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FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA - DOCTUM CURSO BACHAREL EM DIREITO MARCO ANTONIO DA SILVA UNIVERSALISMO E MULTICULTURALISMO Pesquisa UNIVERSALISMO E MULTICULTURALISMO apresentada ao Curso de Direito das Faculdades Unificadas Doctum de Carangola Área de Concentração: Disciplina IED (Introdução ao Estudo do Direito), Orientador: Prof. Danielle Alves Ribeiro. CARANGOLA, 14 DE NOVEMBRO 2015 2 OBJETIVOS Analisar as principais ideias relacionadas ao Universalismo e Multiculturalismo. Com o intuito de observar as características e diferenças ao longo da história, podendo assim compreender melhor, o porquê de sua importância e aplicação, para que se obtenha um conhecimento mais apurado e verdadeiro sobre a realidade. Podendo a partir de então construir uma discussão a respeito de suas características e aplicações, decifrando sua importância no convívio em sociedade, objetivando e reforçando o nosso conhecimento. 3 UNIVERSALISMO E MULTICULTURALISMO Ao discorrer sob o tema, devemos analisar sob a ótica de dois tipos: a priori sob à teoria jurídica dessa categoria de direitos, que tem a ver com o conjunto de tratados, convenções e legislações cujo objeto é a definição desses direitos, bem como a regulação dos mecanismos, internacionais e nacionais, garantidores dos direitos fundamentais da pessoa humana. A teoria dos direitos humanos implica na complementação entre a relação teórica e a prática. Tanto na teoria quanto na prática dos direitos humanos têm por objetivo superar essas situações sociais em função de valores e normas, que assegurem a dignidade da pessoa humana. A Declaração dos Direitos do Homem das nações Unidas, em 1948, até então acordado a questão dos direitos humanos deveria ficar adstrita ou unida aos mecanismos garantidores desses direitos, tendo em vista, como escrevia o filósofo francês Jacques Maritain (1976), que não poderia haver uma concordância a respeito dos fundamentos dos direitos humanos entre concepções religiosas, culturais e políticas diversas da natureza da pessoa humana e da sociedade. Após décadas da Declaração das Nações Unidas, foi adstrita a pactos políticos e sociais, que acrescentaram significativamente aos direitos proclamados em 1948, tornando- se insuficiente face à ineficácia do sistema protetor dos direitos humanos nas últimas décadas. A abordagem sob o tema vem sendo sobre fundamentos comuns e, portanto, sobre a sua natureza e validade universal, encontrava-se intimamente relacionado com a própria eficácia dos mecanismos garantidores do sistema dos direitos humanos. O cerne do debate travou-se durante os últimos 50 anos em torno de duas linhas de argumentações a primeira, identificada com as origens iluministas das declarações, que afirmavam a existência de valores da pessoa humana, válidos em todos os quadrantes do planeta, que constituiriam o núcleo de resistência aos absolutismos; a segunda negava essa pretensão à fundamentação universal dos direitos humanos identificando-os como uma manifestação. A questão da fundamentação dos direitos humanos, como categoria universal de direitos, encontra-se vinculada à necessidade de se encontrar argumentos racionais, válidos universalmente. Esse desafio, entretanto, choca-se com a clivagem no pensamento social contemporâneo entre universalistas e relativistas. A construção de uma teoria justificadora dos direitos humanos, que possa fundamentá-los e servir para que se 4 defina quais os direitos que podem ser considerados como humanos, supõe a recuperação e a superação da dicotomia universalismo e realtivismo1. UMA FALSA DICOTOMIA A um contraditório quanto a universalidade dos direitos humanos e o argumento mais bem aceito é o dos relativistas, que discorrem do fato da diversidade cultural encontrado mesmo dentro de uma mesmo país e em relação aos outros países. A ideia central do relativismo consiste em afirmar que nada pode atender ao bem-estar de todo ser humano, isto porque, os seres humanos, no entendimento relativista, não são semelhantes em nenhum aspecto que comporte generalizações. Esse argumento resulta de uma constatação antropológica, isto é, a existência na humanidade de diferentes valores, hábitos e práticas sociais, que se se expressam sob variadas formas culturais. A constatação de que entre os grupos sociais existem tradições culturais múltiplas representa para o relativismo a prova de que é impossível o estabelecimento de normas universais de comportamento social. A constatação empírica do ponto de vista antropológico, entretanto, pode ser lida de forma não-reducionista, quando diferenciamos entre as necessidades que originam grupos humanos, ainda que essas respostas possam aparecer sob formas diferentes, mas todas indicando a existência de uma mesma natureza humana. Encontramos no pensamento social e filosófico contemporâneo três tipos de “Relativismos”, em contexto com a contestação da ideia dos direitos humanos como universais: o relativismo antropológico busca na evidência empírica dados que, por sua vez, irão demonstrar o que é afirmado pelo relativismo epistemológico; O relativismo epistemológico afirma a impossibilidade de se produzir um discurso ético, que seja transcultural, e relativismo cultural que sustenta o argumento aceitável de que as particularidades culturais exercem um papel determinante na forma sob a qual os valores assegurados pelos direitos humanos irão formalizar-se. 1 Vicente Barreto (Professor da UERJ / UGF) 5 O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS? “Direitos Humanos” reflete uma abrangência de direitos, situações sociais, políticas e culturais que se diferenciam entre si, significando em diversas situações manifestações emotivas face à violência e à injustiça; a diversidade da definição do significado da expressão Diretos Humanos demonstra, antes de tudo, a falta de fundamentos comuns que possam contribuir para universalizar o seu significado e, em consequência, a sua prática. Número significativo de autores tomaram a expressão em pauta como sinônimo de “direitos naturais”, sendo que os primeiros seriam uma versão moderna desses últimos 2. A definição de direitos humanos para a ONU é “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentam contra a dignidade humana”. Os direitos humanos são garantidos internacionalmente, juridicamente protegidos e universais, porque baseados num sistema de valores comuns. 2 ( Finnis: 1989:1955:624; Maritain, 1947) 6 REFERÊNCIA Perry, 1998: 76; Alain Renaut et Lukas Sosoe, Philosophie du Droit, Paris, PUF, 1991 Carlos S. Nino, Ética y Derechos Humanos, Barcelona, Ariel, 1989 Celso D. de Albuquerque Mello, Direitos Humanos e Conflitos Armados, Rio de Janeiro, Editora Renovar, 1997 http://www.dudh.org.br/definicao/
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