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A “cultura do barulho”
		Existe na natureza um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos, e um dos fatores capazes de perturbar essa condição é a poluição sonora. Esta se apresenta pela alteração das propriedades físicas do meio ambiente, causadas pela conjugação de sons nocivos à saúde e ao bem-estar, que trazem doenças em alguns casos.
		A poluição sonora é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com os processos de industrialização e a conseqüente urbanização da sociedade. Esse desenvolvimento acabou com o silêncio de boa parte do planeta, em decorrência do ruído permanente e abusivo produzido pelos veículos automotivos e pelas indústrias localizadas dentro ou fora do perímetro urbano. Os efeitos dessa poluição são hoje tão sérios que já existem inúmeras organizações de defesa do meio ambiente nesse aspecto. 
		Uma Lei federal regula o máximo de oitenta e oito decibéis como o permitido no país; na Europa o máximo é de setenta e quatro decibéis. Compete aos Estados e Municípios o estabelecimento dos programas estaduais de educação e controle da poluição sonora, e a sua fiscalização pelo IBAMA. O barulho ensurdecedor produzido nas metrópoles agride o cidadão, produz diversos problemas para a saúde como a alta de pressão, surdez, estresse, dores de cabeça, entre outras doenças. Essa verdadeira “cultura do barulho” torna-se, aparentemente, normal e não nos damos conta de seus prejuízos. 
		Enfim, podemos afirmar que a poluição sonora é altamente nociva à saúde, causando diversas doenças. Cabe aos governantes intensificar a fiscalização, a fim de que o incômodo, a frustração, a agressão ao aparelho auditivo e o cansaço geral causados por essa poluição não afetem tanto as futuras gerações como o fazem com a nossa.
MARTINELLI