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CULTURA DA SOJA (2)_PDF

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CULTURAS II 
Prof. responsável: Dr. Fernando Rocha 
 
AVALIAÇÃO Pontos Data 
 
Cultura da soja 35 16/04/15 
Cultura do feijoeiro 30 28/05/15 
Cultura do algodoeiro 25 02/07/15 
Teste aula prática (5) 10 
 
TOTAL 100 
 
Exame especial 06/06/15 
Conteúdo programático 
 
1-A cultura, aspectos econômicos e botânica 
 
2-Fenologia 
 
3-Nutrição, Adubação e Calagem 
 
4-Implantação da cultura 
 
5-Manejo de plantas daninhas 
6-Manejo de pragas 
7-Manejo de doenças 
8-controle de plantas daninhas 
 
9-Colheita, beneficiamento e comercialização 
Origem: China 
A soja: seus ancestrais (plantas rasteiras)-desenvolviam na costa leste da Ásia 
História 
Evolução: cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem que 
foram domesticadas na antiga China 
Até 1894: término da guerra entre a China e o Japão 
 
*produção de soja era restrita à China 
*introduzida na Europa no final do século XV 
-como curiosidade, nos jardins botânicos da Inglaterra, França e Alemanha 
Na segunda década do século XX: o teor de óleo e proteína do grão 
despertar o interesse das indústrias mundiais 
 
Tentativas de introdução comercial do cultivo do grão 
 ♦ Rússia, Inglaterra e Alemanha 
 -Fracassaram devido às condições climáticas desfavoráveis 
Introduzida: Bahia-1882 
NO BRASIL 
Final da década de 60 
 
1-Brasil começar a enxergar a soja como um produto comercial 
 
 
2-Soja surgia como uma opção de verão, em sucessão ao trigo no Sul 
 
 
3-Brasil iniciava esforços para produção de suínos e aves (demanda por 
farelo de soja) 
 
 
4-Em 1970, explosão do preço da soja no mercado mundial 
 -desperta os agricultores e o próprio governo brasileiro 
 
 
5-Brasil- vantagem competitiva em relação aos outros países produtores: 
o escoamento da safra brasileira ocorre na entressafra americana 
Final da década de 80 e mais notoriamente na década de 90 
Década de 80: lavouras nos estados do Sul - RS, PR e SC 
A partir de 1940: começou a ganhar importância na agricultura 
Em 1990/1991:colheita de 15,3 milhões de toneladas 
 área 9,7 milhões de hectares 
Produtores mundiais de soja. Fonte: USDA. 
Período 
M
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Evolução da produção e área cultivada com soja no Brasil 
(1976 a 2013) 
Área: 23 milhões de hectares 
Produção: 61 milhões de toneladas 
 
Possibilidade de incorporação - 20 milhões de ha 
(integração lavoura-pecuária) 
Potencial região norte (RR, RO e AP) - 4 milhões de ha de cerrados 
Período 
Produção de soja no Brasil - Evolução por estado 
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Período 
Área das principais culturas no Brasil. 
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 (
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) 
14% Umidade/cinzas/outros 
38% proteína 
18% óleo 
15% Carboidratos insolúveis 
15% Carboidratos solúveis 
COMPOSIÇÃO DA SOJA 
 - Adubo verde 
PLANTA - Forragem, silagem, feno e “in natura” 
 - Pastagens 
 - Materiais adesivos 
 - Tintas 
a) Torta - Alimentação para animais 
 - Cola 
 - Plásticos 
 - Produtos alimentares ► farinha 
 molho 
 leite 
 
UTILIZAÇÕES DA SOJA 
SEMENTES 
38% proteína 
 - Desinfetantes 
 - Celulose 
 - Glicerina margarina 
 - Produtos alimentares ► óleo 
 - Combustível (biodiesel) 
 - Inseticidas 
b) Óleo - Lubrificantes 
 - Substitutos da borracha 
 - Sabões 
 - Tintas 
 - Vernis 
 -Lecitinas (Fabricação de salsichas, maioneses, achocolatados, entre 
outros produtos). 
 
38% proteína 
 Chocolate 
 - Farinha Sorvetes diabéticos 
 Alimentos crianças 
 - Torrado matinal 
c) Grãos - Cozido 
 secos - Germinado 
 - Molho 
 Coalhada 
 - Leite Condensado 
 Caseina, etc. 
 
Taxonomia 
Divisão: Magnoliophyta 
Subdivisão: Angiospermae 
Classe: Magnoliopsida 
Família: Fabaceae (Leguminoseae) 
Subfamilia: Faboideae 
Gênero: Glycine 
Glycine max L. 
 
 
SEMENTE DE SOJA 
 VISTA EXTERNA CORTE TRANSVERSAL 
EIXO 
HIPOCÓTILO-
RADÍCULA 
MICRÓPILA 
HILO 
RAFE TEGUMENTO 
Cotilédone 
Eixo hipocótilo- 
 radícula 
Plúmula 
EMBRIÃO 
Rafe: Linha longitudinal que representa o final do tecido vascular que 
penetra na semente e que une o hilo à calaza. 
Função: Junção de duas partes homólogas 
 
Micrópila: Pequeno orifício na semente deixado pelo integumento (é uma 
área sensível ao dano mecânico). 
Função: Saída da radícula 
 
Hilo: Cicatriz deixada pelo funículo. 
Funções: caracterização da espécie, controle valvular (absorção de água). 
Tegumento preto/hilo preto Tegumento amarelo/hilo marrom 
Tegumento camurça/hilo marrom 
Tegumento amarelo/hilo preto 
Tegumento amarelo/hilo preto 
TEGUMENTO 
MICRÓPILA 
HILO 
RAFE 
A SEMENTE AUMENTA DE TAMANHO A 
MEDIDA EM QUE ABSORVE ÁGUA 
RADÍCULA 
MERISTEMA RADICULAR 
MERISTEMA APICAL 
COTILÉDONES 
HIPOCÓTILO 
EPICÓTILO 
FOLHAS UNIFOLIADAS 
PARTES DA SEMENTE DE SOJA 
COTILÉDONE 
RADÍCULA 
HIPOCÓTILO 
EPICÓTILO 
PLÚMULA 
 
 
 
 Estádios vegetativos Estádios reprodutivos 
 VE - Emergência R1 - Início do florescimento 
 VC - Cotilédone R2 - Pleno florescimento 
 V1 - Primeiro nó R3 - Início da formação das vagens 
 V2 - Segundo nó R4 - Plena formação das vagens 
 V3 - Terceiro nó R5 - Início do enchimento dos grãos 
 * R6 - Pleno enchimento das vagens 
 * R7 - Início da maturação 
 V(n) - enésimo nó R8 - Maturação plena 
1 Este sistema identifica exatamente os estádios da planta de soja. Porém, nem todas as 
plantas em um dado campo estarão no mesmo estádio ao mesmo tempo. Quando se divide 
em estádios um campo de soja, cada estádio específico V ou R é definido somente quando 
50% ou mais das plantas no campo estão nele ou entre aquele estádio. 
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DA SOJA 
proposto por Fehr e Caviness (1977) 
GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA 
Estádios vegetativos 
Germinação epigeal em dicotiledônea. 
Feijão 
Germinação hipogeal em monocotiledônea. 
Milho 
Folha do topo da haste 
com margens dos 
folíolos se tocando. 
Pecíolo 
Cotilédones 
Hipocótilo 
Raízes 
laterais 
Nódulos 
Raíz pivotante 
ramificada 
Gemas 
axilares 
Folíolos 
Folha trifoliada 
Ponto de 
 crescimento 
Folha 
unifoliada 
A PLANTA 
Plântulas de soja em estádio VE 
 
 Fotos: Norman Neumaier.
Plântulas de soja em estádio VC (cotilédone) 
Cotilédones -completamente abertos e expandidos 
Folhas unifolioladas não mais se tocam 
Plântulas de soja em estádio V2 Folha completamente desenvolvida, V1 
Totalmente aberta, bordos dos folíolos 
da folha do nó imediatamente acima 
não mais se tocam 
 Fotos: Norman Neumaier. 
A partir do VC, as subdivisões dos estádios vegetativos são numeradas sequencialmente 
(V1, V2, V3, V4, V5, V6,...Vn, onde n é o número de nós, acima do nó cotiledonar, com 
folha completamente desenvolvida). 
Estádios 
V3 
V5 V6 
V4 
Estádios reprodutivos 
Desenvolvimento e duração dos períodos de crescimento vegetativo, 
florescimento, desenvolvimento da vagem e enchimento da semente. 
 
* Desenvolvimento da altura da planta e dos nós. 
Dias 0 10 20 30 40 50 60 70 
Est. R R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 
Crescimento vegetativo* 
Florescimento 
Desenvolvimento da vagem 
Enchimento da semente 
R1 
Início do 
florescimento 
nos rácemos. 
R2 
R3 
três 
vagens 
jovens 
Rácemo floral na 
extremidade apical da 
haste principal. 
R1 
Início do 
florescimento 
nos rácemos. 
R2 
R3 
três 
vagens 
jovens 
Rácemo floral na 
extremidade apical da 
haste principal. 
R7 R8 
R4 R5 R6 
Rácemo floral com 
vagens em 
formação. 
Boa Enrugada 
Enrugada 
Corte longitudinal de uma vagem jovem de soja. 
Seqüência do desenvolvimento 
das vagens de soja. 
R5 
Rápido desenvolvimento de 
vagens e de sementes durante o 
estádio R5, com grãos de 3, 5, 7, 8, 
10 e 11 mm de tamanho. 
Vista lateral de vagens e 
sementes em desenvolvimento 
durante R5. Grãos com 5, 7, 8, 10 
e 11 mm de tamanho. 
Vagem de soja no estádio R6 retirada 
do 4º nó superior da haste principal. 
Vagens de soja nos 
estádios: 
 R6 (verde) 
R7 (amarela) 
R8 (marrom) 
Seqüência de maturação 
de vagens e grãos de soja. 
Da esquerda para a direita, 
evolução da cor verde 
(estádio R6) para a cor 
marrom (ponto de 
colheita). 
 A PLANTA - RAÍZES 
SISTEMA RADICULAR PIVOTANTE 
PROFUNDIDADE: 15 cm a 1,0m 
RAIZ PRINCIPAL E RAMIFICAÇÕES 
INÍCIO: GERMINAÇÃO DA RADÍCULA 
MÁXIMO CRESCIMENTO: R6 
ATIVIDADE FISIOLÓGICA: R7 
FABÁCEA OU LEGUMINOSA: Nodulação-Fixação N2 
NODULAÇÃO: INÍCIO = V1 a V2 
NÓDULOS: VISÍVEIS = V2 a V3 
NODULAÇÃO MÁXIMA: R2 a R6 
A PLANTA – RAÍZES 
 A PLANTA - PARTE AÉREA 
ANUAL - HERBÁCEA À SUB-LENHOSA 
PORTE: 30 cm a 1,0 m 
HASTE PRINCIPAL - RAMIFICADA OU NÃO 
NÓS - INFLORESCÊNCIAS E FRUTESCÊNCIAS 
HÁBITOS DE CRESCIMENTO: Deter./Indeterminado 
30 a 80 VAGENS/PLANTA - 90 a 240 SEM./PLANTA 
ÓLEO: 17% a 22% 
PROTEÍNA: 38% a 45% 
CARBOIDRATOS: 30% a 35% 
RENDIMENTO: 1.500 a 4.200 Kg/ha (25 a 70 sacos) 
A PLANTA – PARTE AÉREA 
APTIDÃO CLIMÁTICA 
Exigências hídricas 
-Água 90% do peso da planta 
-Semente de soja absorver, 50% de seu peso em água/boa germinação 
-água solo: 85% do total máximo de água disponível e nem ser inferior a 50% 
Total de água na cultura da soja: 450 a 800 mm/ciclo 
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO DESENVOLVIMENTO DA SOJA 
Germinação-emergência ► ► ► Floração- enchimento de grãos 
 
 excesso-déficit prejudiciais máx. floração-enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia) 
 Déficits- queda prematura de folhas e de flores 
 abortamento de vagens 
 redução do rendimento de grãos 
 
 
 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS MAIS SENSÍVEIS A: 
 UMIDADE EXCESSO DEFICIÊNCIA 
 GERMINAÇÃO-EMERGÊNCIA GERMINAÇÃO-EMERGÊNCIA 
 DESENV. VEGETATIVO DESENV. VEGETATIVO 
 R1/R2 R1/R2 
 R3/R4 R2/R3 
 R5/R7 R5/R7 
 R8 ------- 
5-7 
dias 30 - 40 dias 
7-15 
dias 
40 - 70 dias 
VC 
R1 R3 R8 
V2 
40 - 70 dias 
• Deterioração fisiológica 
• Deterioração por fungos de solo 
• Importância do tratamento de sementes 
• Mais matéria orgânica do solo: (+) umidade e 
 temperaturas menores 
Solos Secos 
 Temperaturas superiores a 45-50ºC 
 Conseqüências: 
Solos Secos 
• Baixa aeração: disponibilização de O2 
• Falta de drenagem: compactação 
• Assoreamento das linhas de semeadura 
• Deterioração das sementes 
• Dano de embebição 
• Infecção de plântulas por fungos de solo 
• Morte do sistema radicular 
• Tombamento de plântulas 
Solos Encharcados 
PROBLEMA COM SOLOS ENCHARCADOS 
Danos de embebição 
Tombamento: Sclerotium rolfsii 
Tombamento: R. solani 
Exigências térmicas 
Adapta a temperaturas do ar: 20oC e 30 oC 
 
Temperatura ideal (cresc./desenv.): 30 oC 
 
Temperatura do solo adequada para semeadura 
 
• 20- 30oC 
• 25oC ideal para uma emergência rápida e uniforme 
 
Temperaturas > de 13 oC 
 Induz a floração da soja 
♦ Característica variável entre cultivares 
 
♦ Cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico, acima do qual o 
florescimento é atrasado 
 
 
 ● Por isso, a soja é considerada planta de dia curto 
 
 
 
♦ Em função dessa característica, a faixa de adaptabilidade de 
cada cultivar varia à medida que se desloca em direção ao 
norte ou ao sul. 
 
Fotoperíodo 
♦ Entretanto, cultivares que apresentam a característica 
“período juvenil longo” possuem adaptabilidade mais ampla, 
possibilitando sua utilização em faixas mais abrangentes de 
latitudes (locais) e de épocas de semeadura. 
SOJA SOJA 
TEMPERATURA ELEVADA 
Queimadura do hipocótilo 
(solo desnudo e seco) 
Tombamento da plântula 
 
> 45 °C 
 
Redução da fotossíntese 
Aumento da fotorrespiração 
Aumento da respiração 
Redução da produção 
 
< 15 °C 
(ar) 
Redução no acúmulo de MS 
> Abortamento de vagens 
antecipação do florescimento 
< 15 °C 
(ar) 
> 30 °C 
(ar) 
T°C 
 
> 40 °C 
 
Distúrbios na floração 
Reduz retenção de vagens 
Esses problemas se acentuam com a ocorrência de déficits hídricos 
Altas Temperaturas: Escaldadura 
SOJA 
TEMPERATURA BAIXA 
Atraso da emergência 
> Risco de infecção da 
semente com fungos 
< 10 °C 
(solo) 
Menor taxa de crescimento 
(atraso na fase vegetativa) 
Plantas mais baixas, menos 
vigorosas e menos produtivas 
 
< 15 °C 
(ar) 
Prejudica germinação/emergência 
< Fecundidade de flores 
> Aborto de vagens 
< 15 °C 
(ar) 
< 20 °C 
(ar) 
T°C < 10 °C 
(ar) 
Crescimento vegetativo 
reduzido ou nulo 
Baixas Temperaturas 
(< 18ºC): Dano de Embebição 
♦ Temperaturas baixas na fase da colheita 
 
♦ Associadas a período chuvoso ou de alta umidade 
 
 
 
Provoca haste verde e retenção foliar 
 
 
Atraso na data de colheita 
 
O MANEJO DO AMBIENTE AGRÍCOLA PARA A SOJA 
Manejo de Área Agrícola 
 Época de Semeadura 
 Manejo Varietal e Populacional 
 Correção da fertilidade do Solo 
Tratamento e Inoculação das Sementes 
 Semeadura-Adubação de Base 
 Proteção Vegetal 
C
O
L
H
E
I
T
A 
Plantio Direto 
Preparo Mínimo 
Preparo Convencional 
QUALIDADE DAS SEMENTES 
DENSIDADE E ESPAÇAMENTO 
FERTILIDADE DO SOLO 
CONTROLE DE DOENÇAS, PRAGAS E 
PLANTAS DANINHAS
ÉPOCA DE PLANTIO 
CEDO agosto e setembro 
NORMAL outubro e novembro 
TARDIO dezembro e janeiro 
SAFRINHA fevereiro e março 
 ÉPOCA DE PLANTIO 
Região Centro-Oeste - 20 de outubro e 10 de dezembro 
-preferência cultivares: Ciclo médio ou semitardio de porte alto 
-evitar cultivares muito tardias o precoces 
Regiões Norte e Nordeste - 
Maranhão (sul)- novembro a 15 de dezembro 
 (norte)- janeiro 
 
Pará (sul): Redenção- novembro a 15 de dezembro 
 (nordeste): Paragominas-15 de dezembro e janeiro 
 (noroeste): Santarém- 10 de março a abril. 
 
- Tocantins - no norte (Pedro Afonso), novembro a 15 de dezembro. 
- Roraima - na região central (Boa Vista), maio 
SEMENTE/CULTIVAR 
• Boa qualidade 
• Alta pureza física 
• Alta % de germinação e vigor 
• Ausência de danos mecânicos 
• Ausência de enfermidades 
• Ataque de insetos e roedores 
• Pureza genética 
SEMENTE/CULTIVAR 
Escolha do cultivar: 
• Recomendadas para a Região 
• Nível tecnológico 
• Finalidade da exploração 
• Preço 
• Potencial produtivo 
• Resistência a doenças 
SEMENTE/CULTIVAR 
• Semente Certificada/Fiscalizada 
Grupo de maturação 
• Semiprecoce (101 a 110 dias) 
• Médio (111 a 125 dias) 
• Semitardio (126 a 145 dias) 
• Tardio ( > 145 dias) 
Cultivares de soja inscritas no Registro Nacional de Cultivares e 
indicadas para o estado de Minas Gerais - Safra 2003/04 
Semiprecoce 
(101 a 110 dias) 
Médio 
(111 a 125 dias) 
Semitardio 
(126 a 145 dias) 
Tardio 
( > 145 dias) 
Grupo de maturação 
Considerar: 
• Tipo de solo 
• Análise do solo 
• Calagem 
• Anos de cultivo 
FERTILIDADE DO SOLO 
FERTILIDADE DO SOLO 
Adubação do plantio/cobertura: 
• Produtividade a ser alcançada 
• Finalidade da produção 
• Quantidade : Nitrogênio 
Fósforo 
Potássio 
Zinco 
Enxofre 
1,5 - 1,9 50 40 30 20 60 40 20 0 
2,0 - 2,4 60 50 40 20 70 50 30 20 
2,5 - 2,9 80 60 40 20 70 50 50 20 
3,0 - 3,4 90 70 50 30 80 60 50 30 
3,5 - 4,0 100 80 50 40 80 60 60 40 
 
P resina,mg/dm3 
0-6 7-15 16-40 > 40 
P2O5, Kg/ha 
K+ trocável, mmol/dm3 
0-0,7 0,8-15 1,6-3,0 > 3,0 
K2O, Kg/ha 
Produtividade 
esperada (t/ha) 
• Aplicar 15 kg/ha de S para cada tonelada de produção esperada. 
• Em solos deficientes em manganês, aplicar 5 Kg/ha de Mn. 
• K2O acima de 50 Kg/ha, aplicar metade da dose em cobertura, principalmente em 
solos arenosos, 30 a 40 dias após a germinação. 
• Deficiências de micronutrientes - adubação do plantio: 5 kg/ha de Zn 
 2 kg/ha de Cu 
 1 kg/ha de B. 
ADUBAÇÃO MINERAL DE SEMEADURA 
AMOSTRAGEM FOLIAR 
DENSIDADE E ESPAÇAMENTO 
População de plantas/ha de acordo com o 
espaçamento e o número de plantas por metro linear. 
40 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 
45 222.222 266.666 311.111 355.555 400.000 
50 200.000 240.000 280.000 320.000 360.000 
Esp. Plantas/m 
(cm) 10 12 14 16 18 
Cálculo do número de plantas/metro 
Cálculo da quantidade de sementes e regulagem da 
semeadora 
 
 
Cálculo do número de sementes por metro de sulco 
Cálculo da quantidade de semente por ha 
Onde: 
Q = Quantidade de sementes, em kg/ha; 
P = Peso de 100 sementes, em gramas; 
D = Nº de plantas que se deseja/m; 
E = Espaçamento utilizado em cm; 
G = % de emergência em campo. 
 
 
OBS.: constante 1,1 refere-se a um acréscimo de 10% no número de sementes, 
como fator de segurança 
Cuidados na semeadura 
 
A qualidade da semeadura é função: 
 
1-tipo de máquina semeadora 
 
2-tipo de dosador de semente 
 Horizontal (discos com furos-alvéolos) 
 Pneumáticos (precisão, ausência de danos à semente,caros) 
 
3-controlador de profundidade 
 Limitador de profundidade (roda flutuante) 
 
4-compactador de sulco 
 Tipo em "V" aperta o solo contra a semente 
 Tipo de roda única traseira 
 
Velocidade de operação da semeadora – 4 a 6 km/h 
10 - 15 cm 
Adubo 
3 - 5 cm 
Semente 
PROFUNDIDADE DE PLANTIO 
Profundidade de semeadura 
 Situação ideal 
 3-4 cm com tratamento fungicida 
 
 Mais profunda 
 dificuldade de emergir 
 engrossamento de hipocótilo 
 
 Mais rasa 
 Temperaturas mais elevadas 
 Maior flutuação da umidade do solo: 
 deterioração das sementes 
 
Semeadura profunda 
Inoculação das Sementes com Bradyrhizobium 
Fotossíntese Fixação de 
N2 
Fixação biológica do nitrogênio (FBN) 
 
É a principal fonte de N para a cultura da soja 
Produção de 1000 kg de grãos 
- são necessários 80 kg de N. 
A simbiose é um 
processo de troca. 
 
A bactéria fornece 
compostos nitrogenados 
 e a planta fornece 
carboidratos 
 Os rizóbios são bactérias capazes de realizar este 
processo e os introduzem no solo por meio de produtos 
chamados inoculantes, sejam em forma direta sobre o solo 
ou aplicado sobre a semente antes do semeio. 
 
 
COMO É REALIZADA A FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO? 
 O rizóbio se multiplica na rizosfera e invadem os pêlos 
radiculares. 
 Depois formam um fio de infecção até o interior da raiz. 
Certas células da raiz e os rizóbios se multiplicam e formam um 
nódulo. 
 Os rizóbios dentro dos nódulos se transformam em bacteróides, 
forma na que são capazes de fixar nitrogênio atmosférico. 
 
 
 preveni a deficiência de nitrogênio para os cultivos de leguminosas; 
 
 eficaz, conveniente e econômico que a fertilização química, evitando 
além disso a contaminação ambiental; 
 
 O nitrogênio biologicamente fixado passa diretamente a ser aproveitado 
pela planta se correlacionando diretamente com a produtividade do 
sistema, enquanto que o fertilizante só é aproveitado de forma parcial. 
BENEFÍCIOS DA INOCULAÇÃO 
Não 
Inoculada 
Inoculada 
 
 
CUIDADOS NA INOCULAÇÃO 
a) fazer a inoculação à sombra e efetuar a semeadura no mesmo dia 
especialmente se a semente for tratada com fungicidas e micro-nutrientes 
b) evitar o aquecimento 
-altas temperaturas reduzem o número de bactérias viáveis aderidas à semente 
 
c) Para melhor aderência dos inoculantes turfosos 
-recomenda-se umedecer a semente com 300ml/50 kg semente de água 
açucarada a 10% (100 g de açúcar e completar para um litro de água) 
 
d) Uniformidade na inoculação do inoculante turfoso ou líquido 
 
 
MÉTODOS DE INOCULAÇÃO 
Inoculante turfoso 
●preparar solução água + açucar (10%); 
●adicionar inoculante; 
●agitar; 
●adicionar à semente; 
●deixar secar à sombra. 
● os inoculantes em pó devem ser bem 
inoculados para evitar seu desprendimento. 
Inoculante líquido 
Sistemas de Aplicação Discontinuada: 
1.Abrir a caixa e retirar os envelopes de 
acordo ao volume de semente a tratar. 
2.Agitar o sachê antes de utilizá-lo. 
3.Realizar um corte em forma transversal na 
ponta do sachê. 
4.Aplicar sobre a semente e misturar. 
5.Realizar o tratamento preferentemente de 
manhã ou à sombra. 
Inoculante líquido 
Sistema de Aplicação Interrompido:
1.Abrir a caixa e retirar o saco de inoculante com o kit aplicador. 
2.Aplicar com a jarrinha dosificadora de acordo ao volume de semente a 
tratar. 
3.Nos tratamentos com micronutrientes e fungicidas levar a cabo a 
seguinte seqüencia: 
●Aplicar primeiro o caldo de micronutrientes e fungicidas de 
acordo às especificações técnicas de cada produto. 
●Misturar a semente. 
●Depois aplicar Inoculante. 
●Voltar a misturar a semente. 
4.Lavar a jarrinha medidora e o kit aplicador com água limpa depois de 
cada jornada de trabalho. 
Caixa contendo um saco de 3 lts. Kit dosificador 
composto por uma válvula dosificadora, uma 
mangueira e uma jarra medidora. 
Inoculante granulado - Formulados em base a turfa 
 
Permite aplicar o inoculante dispersado dentro do sulco de 
semeio, junto com as sementes. 
CÁLCULO DA DOSE DE INOCULANTE 
 
 
Por exemplo:desejada = 1,2 milhões de células/semente 
 1 kg de semente = 7000 sementes 
 
População declarada no inoculante = 2,0 x 109 células/g ou ml produto 
 
Cálculo do número de células/kg semente: 
1.200.000 x 7000 = 8,4 x 109 células/kg semente 
 
Cálculo da quantidade de inoculante/kg semente 
Nº de células/kg semente ÷ concentração de células do inoculante 
 
8,4 x 109 células/kg semente ÷ 2,0 x 109 = 4,2 ml ou g de inoculante/kg 
de semente ou, 210 ml ou g de inoculante/50 kg de semente. 
Os nódulos devem ser vermelhos ou 
rosados no seu interior. 
 
Outras colorações demonstram falta 
de atividade fixadora. 
 A nodulação é um sinal claro para verificar 
esse resultado. 
 
 
COMO SE PODE COMPROVAR SE REALIZAMOS UMA 
APLICAÇÃO CORRETA? 
QUALIDADE E QUANTIDADE DOS INOCULANTES 
 
Os inoculantes devem conter: 
população mínima de 1x108 células/g ou ml de inoculante 
A quantidade mínima de inoculante : 600.000 células/semente 
Cuidados ao adquirir inoculantes 
 
a) adquirir inoculantes registrados no MAPA 
 
b) não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido 
 
c) certificar-se das condições satisfatórias de temperatura e arejamento 
 
d) transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado 
 
e) certificar-se de que os inoculantes contenham pelo menos duas das quatro 
estirpes recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 
e SEMIA 5080) 
 
 
 
 
Aplicação de fungicidas às sementes junto com o inoculante 
A maioria dos fungicidas reduz a nodulação e a FBN 
Fungicidas menos tóxicos para o Bradyrhizobium 
 
Carboxin + Thiram 
Difenoconazole + Thiram 
Carbendazin + Captan 
Thiabendazole + Tolylfluanid 
Carbendazin + Thiram 
 
A Inoculação com fungicida, procedimentos: 
 
 
● Fazer a aplicação do fungicida; 
 
●Aplicar a solução açucarada sobre a semente; 
 
 
● Realizar a inoculação com o 
 dobro da dose recomendada. 
 
 
 
 
 
Os micronutrientes, principalmente Co e Mo, 
 são indispensáveis para a eficiência da FBN. 
 
 
Aplicar: Co (2 a 3 g/ha) 
 Mo (12 a 30 g/ha) 
 
Modo de aplicação: via semente ou em pulverização 
foliar, nos estádios V3 – V5. 
 
 
 
O inoculante adquirido de empresa idônea; 
 Deve ser utilizado dentro do prazo de validade; 
Armazenar em local fresco; 
A inoculação deve ser feita à sombra e a semeadura 
no mesmo dia; 
Área de primeiro plantio: a dose do inoculante deve 
ser o dobro da recomendada; 
A inoculação deve ser feita todo ano a partir da 
primeira vez em que é utilizada. 
RESUMO 
DIAGNOSE NUTRICIONAL 
Deficiência de nitrogênio 
Folha sem deficiência de fósforo (à esquerda) e 
com deficiência de fósforo (à direita) 
Folha com sintoma de deficiência de potássio Deficiência de cálcio. 
Colapso do pecíolo causado pela 
deficiência de cálcio 
Folha com deficiência de magnésio: clorose 
internerval e nervuras de cor verde-pálido 
Folhas com deficiência de manganês: clorose 
internerval e nervuras de cor verde-escuro 
Vista de uma lavoura com deficiência de manganês 
induzida pelo excesso e má incorporação 
de calcário, em região de cerrado 
Toxidez de manganês (detalhe do encarquilhamento dos 
folíolos) 
Folhas deficientes em zinco apresentam 
Coloração amarelo-ouro entre as nervuras 
Sintomas de deficiência de nitrogênio induzida 
pela deficiência de molibdênio em solo ácido (à 
frente); ao fundo, acidez corrigida 
Folha com deficiência de ferro 
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS 
Plantas daninhas constituem problema para a cultura da soja 
 
1-Depedendo da espécie 
2-Densidade 
3-Distribuição da invasora na lavoura 
Os métodos mais utilizados: 
 
♦ Mecânico 
♦ Químico 
♦ Cultural 
 
Atualmente, 80% de toda a soja cultivada para o mercado comercial é transgênica 
HERBICIDAS-conhecer previamente as invasoras 
 
1-PRÉ-PLANTIO INCORPORADO (PPI) 
 
*DICLOSULAM (SPIDER 840 WG) 
 
-Controla folhas largas (picão-preto, falsa serralha, carrapicho 
de carneiro, leiteira, corda de viola) 
 
Obs. Não rotacionar com milho, sorgo e girassol safrinha 
(esperar 18 meses). 
 
 
*TRIFLURALINA ATANOR 445 CE 
 
-Controla gramineas (capim-marmelada, capim pé de galinha) 
 
-solo livre de torrões (usar grade dupla de discos ou enxada 
rotativa) 
 
-profundidade: 8-10 cm 
-Incorporação: imediata ou até 8 h após a aplicação 
 
2-PRÉ-EMERGENTES 
 
*METOLACHLOR (DUAL GOLD) 
 
-Controla espécies anuais 
 
-Contrala eficientemente TRAPOERABA 
 
-Controla algumas espécies de folhas largas 
 
Obs. Pouco eficiente em controlar capim marmelada com altas 
infestações 
 
3-PÓS-EMERGENTES 
 
*BENTAZON (BASAGRAN 600) 
 
-Controla: carrapicho-de-carneiro, picão-preto, joã-de-capote 
 
Obs. Aplicar quando as PD estiver com 2-6 folhas 
 
 
*CHLORIMURON-ETHYL (CLASSIC) 
 
-Controla folhas largas 
 
Obs. Aplicar com soja trifoliada (3ª Folha) e as PD com 2-4 
folhas. 
 
 
*FLUAZIFOP-P-BUTYL (ROBUST) 
 
-Controla folhas largas 
 
Obs. Aplicar PD com 2-4 folhas 
 
-controla milho voluntário (intervalo segurança 60 dias) 
 
 
*FENOXAPROPE-PPETÍLICO (PODIUM) 
 
-Controla gramíneas anuais 
 
Obs. Aplicar entre15 a 40 dias após a germinação da soja. 
 
 
PLANTIO DIRETO NA SOJA-MANEJO 
 
1-INVASORAS NA ENTRESSAFRA 
 
-Paraquat, paraquat + diuron, glyphosate, 2,4-D, Chlorimuron, 
Carfentrazone 
 
Època de aplicação: 15 a 20 dias após a colheita 
 
2-Espécies perenizadas 
-capim-amargoso; capim-brachiaria 
Manejo mecânico: roçadeira 
-Forçar a rebrota intensa e quando atingir 30 cm de altura faz a 
dessecação 
 
3-Folhas largas 
 
-Usar 2,4-D com intervalos de 10 dias entre a aplicação e a 
semeadura da soja. 
O QUE É SOJA TRANSGÊNICA ? 
Fonte: Biology, de Neil A. Campbell, The Benjamin 
Cummings Publishing Company, Inc., Califórnia, 1996. 
 Os passos do processo 
 
• O gene escolhido (extraído de outro 
organismo) é inserido no plasmídeo Ti; 
• O plasmídeo, contendo o gene de 
interesse, é inserido na bactéria; 
• A bactéria infecta a planta, introduzindo 
nela o seu DNA; 
• O gene de interesse da planta associa-
se ao DNA da planta; 
• As células modificadas (que foram 
infectadas pela bactéria) são isoladas e 
cultivadas em meio de cultura 
apropriado, produzindo uma nova planta; 
• A nova planta expressa o gene da outra 
espécie, produzindo a característica 
escolhida (resistência a doenças ou 
produção de alguma substância 
específica); 
• Todas as células da nova planta são 
transgênicas, o que significa que a planta 
toda passa a ter a nova característica. 
Soja Transgênica, qual ?
RR = Roundup Ready 
GLYPHOSATE 
Enol-piruvil-shikimato-3 fosphate sintase 
(EPSPs) 
GLYPHOSATE 
Enol-piruvil-shikimato-3 fosphate 
sintase (EPSPs) EPSPs A.tumefaciens CP4 
SOJA RR 
Segunda Questão: 
 
 
Qual a diferença entre a RR 
e a “convencional” ? 
“Em princípio” uma única 
diferença: 
Possibilidade de utilização do 
Glifosato diretamente (pós) na 
cultura da soja 
Empresas com registro provisório 
para cultivares RR 
Monsoy 20 
Embrapa 11 
Pioneer 07 
Coodetec 04 
 
 Total 42 cultivares registradas 
 
* Registros solicitados em 2004 
CV´s COM REGISTRO PROVISÓRIO - PR 
 
 
M-Soy 7878RR 
M-SOY 7777RR 
M-Soy 7373RR 
M-Soy 7272RR 6.
 
BRS 247RR (BRS 134) 
M-SOY 6363RR 5.
 
BRS 246RR (Embrapa 61) 
M-Soy 57342RR CD 219RR(CD 211) 4.
 
BRS 245RR (BRS 133) 
M-Soy 53246RR CD 214RR(CD 201) 3.
 
BRS 244RR (Embrapa 59) 
M-Soy 52169RR CD 213RR(OC 14) 2.
 
BRS 243RR (Embrapa 59) 
M-Soy 52024RR CD 212RR(OC 14) 1.
 
BRS 242RR (Embrapa 58) 
M-Soy Coodetec Embrapa 
Aspectos 
Agronômicos 
 Tecnologia Imprescindível = NÃO 
 
 Tecnologia Desejável = ? 
1. Áreas com plantas daninhas de difícil controle 
2. Áreas com alta infestação 
3. Áreas com histórico de resistência 
4. Opção de rotação de herbicidas 
5. “Facilidades” do manejo do glyphosate 
6. Diminuição da fitointoxicação 
7. Diminuição dos “problemas” da safrinha 
RESISTÊNCIA NO MUNDO 
 91 dicotiledôneas 
 153 Espécies 
 62 monocotiledôneas 
 249 Biótipos 
 52 Países 
 + 200.000 Áreas 
Áreas com histórico de resistência 
Resistência no Brasil 
 Herbicidas Convencionais 
 Capim-marmelada 
 Amendoim-bravo 
 Picão-preto 
 Capim-arroz 
 Sagitaria 
 Capim-colchão 
 Nabiça 
 Azevém (Lolium multiflorum) = dois casos no Chile e um 
 no Brasil (RS) 
 Espécie de azevém (Lolium rigidum) = Australia, USA e 
 África do Sul 
 Pé-de-galinha (Eleusine indica) = Malásia 
 Espécie de buva (Conyza canadensis) = seis casos nos 
 USA 
Plantas Daninhas “Resistentes” ao Glifosato 
Manejo de Plantas Daninhas 
“Princípio básico do controle químico 
é a rotação de herbicidas, isso em 
qualquer sistema de produção” 
Opção de Rotação de Herbicidas 
MMEECCAANNIISSMMOO DDEE AAÇÇÃÃOO XX MMAARRCCAA CCOOMMEERRCCIIAALL
ACCase PROTOX
Iloxan CAROTENO FOTOSSISTEMA (FS) Blazer/Tackle
Podium/Furore Gamit FS I FS II Flex
Fusilade Provence Reglone Ametryne * Diuron * Basagran/Banir Goal
Verdict Zorial Gramoxone Atrazine * Afalon/Linurex Trotil Flumyzin/Sumi
Shogun Bladex Propanil * Radiant
Targa Gesagard Ronstar
Falcon Simazine * Boral
Select Sencor Aurora
Poast Ranger/Velpar Cobra/Naja
ALS EPSPS DIVISÃO CELULAR AUXINA
Classic/Smart Plateau Glyphosate * Raiz Parte Aérea 2,4-D *
Sempra Sweeper Zapp Surflan Ordran Fist/Kadett/Sur Banvel
Ally Countain Herbadox Saturn Laço Starane
Sanson Scepter/Topgan Trifluralin * Zeta Padron
Chart Pivot/Vezir GLUTAMINA Visor Dual Garlon
Sirius Pacto Finale/Liberty Facet
Nominee Spider
Gulliver Scorpion
Staple Katana
* Várias marcas comerciais.
Plantas Daninhas “originalmente 
tolerantes ao Glifosato” 
Trapoeraba (Commelina benghalensis) 
Corda-de-viola (Ipomea sp.) 
Poaia-branca (Richardia brasiliensis) 
Erva Santa Luzia (Spermacoce latifolia) 
Capim branco (Chloris polydactila) 
Losna-branca (Parthenium hysterophorus) 
Caeté (Thalia geniculata) 
- Amplitude da época de aplicação 
- Flexibilidade 
- Aplicação (volume reduzido, gotas maiores, ...) 
5. “Facilidades” do manejo 
com Glifosato 
Sistemas de Produção com Soja 
 Soja – Milho Safrinha 
 Soja – Trigo 
 Soja – Aveia 
 Soja – Outras Culturas de Inverno 
 Soja – Girassol 
“Há opções para evitar problemas da 
residualidade de herbicidas” 
1. (Anticarsia gemmatalis) (Lep. Noctuidae) 
 
Nome comum lagarta-da-soja 
 
Ovo isolado ou em grupo (5 a 7 ) na face inferior das folhas. 
 
Lagarta 40 mm; coloração verde (baixa infestação) até preta (alta). Faixas esbranquiçadas pelo corpo. 
Mandíbula desprovida de dentes. Cinco pares de falsas pernas. 
 
Pupa coloração marrom; no solo. 
 
Adulto 40 mm. Coloração geral marrom. Asas anterior e posterior cortada pela faixa pós-mediana 
escura, que atinge o ápice das asas. Hábito noturno. 
 
Ciclo biológico 30 dias (ovo: 5; lagarta: 15, pupa: 10). Long. 27 dias. Fêmea pode colocar cerca de 350 ovos. 
 
Plantas hospedeiras soja, alfafa, amendoim, ervilha, feijoeiro, mucuna 
 
Época de ocorrência em geral é coletada em armadilhas de outubro a junho; ocorre três gerações neste período. 
Acme em janeiro 
 
Distribuição sul dos EUA, Caribe e América do Sul 
 
Injúrias e prejuízos alimenta-se de folhas, provoca desfolha completa quando ocorrem surtos. Necessita em média 
90 cm
2
 de folhas para completar o desenvolvimento. É uma das principais pragas da soja. 
- época de ataque x latitude (ataques + precoces em latitudes menores) 
 
2. (Nezara viridula) (Het. Pentatomidae) 
 
Nome comum percevejo-verde 
 
Ovo branco-amarelado no início e rosado próximo à eclosão apresentando manchas em forma de 
“Y” ou “V”. Colocados na face inferior da folha, em massa de forma hexagonal (100 ovos). 
 
Ninfa escura com manchas vermelhas. Coloração diversificada nos 5 ínstares. Gregária ao redor 
da postura (1
o
 ínstar); gregária (2
o
 ínstar) ou dispersa nos demais ínstares. 
 
Adulto 15 mm; verde uniforme, antenas marrom com manchas vermelhas nos últimos segmentos. 
 
Ciclo biológico 30 dias (ovo: 5 e ninfa: 25). Long. 33 dias. 
 
Plantas hospedeiras soja, feijoeiro, alfafa, crotalária, curcubitáceas, solanáceas, algodoeiro, alface, laranjeira, 
mamoeiro, mamona etc. 
 
Época de ocorrência maior população de dezembro a março 
 
Distribuição continente americano. No Brasil a população é maior na região Sul. 
 
Injúrias e prejuízos sugam a seiva das hastes, ramos e vagens (chochas). Causam retenção foliar (problema na 
colheita mecânica) e soja-louca (vegetação anormal da planta, sem produzir vagens) devido 
a injeção de toxinas. Causam manchas de levedura nos grãos. 
 
Observações mais susceptível a inseticidas químicos 
 
3. (Piezodorus guildini) (Het. Pentatomidae) 
 
 
Nome comum percevejo-verde-pequeno 
 
Ovo coloração escura - forma de barril, colocado em fileiras paralelas (30 a 40 ovos - folhas ou vagens 
 
Ninfa coloração variável, de vermelha, verde até preta, com manchas brancas no dorso, nos 5 ínstares 
 
Adulto 10 mm; verde uniforme com uma faixa transversal avermelhada no pronoto. 
 
Ciclo biológico 40 dias (ovo: 7 e ninfa: 33) - 5 ínstares. Long. 35 dias 
 
Plantas hospedeiras soja, feijoeiro, crotalária, algodoeiro, cafeeiro 
 
Época de ocorrência maior população de dezembro a abril 
 
Distribuição continente americano. Distribuição uniforme em todas as regiões produtoras de soja no Brasil. 
 
Injúrias e prejuízos idem a Nezara viridula 
 
Observações controle mais difícil (menor número de inseticidas, doses maiores) 
 
4. (Euschistus heros) (Het. Pentatomidae) 
 
 
Nome comum percevejo marrom, diabinho, chifrudo ou chifrinho 
 
Ovo amarelos; 15 a 20 ovos por postura, em coluna dupla, vagens ou folhas 
 
Ninfa marrom-avermelhada (1º e 2º ínstares), 2 mm; marrom-esverdeada (3º a 5º ínstares).
5 a 10 
mm. 
 
Adulto 
13 mm; marrom uniforme; dois espinhos laterais no protórax, mancha em forma de meia lua 
branca no ápice do escutelo. 
 
Ciclo biológico 40 dias (ovo: 7 e ninfa: 33). Pré-oviposição: 20 dias. Longevidade dos adultos: 80 dias. 
 
Plantas hospedeiras soja, feijoeiro e outras leguminosas 
 
Época de ocorrência maior população de dezembro a abril 
 
Distribuição 
América do Sul. Maior em locais de temperatura média elevada. No Brasil é mais freqüente nos 
estados de SP, MT, MS e MG. 
 
Prejuízos danifica as vagens e grãos e provoca retenção foliar 
 
1. Epinotia aporema Lep. Olethreutidae 
 
Nome comum broca-das-axilas-da-soja ou broca-dos-ponteiros 
 
Ovo 0,5 mm; sobre brotações novas 
 
Lagarta 8 mm; esverdeada; cabeça marrom - torna-se amarelada 
 
Pupa no solo 
 
Adulto 10 mm; asa anterior cinza com manchas claras na base do bordo costal e lateral. (2 mais clara) 
 
Ciclo biológico 35 a 40 dias (ovo: 5; lagarta: 14-18; pupa 14-15) Long. 5 dias 
 
hospedeiros soja, feijoeiro, alfafa e trevo 
 
Prejuízos ataca folhas e ponteiro e broqueia hastes abrindo galerias e provocando secamento dos ramos. 
 
Pragas secundárias 
I. Lagartas 
2. Elasmopalpus lignosellus Lep. Pyralidae 
 
Nome comum lagarta-elasmo, broca do colo 
 
Ovo verde-claro; isolados ou pequenos grupos nas folhas 
 
Lagarta 15 mm; cinza azulada com faixas transversais avermelhadas. Constrói um abrigo de fios de seda e 
partículas de terra, ao lado do orifício de entrada na planta, onde permanece durante o dia; à noite 
fica no interior da galeria. Passa por 6 ínstares. 
 
Pupa 10 mm; marrom esverdeada, protegida pelo casulo que a larva constrói. 
 
Adulto 10 a 20 mm de envergadura. Asa anterior acinzentada, sendo mais escura na fêmea. Macho com a 
parte central da asa marom-clara. Asa posterior cinza-clara, semitransparente. 
 
Ciclo biológico 22 a 42 dias (ovo: 3-7; lagarta: 13-24 e pupa: 6-11). Long. 19 dias. Fêmea pode colocar até 130 
ovos. 
 
Plantas hospedeiras gramíneas (arroz, trigo, sorgo, milho, cana-de-açúcar) e leguminosas (soja, feijoeiro, amendoim), 
além de algodoeiro, eucalipto e pinheiro. 
 
Época de ocorrência de setembro a junho, principalmente em períodos de estiagem 
 
Distribuição continente americano 
 
Prejuízos abre galerias nos caules da soja ao nível do solo. Provoca o secamento de plantas novas (até 30 
dias de idade). Ataque mais intenso em regiões de solo arenoso. 
 
 
 
Nome comum lagarta falsa-medideira-da-soja, plusias 
 
Ovo verdes, arredondados, colocados isoladamente nas folhas. 
 
Lagarta 30 mm; verdes com uma linha dorsal branca. Três paras de falsas pernas (mede-palmos). 
Pseudoplusia includens apresenta processos internos na mandíbula Trichoplusia ni não possui 
essas saliências. Seis ínstares. 
 
Pupa 18 mm; marrom-esverdeada, presa a fios de seda nas folhas enroladas 
 
Adulto 30 mm de envergadura. Mariposas de cor predominante marrom, asas anteriores com pontos 
claros. Tórax com cerdas eriçadas. 
 
Ciclo biológico 21 a 28 dias (ovo:3; lagarta: 11-18 e pupa: 7). Long. 12 dias; 500 ovos por fêmea e 3-4 gerações 
por safra. 
 
Plantas hospedeiras soja, feijoeiro, tomateiro, e gergelim 
 
Época de ocorrência outubro a abril 
 
Distribuição continente americano 
 
Prejuízos lagarta desfolhadora; destrói o limbo foliar, deixando apenas as nervuras principais. Cada lagarta 
consome em média 114 cm2 de área foliar para se desenvolver. Ocorrem surtos esporádicos. 
 
3. Pseudoplusia includens Rachiplusia nu Trichoplusia ni Lep.Nectuidae) 
4. Urbanus proteus (Lepidoptera Hesperiidae) Lagarta cabeça de fósforo 
- borboletas crepusculares (45 mm) 
- marrom com manchas nas asas anteriores e reflexos azulados na base da posterior - prolongamento 
- lagarta com cabeça proeminente de coloração vermelha 
- corpo com duas estrias longitudinais (lateral) 
- enrolam as folhas da soja 
5. Omiodes indicatus (Lepidoptera) Lagarta enroladeira 
- adultos amarelos com três estrias transversais escuras - anteriores (19 mm) 
- lagarta clara (verde - amarela) 
- unem folíolos através de teias, onde a lagarta vive no interior desse abrigo 
- lagartas atacam as folhas, raspando o parênquima enquanto são pequenas, ocasionando manchas claras. À 
medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas (hastes + finas) 
- empupam entre as folhas 
6. Etiella zinckenella (Lepidoptera Pyralidae) 
Lagarta das vagens 
Injúrias: destroem as sementes no interior das vagens, próximas à maturação 
Lagartas militares 
7. Spodoptera latifascia; Spodoptera eridania (Lepidoptera Noctuidae) 
Injúrias: alimentam-se preferencialmente de grãos e vagens da soja, podendo também consumir folhas. 
II. Percevejos (Heteroptera: Pentatomidae) 
Edessa meditabunda 
percevejo-asa-preta-da-soja 
Dichelops furcatus e D. 
melacanthus 
Acrostermum hilare 
barriga-verde 
percevejo-verde 
Percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiaria 
) 
 
 É uma praga de hábito subterrâneo e tanto as ninfas como os adultos 
atacam as raízes das plantas. As ninfas e os adultos alimentam nas raízes e 
sugam a seiva. O ataque severo causa o definhamento e morte da planta. Os 
sintomas de ataques variam com a intensidade e época do ataque e muitas 
vezes são confundidos com deficiência nutricional ou doença da planta. O 
método cultural pode ser empregado para o manejo desse inseto. Devido ao 
hábito subterrâneo do percevejo, o controle químico é difícil de ser realizado 
- ovos: no solo 
- ninfas: brancas; odor desagradável; 
vivem no solo sugando raízes; 
- adultos: marrons; odor característico 
quando perturbados; 
- na seca, aprofundam-se no solo e na 
chuva vêm à superfície; 
- revoadas ao entardecer (nuvens) 
Percevejo castanho 
Scaptocoris castanea (Het. Cydnidae) 
- ovos: no solo 
- ninfas: brancas; odor desagradável; vivem no solo 
sugando raízes; 
- adultos: marrons; odor característico quando 
perturbados; 
- na seca, aprofundam-se no solo e na chuva vêm à 
superfície; 
- revoadas ao entardecer (nuvens) 
III. Besouros 
Myochorus armatus 
(Coleoptera: Chrysomelidae) 
(cascudinho da soja) 
Diabrotica speciosa 
Vaquinha 
larva alfinete 
Injúrias: atacam folhas mais tenras abrindo pequenos 
buracos. As larvas alimentam das raízes, causando o 
murchamento das plantas. 
Cerotoma arcuatus 
Patriota 
Chrysomelidae 
Sternechus subsignatus 
tamanduá-da-soja 
Aracanthus indicatus 
torrãozinho 
 
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) 
 
• É um gorgulho de aproximadamente 8 mm de comprimento, de cor 
preta com listras amarelas no dorso da cabeça e nas asas. 
 
• Os danos são causados tanto pelos adultos, que raspam o caule e 
desfiam os tecidos, como pelas larvas, brocando e provocando o 
surgimento de galha. 
 
• O controle adequado pode ser atingido com a utilização de um 
conjunto de técnicas, tais como rotação de cultura, planta armadilha 
para oviposição, controle mecânico e/ou químico na bordadura, 
época de semeadura e preparo de solo. 
TOMADA DE DECISÃO 
 
Amostragem: 
 
Método do pano (1 m de comprimento) ou pelo índice de desfolha 
 
 
Tamanho do talhão (ha) Número de amostras 
 
até 10 6 pontos de amostragem 
 
10-30 8 pontos de amostragem 
 
31-100 10 pontos de amostragem 
 
>100 subdividir a área em talhões menores 
 
Ficha de amostragem de campo 
 
Propriedade: 
Data: 
Cultivar: 
Município: 
( ) antes da floração 
( ) floração 
( ) formação de vagens 
( ) maturação 
 
Pragas Pontos de amostragem 
 
Lagartas pequenas < 1,5 cm 
Lagartas grandes > 1,5 cm 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tot X 
 
Lagarta da
soja pequena 
(Anticarsia) grande 
 
Lagarta falsa medideira pequena 
(Pseudoplusia) grande 
 
Lagarta com Nomureae 
(Doença branca) 
 
Lagarta com vírus 
(Doença preta) 
 
Percevejo verde ninfa 
(Nezara) adulto 
 
Percevejo pequeno ninfa 
(Piezedorus) adulto 
 
Percevejo marrom ninfa 
(Euschistus) adulto 
 
Broca dos ponteiros ponteiro 
(Epinotia) plântula 
 
Desfolhamento 
 
Grazzoni et al. 1988 
níveis de desfolha (figura) 
Controle cultural 
a. para percevejos 
- uso de variedades de ciclo curto (escapam da época de maior população de 
percevejos) 
- plantio em épocas diferentes (influencia na dinâmica de pragas) 
- uso de cultivares armadilhas (pequena área - 10% do total) nas margens, com 
variedade mais precoce de que a ser plantada para atrair os percevejos, que 
serão eliminados com o uso de inseticidas. O caupi (Vigna unguiculata) pode 
melhorar a atração. 
b. para lagartas 
- espaçamento: a época de semeadura e o uso de diferentes espaçamentos entre 
linhas pode influenciar nas populações de insetos desfolhadores. menores 
densidades a lagarta da soja e Plusias foram observadas em soja com 
espaçamento maior e plantadas mais tardiamente. 
 
c. para larvas de coleópteros 
- preparo do solo para exposição das larvas à radiação solar e ação de pássaros 
insetívoros. 
- uso de sal de cozinha, permite o controle de percevejos via inseticidas, com 
redução na quantidade empregada (quadro). A ação do sal de cozinha não é de 
um atraente, mas sim de um estimulante alimentar, que faz com que haja maior 
contato entre o inseticida e o percevejo. 
- Fazer salmoura separada, diluindo o sal com um pouco de água, depois 
misturar a água do pulverizador, colocando por último o inseticida. 
- dose recomendada: 
Para equipamentos terrestre (0,5%) = 500 g para cada 100 litros de calda 
para aplicação aérea (0,75%) 
 
- lavar os equipamentos com detergente neutro ou óleo mineral, após o uso p/ 
evitar corrosão 
Controle por comportamento 
- armadilha luminosa 
 
- Variedade IAC-100: resistência e/ou tolerância ao ataque de percevejos. 
- Genótipo em estudo IAC 78-2318: resistência à várias pragas da soja (lagartas) 
Controle por resistência de plantas 
Utilização da mistura de inseticida com sal de cozinha 
 
Ingrediente ativo dose recomendada (g i.a./ha) dose com sal de cozinha (g i.a./ha) 
 
Carbaril 800 400 
 
Endossulfan 437,5 219 
 
Fenitrotiom 500 250 
 
fosfamidom 600 300 
 
metamidofós 300 150 
 
paratiom metílico 480 240 
 
triclorfom 800 400 
 
Controle Químico 
 
- utilizar inseticidas seletivos ao inimigos naturais (quadro) 
 
Inseticida Dose 
(g i.a./ha) 
Efeito sobre 
predadores 
Classe 
toxicológica 
Carência 
(dias) 
Grupo químico 
1. Anticarsia gemmatalis 
Baculovirus anticarsia 50 1 IV - Inset. biológico 
Bacillus thuringiensis 500 1 IV - Inset. biológico 
carbaril 200 1 II 3 carbamato 
diflubenzuron 15 1 IV 21 inibid. de quitina 
endossulfan 87,5 1 I 30 organoclorado 
profenofós 80 1 II 21 organofosforado 
tiodicarbe 70 1 II 14 carbamato 
triclorfom 400 1 II 7 organofosforado 
2. Epinotia aporema 
metamidofós 300 3 I 23 organofosforado 
paratiom metílico 480 3 I 15 organofosforado 
3. Nezara viridula 
endossulfan 437,5 2 I 30 organoclorado 
fenitrotion 500 3 II 7 organofosforado 
fosfamidiom 600 3 I 7 organofosforado 
metamidofós 300 3 I 23 organofosforado 
paratiom metílico 480 3 I 15 organofosforado 
triclorfom 800 1 II 7 organofosforado 
4. Piezodorus guildini 
carbaril 800 1 II 3 carbamato 
endossulfan 437,5 2 I 30 organoclorado 
metamidofós 300 3 I 23 organofosforado 
triclorfom 800 1 II 7 organofosforado 
5. Euchistus heros 
endossulfan 350 1 I 30 organoclorado 
paratiom metílico 480 3 I 15 organofosforado 
triclorfom 800 1 II 7 organofosforado 
6. Vaquinhas 
carbaril 800 1 II 3 carbamato 
 
1 - 0- 20% 
2 - 21-40% 
3 - 41-60% 
4 - 61-80% 
5 - 81-100% 
Redução de 
predadores 
Predadores 
Aranhas 
diversas espécies (não há classificação sistemática) 
atuam - ovos e larvas dos estádios iniciais 
Heteroptera * 
Nabis spp. (Nabidae) 
Geocoris spp. ( Lygaeidae) 
Podisus spp. (Pentatomidae) 
ovos e lagartas de 1os instares 
(lagartas e percevejos) 
Controle Biológico 
Coleoptera (Carabidae) 
Calosoma granulatum 
Callida spp. Lebia spp. 
predam lagartas 
Megacephala spp. 
Dermaptera 
Doru lineare (Forficulidae) ovos de Lepidoptera 
Parasitóides 
Hymenoptera 
Microcharops bimaculata (Ichneumonidae) lagartas de A. gemmatalis 
Litomastitix truncatellus (Encyrtidae) lagartas de P. includens 
Trichopoda nitens 
Nezara viridula 
Trissolcus basalis * 
ovos de percevejos 
Telenomus mormidae (Scelionidae) 
Trissolcus basalis * (Scelionidae) 
Trichogramma spp. (Trichogrammatidae) 
ovos de lagartas 
Diptera 
Eutrichopodopsis nitens (Tachinidae) N. viridula 
Patelloa similis (Tachinidae) lagartas 
Patógenos 
Vírus * 
Baculovirus anticarsia (doença preta) lagartas de A. gemmatalis 
Nomuraea rileyi (doença branca) 
Enthomophthora spp. 
Fungo * 
lagartas em geral 
-o uso das seguintes práticas poderão preservar a ação destes 
inimigos: 
 
- uso de nível de controle 
- uso de inseticidas seletivos 
- uso de sal de cozinha 
- fixação no solo de hastes de madeira nos locais onde há focos de lagartas 
(aves) 
-deixar faixas de vegetação natural que servirão de local de reprodução de 
pássaros e insetos predadores e parasitóides 
 
- não utilizar inseticidas no sulco de plantio que serão prejudiciais aos 
predadores subterrâneos e aos predadores de aparelho bucal picador-
sugador que vivem no dossel das plantas. 
a. Natural 
Controle Biológico 
b. Aplicado 
 
- Utilização de Baculovirus anticarsia 
- pelo menos 80% das lagartas tem que ter tamanho menor que 1,5 cm. 
Ex: como NC = 40 lagartas grandes 
 NC = 30% desfolha antes florescimento 
 NC =15% desfolha no apareceimento das primeiras flores 
 
-EX.: 30 lagartas pequenas e 11 grandes = esperar atingir 40 lagartas grandes e aplicar 
o controle químico. 
 
- Cuidados na aplicação do vírus: 
- demora até 10 dias para matar as lagartas, param de comer após 4 dias da aplicação; 
- quando ficam doentes vão para os ponteiros; 
- receita caseira: 50 lagartas doentes ( 16 g) maceradas, coadas e diluídas em 100-200 
ml de água/ha; 
- existe também disponível para os produtores o vírus na formulação pó molhável 
comercializado por algumas empresas . 
 
- Trissolcus basalis (Hym: Scelionidae) 
 
- cada fêmea parasita em média 250 ovos de Nezara viridula; 
- Na EMBRAPA/CNPSo, há criação massal deste microhimenóptero para liberação no 
campo (15 mil adultos/ha). 
PRINCIPAIS DOENÇAS NA SOJA 
FUNGOS 
BACTÉRIAS 
NEMATÓIDES 
VÍRUS 
32 doenças 
4 doenças 
3 doenças 
5 doenças 
1 - EMERGÊNCIA
Tombamento (Rhizoctonia solani) 
 
 Falhas em pré e pós- emergência. 
 
 Tombamento de plântulas com colo estrangulado. 
 
 
MANEJO DE DOENÇAS 
 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 25 – 29 ° e água livre no solo. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive no solo e em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção monocíclica. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 TS; rotação de culturas com gramíneas; resistência parcial 
 em cultivares; descompactação auxilia no controle; evitar 
 semear em solo frio. 
 
 
Antracnose (Colletrichum truncatum) 
 
 Cotilédones com necroses circulares e escuras. 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 28 – 34 °, precipitações e 24 h de molhamento foliar. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção policíclica (5-7 dias) e disseminação por chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 TS; rotação de culturas; resistência parcial em cultivares; 
 descompactação auxilia no controle; evitar semear em solo 
 frio; uso de sementes sadias; espaçamento e densidade 
 adequados. 
 
 
Oídio (Microsphaera diffusa): 
 
 Massa esbranquiçada em ambas as faces das folhas, nas hastes e nos 
 pecíolos. 
 
 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 24-28. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Infecção policíclica (5-10 dias). 
 
 Disseminação pelos ventos, a longas distâncias. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Uso de cultivares resistentes; controle químico da parte aérea 
 (20 % da área foliar afetada – até o estágio R 5. – vagens entre 
 75 e 100 % de enchimento de grãos) – até 2 aplicações. 
2 – PRÉ FLORAÇÃO 
 
 Podridão da Raiz e da Haste (Phytophthora sojae) 
 
 Murcha e amarelecimento das folhas. 
 
 Escurecimento progressivo da haste, desde a base, afetando os ramos 
 laterais. 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 15 °, precipitações e água livre no solo. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Sobrevive no solo. 
 
 Infecção monocíclica. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Uso de cultivares resistentes; rotação cultural; boas condições 
 de drenagem do solo (efetuar descompactação). 
Podridão da Raiz e da Haste (Phytophthora sojae): 
Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhisi): 
 
 
 Inicia nas folhas inferiores. 
 
 Minúsculos pontos escuros, mais comuns na face inferior da folha 
 (lupas 20 aumentos). 
Ferrugem Asiática 
 Condições climáticas: 
 
 T°C p/ germinação = (ótimo: 19 a 24), precipitações ou 
 molhamento de 6 horas. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Transmitido pelo vento. 
 
 Sobrevive em outros hospedeiros (irrigação).. 
 
 Infecção policíclica (urédias 9 a 18 dias após inoculação ) 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Uso de cultivares precoces; semeadura no início da época 
 recomendada; tratamento químico ( incidência de 5 % ou 
 preventivo, mas nunca após R7 - mudança da cor da vagem). 
Ferrugem Asiática 
Ferrugem Asiática 
3 – FLORESCIMENTO 
 
 Mancha “Olho-de-Rã (Cercospora sojina) 
 
 Manchas circulares nas folhas, com bordas avermelhadas e interior claro. 
 
 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 24 a 28 °, precipitações e 1 hora de molhamento foliar. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Vários hospedeiros e sobrevive em restos culturais. 
 
 Transmissão por sementes. 
 
 Infecção policíclica (7-10 dias). 
 
 Distribuição generalizada na lavoura e disseminação por ventos. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 TS; rotação cultural; resistência parcial em cultivares; 
 tratamento químico. 
Mancha “Olho-de-Rã” 
 
FITONEMATÓIDES NA CULTURA 
DA SOJA 
MANEJO DE FITONEMATÓIDES 
R
O
T
A
Ç
Ã
O
 C
U
L
T
U
R
A
S
 
D
IA
G
N
O
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 C
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Q
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A
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M
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N
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S
 
V
A
R
IE
D
A
D
E
S
 R
E
S
IS
T
. 
PLANEJAMENTO 
C
O
N
T
R
O
L
E
 
 
Q
 -
 B
 -
 C
 
* Nematóides de galhas 
Meloidogyne spp. 
 
* Nematóide do cisto da soja 
Heterodera glycines 
* Nematóides das lesões radiculares 
Pratylenchus spp. 
* Nematóides reniformes 
Rotylenchulus reniformis 
NEMATÓIDE DE DE CISTO DA SOJA 
Heterodera glycines 
EVOLUÇÃO DO NCS NO BRASIL 
 
1o Relato: 1992 
EVOLUÇÃO DO NCS NO BRASIL 
 
2005/2006 
Área infestada: > 2 milhões de ha 
Sintomas visíveis: 35 dias após o plantio 
200 ovos por cisto 
Temperatura = 20 a 30o C 
Ciclo = 3 a 4 semanas 
DISSEMINAÇÃO 
E 
CONTROLE DO NCS 
SEMENTES OU GRÃOS 
Plantas Hospedeiras 
Soja (Glycines max) 
Feijão comum (Phaseolus vulgaris) 
Ervilha (Pisum sativum) 
Tremoço (Lupinus albus) 
Plantas daninhas 
RESISTÊNCIA DE CULTIVARES 
Alta variabilidade = 16 raças mais adicionais 
 1, 2, 3, 4, 4+, 5, 
6, 9, 10, 14 e 14+ 
3, 4, 5, 6, 
9, 10 e 14 
1, 2, 3, 4, 5, 
6, 9,10 e 14 
3, 6 
3, 6 e 10 
3 
3 
1 
3 
9 
Distribuição de raças de Heterodera glycines no Brasil 
Cultivares de soja resistentes ao Nematóide de Cisto (Heterodera glycines). 
Cultivares resistentes a raça 3 
 
Cultivares resistentes as raças 
 1 e 3 
 
 BRSMG Liderança 
 BRSMG 251 (Robusta) 
 CD 217 
 Foster (IAC) 
 M-SOY 7901 
 M-SOY 8200 
 M-SOY 8400 
 M-SOY 8757 
 NK412113 
 BRS 250 (Nobreza) 
 BRS Invernada 
 BRSGO Raíssa 
 V-MAX 
 BRS 262 
 BRSGO Iara 
 CS 801 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BRS Jiripoca (MR à 5, 6, e 14) 
 BRS Piraíba 
 BRSMT Pintado (MR à 5, 6, e 14) 
 FMT Cachara 
 FMT Matrinxã 
 FMT Tabarana 
 FMT Tucunaré (MR à 5, 6, e 14) 
 M-SOY 8001 
 P98N82 
 P98N71 
 P98N31 
 BRS 231 
 BRS 263 (Diferente) MR à 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cultivares resistentes as raças 
3 e 14 
 
Cultivares resistentes as raças 
1, 3, 4, 5 e 14 
 
 BRSGO Ipameri 
 
 
 BRSGO Chapadões 
 
Fonte: Embrapa Soja; CTPA Goiânia 
ROTAÇAO DE CULTURAS 
Quantificação 
da população 
Raça 
Soja suscetível 
ANO DE 
DETECÇÃO 
Plantas não hospedeiras 
Monitorar 
população 
Ñ hospedeira 
1o ANO 
Monitorar 
população 
 
Soja resistente 
2o ANO 
Monitorar 
população 
 
Soja suscetível 
3o ANO 
Monitorar 
população 
Raça 
 
Ñ hospedeira 
4o ANO 
Milho 
Sorgo 
Algodão 
Girassol 
Mamona 
Cana-de-açúcar 
Trigo, etc 
- Matéria orgânica 
 Esterco (aves, bovinos, suínos, vinhaça, etc.) 
•Controle Químico 
•Controle Biológico 
Imagem safra 
2004/05 
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
ci
st
o
s 
/ 1
00
cc
 d
e 
so
lo
Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5 Área 6 Área 7
C isto / 100cc so lo 1a A val C isto / 100cc so lo 2a A val C isto /
100cc so lo Simul. T est
Safra 2004/05 
Safra 2006/07 (2ª ano de aplicação 
de cama de frango = 4.000 kg / ha) 
 
NEMATÓIDE DE GALHAS 
Meloidogyne spp. 
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
 
Meloidogyne javanica 
Meloidogyne incognita 
 
Hospedeiros 
• M. javanica: 
Hortaliças 
Fruteiras 
Grandes culturas (menos amendoim) 
Gramíneas (arroz, milho, sorgo, cana-de-açúcar, etc.) 
 
• M. incognita: 
Hortaliças 
Fruteiras 
Grandes culturas (menos amendoim) 
 
Manejo de Meloidogyne 
• Prevenção da disseminação 
 
 Solo 
 Água 
Manejo de Meloidogyne 
• Prevenção da disseminação 
• Controle cultural 
Alqueive (aração + irrigação ou aração entre safra) 
Marcos Dutra, 2003 
5
15
25
35
45
55
65
75
85
95
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de incubação do J2 (dias)
L
ip
íd
io
 n
eu
tr
o 
(%
)
 85,50 60,75 46,67 24,08 13,70 7,96 
 
Tempo de exposição do J2 de Meloidogyne javanica fora da raíz e a concentração de lipídios corporal. 
Vicente P. Campos; Marcos Dutra et al., 2005 
14 dias após a 
irrigação 
45 dias após o 
plantio 
Marcos Dutra, 2003 
Tabela 1 – Resistência e/ou suscetibilidade de algumas cultivares comerciais de soja aos 
nematóides Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. Fonte: EMBRAPA Soja. 
 
Cultivares H. glycines (raças) M. incognita M. javanica 
BRS 250 (Nobreza) R (3) S S 
BRS 251 (Robusta) R (3) S S 
BRS Piraíba R (1 e 3) MR MR 
BRS Raimunda S R R 
BRSGO 204 (Goiânia) S MR R 
BRSGO Chapadões R (1, 3, 4, 5 e 14) MR S 
BRSGO Ipameri R (3 e 14) S S 
BRSGO Mineiros S MR MR 
BRSMG Garantia S R R 
BRSMG Liderança R (3) R S 
BRSMT Pintado R (1 e 3) S S 
CD217 R (3) R R 
FMT Matrinxã R (1 e 3) R S 
MG/BR 46 (Conquista) S R R 
MS/BR 19 (Pequi) S R R 
MS/BR 34 (Empaer 10) S R MR 
M-SOY 8001 R (1 e 3) ----- R 
P98N71 R (1 e 3) ------ ------ 
* R = resistente; MR = moderadamente resistente; S = suscetível 
 
 
 
 
Reação de cultivares de soja a nematóides de galhas 
 
Manejo de Meloidogyne 
• Controle Químico. 
• Controle Biológico 
 Matéria orgânica = Esterco (aves, bovinos, 
suínos, vinhaça, etc.) 
NEMATÓIDE DAS LESÕES 
Pratylenchus spp. 
Hospedeiros !!! 
 
Soja 
feijão 
gramíneas 
algodão 
girassol 
etc 
 
• Outras plantas para o manejo 
 - Crotalaria spectabilis, C. grantiana, C. mucronata 
- SOJA X Pratylenchus brachyurus 
Má hospedeira BRS Sambaíba 
Má hospedeira M-SOY 8001 
Má hospedeira M-SOY 8080 RR 
Má hospedeira CD 219 RR 
Má hospedeira CD 217 
Boa hospedeira BRSMG Garantia 
Boa hospedeira BRSMG 250 (Nobresa) 
Boa hospedeira BRS Tracajá 
Boa hospedeira M-SOY 8200 
Hospedabilidade Genótipos 
Fonte: Santos et al., 2006 
NEMATÓIDE RENIFORMES 
Rotylenchulus reniformis 
Perdas na soja = 32% 
Parasitismo de 
Rotylenchulus 
reniformis 
Hospedeiros 
Atualmente = mais de 314 espécies de plantas 
Soja 
Algodão 
Feijão 
Girassol 
Cana-de-
açucar 
Mamona 
Abacaxi 
Cafeeiro 
Tomateiro 
Maracujazeiro 
Fruteiras 
Arroz 
Sorgo 
Milho 
Milheto 
Amendoim 
Aveia 
Nabo forrageiro 
Crotalaria 
juncea 
Crotalaria 
grantiana 
Mucuna 
Braquiária 
Bons 
hospedeiros 
Maus 
hospedeiros 
Não 
hospedeiros 
FR > 1,8 
Fator de reprodução de R. reniformis em soja 
Fonte: Santos, 2005 
0,97 Liderança* 
1,58 Conquista* 
1,90 Garantia 
3,16 Jataí 
3,37 Segurança 
5,84 Emgopa 313 
6,65 Vencedora 
FR Cultivares 
- SOJA X Rotylenchulus reniformis 
1,92 M-SOY 8200 
1,63 M-SOY 8080 RR 
0,41 M-SOY 8001 
1,44 CD 219 RR 
1,14 CD 217 
2,05 BRSMG Garantia 
0,88 BRSMG 250 (Nobresa) 
0,94 BRS Tracajá 
2,35 BRS Sambaíba 
FR Genótipos 
Fonte: Figueiredo et al., 2006 
Obs: cultivares de soja com resistência genética ao NCS, (exceto a 
PI 88788) podem conferir resistência a R. reniformis. 
Fator de reprodução de R. reniformis em milho 
Fonte: Santos (2005) 
3,71 Flash 
4,17 NB8214 
4,52 Fort 
5,62 Strike 
5,77 NB7361 
8,71 NB7283 
9,63 NB7201 
10,18 Exceler 
10,54 NB7241 
16,88 Garra 
FR Híbridos 
Monitoramento 
Como e onde coletar as amostras ? 
Direcionar a amostragem no sintomas 
Coletar na linha de plantio: solo + raiz 
3 – FLORESCIMENTO 
Morte em Reboleira (Rhizoctonia solani) 
 
 Morte de plantas em reboleira, com folhas presas voltadas para baixo. 
 
 Raízes com podridão seca, de coloração castanha avermelhada. 
Morte em Reboleira 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 25 – 29 ° e água livre no solo. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive no solo e em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente (Captan SC, Spectro, Opera) 
 
 Infecção monocíclica. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Rotação de culturas com gramíneas; resistência parcial 
 em cultivares; descompactação auxilia no controle. 
4 – PÓS FLORESCIMENTO 
Podridão Branca Haste (Sclerotinia sclerotiorum) 
 
 Micélio branco algodonoso na haste. 
 
 Estruturas pretas, irregulares, no exterior e/ou no interior da haste. 
TS 
Cercobin 500 SC 
Certeza 
Podridão branca –Sclerotium rolfssi 
TS (tratamento sementes) 
 
Kobutol 750 
Vitavax-Thiram WP 
Podridão Branca Haste 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 12 – 15 °. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive no solo e em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção monocíclica, com disseminação por ventos e chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Rotação de culturas com gramíneas; resistência parcial 
 em cultivares. 
Cancro da Haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. 
meridionalis): 
 
 Folha carijó. 
 
 Lesão marrom no exterior da haste, com bordas marrom avermelhadas, 
 que se aprofunda e escurece a medula. 
Cancro da Haste 
Cancro da Haste 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 20 °, molhamento foliar de 24 a 48 h, precipitações. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente (TS: Derosal Plus, Standak Top) 
 
 Infecção policíclica (15 a 20 dias). 
 
 Disseminação por ventos e chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Sementes livres do patógeno; rotação de culturas (milho, sorgo, 
girassol, algodão , pastagem); resistência parcial em cultivares; 
controle químico. 
Podridão Vermelha da Raiz (Fusarium solani) 
 
 Mancha avermelhada na haste, ao nível do solo. 
 
 Raiz principal com lenho escuro e raízes secundárias podres. 
 
Podridão Vermelha da Raiz 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 25 - 28 °, água livre no solo. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais e no solo. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção monocíclica. 
 
 Disseminação por ventos e chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Var. Resitente IAC-4; rotação com milho ou milheto, sementes sadias, a aplicação 
equilibrada dos nutrientes e o controle da irrigação, evitando o excesso de água 
TS: Captan SC, Spectro, Sementiran 500 SC 
5 – FORMAÇÃO DE VAGENS À 
 INÍCIO DA MATURAÇÃO:
Doenças de Final de Ciclo (Septoria glycines; 
Cercospora kikuchi): 
 
Doenças de Final de Ciclo: 
 
 Folhas com pequenas manchas pardas, com halo amarelo, ou 
 crestamento castanho-claro (predomínio de Septoria). 
 
 Folhas castanho-escuras ou avermelhadas, com necrose nas 
 nervuras e manchas indefinidas (predomínio de Cercospora). 
 
 Desfolha rápida quando as vagens ainda estão verdes. 
Septoria Cercospora 
Septoriose ou 
 Mancha Parda da Folha 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 16 - 18 °, molhamento de 6 horas, precipitações. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção policíclica (10 dias). 
 
 Disseminação por ventos e chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 TS; rotação cultural; resistência parcial em cultivares; adubação 
 adequada; sementes sadias; controle químico (R 1 a R 5 – 25 a 
 50 % granação). 
Cercosporiose ou 
 Mancha Púrpura 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 28 - 30 °, molhamento de 24 a 48 horas, precipitações. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais e tem vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção policíclica (7 a 10 dias). 
 
 Disseminação por ventos. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 TS; rotação cultural; resistência parcial em cultivares; adubação 
 adequada; sementes sadias; controle químico (R 1 a R 5 – 25 a 
 50 % granação). 
 Septoria glycines Cercospora kikuchi: 
 Podridão Parda da Haste (Phialophora gregata): 
 
 
 Folha carijó. 
 
 Medula escura, a princípio nos nós e, depois, em toda a extensão. 
 
 Exterior da haste normal. 
Podridão Parda da Haste 
Condições climáticas: 
 
 T°C = 15 - 27 °. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais e no solo. 
 
 Tem vários hospedeiros. 
 
 Infecção monocíclica. 
 
 Disseminação por ventos. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
 Rotação cultural; resistência parcial em cultivares. 
Podridão Parda da Haste 
6 – Maturação 
 
Antracnose ( Colletotrichum truncatum): 
 
 
 Pequenos pontos pretos na haste seca. 
 
 Vagens chochas e escuras. 
 
Antracnose 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 28 – 34 °, precipitações e 24 h de molhamento foliar. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção policíclica (5-7 dias) e disseminação por chuvas. 
 
 Distribuição generalizada na lavoura 
 
 
 Medidas de controle: 
 
TS (Certeza, Cercobin 500 SC); rotação de culturas; resistência parcial 
em cultivares; descompactação auxilia no controle; uso de sementes 
sadias; espaçamento e densidade e adubação adequados (potássio). 
Antracnose ( Colletotrichum truncatum) 
 
Seca da Haste e da Vagem (Phomopsis sp) 
 
 Pequenos pontos negros brilhantes nas vagens e nas hastes, 
 distribuídos linearmente. 
 
 Semente enrugada e rachada. 
Seca da Haste e da Vagem 
 Condições climáticas: 
 
 T°C = 25 °, precipitações e 4 h de molhamento foliar. 
 
 Aspectos epidemiológicos: 
 
 Sobrevive em restos culturais. 
 
 Vários hospedeiros - disseminação por chuvas e ventos. 
 
 Transmitido pela semente. 
 
 Infecção policíclica (10 - 15 dias). 
 
 Distribuição generalizada na lavoura. 
 
 Insetos são agentes disseminadores da doença. 
 
 
 Medidas de controle: 
 
TS: Captan 750 TS ; rotação com gramineas; resistência parcial em 
cultivares; descompactação auxilia no controle; controle químico (pulverizções 
na floração R3-4 até R6-7). 
Outras doenças: 
Mancha Alvo (Corynespora 
cassiicola): 
Mildio (Peronospora manchurica) 
Outras doenças da soja: 
Crestamento Bacteriano (Pseudomonas syrigae glycinea): 
COLHEITA 
Retenção Foliar e Haste Verde 
Conseqüência de distúrbios fisiológicos: interferem na formação 
ou no enchimento dos grãos. 
 
 
♦ Dentre esses podem citar: 
 
● danos por percevejos 
● estresse hídrico (falta ou excesso) 
 
 A- Falta: provoca uma segunda florada, normalmente infértil 
 B- Excesso: favorece o aparecimento de retenção foliar 
 
● desequilíbrio nutricional das plantas (potássio) 
 
Utilizada em área de produção de grãos 
 
Objetivo: controlar as plantas daninhas ou uniformizar as plantas 
com problemas de haste verde/retenção foliar. 
 
 ÉPOCA DE APLICAÇÃO DO HERBICIDA 
 
1-Aplicações no estádio reprodutivo "R7“ (vagem amarronzada ou bronzeada 
na haste principal) 
 
2-quando os grãos de soja estiverem com 58% de umidade ou menos; 
 
3-folhas e vagens de verde claro a amarelo; 
 
4-quando, ao abrir a vagem, os grãos estiverem desligados um do outro (não 
presos por fibras, “desmamados”); 
 
5-quando a superfície dos grãos estiver passando do aspecto esbranquiçado para 
o aspecto brilhoso. 
Dessecação em pré-colheita da soja 
Dessecação em pré-colheita da soja 
Os produtos utilizados são: 
 
 ♦ paraquat (Gramoxone, na dose de 1,5-2,0 L ha-1 do produto) 
 predominância de gramíneas 
 
 ♦ diquat (Reglone, na dose de 1,5-2,0 L ha-1 ) 
 Predominância de folhas largas - corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) 
 
Para evitar resíduos no grão colhido 
 ► intervalo mínimo de 7 dias entre a aplicação do produto e a colheita 
Ao atingir o estádio R8 (ponto de colheita). 
QUANDO REALIZAR A COLHEITA? 
Fatores que afetam a eficiência da colheita 
Mau preparo do solo -desníveis no terreno, provocando oscilações na barra de corte da 
colhedora, fazendo com que ocorra corte em altura desuniforme. 
 
Inadequação da época de semeadura, do espaçamento e da densidade - época 
semeadura pode acarretar baixa estatura das plantas e baixa inserção das primeiras vagens. 
O espaçamento e/ou a densidade de semeadura inadequada podem reduzir o porte ou 
aumentar o acamamento 
 
Cultivares não adaptadas - características como baixa inserção de vagens e acamamento. 
 
Ocorrência de plantas daninhas - alta umidade por muito tempo, prejudicando o bom 
funcionamento da colhedora e exigindo maior velocidade no cilindro de trilha, resultando 
em maior dano mecânico às sementes. Altas infestações, a velocidade de deslocamento 
deve ser reduzida, causando menor eficiência operacional pela menor capacidade efetiva de 
trabalho. 
Retardamento da colheita - pode provocar a deterioração das sementes pela 
ocorrência de chuvas inesperadas e conseqüente elevação da incidência de patógenos. 
 
Problema não é menos grave, pois quanto mais seca estiver a lavoura, maior poderá se 
a deiscência. 
 
 
Umidade colheita 
 
Colhida com umidade (13 e 15%)- reduz os danos mecânicos e perdas na colheita. 
 
 
Umidade inadequada 
 
Umidade > 15%: maior incidência de danos mecânicos latentes 
 
Umidade < 12%: suscetíveis ao dano mecânico imediato, ou seja, à quebra 
 
 
Armazenamento das sementes 
Local ventilado, sobre estrados de madeira; 
 
♦ não empilhar as sacas de sementes contra as paredes do galpão; 
 
 
♦ não armazenar sementes juntamente com adubo, calcário ou agroquímicos; 
 
 
♦ o ambiente de armazenagem deve estar livre de fungos e roedores; 
 
 
♦ temperatura não deve ultrapassar 25ºC e a umidade relativa não deve 
ultrapassar 70%.

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