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ARTE
O vocábulo “ARTE” possui diferentes significados via de regra obscurecido pela tendência atual a se usá-lo num senso extremamente restritivo, relacionado ao conceito de “ beleza”. Em verdade, suas implicações históricas com conceitos como “utilidade” e “conhecimento” são não só mais antigas, como mais íntimas e profundas.
Arte é a raiz de que se deriva tanto o vocábulo “artista” quanto o vocábulo “artesão”, o que comprova que a idéia de habilidade está presente / mesmo nas formas inferiores do trabalho criativo. E se observar (sic) que gera igualmente os termos “artífice” e “artificial” vê-se que a arte se distingue de, e ao mesmo tempo se opõe a, noções como “natureza” e “natural”.
 Na verdade, todos os significados, tanto antigos quanto modernos, continuam sendo utilizados na atualidade. E se a primeira associação de idéias, quando hoje se fala em “artes”, traz à mente as “belas artes”.
Em síntese, “arte” significa habilidade, perícia, capacidade de fazer. Quem possui tal habilidade ou perícia costuma ser chamado artesão ou artista, conforme o escopo de sua atividade seja primordialmente utilitário ou estético.
Muito embora a expressão seja associada, basicamente, a determinadas formas artísticas, como principalmente a Pintura e a Escultura, é lógico que, num sentido amplo, as belas-artes incluem igualmente a Arquitetura, a música, a poesia e, numa palavra, qualquer tipo de expressão esteticamente orientada que se traduz em símbolos e imagens visuais, verbais ou auditivos.
“CARACTERÍSTICA DA ARTE”
A unidade da arte reside no fato de que, não importa se com palavras, sons melódicos, cotas ou massas, o artista cria imagens que exprimem seu sentimento profundo do mundo. As formas das palavras e seu inter-relacionamento, bem como o das cores, das massas e dos sons, vão dando um caráter às imagens, cujos atributos são, ao mesmo tempo, resultado de vivências coletivas, comuns ao grupo, e interpretações originais do indivíduo; elas exprimem e comunicam as apreensões e os desejos do grupo, iluminados pela experiência individual de quem as executa. Assim, podemos dizer que há arte quando a forma elaborada e o conteúdo que as inspirar se identificam numa obra a ponto de ser impossível separar o que seja forma do que seja conteúdo.
Por outro lado, essa elaboração criadora chamada arte não nasce do estudo analítico e racional, indutivo ou dedutivo, nem da contraposição de teorias. A arte brota de um aquecimento interior, chamado intuição que, provocado ou não pelo mundo exterior, permite uma sintonização clara ao subjetivo com o objetivo, do que somos com o que podemos ser, e possibilita realizar, independente de análise, a forma reveladora.
(Prof. Nolasco – CEN )