AI3 - Gestão Pública - Controle Interno e Externo da Administração Pública

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Controle Interno e Externo 
na Administração Pública 
Prof. Me. João Batista de Medeiros
Aula Interativa 3
Prof. Me. João Batista de 
Medeiros
� Assessor e Consultor em Gestão 
Pública
� Mestre em Gestão Urbana
� Especialista em Gestão Pública
� Professor Universitário
� Graduado em Ciências 
Econômicas
O Estado moderno e a 
administração pública e 
orçamentária no Brasil
� Surgimento do Estado
� O Estado no Brasil
� A administração pública e 
orçamentária
Tema 1
O orçamento e o controle na 
gestão pública
� O orçamento e a gestão 
orçamentária
� O controle no orçamento
� O controle na administração 
pública
� O controle do orçamento no 
Brasil
Tema 2
O controle interno na gestão 
pública
� O conceito de controle interno
� O controle interno na 
administração pública
� Instrumentos legais de 
controle interno
� Sistemas de controle interno
Tema 3 Da Formação do Estado ao 
Estado Moderno
� Uma característica muito 
importante no que concerne os 
princípios da legalidade no 
Estado Moderno refere-se ao 
Estado Constitucional
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� O Estado assume uma 
característica determinante no 
mundo contemporâneo, 
denominada Estado Federativo,
apresentando certa dificuldade 
de centralização do poder, o que 
se explica pelo surgimento de 
poderes políticos locais, com a 
preservação relativa da 
autonomia local 
� O Estado aprimora, após a crise 
de 1929, os papéis de 
interventor e regulador das 
atividades econômicas, sociais e 
jurídicas da sociedade, assumindo 
em muitos casos a função de 
fomentador da economia, 
ampliando seus gastos em 
empreendimentos essenciais para 
o desenvolvimento econômico e 
social 
O Estado no Brasil e a 
Administração Pública e 
Orçamentária
� A organização do Estado no Brasil 
caracteriza-se por ser republicano 
e federativo; identifica-se pela 
integração, interação e autonomia 
republicana entre a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios
� O capítulo 7o da Constituição 
Federal apresenta como enfoque 
a Administração Pública, 
definindo regras para a atuação 
dos gestores públicos e 
servidores públicos em todas as 
esferas da federação 
� A Constituição especifica com 
clareza que a função da 
administração pública 
enquanto estrutura burocrática 
do Estado deve ter como 
finalidade o atendimento, por 
meio dos serviços públicos, a 
todos que formam a nação 
brasileira com o propósito do 
alcance de sua finalidade 
principal, o bem comum 
O Orçamento e o Controle 
na Gestão Pública
Tema 2
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O Orçamento e o Controle na 
Gestão Orçamentária
� A execução orçamentária na 
administração pública está 
relacionada à utilização de recursos 
públicos que, segundo a 
Constituição, devem ser fiscalizados 
e controlados, sendo um dever dos 
entes da federação a prestação de 
contas de todos os bens e recursos 
sob sua responsabilidade 
� O planejamento, execução e 
gestão das políticas públicas 
pelos governos se encontram 
vinculadas, principalmente, à 
aplicação das políticas fiscais
� As políticas fiscais se constituem 
em mecanismos relacionados à 
arrecadação de receitas e à 
definição das despesas do 
governo
� As receitas e despesas públicas 
encontram-se 
metodologicamente estruturadas 
e contabilmente organizadas por 
meio de preceitos legais 
previstos na Lei no 4.320/64 
� A Lei Federal no 4320/64, estatui 
normas de Direito Financeiro 
para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços de todas 
as entidades jurídicas de direito 
publico interno: a União, os 
Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios, suas Autarquias, 
Fundações e Fundos
� Segundo o artigo 165 da 
Constituição, o orçamento, após 
aprovado, deverá ser cumprido 
fielmente e executado de acordo 
com os preceitos legais, 
tornando-se indispensável à 
instituição do PPA, LDO e da 
LOA
� O controle e fiscalização da 
administração pública estão 
previstos na Constituição nos 
artigos 70 a 75, destacando e 
definindo os órgãos competentes 
para tal finalidade
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� É responsabilidade de cada poder 
a estruturação de sistemas de 
controle interno (controladorias) 
com atuação integrada com os 
sistemas de outros poderes
� O controle externo da aplicação 
dos recursos públicos é exercido 
pelo Poder Legislativo, Tribunal 
de Contas, Ministério Público e 
Sociedade
Controle na Administração 
Pública
� Historicamente, o conceito da 
palavra controle sempre foi 
cercado de polêmicas e 
incompreensões. Administradores 
públicos entendem por relacionar 
controle com interferência
� Controle com apontamento de 
irregularidades
� Controle com fiscalização
� Princípios norteadores do 
controle — seguem o previsto no 
artigo 37 da Constituição, a saber:
• legalidade
• impessoalidade
• moralidade
• publicidade
• eficiência
� Princípios específicos do 
controle:
• da segregação das funções
• da independência 
técnico-funcional
• da relação custo/benefício
• da qualificação adequada
• da aderência a diretrizes e 
normas
� Assim, para melhorar a 
administração pública e sua 
eficiência gerencial, torna-se 
legalmente necessária a 
profissionalização do servidor 
público, principalmente a partir 
da edição da Emenda 
Constitucional no 19/1998, que 
acrescentou o § 2o ao art. 39 da 
Constituição Federal, nos termos 
que seguem: 
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“§ 2o — A União, os Estados e o 
Distrito Federal manterão escolas de 
governo para a formação e o 
aperfeiçoamento dos servidores 
públicos, constituindo-se a 
participação nos cursos um dos 
requisitos para a promoção na 
carreira, facultada, para isso, a 
celebração de convênios ou 
contratos entre os entes federados.” 
(Art. 39 — Const.)
Estudo de Caso — TCU
(08/11/2013 13:57): TCU 
identifica sobrepreço em 
Angra 3 e gestão deficiente da 
Petrobras
� Correções no orçamento para 
construção da Usina Termonuclear 
de Angra III, obra da empresa 
estatal Eletronuclear, permitiram 
economia de cerca de R$ 120 
milhões. Esse é o único 
empreendimento de geração 
nuclear em construção do país, ao 
custo estimado de R$ 10 bilhões
(...) O Tribunal de Contas da União 
(TCU) analisou o orçamento das 
obras de montagem eletromecânica 
da usina, avaliado em 
R$ 2,9 bilhões, e identificou 
inconsistências na planilha 
orçamentária que representavam 
elevação indevida dos custos. (...)
(...) Durante a fiscalização, a 
Eletronuclear reconheceu algumas 
das falhas apontadas e efetuou 
reduções de R$ 64,7 milhões. 
Outros R$ 55 milhões foram 
retirados do orçamento por 
determinação do TCU, quando o 
relatório da auditoria foi julgado. 
(...)
(...) Somados a valores corrigidos 
anteriormente, o benefício pela 
atuação do TCU pode chegar a R$ 
250 milhões
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Tema 3
O Controle Interno na 
Gestão Pública
� De forma geral, os controles 
internos são todas as políticas 
adotadas pelas organizações com 
o propósito de reduzir riscos, 
melhorar processos
� O objetivo do controle interno é 
assegurar que os processos 
decisórios e fluxos de informações 
sejam confiáveis 
� Segundo Pereira (2009), são três 
os principais objetivos das ações, 
processos e procedimentos de 
controles internos:
a) desempenho
b) informação
c) conformidade 
� O controle interno além do 
previsto na Lei Complementar no 
101-2000 (LRF), tem previsão na 
Lei no 4320-64 e no Decreto-lei no
200-67
� Na Constituição Federal de 1988, 
nos art. 31 e 74, prevendo nos 
municípios e demais entes da 
Federação, respectivamente
� O controle interno possibilita ao 
gestor público o acompanhamento 
da viabilidade ou não do 
cumprimento das diretrizese 
metas estabelecidas, 
possibilitando a correção de 
desvios ou rumos da sua 
administração
Sistema de Controle Interno
� A articulação com os 
departamentos e pessoas, a 
elaboração do plano de 
organização, a manutenção e 
melhoria no Sistema de Controle 
Interno são funções próprias da 
Unidade de Controle Interno
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� Os gestores públicos necessitam 
de informações, porém muitas 
vezes elas não existem ou estão 
numa apresentação ou formatação 
inadequada
� É necessário desenvolver 
ferramentas de controle interno 
que permitam levantar 
informações gerenciais para 
tomada de decisões
� Pode-se definir o Sistema de 
Controle Interno como o 
mecanismo de autocontrole da 
própria administração pública, 
exercido pelas pessoas e unidades 
administrativas e coordenado por 
um órgão central, organizado, em 
parâmetros gerais, por lei local
� Quanto a sua abrangência, a 
NBC T 16.8 define que o Sistema 
de Controle Interno deverá ser 
exercido em todos os níveis da 
entidade governamental, 
compreendendo:
a) a preservação do patrimônio 
público
b) o controle da execução das 
ações que integram os 
programas
c) a observância às leis, 
regulamentos e diretrizes 
estabelecidas
Estudo de Caso — TCU
(07/11/2013 15:51): rodovias 
federais apresentam 
irregularidades graves
� Diferentes fases da contratação de 
obras rodoviárias foram 
verificadas em 37 auditorias do 
TCU, que envolveram R$ 5,7 
bilhões. (...) 
(...) Os trabalhos analisaram 
licitações e execução de contratos 
que abrangeram tanto construção 
quanto recuperação e adequação de 
rodovias federais. As principais 
situações encontradas envolvem 
deficiência de projeto básico ou 
executivo, sobrepreço, 
superfaturamento, duplicidade de 
contratações e fiscalização 
deficiente. (...)
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(...) Na BR–381/MG, as alterações 
feitas pelo Departamento Nacional 
de Infraestrutura de Transportes 
(Dnit) em atendimento ao TCU, 
ainda durante a auditoria, levaram à 
redução de R$ 51,6 milhões no 
orçamento das obras. (...)
(...) Além de impropriedades no 
orçamento-base, o edital de 
licitação continha falhas, como 
restrição à competitividade e 
insuficiência de justificativa para 
adoção do modelo de licitação 
selecionado. [...]
(07/11/2013 15:38): auditorias 
em obras anticheias em SP 
evitam sobrepreço de R$ 110 
milhões
� Atuação do Tribunal de Contas da 
União (TCU) levou à correção da 
execução e à revogação de 
contratos em situações irregulares 
de obras voltadas à prevenção de 
inundações, enxurradas e 
deslizamentos de terra. (...)
(...) As determinações impediram a 
efetivação de irregularidades, como 
sobrepreço, e acarretaram maior 
transparência aos processos 
licitatórios. Das fiscalizações, 
destaca-se auditoria nos editais das 
obras para mitigação de cheias dos 
rios Muriaé e Pomba, no Rio de 
Janeiro, com orçamento aproximado 
de R$ 600 milhões. (...)
(...) Foram detectados indícios de 
irregularidades graves que poderiam 
ensejar recomendação de 
paralisação (IG–P), tais como 
exigências que implicariam restrição 
à competitividade das licitações. 
(...)
(...) O TCU também encontrou 
indício de sobrepreço de 
aproximados R$ 110 milhões, 
18,2% do valor total do estimado. 
Nos dois casos, os gestores optaram 
pela revogação do edital. [...]
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Muito obrigado pela atenção 
aos módulos temáticos 
do curso!