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2_-_Transformações_Sociais_-_Rev._Francesa

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2. – Transformações sociais do século XVIII: Revolução Francesa
 
Nesta unidade nosso objetivo é compreender a maneira como o capitalismo se afirmou como modo de organização social a partir do século XVIII. Para isso recorreremos a análise das revoluções burguesas[1] pela capacidade de provocar as mudanças que puseram fim ao sistema feudal. A importância dessas revoluções é que estimularam o desenvolvimento do capitalismo, pondo fim às monarquias absolutistas e contribuíram para a eliminação  de  barreiras que impediam o livre desenvolvimento econômico.
         As ideias propagadas pelo iluminismo conduziram a crítica ao pensamento teológico e o avanço do pensamento racional, contribuindo para mudança dos costumes e do pensamento da época.  Buscava-se transformar não só o pensamento, mas a própria sociedade, criticando os fundamentos da sociedade feudal. Autores como Rousseau, Montesquieu procuravam mostrar como a sociedade feudal era injusta e irracional, impedindo o exercício da liberdade humana.
         No final do século XVIII a monarquia francesa procurava garantir os privilégios da nobreza, que não pagava impostos e possuía o direito de receber tributos, em um contexto no qual crescia a miserabilidade do povo. A burguesia também se opunha ao regime monárquico, pois este, não permitia a livre constituição de empresas, impedindo a burguesia de realizar seus interesses econômicos.
      Em 1789, com a mobilização das massas em torno da defesa da igualdade e da liberdade, a burguesia tomou o poder e passou a atuar contra o sistema de privilégios da sociedade feudal. Procurou organizar o Estado de forma independente do poder religioso e promoveu profundas inovações na área econômica ao criar medidas para favorecer o desenvolvimento empresarial. Dentre as mudanças significativas impostas pela Revolução Francesa, vale destacar a promulgação de uma legislação que limitava o poder da família, proibindo os abusos da autoridade paterna. Os bens da Igreja foram confiscados e a educação deixa de ser controlada pela Igreja e se torna obrigação do Estado.  
      As massas que participaram da revolução, logo foram surpreendidas pelas medidas da burguesia, que proibiu as manifestações populares e os movimentos contestatórios, que passaram a ser reprimidos com violência.
 
     
Questão: A Revolução Francesa (1789) foi um fato histórico crucial para o esenvolvimento e consolidação do mundo moderno, tendo em vista que:
a)   centralizou o poder da igreja católica, que  firmou-se  como a principal instituição responsável pelo controle do poder político, antes muito diluído entre as famílias nobres que governavam a Europa.
b)  consolidou a política como ação livre de qualquer tipo de influência mágica ou mística, seja na condução e sentido dos acontecimentos, seja na legitimação do poder.
c)      Reduziu a possibilidade de intervencão política das camadas populares, com o surgimento do trabalho assalariado.
d)      Ampliou a participação política do movimento conservador, que buscava a restauração da sociedade feudal.
e)     Fortaleceu a monarquia constitucional, onde o rei perdeu poder de decisão política para o primeiro-ministro.
Alternativa correta: B 
 
 2.  Transformações do capitalismo no século XVIII: Revolução Industrial
             A revolução industrial eclodiu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. Ela significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor, e aperfeiçoamento dos métodos produtivos. A revolução nasceu sob a égide da liberdade: permitir aos empresários industriais que desenvolvessem e criassem novas formas de produzir e enriquecer. (MARTINS: 1992). Constituiu  uma autêntica revolução social que se manifestou por transformações profundas na estrutura institucional, cultural, política e social.
O desenvolvimento de técnicas levou os empresários a incrementar o processo produtivo e aumentar as taxas de lucro. Isto levou os empresários a se interessar cada vez mais pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção, visando produzir mais com menos gente.  A relação de classes que passa a existir entre a burguesia e os trabalhadores é orientada pelo contrato – o que permite inferir que a liberdade econômica e a democracia política – temos o trabalhador livre para escolher um emprego qualquer e o empresário  livre para empregar quem desejar. (MEKSENAS:1991, p. 47) , ela significou uma profunda transformação na maneira dos homens se relacionarem.
Aspectos importantes da Revolução Industrial
1. A produção passa a ser organizada em grandes unidades fabris, onde predomina uma intensa divisão do trabalho.
2. Aumento sem precedentes na produção de mercadorias.
3. Concentração da produção industrial em centros urbanos.
4. Surgimento de um novo tipo de trabalhador: o operário
 A revolução industrial desencadeou uma maciça migração do campo para cidade, tornando as áreas urbanas o palco de grandes transformações sociais. Formam-se as multidões que revelam nas ruas uma nova face do desenvolvimento do capitalismo: a miserabilidade.
            No interior das fábricas as condições de trabalho eram ruins. As fábricas não possuíam ventilação, iluminação e os trabalhadores eram submetidos à jornadas de trabalho de até 16 horas por dia. Era usual nas fábricas a presença de mulheres e crianças a partir de 5 anos atuando na linha de produção. Quanto aos homens, amargavam a condição de desempregados. 
Os problemas sociais inerentes à Revolução Industrial foram inúmeros: aumento da prostituição, suicídio, infanticídio, alcoolismo, criminalidade, violência, doenças epidêmicas, favelas, poluição, migração desordenada.
         Embora a desigualdade social sempre tenha existido ao longo da história da humanidade, os problemas acima expostos são maximizados na sociedade moderna, tornando a vida em sociedade complexa. Por isso precisamos de uma ciência para compreender os nexos que ligam a realidade. Isto fez com que a Sociologia tomasse as relações sociais estabelecidas entre os homens como seu objeto de conhecimento sistemático. 
 
 
Questão:
 
Podemos apontar como consequência da Revolução Industrial:
 
a-) O decréscimo da população urbana, que era explorada no penoso trabalho da indústria.
 
b-) A humanização imediata das relações de trabalho, principalmente no que se refere a salários, condições de higiene e jornada de trabalho.
 
c-) O crescente controle por parte do operário do conjunto do processo produtivo, impedindo a fragmentação do saber e a alienação.
 
d-) O desenvolvimento da urbanização, dos transportes, das comunicações e da produção em série e aumento da desigualdade social. 
 
e-) Fim da exploração dos operários urbanos e o nascimento das ideias socialistas. 
 
Alternativa correta: D
 
Texto base: MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia.São Paulo: Brasiliense, 1992.  
[1] As revoluções burguesas foram: Revolução Gloriosa (1680) na Inglaterra, a Revolução Francesa (1789), a Independência Americana (1776) e a Revolução Industrial inglesa a partir de 1750. Enfocaremos em nosso curso somente as Revoluções Francesa e Industrial por constituírem as duas faces de um mesmo processo: a consolidação do regime capitalista moderno.

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