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Apostila FGV Teoria do Estado Democratico 2015

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GRADUAÇÃO
 2015.1
9ª EDIÇÃO
TEORIA DO ESTADO 
DEMOCRÁTICO
AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO 
COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI
Sumário
Teoria do Estado Democrático
I. ROTEIRO DO CURSO ........................................................................................................................................... 3
1. Apresentação Geral .................................................................................................................... 3
2. Objetivos ................................................................................................................................... 3
3. Método Didático ....................................................................................................................... 4
4. Desafios e Dificuldades .............................................................................................................. 4
5. Avaliação ................................................................................................................................... 4
6. Atividade Complementar ........................................................................................................... 4
II. ROTEIRO DAS AUlAS ........................................................................................................................................ 5
Aula 1: Apresentação do Curso ...................................................................................................... 5
Aula 2: o Significado das Palavras e o Feitiço da Linguagem ........................................................... 6
PARTE I: POlÍTICA E CIÊNCIA POlÍTICA ..................................................................................................................... 7
Aula 3: a História Dos Estados e os Estados na História ................................................................. 7
Aulas 4 e 5: Política e Direito ......................................................................................................... 8
Aula 6: Ideologia e Dominação .................................................................................................... 10
PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS ................................................................................................................ 11
Aulas 7, 8, 9 e 10: Origem e Atualidade da Democracia .............................................................. 11
Aula 11: Democracia e Liberalismo ............................................................................................. 13
Aula 12: a Regra da Maioria ........................................................................................................ 14
Aulas 13 e 14: Democracia, Participação e Capitalismo ............................................................... 15
Aulas 15 e 16: Inovando a Democracia ........................................................................................ 16
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIl .................................................................................................................... 17
Aulas 17 e 18: a República ........................................................................................................... 17
Aula 19: a Democracia Brasileira no Limiar do Século XXI ......................................................... 18
Aulas 20 e 21: Democracia e Reforma Política ............................................................................. 19
Aulas 22, 23 e 24: Democracia, Direito e Poder Judiciário ........................................................... 20
Aula 25: Revisão do Curso e Conclusão ....................................................................................... 21
III. REFERÊNCIAS BIBlIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 22
1. Leitura Complementar ............................................................................................................ 22
2. Bibliografia Básica Sobre Democracia ...................................................................................... 22
IV: ANEXO: SElEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASIlEIRA E A HISTóRIA POlÍTICA DO PAÍS ................ 27
1. Revolução de 1930 .................................................................................................................. 27
2. Estado Novo ............................................................................................................................ 28
3. Queda de Vargas ...................................................................................................................... 29
4. 1964 ....................................................................................................................................... 29
5. Campanha pelas Diretas .......................................................................................................... 37
6. Congresso Nacional, Brasília: Promulgação da Constituição de 1988 (05 de Outubro de 1988) ....38
V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AUlAS ............................................................................................................... 39
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 3
I. ROTEIRO DO CURSO
1. APRESENTAÇÃO GERAL
a) Tema. A democracia moderna é o tema do curso de ciência política. Ele 
constará de três partes:
1. O conceito de política;
2. Teorias da democracia;
3. A democracia no Brasil.
A segunda parte será especialmente enfatizada.
b) Abordagem: O curso buscará apresentar visões conflitantes sobre os 
assuntos tratados.
c) Organização: O curso foi montado com base em tópicos, que serão 
analisados de maneiras distintas por diferentes autores. A ênfase nessas visões 
conflitantes justifica a extensão das leituras e a eventual repetição de assuntos 
ao longo do programa. A opção pelo estudo da democracia moderna levou 
neces sariamente à exclusão de alguns autores clássicos na matéria, especial-
mente os mais antigos.
2. OBJETIVOS
Os principais objetivos do curso são:
•	 Apresentar	os	conceitos	fundamentais	da	análise	política	contemporânea;
•	 Identificar	as	idéias	centrais	das	teorias	do	Estado	democrático;
•	 Examinar	os	principais	problemas	da	construção	democrática	no	Bra-
sil dos séculos XX e XXI.
Uma preocupação constante do curso é a relação entre política e direito. 
Haverá ênfase na dimensão política do direito.
O curso tem duas metas: primeiro, desenvolver nos alunos a capacidade 
de visualizar a política e a democracia de forma menos convencional; segun-
do, estimular os alunos a perceberem a democracia como um processo em 
permanente aperfeiçoamento, para o qual todos são chamados a participar.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 4
3. MÉTODO DIDÁTICO
O material didático do curso foi elaborado de modo a permitir que os alu-
nos se preparem com an tecedência para as aulas. O roteiro propõe questões 
sobre cada texto a ser trabalhado, enfatizando os principais pontos e temas a 
serem discutidos.
A participação dos alunos será sempre estimulada.
4. DESAFIOS E DIFICULDADES
Foram	escolhidos	alguns	dos	melhores	autores	contemporâneos,	indepen-
dentemente da dificuldade dos textos. Cabe ao professor torná-los inteligí-
veis. A outra opção seria adotar livros de divulgação, do tipo “Introdução 
à Ciência Política”. Estes não seriam difíceis de ler; entretanto, dariam aos 
alunos uma falsa sensação de segurança em assuntos muito controversos, 
entre outras limitações. O programa incorpora uma longa bibliografia de 
referência, em acréscimo aos textos que deverão ser lidos pelos alunos. Essa 
bibliografia será utilizada pelo professor e poderá servir, even tualmente, a 
futuros interesses dos alunos.
5. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados com base em:
a) Duas provas escritas e participação em aula;
b) Uma provafinal para aqueles que não obtiverem média semestral 
igual ou superior a sete (7,0).
P.S. Eventualmente, poderá haver um trabalho escrito extra.
6. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Está prevista a audição de trechos de um CD do Senado Federal conten-
do grandes discursos da história política brasileira. O excelente acervo do 
CPDOC também poderá ser utilizado (ver o “Anexo” deste roteiro).
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 5
II. ROTEIRO DAS AULAS
AULA 1: APRESENTAÇÃO DO CURSO
Nesta primeira aula, o professor apresentará os objetivos do curso, a bi-
bliografia	a	ser	lida,	a	dinâmica	de	trabalho	a	ser	empregada	e	os	métodos	de	
avaliação que serão utilizados. Aproveite este momento para tirar suas dúvi-
das iniciais sobre o curso de ciência política.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 6
AULA 2: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E O FEITIÇO 
DA LINGUAGEM
Nesta aula, além de uma breve notícia sobre “linguistic turn” e filosofia da 
linguagem, serão discutidos os seguintes textos:
GIANNETTI, Eduardo. O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2003. Trecho a ser lido: Capítulo 10, “Sobre o uso errôneo da 
linguagem”, pp. 173-183.
Duas breves citações, a serem distribuídas, de John Locke e Morit Schlick. 
E uma terceira do Pe. Antônio Vieira
QUESTõES PROPOSTAS
•	 Como	se	responde	a	uma	pergunta	sobre	o	significado	de	uma	pala-
vra?
•	 O	que	é	uma	definição?
•	 De	onde	surgem	os	significados	das	palavras?
•	 O	que	nos	ensina	a	recomendação	baconiana	de	“pensar	como	pen-
sam os sábios, mas falar como falam as pessoas comuns”?
•	 Em	que	consiste	a	armadilha	da	falsa	segurança?
•	 O	que	você	acha	da	ideia	de	que	se	leva	mais	a	sério	um	texto	obscuro	
do que um claro e preciso?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 7
PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA
AULA 3: A HISTÓRIA DOS ESTADOS E OS ESTADOS NA HISTÓRIA
Esta aula utilizará o seguinte texto de sociologia histórica:
TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: EDUSP, 1996.
Trechos a serem lidos: pp. 23-28 e 45-50.
QUESTõES PROPOSTAS
•	 Qual	foi	a	importância	das	guerras	para	a	formação	dos	Estados	nacionais?
•	 Como	nasceram	os	exércitos	e	as	burocracias	permanentes?
•	 Por	que	os	Estados	queriam	o	monopólio	da	coerção	e	da	taxação?
•	 De	que	maneiras	os	governantes	dos	Estados	europeus	em	formação	
podiam adquirir meios de coerção?
•	 Por	que	o	Estado	brasileiro	não	tem	cumprido	a	sua	responsabilidade	de	
garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode 
ser feito a respeito?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 8
AULAS 4 E 5: POLÍTICA E DIREITO
As aulas que se seguem utilizarão um texto de um importante pensador 
italiano, Norberto Bobbio:
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 2000.
Trechos a serem lidos: Conceito de Política, pp. 159-173; Poder Político, pp. 
216-222; Política e Socie dade, pp. 222-226; Política e Direito, pp. 232-
238; Direito e Poder, pp. 238-252; Democracia, pp. 371-380.
Basicamente, os mesmos textos podem ser encontrados em: Bobbio, Norberto. 
O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.
QUESTõES PROPOSTAS
•	 Qual	é	a	origem	etimológica	da	palavra	“política”?	E	qual	é	o	signifi-
cado atual desse conceito?
•	 Qual	é	a	diferença	entre	definições	descritivas	e	prescritivas	de	po-
lítica?
•	 No	caso	de	definições	prescritivas	de	política,	reflita	sobre	as	seguintes	
indagações, entre outras: Quem seleciona o objetivo a ser atingido? 
Quem define o significado desse objetivo? Quem define se e quando 
esse objetivo foi alcançado?
•	 O	que	se	entende	por	“bem	comum”?
•	 Quais	são	os	três	elementos	constitutivos	do	Estado?
•	 O	que	Bobbio	quer	dizer	com	“fim	mínimo”	da	política?
•	 O	que	se	entende	por	“poder”?E	o	que	significa	“autoridade”?
•	 Pense	em	casos	de	poder	legítimo	e	de	poder	de	fato,	assim	como	de	
poder legal e poder arbitrário. Imagine exemplos.
•	 É	melhor	o	governo	das	leis	ou	o	governo	dos	homens?	Por	quê?
•	 Como	podemos	classificar	as	formas	modernas	de	poder?
•	 O	que	 seria	o	poder	político?	Qual	 seria	o	 seu	 fundamento	mais	
visível?
•	 O	que	é	“Estado	de	Direito”?	Reflita	sobre	a	dupla	relação	entre	poder	
político e ordem jurídica.
•	 Comente	a	seguinte	frase:	“o	poder	sem	direito	é	cego,	mas	o	direito	
sem poder é vazio”.
•	 Como	Weber	define	“Estado”?
•	 Pense	nas	relações	entre	poder	político	e	poderes	econômico	e	religio-
so. Como são essas relações no Brasil?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 9
•	 Com	base	nos	textos	 lidos,	estabeleça	a	distinção	entre:	a)	Estado	e	
sociedade; b) Estado como mal necessário e Estado como mal não 
necessário.
•	 Quais	são	as	principais	“formas	de	governo”?	E	“formas	de	Estado”?
LEITURA SUGERIDA:
KRONMAN,	Anthony.	Marx	Weber.	 Rio	 de	 Janeiro:	 Elsevier,	 2009,	 pp.	
57-66.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 10
AULA 6: IDEOLOGIA E DOMINAÇÃO
Nesta aula, será discutido o seguinte texto:
MACHADO, Mario Brockmann. “Ideologia, socialização política e domi-
nação”. Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149. (Ler, apenas, pp. 131-138.)
Este artigo apresenta uma teoria da ideologia política. Talvez contenha 
também o embrião de uma teoria geral da política.
Observe como o autor apresenta, passo a passo, a problemática central 
de sua reflexão, os pressupostos de sua teoria, e os principais conceitos que 
serão utilizados, definindo-lhes os significados empíricos e especificando as 
relações teóricas que se supõe existirem entre eles.
Procure	fazer	uma	leitura	dinâmica,	sem	se	deter	em	cada	parte,	mas	não	
deixe de registrar alguns conceitos centrais: sistema político, dominação, ide-
ologia, socialização política e atores políticos.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 Quais	 são	as	principais	 fontes	de	 informação	política	que	os	 jovens	
brasileiros têm hoje em dia? Quais são as mais confiáveis? Quais são as 
menos confiáveis?
•	 Pensando	em	sua	própria	experiência	de	vida,	procure	identificar	de	
onde provêm os seus mais fundamentais valores políticos. Eles são 
estáveis? Eles mudam com o tempo?
•	 Quais	 são	 os	 critérios	 que	 você	 normalmente	 utiliza	 para	 avaliar	 o	
desempenho de um governo?
•	 Em	sua	opinião,	quais	são	os	mais	importantes	atores	do	sistema	po-
lítico brasileiro?
•	 Quais	seriam	os	quatro	requisitos	fundamentais	da	dominação	estável?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 11
PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS
AULAS 7, 8, 9 E 10: ORIGEM E ATUALIDADE DA DEMOCRACIA
Nestas aulas, será discutido um livro de um dos mais importantes cientis-
tas políticos da atualidade: Robert Dahl. Além disso, também analisaremos 
partes de um relatório da ONU sobre a democracia na América Latina.
DAHL, Robert. On Democracy. New Havan: Yale University Press, 2000. 
Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 8, 13 e 14. (Há tradução pela edi-
tora da Universidade de Brasília).
PNUD, A Democracia na América Latina. Nova York, 2004, pp. 49 a 64. 
(Nova versão: pp. 29-53.) Disponível em www.pnud.org.br/pdf/Texto-
Proddal.pdf
QUESTõES PROPOSTAS
•	 Quais	seriam,	segundo	o	autor,	os	principais	adversários	da	democracia?
•	 Faça	 um	pequeno	 resumo	das	 origens	 da	 democracia.	Como	 era	 a	
democracia em Atenas e em Roma?
•	 Se	a	democracia	refere-se	ao	mesmo	tempo	a	um	ideal	e	a	uma	realida-
de, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal 
na sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real?
•	 Quais	são	as	vantagens	da	democracia	em	relação	a	qualquer	alterna-
tiva viável?
•	 Quais	são	as	instituições	políticas	exigidas	por	uma	moderna	demo-
cracia representativa?
•	 O	que	é	a	poliarquia	ou	a	democracia	poliárquica?
•	 Descreva	a	“democracia	de	assembleia”.	Ela	lhe	parecemelhor	ou	pior	
do que a democracia representativa, tal como a conhecemos hoje? Por 
quê?
•	 Quais	são	as	condições	essenciais	para	a	democracia?	E	as	condições	
favoráveis?
•	 Você	 concorda	 com	Dahl	 quando	 ele	 afirma	 que	 o	 capitalismo	 de	
mercado favorece a democracia? E quando afirma que a prejudica?
•	 Quais	são	as	dificuldades	da	democracia?	Como	elas	podem	ser	resol-
vidas? Com base em tudo o que você aprendeu neste livro de Dahl 
e nas demais aulas do curso até agora, tente inventar respostas, me-
canismos, procedimentos, instituições e experimentos possíveis para 
superar estas dificuldades. Use toda a sua imaginação!
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 12
Observacão: A tradução do livro de Dahl contém muitos problemas, sen-
do recomendável a leitura do livro em inglês.
LEITURA SUGERIDA:
O’DONELL, Guillermo. Democracy, Agency, and the State. Oxford Uni-
versity Press, pp. 13-29.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 13
AULA 11: DEMOCRACIA E LIBERALISMO
Esta aula será baseada, mais uma vez, em escritos de Norberto Bobbio:
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.
Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 3 e 8.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 De	acordo	com	Bobbio,	qual	é	o	fundamento	de	uma	sociedade	de-
mocrática?
•	 “Excesso	de	democracia”	é	um	tema	bastante	discutido.	O	que	você	
pensa disso?
•	 O	que	é	a	apatia	política?	Você	acha	que	ela	existe	no	Brasil?	Por	quê?
•	 Por	que	se	fala	em	uma	suposta	“ingovernabilidade	da	democracia”?	
Você acha que a democracia brasileira é ingovernável?
•	 Caracterize	o	“governa	das	leis”	e	o	“governo	dos	homens.	Quais	são	
as principais diferenças entre eles?
•	 Você	acha	que	no	Brasil	temos	um	“governo	das	leis”	ou	um	“governo	
dos homens”? Por quê?
•	 Qual	é	a	relação	entre	liberalismo	e	democracia?
•	 Quais	são	os	pressupostos	e	as	principais	características	do	Estado	liberal?
•	 O	que	é	o	jusnaturismo?	Qual	a	sua	relação	com	o	liberalismo?
•	 O	que	é	o	contratualismo?	O	que	o	une	à	doutrina	dos	direitos	do	homem?
•	 Quais	são	os	mecanismos	que	impedem	o	uso	abusivo	do	poder	de	
Estado?
•	 O	que	é	o	neoliberalismo?	Em	que	ele	se	diferencia	do	liberalismo?
•	 O	que	são	as	utopias?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 14
AULA 12: A REGRA DA MAIORIA
Para esta aula a leitura será:
LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização Bra-
sileira, 2003.
Trecho a ser lido: Emendas constitucionais e revisão judicial, pp. 247-261.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 O	que	é	a	“regra	da	maioria”?
•	 O	que	é	a	“tirania	da	maioria”?
•	 É	possível	impor	limites	democráticos	ao	poder	legislativo	das	maio-
rias parlamentares? Como?
•	 Quem	deve	decidir	se	uma	lei	é	inconstitucional?	Como	as	democra-
cias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 15
AULAS 13 E 14: DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E CAPITALISMO
Nestas duas aulas serão discutidas duas obras de outro autor central do 
curso, o cientista político po lonês Adam Przeworski:
PRZEWORSKI,	Adam.	Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-Du-
mará, 1994.
Trechos a serem lidos: pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44 e 56-60.
PRZEWORSKI,	Adam.	Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 1989.
Trechos a serem lidos: pp. 37-44, 59-61.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 Como	se	dá	no	capitalismo	a	tensão	entre	mercado	e	Estado?	E	como	
a democracia se relaciona com essa tensão?
•	 O	que	significa	dizer	que	a	democracia	é	um	governo	pro tempore?
•	 Qual	é	a	relação	entre	democracia	e	incerteza?	Você	concorda	que	a	
incerteza é inerente à democracia? Que tipo de incerteza é essa?
•	 O	que	leva	os	atores	políticos	a	participar	do	jogo	democrático?	E	o	
que os faz aceitar derrotas?
•	 Qual	foi	o	dilema	eleitoral	dos	partidos	socialistas	europeus?
•	 Qual	é	a	diferença	entre	reforma	e	revolução?
•	 Qual	 seria	 a	 importância	dos	 fatores	 econômicos	na	manutenção	 e	
durabilidade das democracias?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 16
AULAS 15 E 16: INOVANDO A DEMOCRACIA
Nesta aula, será finalizada a segunda parte do curso, dedicada às teorias da 
democracia. Estude os se guintes textos:
UNGER, Roberto Mangabeira. Democracia Realizada: a alternativa progres-
sista. São Paulo: Boitem po, 1999.
Trechos a serem lidos: experimentalismo democrático, pp.11-16; resumo, 
pp. 207-219.
Do mesmo autor: O que a Esquerda deve propor. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.
FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janeiro: 
FGV, 2004.
Trecho a ser lido: “Democracia, mudança e terceiro setor”, pp. 49-67.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 O	que	você	entende	por	“experimentalismo	democrático”?	Como	é	
possível reconstruir instituições?
•	 Quais	seriam	os	passos	para	se	colocar	em	prática	o	experimentalismo	
democrático no Brasil? Quais são os riscos envolvidos?
•	 Pense	em	formas	alternativas	de	participação	organizadas	pela	socie-
dade civil: associações voluntárias, ONG’s etc. Identifique exemplos 
no caso brasileiro.
•	 O	que	significa	o	termo	“democracia	concomitante”?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 17
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL
AULAS 17 E 18: A REPÚBLICA
Nestas duas aulas será iniciado o terceiro e último módulo do curso: a 
democracia no Brasil. Inicial mente, examinaremos o papel de Rui Barbosa 
na organização da República em nosso país, para, em seguida, fazermos uma 
reflexão sobre uma visão sintética da nossa história política no século XX, 
com ênfase nos acontecimentos de 1964. Os textos escolhidos são:
LAMOUNIER, Bolívar. Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Trechos a serem lidos: “Prefácio”, pp. 9-12; “Introdução”, pp. 51-54; 
“Conclusão”, pp. 111-123.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.
Trecho a ser lido: “O regime militar e a transição para a Democracia”, pp. 
251-310 (especialmente 251-261, 283-286 e 306-310).
Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515.
LEITURA ALTERNATIVA:
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta. História do Brasil: uma interpreta-
ção. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.
QUESTõES PROPOSTAS:
Sobre o texto de Bolívar Lamounier:
•	 Qual foi a participação de Rui Barbosa no processo de elaboração da 
primeira constituição republicana? Qual a sua contribuição à cons-
trução institucional da democracia no Brasil?– Como você definiria 
o modelo político de Rui Barbosa? Em que ele ainda é atual e pode 
contribuir	para	o	debate	contemporâneo?
•	 Quais	eram	as	propostas	de	Rui	Barbosa,	em	1919,	sobre	a	“questão	social”?
•	 Qual	foi	o	impacto	das	ideologias	do	“Estado	forte”,	de	direita	e	de	
esquerda, sobre a herança política de Rui Barbosa?
Sobre o texto de Boris Fausto:
•	 Qual	é	a	importância	da	Guerra	Fria	para	o	entendimento	de	1964?
•	 O	que	significava	a	expressão	“radicalização	política”?
•	 Como	a	ausência	de	uma	ditadura	pessoal	durante	os	governos	mi-
litares influenciou a transição para a democracia? Compare o caso 
brasileiro com o chileno.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 18
AULA 19: A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO LIMIAR DO SÉCULO XXI
Nesta aula, vamos examinar o seguinte livro de Bolívar Lamounier:
Da Independência a Lula: dois séculos de política brasileira. São Paulo: Augu-
rium, 2005.
Trechos a serem lidos: 1964, pp.133-135; reforma política, pp. 235-260; 
globalização e Estado, pp. 284-288.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 Como	José	Guilherme	Merquior	resumiu	as	causas	da	quebra	do	regi-
me democrático em 1964?
•	 Por	que	não	houve	conciliação	entre	os	atores	políticos	de	então?
•	 Seriam	os	regimes	parlamentaristas	mais	aptos	a	garantir	a	continui-
dade da democracia do que osregimes presidencialistas?
•	 Como	o	autor	define	“democracia”?
•	 Reflita	sobre	a	extensão	da	democracia	a	ambientes	não	políticos.	O	
que seria a democracia social? O que você pensa disso?
•	 Por	que	a	fragmentação	partidária	é	vista	como	um	problema?
•	 Segundo	Sérgio	Abranches,	o	que	é	“presidencialismo	de	coalizão”?
•	 Qual	é	o	impacto	das	medidas	provisórias	na	relação	entre	o	Executivo	
e o Legislativo?
•	 Como	se	comparam	os	sistemas	eleitorais	distrital	e	proporcional?
•	 Como	se	dá	a	representação	dos	estados	no	Congresso?
•	 O	que	é	o	populismo?
•	 O	que	significa	o	termo	“globalização”?
•	 Que	efeitos	políticos	pode	a	globalização	acarretar?
LEITURA SUGERIDA:
Maria	Hermínia	Tavares	de	Almeida,	“O	Estado	no	Brasil	Contemporâneo”.	
In Carlos Ranulfo Melo e Manoel A. Sáez, orgs. A Democracia Brasileira. 
Belo Horizonte: UFMG, pp. 17-37.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 19
AULAS 20 E 21: DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA
Para esta aula, leia um dos dois seguintes textos:
REIS,	 Fábio	Wanderley.	 “Engenharia	 e	Decantação”.	 In Benevides, Maria 
Victoria, Paulo Van nuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cida-
dania. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidada-
nia, 2003.Trecho a ser lido: pp. 20-32.
QUESTÃO PROPOSTA:
•	 Posicione-se	a	respeito	de	algumas	das	recomendações	de	reforma	po-
lítica discutidas no Brasil nos últimos anos, a saber: redução do núme-
ro de partidos, financiamento público de campa nhas, voto distrital, 
voto em lista fechada, voto facultativo, fidelidade partidária, cláusula 
de desempenho e proibição de coligação em eleições proporcionais.
SANTOS,	Wanderley	Guilherme	dos.	Décadas de Espanto e uma Apologia 
Democrática. Rio de Ja neiro: Rocco, 1998.
Trecho a ser lido: pp. 121-144.
Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática 
da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45 (a partir do últi-
mo parágrafo) – 48.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 O	que	o	autor	denomina	de	“engenharia	doutrinária”?
•	 Você	considera	convincente	a	associação	entre	representação	propor-
cional e fragmentação do eleitorado? Você acha que a adoção do siste-
ma eleitoral majoritário resolveria esse suposto problema?
•	 Qual	seria	a	consequência	do	sistema	eleitoral	majoritário	para	as	mi-
norias políticas?
•	 A	fragmentação	partidária	sempre	produz	ingovernabilidade?
LEITURAS SUGERIDAS:
ANASTASIA, Fátima e NUNES, Felipe. A Reforma da Representação. In 
AVRITZER, Leonardo e ANASTASIA, Fátima, orgs. Reforma Política 
no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2007, pp. 17-29.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 20
AULAS 22, 23 E 24: DEMOCRACIA, DIREITO E PODER JUDICIÁRIO
Para estas duas últimas aulas temáticas do curso, deverão ser lidos os se-
guintes textos:
MACHADO, Mario B., “Raízes do controle externo do Judiciário”. Monitor 
Público, 8, 1996, pp. 5-9.
ARANTES, Rogério Bastos, “Judiciário: entre a justiça e a política”. In Lúcia 
Avelar e Antonio Octavio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio 
de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Paulo: UNESP, 2004, pp. 
79-108.
ARGUELHES, Diego. Poder não é querer: judicialização da política e prefe-
rência restritivas no STF pós-transição. Mimeo, 2010, pp. 1-5 e 24-30.
BARROSO, Luís Roberto. Constituição, Democracia e Supremacia Judicial: 
direito	e	política	no	Brasil	contemporâneo.	Mimeo,	2011.
J. Ferejohn and P. Pasqualino, “Rule of Democracy and Rule of Law”. In 
J.M. Maravall and A. Przeworski, eds. Democracy and the Rule of Law. 
Cambridge University Press, 2003, pp. 242-260.
QUESTõES PROPOSTAS:
•	 O	que	Locke,	Montesquieu	e	os	Federalistas	podem	nos	ensinar	sobre	
a separação de poderes?
•	 Em	que	consiste	o	controle	externo	do	Judiciário?
•	 Por	que	o	controle	externo	do	Judiciário	seria	compatível	e	até	mesmo	
requerido pelo princípio da separação dos poderes? Resuma e avalie 
os argumentos apresentados no texto. O que você pensa sobre isso? 
Concorda? Discorda?
•	 Em	que	consiste	a	judicialização	da	política?	Como	ela	ocorre	no	Bra-
sil?
•	 O	que	é	o	ativismo	judicial?	Você	acha	que	ele	constitui	uma	ameaça	
ao princípio da separação dos poderes? Ao Estado de direito? À sobe-
rania popular?
•	 De	que	maneira	a	judicialização	da	política	afeta	o	“jogo	democrático”	
analisado por Przworski?
•	 Qual	seria	a	fundamentação	da	legitimidade	do	juciciário	em	um	Es-
tado democrático de direito?
•	 O	que	diz	Maus	sobre	o	apelo	do	Judiciário	alemão	a	“princípios	de	
direito suprapositivos”?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 21
AULA 25: REVISÃO DO CURSO E CONCLUSÃO
Esta última aula não requer leituras prévias ou auxílio do material didáti-
co. O objetivo básico é fazer uma avaliação do curso, revisar e debater alguns 
temas anteriormente trabalhados e esclarecer novas dúvidas e questões trazi-
das pelos alunos.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 22
III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LEITURA COMPLEMENTAR
BOBBIO, N., N. Matteucci e G. Pasquino, orgs. Dicionário de Política. Bra-
sília: Editora da Univer sidade de Brasília, 1986. Examinar, entre outros, 
os seguintes verbetes: Ciência Política, 164-9; Democracia, 319-29; Es-
tado, 425-31; Liberalismo, 686-705; Poder, 933-43; Política 954-62; 
Social-democracia, 1188-92; Socialismo, 1196-202.
2. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOBRE DEMOCRACIA
ACEMOGLU, Daron and Robinson, James. Economic Origins of Dictator-
ship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional 
brasileiro. Dados, 31/1/1988, pp. 5-33.
AMORIM NETO, Octavio. Presidencialismo e Governabilidade nas Améri-
cas. Rio de Janeiro: Editora FGV; Konrad Adenauer Stiftung, 2006.
AVRITZER, Leonardo e Fátima Anastásia, orgs. Reforma Política no Brasil. 
Belo Horizonte: UFMG, 2006.
BARRY, Brian. Democracy, Power, and Justice: essays in political theory 1. 
Oxford: Clarendon Press, 1991.
BOBBIO, Norberto. Direito e Poder. São Paulo: UNESP, 2008.
BUCHANAN, James and TULLOCK, Gordon. The Calculus of Consent: lo-
gical foundations of constitutional democracy. Ann Arbor: The University 
of Michigan Press.
CARDOSO, Fernando Henrique. A Arte da Política. Rio de Janeiro: Civili-
zação Brasileira, 2006.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 2001.
CASA DE RUI BARBOSA. Pensamento e Ação de Rui Barbosa. Brasília: 
Senado Federal, 1999.
COPP, David, HAMPTON, Jean and ROEMER, John. The Idea of Demo-
cracy. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.
COSTA, Pietro e ZOLO, Danilo, orgs. O Estado de Direito. São Paulo: 
Martins Fontes, 2006.
DAHL, Robert. A Preface to Democratic Theory. Expanded edition. Chicago: 
The University of Chicago Press, 2006. (Há tradução da versão original 
pela Zahar, 1989.)
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 23
DAHL, Robert. Poliarquia. São Paulo, EDUSP, 1997.
DAHL, Robert; SHAPIRO, Ian; CHEIBUB, José Antônio, eds. The Demo-
cratic Sourcebook. Cambridge, Ma.: The M.I.T.Press, 2003.
DIAMOND, Larry and PLATTNER, Marc, eds. Democracy: a reader. Balti-
more: The Johns Hopkins University Pres, 2009, pp. IX-XXXIII.
DOWNS,	 Anthony.	 Uma Teoria Econômica da Democracia. São Paulo: 
EDUSP, 1999.
DUNN, John. A History of Democracy. Atlantic Monthly Press, 2005.
ELSTER, John, ed. Deliberative Democracy. Cambridge: Cambridge Univer-
sity Press, 1998.
FALCÃO, Joaquim. A favor da democracia. Recife: Massagana/Bagaço, 2004.
FLATHMAN, Richard. Pluralism and Liberal Democracy.Baltimore: The Jo-
hns Hopkins University Press, 2005.
FREEDEN, Michael, The New Liberalism: an ideology of social reform. Oxford: 
Oxford University Press, 1978.
FUKUYAMA, Francis. State-Building: governance and world order in the 21st 
century. Ithaca: Cornell UniversityPress, 2004.
FUKUYAMA, Francis. The Origins of Political Power. New York: Farrar, 
Strauss and Giroux, 2011.
GARAPON, Antoine. O Juiz e a Democracia. Rio de Janeiro: Renavan, 
2001. GIDDENS, Anthony, org. O Debate Global sobre a Terceira Via. 
São Paulo: UNESP, 2007.
GOODIN, Robert. Innovating Democracy: democratic theory and practice af-
ter the deliberative turn. Oxford University Press, 2008.
HABERMAS, Jürgen. Between Facts and Norms. Contributions to a discourse 
theory of law and demo cracy. Cambridge, Ma.: The M.I.T.Press, 1998.
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(Há tradução publicada pela Editora Paideia, 1987.)
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século XX. São Paulo: Ática, 1994.
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and Milner, eds. Political Science – the state of the discipline 3American 
Political	Science	Association	and	W.	W.	Norton,	2003,	pp.	56-83.
KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado. São Paulo: Martins Fon-
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LEVI, Margaret. “The state of the study of the State”. In Katznelson and 
Milner, op. cit., pp. 33-55.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 24
LIPSET, Seymour Martin, ed. The Encyclopedia of Democracy.	Washington,	
D.C.: Congressional Quarterly Books, 1995.
LOVETT, Frank. A General Theory of Domination and Justice. Oxford Uni-
versity Press, 2010, pp. 1-21.
MACHADO, Mario B., org. Reforma Constitucional. Rio de Janeiro, Funda-
ção Casa de Rui Barbosa, 1996
MACPHERSON, C.B. A Democracia Liberal: origens e evolução. Rio de Ja-
neiro: Zahar, 1978.
PRZEWORSKI,	Adam	et	alii. Democracy, Accountability, and Representation. 
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MARAVAL,	José	Maria	and	PRZEWORSKI,	Adam,	eds.	Democracy and the 
Rule of Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
MARSHALL, Thomas H., Citizenship and Social Class and Other Essays. 
Cambridge: Cambridge University Press, 1950. (Traduzido pela Zahar 
em 1967.)
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PATEMAN, Carole. Participação e Teoria Democrática. São Paulo: Paz e Ter-
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POGREBINSKI, Thamy. Judicialização ou Representação? Política, direito e 
democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, pp. 2-15.
PRZEWORSKI,	Adam.	Democracy and the Limits of Self-Government. Cam-
bridge University Press, 2010, pp. 161-171.
RAWS,	 John.	Political Liberalism. New York: Cambridge University Press, 
2005 (expanded edition).
RODRIGUES, Leôncio Martins e LAMOUNIER, Bolívar. A Reforma da 
Política. Rio de Janeiro, Edições do Fundo Nacional de Cultura, 2002. 
(Cadernos do Nosso Tempo – nova série, 7.)
ROSENFELD, Michel and ARATO, Andrew, eds. Habermas on Lay and 
Democracy. Los Angeles: University of California Press, 1998.
SADEK, Maria Teresa. Justiça e Cidadania no Brasil. São Paulo: Fundação 
Konrad-Adenauer, 2001.
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SANTOS,	Wanderley	Guilherme	 dos.	O Cálculo do Conflito. Estabilidade 
e crise na política brasileira. Belo Horizonte, UFMG/ Rio de Janeiro, 
IUPERJ, 2002.
SARTORI, Giovanni. A Teoria da Democracia Revisitada. São Paulo: Ática, 
1987, vol. 1 (definição de democracia, pp. 17-39, 40-61; eleições e opi-
nião pública, pp. 123-156; participação, pp. 156-161; tecnologia, pp. 
161-168; maioria e minoria, pp. 181-199); vol. 2 (definição, pp. 7-20; 
democracia di reta e indireta, pp. 34-58; liberdade, pp. 59-106; igualda-
de, pp. 107-144; liberalismo, pp. 145-184).
SCHMITT, Carl. The Concept of the Political. Chicago: The University of 
Chicago Press, 1996.
SCHMITTER,	Philippe	and	KAHL,	Terry.	“What	democracy	 is…	and	is	
not”. Journal of Democracy, 2, 1996, pp. 75-88. (Ler, especialmente, 75-
80.)
SCHUMPETER, J. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1984.
SEN, Amartya. “Democracy as a universal value”. Journal of Democracy, 10, 
3, 1999, pp. 3-17.
SHAPIRO, Ian et alii. The Real World of Democrtatic Theory. Princeton Uni-
versity Press, 2011, pp. 1-38, 68-79 e 251-273.
SHAPIRO, Ian, ed. The Rule of Law. Nomos XXXVI. New York University 
Press, 1994.
SHAPIRO, Ian. The State of Democratic Theory. Princeton: Princeton Univer-
sity Press, 2003.
SOUSA SANTOS, Boaventura. Reinventar a Democracia. Lisboa: Gradiva, 
1998.
SOUZA, Amaury de. “Cardoso and the struggle for reform in Brazil”. Jour-
nal of Democracy, 10, 3, 1999, pp. 49-63.
SPRUYT, Hendrik. “The origins, development, and possible decline of the 
modern State”. In Annual Review of Political Science, 5, 2002, pp. 127-
149.
STORING, Herbert, ed. The Anti-Federalist. Abridgment by Murray Dry. 
Chicago: The Chicago University Press, 1985.
The Editors of Foreign Affairs, “How we got here: the rise of the modern 
order”. Foreign Affairs, 91, 1, january/february 2012, pp. 7-52. Trechos 
de artigos de H. Laski, G. Gentile, I. Berlin, B. Croce, L. Trotsky et alii. 
(www.foreignaffairs.com/articles/136961/how-we-got-here)
TILLY, Charles. Democracy. Cambridge University Press, 2007.
TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América. Belo Horizonte e 
São Paulo: Itatiaia e EDUSP, 1977.
TOURAINE, Alain. O Que é a Democracia? Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 26
UNGER, Roberto Mangabeira. O Direito e o Futuro da Democracia. São 
Paulo: Boitempo, 2004.
VIANNA,	Luis	Werneck,	org.	A Democracia e os Três Poderes no Brasil. Belo 
Horizonte e Rio de Janeiro: UFMG e IUPERJ/FAPERJ, 2002.
WARREN,	Mark.	“Democracy	and	the	State”.	In J. Dryzek et alli, eds. The 
Oxford Handbook of Political Theory. Oxford University Press, 2006. pp. 
382-399.
WEBER,	Max.	Economía	y	Sociedad.	México:	Fondo	de	Cultura,	1964.
WEFFORT,	 Francisco.	 Formação	 do	 Pensamento	 Político	 Brasileiro.	 São	
Paulo: Ática, 2006.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 27
* Estas fotos e documentos fazem par-
te do arquivo do CPDOC. O Centro de 
Pesquisa e Documentação de História 
Contemporânea do Brasil (CPDOC) da 
Fundação Getulio Vargas abriga uma 
série de documentos relevantes sobre 
a história recente do país. Seu acervo é 
uma fonte privile giada de consulta no 
Rio de Janeiro: o CPDOC possui o mais 
importante acervo de arquivos pesso-
ais de homens públicos do país, com 
cerca de 1,8 mi lhão de documentos. 
Esses arquivos são abertos à consulta 
pública, informatizada e dis ponível na 
internet por meio do site www.cpdoc.
fgv.br. O endereço do CPDOC é: Praia 
de Botafogo, 190 14° andar – Botafo-
go, Cep-22253-900, Rio de Janeiro, RJ. 
Telefone: (21) 2559-5676 / 2559-5677; 
Fax: (21) 2559-5679; E-mail: cpdoc@
fgv.br. O horário de atendimento da 
sala de consulta é de segunda a sexta-
feira, das 09.00 h às 16.30 h.
IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE 
A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS
1. REVOLUÇÃO DE 1930
a) Getúlio Vargas no Paraná, durante a Revolução de 1930.
Fonte: CPDOC
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 28
b) Cavalaria Gaúcha no Obelisco daAvenida Rio Branco no Rio de Janeiro.
Fonte: CPDOC
2. ESTADO NOVO
Getúlio Vargas fala à nação por ocasião da instauração do Estado Novo, na presen-
ça de autoridades no palácio do Catete (1937).
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 29
3. QUEDA DE VARGAS
Bustos de Getúlio Vargas após a queda de seu governo em 1945.
Fonte: CPDOC
4. 1964
a) Passagem das tropas de Minas Gerais por Petrópolis após a vitória do movimento militar.
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 30
b) Parada da Vitória (Recife, 24 de maio de 1964).
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 31
c) Primeiro ‘Ato Institucional’ editado pelo regime militar, em 09 de abril de 1964.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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Fonte: Arquivo Etelvino Lins / EL c 1964.04.09 doc 3 / CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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5. CAMPANHA PELAS DIRETAS
a) Comício pela campanha das diretas (1984).
Fonte: CPDOC
b) Ulisses Guimarães e outros durante comício pró-diretas.
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 38
c)Campanha das diretas.
Fonte: CPDOC
6. CONGRESSO NACIONAL, BRASÍLIA: PROMULGAÇÃO DA CONSTITUI-
ÇÃO DE 1988 (05 DE OUTUBRO DE 1988)
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 39
V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS
ROTEIRO DA AULA 1
a) Apresentação do curso: objetivos, abordagem e organização; participa-
ção dos alunos; leituras prévias; desafios e dificuldades; avaliação do professor 
e dos alunos.
b) Exame da bibliografia obrigatória.
c) Breve comentário sobre cada aula, chamando a atenção sobre as pergun-
tas constantes do programa, que deverão orientar as leituras e as discussões, e 
sobre o fato de o curso haver sido organizado em torno de temas/conceitos/
problemas, e não de autores e suas teorias. (Para maiores informações, ver o 
programa do curso.)
ROTEIRO DA AULA 2
Tema: O significado das palavras e o feitiço da linguagem.
Texto: Eduardo Giannetti, O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2003, pp. 173-183.
Breve notícia sobre filosofia da linguagem. Comentário de Locke sobre 
o risco de debates meramente verbais. Referência ao Positivismo Lógico do 
Círculo de Viena. Schlick e a necessidade de esclarecer o significado das pro-
posições	antes	de	discuti-las.	O	“linguistic	turn”	no	âmbito	da	filosofia.	No-
tícia	sobre	Wittgenstein.	Exemplos	de	proposições	gramaticalmente	corretas	
e logicamente absurdas. A diferença entre resolver e dissolver um problema. 
Indefinições, imprecisão conceitual, contradições lógicas. Reflexão sobre as 
origens dos significados das palavras. Linguagem ideal e linguagem comum. 
Termos técnicos com significado preciso: roubo e furto, posse e propriedade, 
culpa e dolo, etc. Termos comuns com significado difuso: política, direito, 
democracia, etc. A história das palavras: “democracia” vem sendo usada há 
2.500 anos. Impossibilidade de se analisar as democracias reais sem antes exa-
minar	a	“biografia	semântica”	dessa	palavra.	O	feitiço	da	linguagem:	exem-
plo de Heidegger e seu discurso sobre “not”, “nothing” e “nothingness”.1 O 
problema das abstrações metafísicas. Retórica da ostentação X qualidade da 
argumentação. Bacon: pensar como os sábios, falar como as pessoas comuns. 
O excesso de formalização e a “falsa segurança”. A teoria de Darwin não é 
formalizada. Não existe um trade-off necessário entre clareza e profundidade. 
Ao contrário: quanto mais difícil um tema, mais importante será a clareza. 
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 40
(“O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam 
os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que 
sabem.” Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655.) O expediente de encobrir a 
ignorância	com	uma	teia	de	palavras	desorientadoras	para	obter	a	admiração	
dos incautos. Crítica e autocrítica.
ROTEIRO DA AULA 3
Tema: Estado
Texto: Charles Tilly, Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: 
EDUSP, 1996, pp. 23-28, 45-50.
A origem dos estados modernos na Europa. A dissolução do feudalismo. 
A nobreza, o clero e a burguesia. A gradativa centralização do poder nas mãos 
do rei: absolutismo monárquico. As guerras de defesa e conquista. A forma-
ção de exércitos/marinhas permanentes e burocracias estáveis, base dos esta-
dos modernos. O monopólio da força e da taxação sobre a população de um 
amplo território. Coerção e/ou negociação ante resistências sociais: Veneza 
e Holanda; Rússia; Polônia; França e Inglaterra. Por que o Estado brasileiro 
não tem cumprido a sua obrigação de garantir a segurança pública em todo 
o território nacional? O que pode ser feito a esse respeito?
ROTEIRO DA AULA 4
Tema: Política.
Texto: Norberto Bobbio, Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 
2000, pp. 159-173, 216, 222-226.
Origem etimológica de “política”. Significado e componentes da “polis”. 
Aristóteles. Poder: definição e tipologia. Autoridade. Soberania. Definição de 
estado	em	Weber.	Legalidade	e	legitimidade	do	uso	da	força	física.	Objetivos	
da política: níveis descritivo e prescritivo das definições de “política”. No caso 
de definições prescritivas: Quem seleciona o fim a ser atingido? Quem decide 
se e quando esse fim foi alcançado? O problema do “bem comum”. Objetivo 
mínimo da política: ordem interna e defesa externa. Limites do estado na sua 
relação com a sociedade. Ausência de limites: Estado total. O fim da política 
e a utopia anarquista.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 41
ROTEIRO DA AULA 5
Tema: Direito e política
Texto: Norberto Bobbio, ibidem, pp. 232-238. Alternativamente, do mes-
mo autor: O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 
2003, pp. 137-156, 243-257.
Dupla relação entre direito e política: produção e sustentação do direito, 
limitação e legitimação da política. Poder de fato e poder arbitrário. Poder 
paralelo.	Legalidade	 e	 legitimidade.	Ética	 e	política.	Questões	 conceituais:	
Weber,	Schmitt,	Bobbio,	Habermas,	etc.	Limites	do	poder.	Abuso	do	poder.	
O que é o Estado de direito? Componentes formais e substantivos do Estado 
de direito. Formas de governo e de Estado. Relações entre poderes político, 
econômico e religioso nos tempos atuais.
ROTEIRO DA AULA 6
Tema: Ideologia e teoria política
Texto: M. Machado, “Ideologia, socialização política e dominação”. 
Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149.
O conceito de sistema político. Atores políticos. Fundamentos da domi-
nação: organização política, legitimação ideológica, proteção legal/judicial e 
sustentação econômica. Regime político. Cultura política. Quais são os crité-
rios que você normalmente utiliza para avaliar um governo? De onde provêm 
esses critérios? Eles mudam com o tempo? Por quê?
ROTEIRO DA AULA 7
Tema: Democracia
Texto: Robert Dahl, Sobre a Democracia. Brasília: Editora da UNB, 2001, ca-
pítulos 1 e 2. (Atenção: graves problemas de tradução. Sempre que pos-
sível, leia o original em inglês.)
Democracia ateniense e república romana: participação direta com cida-
dania restrita. O surgimento da ideia de representação. O parlamento inglês. 
Da oligarquia à democracia moderna. Soberania popular. Igualdade.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 42
ROTEIRO DA AULA 8
Tema: Poliarquia
Texto: Robert Dahl, ibidem, capítulo 8.
As democracias modernas em grande escala. Governantes eleitos; eleições 
periódicas, livres e limpas; liberdade de informação, de expressão e de organi-
zação; cidadania inclusiva. Sufrágio universal. Democraciadireta e democracia 
representativa. Partidos políticos. O debate sobre a democratização de outras 
áreas da sociedade. Se a democracia refere-se, ao mesmo tempo, a um ideal e 
a uma realidade, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia 
ideal em sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real? Use 
toda a sua imaginação para sugerir o que seria necessário para atingir esse fim.
ROTEIRO DA AULA 9
Tema: Liberalismo
Texto: Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 
1988, capítulos 1, 2, 3 e 8.
Revolução inglesa. Liberdade versus autoridade. Rule of Law. (Temos, no 
Brasil,	um	governo	de	leis	ou	de	pessoas?)	Tolerância	religiosa	e	liberdade	eco-
nômica. Locke. Contrato social. Consentimento. Limitação do poder e das 
funções do estado: estado mínimo. Distribuição do poder do estado: estado 
democrático. Igualdade liberal: legal e de oportunidades. Liberdade demo-
crática: de resultados sócio-econômicos. Liberdade negativa e liberdade po-
sitiva. Liberalismo clássico e liberalismo social. O encontro entre liberalismo 
e democracia no século XX ante o fascismo e o comunismo. A democracia 
liberal e a social-democracia. Liberalismo versus neoliberalismo.
ROTEIRO DA AULA 10
Tema: Democracia e capitalismo
Texto: Robert Dahl, op. cit., capítulos 13 e 14.
Sistemas econômicos. Propriedade privada versus estatal dos meios de 
produção. Mercado versus planejamento estatal. Decisões descentralizadas e 
centralizadas. Burocracia. Eficiência. Estados Unidos e União Soviética. O 
difícil casamento: o caso da China. Demandas sociais e recursos políticos. 
Democracia liberal e economia de mercado: o fim da história?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 43
ROTEIRO DA AULA 11
Tema: Democracia ampliada
Texto: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – A demo-
cracia na América Latina. (www.pnud.org.br)
Definição ampliada de democracia: direitos civis e políticos + direitos 
sociais. Marshall. Sequências e ritmos históricos: Inglaterra e Brasil. Utili-
dade ou não do significado ampliado. Redefinições conceituais e o perigo 
das linguagens privadas. Democracia social ou justiça social? A democracia 
como fórmula de convivência minimamente civilizada com o fenômeno 
do poder político. Democracia real e ideal, sociedade real e ideal. O tema 
das utopias.
ROTEIRO DA AULA 12
Tema: Regra da maioria
Texto: Arend Lijphart, Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2003, pp. 247-261.
A democracia e a regra da maioria. Tipos de maiorias. A maior maioria. 
As minorias e a tirania da maioria. Podemos impor limitações democráticas 
à vontade das maiorias parlamentares? Como? Tensões entre “rule of law” e 
“rule of democracy”. O tema da “interpretação” das leis e da constituição. A 
fiscalização do legislativo e do executivo: decisões inconstitucionais. Quem 
deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democracias estáveis 
lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil? Análise dos casos 
brasileiro, inglês e austríaco. O que você pensa sobre isso?
ROTEIRO DA AULA 13
Tema: Participação política
Texto: Adam Przeworski, Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-
Dumara, 1994, pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44, 56-60.
Necessidades sociais e demandas políticas. Por que as pessoas participam 
da	política?	Como	é	a	participação	nas	democracias?	Qual	a	importância	da	
participação quanto aos resultados do jogo político democrático? A incerteza 
relativa dos resultados. O resultado aleatório e o resultado pré-fixado. Por que 
os poderosos aceitam a democracia? Por que derrotas são aceitas? Por que as 
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 44
decisões democráticas são temporárias? O que é a “judicialização da política”? 
Qual o seu impacto sobre o jogo democrático?
ROTEIRO DA AULA 14
Tela: Socialismo e eleições
Texto: Adam Przeworski, Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1989, pp. 37-44, 59-61.
Reforma e revolução. Por que os partidos socialistas europeus decidiram 
participar do jogo democrático? Qual foi o dilema eleitoral que eles enfren-
taram? Por que eles perdiam as eleições? Que estratégia o jogo eleitoral os 
forçou a adotar? Com que resultados? O que aquela experiência europeia nos 
ensina	sobre	a	trajetória	de	partidos	similares	no	Brasil?	Qual	a	importância	
das coalizões na conquista e na manutenção do poder? “Presidencialismo de 
coalizão”. O problema da corrupção sistêmica na política.
ROTEIRO DA AULA 15
Tema: Reformas
Textos: Roberto Mangabeira Unger, Democracia Realizada: a alternativa 
progressista. São Paulo: Boitempo, 1999, pp. 11-16, 207-219; O 
Que a Esquerda Deve Propor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
2008, pp. 93-104, 160-166.
O “experimentalismo institucional”. A invenção de novas instituições que 
possam aperfeiçoar a democracia representativa, a economia de mercado e a 
sociedade livre. A “temperatura” da política. Mecanismos de democracia dire-
ta. O poder constituído e o poder constituinte. A comunicação direta com “o 
povo”. Reformas tópicas e reformas amplas e permanentes. As limitações da 
teoria social. As consequências imprevistas e indesejadas de reformas. O pen-
samento de Burke e as revoluções americana e francesa. Reformas políticas.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 45
ROTEIRO DA AULA 16
Tema: Terceiro setor
Texto: Joaquim Falcão, Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janei-
ro: FGV, 2004, pp. 49-67.
O que significa a expressão “democracia concomitante”? Como podemos so-
mar os aspectos positivos da democracia direta e da representativa? Variações nas 
taxas de participação. A participação nos períodos eleitorais. A participação fora 
das eleições. Como se organiza a sociedade civil? O chamado “terceiro setor”. O 
que fazem as ONGs? Aspectos positivos e negativos das ações das ONGs. Que 
outros instrumentos de ação política existem na sociedade civil? Estado, econo-
mia e sociedade no pensamento ocidental: quem manda em quem?
ROTEIRO DA AULA 17
Tema: A república
Texto: Bolívar Lamounier, Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1999, pp. 9-12, 51-54, 11-123.
O papel político de Rui na organização da república brasileira. Constru-
ção de instituições democráticas. Do liberalismo clássico ao social. As ideo-
logias do Estado forte. Oliveira Vianna. As oligarquias na República Velha. 
A revolução de 30. O Estado Novo. A II Guerra Mundial e a FEB. A rede-
mocratização.
ROTEIRO DA AULA 18
Tema: 1964
Textos: Boris Fausto, História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001, 
pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286, 306-310). Do 
mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 
457-515. Alternativamente, Adriana Lopez e Carlos Guilherme 
Motta, História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora 
SENAC, 2008, capítulo 28.
A Guerra Fria. A radicalização política. O enfraquecimento do centro de-
mocrático. A quebra do regime democrático. O autoritarismo civil-militar. 
A ausência do ditador. A abertura, a transição e a redemocratização. Brasil, 
Argentina, Chile e Uruguai: semelhanças e diferenças.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 46
ROTEIRO DAS AULAS 19, 20 E 21
Tema: Reforma política
Textos: Bolívar Lamounier, Da Independência a Lula: dois séculos de po-
lítica brasileira. São Paulo: Augurium, 2005, pp. 133-135, 235-
260,	284-288;	Fábio	Wanderley	Reis,	“Engenharia	e	Decantação”.	
In: Maria Vitória Benevides, Paulo Vanuchi e Fábio Kerche, orgs. 
Reforma Política e Cidadania. São Paulo: Editora Fundação Per-
seu	Abramo/Instituto	Cidadania,	2003,	pp.	20-32;	e	Wanderley	
Guilherme dos Santos, Décadas de Espanto e uma Apologia Demo-
crática. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, pp. 121-144. Do mesmo 
autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretaçãodemocrática da 
vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45-48.
Parlamentarismo, presidencialismo e governabilidade. Fragmentação partidá-
ria: formação de maiorias parlamentares e os seus custos. Executivo e Legislati-
vo: medidas provisórias. Sistemas eleitorais distrital e proporcional; proporcional 
aberto e de lista fechada. A representação das minorias. Consultas populares. A 
internet	 e	a	democracia	virtual.	A	 federação	e	a	 representação	na	Câmara	dos	
Deputados e no Senado. Financiamento público de campanhas. Voto facultativo. 
Fidelidade partidária. Cláusula de barreira. Coligações em eleições proporcionais, 
etc. Custos e benefícios das mudanças. Os limites da engenharia política.
ROTEIRO DAS AULAS 22, 23 E 24
Tema: Judiciário e democracia
Textos: Rogério Bastos Arantes, “Judiciário: entre a justiça e a política”. 
In: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra, orgs. Sistema Político 
Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Pau-
lo: UNESP, 2004, pp. 79-108; Ingeborg Maus, “Judiciário como 
superego da sociedade. São Paulo: Novos Estudos CEBRAP, nº 58, 
novembro 2000, pp. 183-202; e M. Machado, “Raízes do contro-
le externo do Judiciário”. Monitor Público, nº 8, 1996, pp. 5-9.
Locke, Montesquieu e os Federalistas: variações sobre o tema da separação de 
poderes. O Conselho Nacional de Justiça e a fiscalização do Judiciário. A judi-
cialização da política, a politização do Judiciário, o ativismo judicial e a demo-
cracia. Fundamentação e limites da legitimidade do Judiciário em um Estado 
democrático de direito. Conflito de poderes e a Corte Constitucional de Kelsen.
(A relação completa das perguntas, em torno de cem, consta do programa 
utilizado pelos alunos.)
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 47
LEANDRO MOLHANO RIBEIRO
Graduado em Ciências Sociais pela UFMG(1997), mestre (1999) e dou-
tor (2005) em Ciência Política pelo IUPERJ. Professor da Escola de Direi-
to Rio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Direito Rio).Realiza pesquisas 
nas seguintes áreas: Política e Direito, Políticas Públicas e Análise do 
Processo Decisório.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 48
FICHA TÉCNICA
Fundação Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen leal
PRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim Falcão
DIRETOR
Sérgio Guerra
VICE-DIRETOR DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Rodrigo Vianna
VICE-DIRETOR ADMINISTRATIVO
Thiago Bottino do Amaral
COORDENADOR DA GRADUAÇÃO
André Pacheco Teixeira Mendes
COORDENADOR DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
Cristina Nacif Alves
COORDENADORA DE ENSINO
Marília Araújo
COORDENADORA EXECUTIVA DA GRADUAÇÃO

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