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Trabalho de Direito Civil IV - Coisas - Cláudio Pereira Batista (2)

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FACULDADE DE DIREITO
	
TRABALHO DE DIREITO CIVIL IV - COISAS
Trabalho apresentado à disciplina de Direto Civil IV - Coisas, sob a orientação do Prof. Guilherme Pedroso Silva, como requisito parcial para aprovação.
Acadêmico: Cláudio Pereira Batista
Santa Cruz do Sul, novembro de 2015
1º Estudo de Caso
Pelé, legítimo proprietário de um imóvel, situado em zona rural, resolveu alienar a sua coisa para Diego Maradona. Outrossim, realizaram promessa de compra e venda, pactuando um valor de entrada e mais 60 parcelas fixas e mensais. Ocorre que Maradona, após efetuar o pagamento do valor da entrada e de três parcelas, deixou de satisfazer a sua obrigação (parcelas) com Pelé no que tange a integralização do saldo devedor pendente. Passados dois anos do inadimplemento do contrato e sem qualquer contato entre as partes, Pelé resolveu procurar seu Jurídico para tomar uma providência, eis que além de não ter percebido mais nenhuma parcela referente ao contrato com Maradona, este último estava em posse do imóvel, utilizando e explorando como se seu fosse o bem, causando inúmeros prejuízos ao vendedor.
Diante do problema (caso) acima, responda cada item, fundamentando a mesma (justificando a sua resposta a cada quesito):
Qual remédio legal que o Jurídico de Pelé deverá utilizar para a retomada da posse? Existe mais de uma possibilidade de demanda judicial para este caso?
 Qual o fundamento jurídico que o procurador deverá utilizar para tentar entregar a posse para Pelé?
 Existe algum pedido jurídico para tentar reaver os prejuízos sofridos por Pelé?
	
Respostas:
Neste caso Pelé deverá utilizar a seu favor para retomada da posse o remédio jurídico que é a ação de reintegração de posse para retomada do bem. No caso acima se configura a situação em que o comprador deixa de pagar as prestações pactuadas, assim não age com boa fé, ficando Pelé legitimado para tal ação. De forma que Silvio Rodrigues entende que para ação de reintegração de posse é concedida para possuidor que foi esbulhado. Dá-se ao esbulho quando o possuidor é injustamente privado de sua posse. Na doutrina tradicional entendia-se necessário, para caracterizar o esbulho, a presença da violência. Mas a jurisprudência vem proclamando que o esbulho se caracteriza em que sua fonte se encontrasse na clandestinidade ou precariedade. Se a posse clandestina se tornou pública, mas o novo possuidor se recusa a devolvê-la ao antigo, ou se precarista recalcitra em não restituir a coisa que lhe foi confiada a título precário, o esbulho se caracteriza malgrado não se haja manifestado a violência. Lembrando que são pressupostos necessários para êxito da reintegração de posse são: que tenha havido esbulho e que date de menos de ano e dia. Isso na obra (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.61).
Também podemos acompanha tal caso na Jurisprudência a seguir:
 Ementa: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS DO ART. 927 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL PRESENTES. Em se tratando de imóvel público, a posse é inerente ao domínio, de modo que sua comprovação pelo ente público se faz dispensável. Quanto ao esbulho, este restou plenamente configurado, somada à ausência de título que dê amparo à posse exercida sobre o bem de domínio público. Dessa feita, estão preenchidos os requisitos do art. 927 do CPC, pelo que cabível a reintegração do autor na posse do bem, descrito na exordial. Portanto, estando a decisão hostilizada em consonância com a prova produzida e com a legislação reguladora da matéria, faz-se de rigor sua confirmação nesta corte, em seus exatos termos. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70046232096, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 19/11/2015).
O procurador deverá usa a reintegração de posse e antecipação de tutela, cuja possibilidade encontra-se amparada pelo Enunciado 238, da III Jornada de Direito Civil, pois a posse de Pelé possui mais de um ano e dia e que o esbulho provocado causou inúmeros prejuízos. 
 Enunciado 238 - Ainda que a ação possessória seja intentada além de 'ano e dia' da turbação ou esbulho, e, em razão disso, tenha seu trâmite regido pelo procedimento ordinário (CPC, art. 924). Nada impede que o juiz conceda a tutela possessória liminarmente, mediante antecipação de tutela, desde que presentes os requisitos autorizadores do art. 273, I ou II, bem como aqueles previstos no art. 461-A e §§, todos do CPC”. Conforme endereço a seguir: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/99692169/djba-caderno4-10-09-2015-pg-489.
Conforme com o art. 921, I do CPC, é possível, nas ações possessórias cumular o pedido possessório e o de perdas e danos para tentar reaver os prejuízos sofridos por Pelé. Para tento essa modalidade seja possível deve ser dispensado o rito especial.
	
2º Estudo de Caso
Rogério Ceni está na posse de um imóvel rural por mais de 25 anos. Utiliza o imóvel (de 20 hectares) para plantar em prol de subsistência, assim como para revender alguns produtos na feira rural da cidade. Ademais utiliza o imóvel como moradia. Ocorre que o mesmo tomou posse do imóvel há 25 anos atrás após discussão com o proprietário legal das terras, vindo a lhe ameaçar inclusive de morte. Ocorre que após a ameaça, o proprietário das terras desapareceu e nunca mais retornou e/ou enviou qualquer preposto para lhe retirar das terras. Por fim, Rogério Ceni, desejando ter o imóvel como seu (propriedade), procura o advogado Celso Roth para lhe representar e encontrar um remédio legal para a sua situação.
Diante do problema (caso) acima, responda cada item, fundamentando a mesma (justificando a sua resposta a cada quesito):
A posse estabelecida por Rogério Ceni é justa e de boa-fé?
Qual remédio legal que poderá utilizar o advogado Celso Roth?
Encontrado o remédio jurídico, indique a espécie, características e fundamentação do pleito jurídico.
Respostas:
Sim, conforme Silvio Rodrigues a posse conseguida de força injusta. Como o direito não se pode compadecer com a violência, nega a lei ao esbulhador a proteção possessória. Com efeito, determina o art. 1.208 do Código Civil que não autorizam a aquisição da posse os atos violentos, senão depois de cessar a violência Lembrando que passado o prazo de um ano e um dia. (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.27).
No caso do remédio legal o advogado Celso Roth poderá usar a modalidade de Usucapião Especial Rural. De acordo doutrina de Rodrigues com o dispositivo em causa, o usucapiente poderia adquirir o domínio de imóvel rural alheio através de usucapião pro labore “Usucapião Especial Rural”, resultante de sentença declaratória e suscetível de ser transcrita, desde que não fosse proprietário rural ou urbano e o ocupasse, por dez anos ininterruptos, mansa e pacificamente, tornando-o produtivo por seu trabalho e nele tendo sua morada. (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.115).
De acordo com a mesma doutrina anteriormente já citada o autor descreve que a espécie dessa modalidade foi estabelecida na Constituição de 1934 no artigo 125 sendo que na Constituição de 1946 já dispunha no artigo 156, § 3º desta, todo aquele que não sendo proprietário de imóvel rural nem urbano, ocupar por dez anos ininterruptos, sem oposição, nem reconhecimento de domínio alheio, trecho de terra não superior a vinte cinco hectares, tornando-o produtivo por seu trabalho nele tendo sua morada, adquirir-lhe-á a propriedade, mediante sentença declaratória devidamente transcrita. (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.114). Já na fundamentação do pleito jurídico podemos amparar no artigo 1.239 do Código Civil, valendo destaca-se que o prazo é de cinco anos ininterruptos e o tamanho da área é de cinquenta hectares.Dessa forma quanto às características, como requisito para provimento, segue ementa jurisprudencial.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL. PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. PRECLUSÃO. AUSÊNCIA DE RECURSO CONTRA A DECISÃO QUE INDEFERIU A PROVA. MÉRITO. USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL. REQUISITOS DO ART. 191 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PRESENTES. O pedido de usucapião, qualquer que seja sua modalidade, por constituir forma originária de aquisição de propriedade, deve vir acompanhado de todos os requisitos legais autorizadores. Para tanto, há que estar presente a prova da posse, elemento essencial ao reconhecimento do direito pleiteado, de forma ininterrupta e com ânimo de dono. Caso em que a prova produzida é suficiente a propiciar julgamento favorável à parte autora, ante a comprovação dos requisitos legais para aquisição originária da propriedade. REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70066136219, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 29/10/2015).
3º Estudo de Caso
João Batista, em união estável com Fátima Bernardes, possuí três cachorros com a mesma e dois filhos. Ocorre que certa feita, Fátima Bernardes cansada do tratamento dispendido pelo seu companheiro, resolve viver a sua verdadeira libertinagem e empreende fuga para lugar incerto e não sabido. Após aquele dia, João Batista até escutou nas rádios corredores da vila Xurupita que Fátima Bernardes estava à fazer muito sucesso como bailarina, entretanto sem qualquer tipo de informação precisa e/ou contato com a mesma. Passados quatro anos do desaparecimento de Fátima Bernardes e considerando que o casal possuía apenas um imóvel (utilizado como moradia de João Batista, cachorros e filhos) adquirido com esforço de ambos, João resolve procurar um advogado para saber da possibilidade de obter para si a exclusividade da propriedade do bem.
Diante do problema (caso) acima, responda cada item, fundamentando a mesma (justificando a sua resposta a cada quesito):
Qual remédio legal que poderá utilizar o advogado?
b) Encontrado o remédio jurídico, indique a espécie, características e fundamentação do pleito jurídico.
Caso Fátima Bernardes desejasse dividir o imóvel, qual a sua atitude legal que deveria ter para com João Batista?
Respostas:
Neste caso o advogado poderá usar o remédio jurídico na modalidade por usucapião por abandono de lar, ou usucapião especial que está prevista no Código Civil no artigo 1.240-A. Como nos fatos citados acima bem como entendimento jurisprudencial do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Ementa: APELAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA E AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. USUCAPIÃO ESPECIALPOR ABANDONO FAMILIAR. RECONHECIMENTO. Ainda que a apelante não tenha tido vista de documentos juntados pelo apelado, não se verifica nisso cerceamento de defesa se os documentos em questão não são acolhidos pela sentença para decidir contra a apelante. Na hipótese, da falta de intimação sobre a juntada dos documentos não resultou nenhum prejuízo para a apelante. E sem prejuízo não há nulidade. Não há falar que a sentença padeça de ausência de prestação jurisdicional por não ter tratado de questão suscitada pela apelante apenas depois da prolatação da sentença. Caso de réu/apelado que abandonou o lar e a família há mais de 20 anos atrás, deixando a ré/apelante residindo sozinha com os filhos comuns por todo esse tempo. Tratando-se de imóvel com área inferior ao limite legal, reconhece-se o direito à usucapião especial por abandono do lar. Inteligência do art. 1.240-A, do CCB. REJEITADAS AS PRELIMINARES, DERAM PROVIMENTO. (Apelação Cível Nº 70058681693, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 10/04/2014). 
Neste ponto podemos ressaltar de uma modalidade nova de usucapião especial urbana o qual para favorecer pessoas que tenha baixa renda daquelas que não possuam imóveis rural ou urbano. De forma que também há necessidade torna possível par interpor por cônjuge de resida no imóvel de forma de posse direta e ininterrupta no prazo de dois anos esse imóvel com área de no máximo duzentos e cinquenta metros quadrados, que dividia com seu ex-companheiro que no caso abandonou o lar, assim amparados no artigo 1240-A do C/C. Desta forma ainda um entendimento jurisprudencial a respeito.
 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO POR ABANDONO DE LAR E EXTRAORDINÁRIO. POSSE COM ÂNIMO DE DONO. PRAZO PRESCRICIONAL DA PRETENSÃO AQUISITIVA. O denominado usucapião por abandono do lar, entre ex-cônjuges ou ex-companheiros, é um desdobramento do usucapião constitucional ou especial urbano, que só pode ter por objeto bem imóvel até duzentos e cinqüenta metros quadrados, mas o imóvel em usucapião extrapola esta dimensão, inviabilizando a aquisição por usucapião na modalidade respectiva. Inexistindo prova do exercício da posse com ânimo de modo a perfazer a prescrição aquisitiva no modo extraordinário, indefere-se também a pretensão de usucapir alternativa. (Apelação Cível Nº 70063607238, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Cini Marchionatti, Julgado em 10/06/2015). 
Neste caso de Fátima deveria notificar João Batista anualmente para que sua atitude fosse legal de dividir o imóvel, demonstrando de forma escrita sua pretensão. Conforme a pesquisa a seguir pode concluir que: no que concerne a evitar o cômputo do prazo, o professor Flávio Tartuce, esclarece que, se o cônjuge que “abandonou” o lar notificar anualmente o ex-consorte, com o intuito de demonstrar que tem interesse na propriedade, não será realizada a contagem do prazo.Tal notificação pode ser judicial – medida cautelar de separação de corpos - ou mesmo de um instrumento extrajudicial, até mesmo de caráter particular. http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=9426
4º Estudo de Caso
A empresa Fumos Fumos, um dos grandes empreendimentos do setor fumageiro do Rio Grande do Sul, resolve negociar o preço do fumo com seus fornecedores (agricultores), vindo a reduzir significativamente o preço da arroba de fumo negociado com a empresa. Após várias reuniões entre a empresa e os representantes do MPA, nenhuma solução para o litígio fora possibilitada, mantendo assim a empresa os valores reduzidos para a compra do fumo. Sendo assim, o diretor do MPA resolve reunir todos os agricultores da região e em um comício resolvem todos invadir a sede da empresa no legítimo ato: “se não nos pagarem o valor correto, vocês não trabalham”. Ato contínuo, um dos agricultores, temendo pela vida de seu irmão Pafúncio, então gerente da FumosFumos, liga para o mesmo contando sobre a decisão do MPA e dos agricultores.
Diante do problema (caso) acima, responda cada item, fundamentando a mesma (justificando a sua resposta a cada quesito):
Pafúncio recebeu o comunicado de seu irmão e de imediato comunica a gerência e o jurídico da empresa. Qual o remédio jurídico que deverá adotar a empresa?
Encontrado o remédio jurídico, indique a espécie, características e fundamentação do pleito jurídico.
Existe a possibilidade do pagamento de algum valor por parte dos agricultores e do MPA em caso de invasão?
Respostas:
De acordo com o caso exposto acima narrado, a empresa deve-se ampara do remédio jurídico chamado de interditos proibitórios este estabelecido legalmente no artigo 932 do Código de Processo Civil.
De acordo Silvio Rodrigues este interdito é o remédio possessório concedido ao possuidor que, tendo esbulhado sua posse, pretende ser assegurada contra a violência iminente, pena pecuniária, para caso de transgressão do preceito (CC/1916, art. 501, não reproduzido no Código Civil de 2002). Conforme a doutrina a seguir: (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.62).
Ainda de acordo o caso acima fica cabível sendo que o mesmo encontra em situação de turbação e esbulho.
Vale lembrar-se dos requisitos, que são pressupostos para interposição doremédio jurídico do caso, sendo que a posse atual do autor ter a configuração da ameaça de turbação ou esbulho por parte do réu e de certa forma o receio de ameaça. Então podemos afirmar que a partir dos fundamentos expostos cima, que a presença dos requisitos necessários à postulação pelo possuidor, da ação de interdito proibitório. 
Sim, tem a possibilidade de pena pecuniária na intenção de contrariar o réu. Mas se mesmo assim o réu cometer o esbulho ou turbação pode ser aplicado a pena pecuniária como condenação por perdas e danos. Assim desta forma acompanhamos a jurisprudência a seguir:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). INTERDITO PROIBITÓRIO. ART. 932, CPC. POSSE E JUSTO RECEIO DE AMEAÇA COMPROVADOS. DEMANDADO QUE PARTICIPOU DO MOVIMENTO DE INVASÃO. PERDAS E DANOS. AUSÊNCIA DE PROVAS A AMPARAR O PEDIDO DO RÉU. SENTENÇA MANTIDA. Interdito proibitório é a ação de preceito cominatório utilizada para impedir agressões iminentes que ameaçam a posse de alguém. O possuidor permanece exercendo a plenitude de sua posse, no entanto, há justo receio de que dela será privado quando da concretização da ameaça. A legitimidade passiva é daquele que comete os atos de esbulho, turbação ou ameaça à posse do autor. Caso. Estando suficientemente comprovado que o réu notificou a parte autora para retirada da tubulação (fl. 24), a qual é utilizada pela parte autora há mais de 15 anos e com o consentimento do apelante, deve ser mantida a sentença de procedência proferida. É lícito ao réu postular indenização pelos prejuízos suportados pela turbação ou esbulho (art. 922, do CPC). No entanto, incumbe ao demandado o ônus processual de provar os prejuízos, o que não ocorreu no caso concreto, bem como por que a utilização se deu de forma consentida. REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70065622607, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em 13/08/2015).
5º Estudo de Caso
A doutrina majoritária compreende que é possível a instituição de um condomínio edilício através de escritura pública, decisão judicial, por exemplo. Não obstante a sua criação, é a convenção do condomínio, porém, que fixa o regramento de áreas comuns e privativas, assim como as demais normas de funcionamento do condomínio.
Diante do problema (caso) acima, responda cada item, fundamentando a mesma (justificando a sua resposta a cada quesito):
a) Não havendo estipulação na convenção da forma de extinção do condomínio, assim mesmo seria possível a extinção do mesmo? Se sim, aponte a forma.
b) Caso não possa, fundamente a sua resposta.
Respostas:
No que tange sobre os quesitos acima podemos responder que segundo a doutrina de Silvio Rodrigues o regime de condomínios edilícios se caracteriza por apresentar uma propriedade, singulares dos apartamentos e andares, ao lado de uma comunhão necessária e inexorável do terreno e das partes comuns do prédio, no que concerne às partes divididas e privadas, a propriedade e singular e exclusiva como de uma casa particular. (Direito Civil, Direito das coisas, Silvio Rodrigues, V.5, 2007, p.206). De certa sabemos que o que rege o condomínio são suas convenções assim que são regulados todos os atos de sua administração, assim sendo caso não ter previsão de extinção em convenção, esse poderá ser extinto pela destruição do mesmo, se no caso a maioria dos proprietários resolver não reconstruir. Em caso de destruição total do prédio no caso em que o terreno era o acessório principal acaba readquirindo sua qualidade de principal e os donos se encontram na situação de condôminos na forma principal. Temos ainda a forma de extinção por desapropriação. Ainda podemos basear no Código Civil nos artigos 1.357 e 1.358 que são as formas de extinção de condomínio de forma geral. Contudo acompanhamos o julgado a seguir:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO EDILÍCIO. BLOCOS DE APARTAMENTOS. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE EXTINÇÃO DOCONDOMÍNIO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DE AUTORES E DE UM DOS RÉUS. CARÊNCIA DE AÇÃO. PRELIMINAR ACOLHIDA. REFORMA DA SENTENÇA PARA JULGAR EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. PREJUDICADO O AGRAVO RETIDO E A APELAÇÃO DOS AUTORES. I - Extemporaneidade dos apelos por falta de ratificação depois que julgados os embargos de declaração. Inocorrência. Apelações ratificadas. II - O condomínio edilício, ao contrário das demais espécies (voluntário e legal), nasce vocacionado a não divisão, o que só se admite em situações excepcionais, e em raras hipóteses legais de extinção, conforme preconizam os art. 1.357 e 1.358 do CCB. Afora as hipóteses legais, inexiste possibilidade de extinção do condomínio edilício. Lições doutrinárias. III - Evidenciado nos autos que a causa de pedir, em última análise, não repousa na necessidade de extinção docondomínio edilício, mas sim no interesse quanto ao uso, destinação e administração das áreas comuns, em especial dos escassos espaços de estacionamento, assim como, evidentemente, aos custos de construção de novo espaço de estacionamento na área de uso comum. Hipótese em que, a solução para o impasse vivenciado pelas partes, acerca da destinação de área de uso comum, nos termos em que estabelece a Convenção de Condomínio compete à Assembleia, órgão deliberativo do condomínio, e não encontra guarida para a judicialização da questão nos termos em que proposta. Ausente o legítimo interesse de agir processual. Situação concreta de direito material indicada pelos autores que não corresponde ao provimento jurisdicional pretendido, resultando em uso indevido do Poder Judiciário. PRELIMINAR ACOLHIDA. APELAÇÃO DO REÚ PROVIDA. PREJUDICO O AGRAVO RETIDO E A APELAÇÃO DOS AUTORES. (Apelação Cível Nº 70051959856, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mylene Maria Michel, Julgado em 24/09/2013). 
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BIBLIOGRAFIA
GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro. v.5: direito das coisas 	- 9 ed.- São Paulo: Saraiva, 2014.

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