez em quando, para as intensidades da 
experiência.” (p.12) 
.................................................................................................................................. ............ 
“Devemos estudar a mídia (...) como dimensão social e cultural, mas também como política e 
econômica, do mundo moderno. Estudar sua onipresença e sua complexidade (...) como algo 
que contribui para nossa variável capacidade de compreender o mundo, de produzir e partilar 
seus significados. (...) nos termos de Isaiah Berlin, como parte da ‘textura geral da 
experiência’, expressão que toca a natureza estabelecida da vida no mundo, aqueles aspectos 
da experiência que tratamos como corriqueiros e que devem subsistir para vivermos e nos 
comunicarmos uns com os outros.” (p. 13); 
“A mídia agora é parte da textura geral da experiência.” (p. 14); 
“A história deve ser (...) uma atividade baseada no reconhecimento da diferença e da 
especificidade e numa percepção de que os afazeres dos homens (como a imaginação liberal é 
tragicamente baseada em gênero sexual!) requerem uma espécie de compreensão e explicação 
algo afastadas dos preceitos kantianos e cartesianos de racionalidade e razões puras.”(p. 14); 
...................................................................................................................................................... 
“Podemos pensar na mídia como profilaticamente social na medida em que ela se tornou 
sucedâneo das incertezas usuais da interação cotidiana, gerando infinita e insidiosamente os 
como se da vida cotidiana e criando cada vez mais defesas contra as intrusões do desejável e 
do ingovernável.” (p.16); 
“Precisaremos examinar a mídia como um processo, como uma coisa em curso e uma coisa 
feita, e uma coisa em curso e feita em todos os níveis, onde quer que as pessoas se 
congreguem no espaço real ou virtual, onde se comunicam, (...) onde procuram, de múltiplas 
maneiras e com graus de sucessos variáveis, se conectar umas com as outras.” (p. 16); 
....................................................................................................................................................... 
“Entender a mídia como processo também implica um reconhecimento de que ele é 
fundamentalmente (...) politicamente econômico.(...) Constrange e invade culturas locais, 
mesmo que não as subjugue.” (p.17) 
“Os movimentos nas instituições dominantes da mídia global são de escala tectônica. (...) o 
poder da mídia contemporânea e a debilitação correlativa e progressiva dos governos 
nacionais em controlar o fluxo de palavras, imagens e dados dentro de suas fronteiras são 
profundamente significantes e indiscutíveis. É um traço fundamental da cultura da mídia 
contemporânea.” (p.18) 
“Há uma tensão constante entre o tecnológico, o industrial e o social, tensão que deve ser 
levada em conta se queremos reconhecer a mídia como, de fato, um processo de mediação.” 
(p. 18); 
....................................................................................................................................................... 
“Não se pode obter uma única teoria da mídia. (...) O estudo da mídia deve ser uma ciência 
relevante e também humanista.” (p. 19); 
....................................................................................................................................................... 
“A pesquisa na mídia muitas vezes preferiu o significante, o evento, a crise, como fundamento 
de sua investigação. (...) Isso tudo é relevante, pois sabemos desde Freud, o quanto a 
investigação do patológico, ou mesmo do exagerado, revela sobre o normal.” (p. 20); 
....................................................................................................................................................... 
“A mídia depende do senso comum. Ela o reproduz, recorre a ele, mas também o explora o 
distorce.” (p. 21); 
“A mídia é essencial a esse projeto reflexivo não só nas narrativas socialmente conscientes da 
novela, no talk show vespertino ou no programa de rádio com participação do ouvinte, mas 
também nos programas de notícias e atualidades, e na publicidade.” (p. 22); 
....................................................................................................................................................... 
“Nós nos movemos entre espaços privados e públicos. Entre espaços locais e globais. (...) 
todos nós fazemos essas coisas constantemente e em absolutamente nenhuma delas estamos 
sem nossa mídia.” (p.23-24); 
“Nossas experiências dos espaços midiáticos são particulares e amiúde fugidias.” (p.24); 
“Nossa jornada diária implica o movimento pelos diferentes espaços midiáticos e para dentro 
e fora do espaço da mídia. A mídia nos oferece estruturas para o dia, pontos de referencia, 
pontos de parada, pontos para o olhar de relance e para a contemplação, pontos de 
engajamento e oportunidades de desengajamento.Os infinitos fluxos da representação da 
mídia são interrompidos por nossa participação neles. (...) A mídia é o cotidiano e ao mesmo 
tempo uma alternativa a ele.” (p.24-25); 
“Estudar a mídia é estudar esses movimentos no espaço e no tempo e suas inter-relações e 
talvez também como consequência, descobrir-se pouco convencido pelos profetas de uma 
nova era e por sua uniformidade e seus benefícios.” (p. 25); 
“As experiências são reais, até mesmo sendo experiências midiáticas. (...) Nessa visão, 
vivemos nossas vidas em espaços simbólicos e autorreferenciais que nos oferecem nada mais 
que generalidades do sucedâneo e do hiper-real, que nos proporcionam apenas a reprodução e 
nunca o original e, ao fazê-lo, negam-nos nossa subjetividade e, de fato, nossa capacidade de 
agir significativamente.” (p.26); 
“Nossas teorias jamais escaparão ao auto-referencial. Elas também se tornarão infinitamente, 
reflexivamente irreflexíveis.” (p.27); 
..................................................................................................................................................... 
“A experiência é moldada, ordenada e interrompida. É moldada por atividades e experiências 
prévias. É ordenada de acordo com normas e classificações que resistem à prova do tempo e 
do social. É interrompida pelo inesperado, pelo não preparado, pelo incidente, pela catástrofe, 
por sua própria vulnerabilidade, por sua inevitável e trágica falta de coerência. Expressamos a 
experiência em ações e agimos sobre ela. (...) O corpo na vida, sua encarnação, é a base 
material para a existência. Ele nos dá um lugar. É o lugar, não cartesiano, da ação e, também, 
das habilidades e competências sem as quais ficamos inválidos. (...) nossa capacidade de nos 
envolver com a mídia é precondicionada por nossa capacidade de manejar a máquina.” (p. 
28); 
“A experiência não se resume nem ao senso comum, nem à performance corporal. (...) 
Borbulhando sob a superfície da experiência, perturbando a tranquilidade e fraturando a 
subjetividade, está o inconsciente. Nenhuma análise da mídia pode ignorá-lo.” (p. 29); 
“A psicanálise (...) oferece, talvez bastante à força, uma maneirade abordar o perturbador e o 
não racional (...) os chamados problemas do cotidiano, que tanto são representados como 
reprimidos em textos midiáticos de um tipo ou de outro e esgarçam o delicado tecido do que 
normalmente se considera racional e normal na sociedade moderna.” (p. 29); 
“Se formos estudar a mídia, teremos de encarar o papel do inconsciente na constituição, como 
também no questionamento, da experiência.” (p. 30); 
“Para citar Hastrup mais uma vez: ‘Não apenas a experiência está sempre ancorada numa 
coletividade, mas a verdadeira ação humana é também inconcebível fora da conversação 
contínua de uma comunidade, de onde surgem as distinções e avaliações de fundo necessárias 
para fazer escolhas de ações’ (1995, p. 84).” (p. 30); 
“Tanto a estrutura como o conteúdo das narrativas da mídia e das narrativas de nossos 
discursos cotidianos são interdependentes, que, juntos, eles nos permitem moldar e avaliar a 
experiência. O público e o privado se entrelaçam, narrativamente.” (p. 31); 
“No cerne dos discursos sociais que se incrustam em torno da experiência e a encarnam (...) 
estão um processo e uma prática de classificação: a realização de distinções e juízos.” (p. 31); 
“Na medida em que a mídia é, como argumentei, essencial a esse processo de fazer distinções 
e juízos; na medida em que ela, precisamente, media a dialética entre a classificação que 
forma a experiência e a experiência que dá o colorido à classificação, precisamos investigar as 
consequências de tal mediação. Temos de estudar a mídia.” 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE 
Centro de Artes e Comunicação - CAC 
Departamento de Comunicação – DCOM 
Graduação em Comunicação Social – Jornalismo 
Disciplina: Metodologia do Estudo 
Profª. Msc. Izabella Medeiros 
 
Aluno: Abenildo Daywangles do Nascimento 
 
SILVERSTONE, Roger. A textura da experiência. In: Por que estudar mídia? São 
Paulo: Edições Loyola, 2002. p. 11-31 
 RESUMO 
No capítulo “A textura da experiência”, Roger Silverstone procura evidenciar os motivos que 
dão sustento a dialética envolvida nos motivos para o estudo da mídia. Propõe uma análise 
social, psicológica e político-econômica do seu objeto de estudo e seus impactos. Em uma 
dimensão expandida, encaramos a presença da mídia em nossa vida em vários momentos e 
aspectos, sendo assim, seus estudos devem conter olhares do mundo moderno, análises das 
perspectivas social, cultural, política e econômica. Compreender a esses aspectos é entender o 
fluxo de mudanças que a mídia traz para a vida, a transmissão, reprodução e construção de 
novos simbolismos e significados para a vida e cultura da sociedade. Entender a mídia nos 
leva a entender os processos de compreensão que envolvem as experiências do de interação e 
compreensão indivíduo do para com o mundo que o cerca. A história deve fazer uso de 
humanismo para entender as leis ou generalizações, baseando-se sempre no reconhecimento e 
especificações da ação humana, demandando assim, compreensão e explicações que partem 
da observação desprendida de valores ou teorias antes postuladas. Marshall McLuhan 
defende a mídia como uma extensão do homem, próteses que aumentam seu poder e sua 
influência, que dão suporte para destaque ou não, esse pensamento dá o pontapé inicial para a 
visão da mídia como parte da cultura contemporânea. O contexto histórico dá a mídia caráter 
de processo, percebê-lo é fazer vista do contexto social e dos processos que formaram a mídia 
e que se formaram a partir dela - tendo em vista também a situação política e econômica. 
Atualmente, por exemplo, temos a comunicação de massa, que é gerida por grupos 
capitalistas ou pelo Estado. As informações e conteúdo são controlados, regulados e 
distribuídos pelo poder dessas instituições, caracterizando assim a cultura da mídia como uma 
forma de regulação social. As dimensões sociais e econômicas influenciam na produção de 
significados, uma vez que esse não pode ser controlado pelas instituições que gerem a 
produção de informação. Reafirmando a imperatividade de se ter uma ciência de estudo da 
mídia com uma linha humanista. A mídia faz uso do senso comum para desenvolver-se, assim 
ela nos dá armas para expressão e compreensão dentro da realidade em que vivemos e 
sustentamos com nossas interações. Percebemos assim que pode-se estudá-la a partir da 
observação dessas trocas de representação e entendimento – que variam de acordo com nossa 
participação, conferindo à mídia o significado de cotidiana embora alternativa a 
contemporaneidade, logo vai depender dos fatos temporais para ganhar interpretações.O 
inconsciente, tanto quanto o inesperado, moldam a experiência individual e coletiva e são 
pesos importantes para o estudo da mídia. Sua análise deve partir da individualidade da 
persona e do momento em que está inserida e é “(...) essencial a esse processo de fazer 
distinções e juízos; na medida em que ela, precisamente, media a dialética entre a 
classificação que forma a experiência e a experiência que dá o colorido à classificação, 
precisamos investigar as consequências de tal mediação.” (SILVERSTONE, p.32). 
Sendo assim, a textura da mídia é dada pelo conjunto de particularidades sociais, nas esferas 
individuais e coletivas, que se moldam nas realidades políticas e econômicas da faixa de 
tempo à qual ela pertence.

Outros materiais