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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE. COORDENADORIA DO CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM QUÍMICA DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA. ANÁLISE DE ALIMENTOS Pelotas, Abril de 2015 INTRODUÇÃO Nem sempre o alimento que consumimos tem condições microbiológicas aceitáveis. Este pode ter sido contaminado por micro-organismos do tipo coliformes totais ou fecais por vários fatores como: a qualidade da matéria prima, o modo de preparo, a manipulação, a higienização, a conservação, o transporte, o manuseio, entre outros. A contaminação por ingestão de alimentos é algo preocupante. As doenças transmitidas por alimentos (DTA) constituem um dos problemas de saúde pública mais frequente do mundo contemporâneo. São causadas por agentes etiológicos, principalmente microrganismos, os quais penetram no organismo humano através da ingestão de água e alimentos contaminados (Notermans & Hoogenboom-Verdegaal 1992, Amson et al. 2006). O impacto econômico negativo causado pelas doenças transmitidas por alimentos alcança níveis cada vez mais preocupantes, acarretando grandes perdas para as indústrias, o turismo e a sociedade (Nascimento 2000). O objetivo deste estudo foi observar se há coliformes na amostra, e se esse coliforme é fecal ou total, verificando assim a qualidade microbiológica do alimento. MATÉRIAIS E MÉTODOS MATÉRIAIS Amostra (esfiha de carne); Diluente (solução salina á 0,85%); Meio de Cultura (LST); Béquer de 600 mL; Béquer de 100 mL; Tubos; Tubos de Durhan; Estante de tubos; Proveta de 250 mL; Pipeta de 10 mL; Pipetas de 1 mL; Saco estéreo; Bico de Bulsen; Tampas para os tubos; Caldo Lactosado Bile Verde Brilhante (VBBL); Caldo EC; Alça de níquel-cromo. A vidraria deve estar toda esterilizada. MÉTODOS Teste Presuntivo para Coliformes Antes de iniciar a prática ligou-se o bico de bulsen para dificultar a contaminação dos materiais esterilizados. Pesou-se 25g de amostra, com a ajuda de um béquer de 600 mL; Em uma proveta colocou-se 225 mL do diluente. A amostra e o diluente foram colocados em um saco estéreo e colocados em uma máquina, por 2 minutos, para o sólido se dissolver por completo na solução salina. A mistura que resultou no saco foi passada para um béquer de 100 ml. Os tubos foram arrumados na bancada conforme o esquema a seguir: Legenda: Béquer: 10-1; Tubo 1: 10-2;Tubo 2: 10-3. Nestes foram colocados tubos de Durhan de cabeça para baixo. Colocou-se 9 mL de LST em todos os tubos numéricos, e 9 mL de solução salina nos tubos A e B. Foi colocado 1 mL do béquer nos tubos: 1, 2, 3 e A. Passou-se 1 mL do tubo A para os tubos 4, 5, 6 e B, e por fim, passou-se 1 mL do tubo B para os tubos: 7, 8 e 9. Os tubos numéricos foram fechados, identificados e colocados na estufa á 37º por 48h. Os tubos identificados por letras foram descartados. Caso o teste presuntivo der positivo (formar gás), em pelo menos um tubo, passa-se para o teste confirmativo. Teste Confirmativo para Coliformes Totais e Fecais Para cada tubo positivo passou-se duas alçada para um tubo com VBBL e duas alçadas para um tubo com EC. Os tubos foram tampados, identificados e colocados na estuda a 37°C por mais 48h. RESULTADOS E DISCUSSÃO No teste presuntivo foram encontrados os seguintes resultados: TUBOS 1 2 3 RESULTADO 10-1 - + + POSITIVO 10-2 - - - NEGATIVO 10-3 - - - NEGATIVO No teste confirmativo foram encontrados os seguintes resultados: TUBOS VBBL EC 1 POSTIVO POSTIVO 2 POSITIVO POSITIVO Após o teste confirmativo foi averiguado a presente tanto de coliformes fecais quanto de coliformes totais. Segundo a tabela o número mais provável de bactérias que pode conter na amostra é de 9/g. Segundo a ANVISA o máximo de bactérias do grupo coliforme que pode conter em um salgado deste tipo é de 102/g. CONCLUSÃO Após o teste confirmativo foi averiguado a presença de coliformes, tanto fecais quanto totais. Estes coliformes não passaram do limite permitido, segundo a ANVISA. Foi aprovada então a qualidade microbiológica do alimento. REFERÊNCIAS NADVORNY, A., FIGUEIREDO, D. M. S. & SCHMIDT, V. 2004. Ocorrência de Salmonella sp. em surtos de doenças transmitidas por alimentos no Rio Grande do Sul em 2000. Acta Scientiae Veterinariae, 32(1): 47- 51. NASCIMENTO, F. C. A. 2000. Aspectos sócio-econômicos das doenças veiculadas pelos alimentos. Nutrição em pauta, 40: 22-26. NOTERMANS, S. & HOOGENBOOM-VERDEGAAL, A. H. 1992. Existing and emerging foodborne dise
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