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Assistência de Enfermagem em Problemas Gastroenterológicos

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
CLIENTE COM PROBLEMAS 
GASTROENTEROLÓGICOS 
O Sistema Digestório, Digestivo ou Alimentar 
Apresenta as seguintes regiões: 
boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, 
intestino grosso e ânus. 
O sistema digestório é formado por 
um longo tubo musculoso, ao qual 
estão associados órgãos e glândulas 
que participam da digestão. 
Função : 
Suprir constantemente o organismo 
de material nutritivo e 
Modificar mecânica e quimicamente 
o alimento ingerido, tornando-o apto 
a ser absorvido e assimilado. 
 BOCA - abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo. 
Nela encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento 
para a digestão, por meio da mastigação. 
O Sistema Digestório Anatomia e Fisiologia 
Os dentes reduzem os alimentos em 
pequenos pedaços, 
misturando-os à saliva, 
facilitando a ação das enzimas. 
O Sistema Digestório Anatomia e Fisiologia 
A língua movimenta o alimento 
empurrando-o em direção a garganta, para 
que seja engolido. Na superfície da língua 
existem dezenas de papilas gustativas, 
cujas células sensoriais percebem os quatro 
sabores primários: amargo (A), azedo ou 
ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua 
combinação resultam centenas de sabores 
distintos. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
 Três pares de glândulas 
salivares lançam sua 
secreção na cavidade bucal: 
parótida, submandibular e 
sublingual. 
O sais da saliva neutralizam 
substâncias ácidas e mantêm, na 
boca, um pH neutro (7,0) a 
levemente ácido (6,7), ideal para 
a ação da ptialina. 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e 
cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar a 
saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, 
além de sais e outras substâncias. 
 O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é 
empurrado pela língua para o fundo da faringe. 
Funcionando com um portão, a epiglote direciona o ar para 
dentro da traquéia e os sólidos e líquidos para o esôfago. 
LARINGE 
e 
FARINGE 
O alimento é encaminhado 
para o esôfago, 
impulsionado pelas ondas 
peristálticas, levando 
entre 5 e 10 segundos 
para percorrer o 
esôfago. 
ESÔFAGO 
ESÔFAGO e ESTÔMAGO 
O esôfago, canal que liga a 
faringe ao estômago, 
localiza-se entre os 
pulmões, atrás do coração, 
e atravessa o músculo 
diafragma através do hiato 
esofagiano. 
Quando o cárdia (esfíncter) 
se relaxa, permite a 
passagem do alimento para o 
interior do estômago. 
CÁRDIA 
A 
PERISTALSE 
• Bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo 
abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. 
• Órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. 
• Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. 
• Quando vazio, tem a forma de um "J”. 
ESTÔMAGO 
 O estômago produz 
o suco gástrico, um 
líquido claro, 
transparente, 
altamente ácido, que 
contêm ácido 
clorídrico, muco, 
enzimas e sais. 
O ácido clorídrico 
mantém o pH do 
interior do 
estômago entre 
0,9 e 2,0. 
 
O SUCO GÁSTRICO 
A pepsina, enzima mais 
potente do suco 
gástrico, é secretada 
na forma de 
pepsinogênio. 
 
Por ação do ácido clorídrico, 
o pepsinogênio, ao ser 
lançado na luz do estômago, 
transforma-se em pepsina, 
enzima que catalisa a 
digestão de proteínas. 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a 
protege da agressão do suco gástrico. 
Apesar de protegidas pela densa camada de muco, as células da 
mucosa estomacal são continuamente lesadas e destruídas pela 
ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo 
regenerada. Estima-se que a superfície estomacal seja 
totalmente reconstituída a cada três dias. 
O SUCO GÁSTRICO 
Pode ocorrer o desequilíbrio entre o 
ataque e a proteção, o que resulta 
em inflamação difusa da mucosa 
(gastrite) ou mesmo no 
aparecimento de feridas dolorosas 
que sangram (úlceras gástricas). 
 O bolo alimentar 
pode permanecer no 
estômago por até 
quatro horas ou mais. 
 Ao se misturar ao suco 
gástrico, auxiliado pelas 
contrações da 
musculatura estomacal, 
transforma-se em uma 
massa cremosa 
acidificada e semilíquida, 
o quimo. 
Passando por um 
esfíncter muscular 
(o piloro), o quimo 
vai sendo, aos 
poucos, liberado no 
intestino delgado, 
onde ocorre a maior 
parte da digestão. 
 O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m 
de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser 
dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), 
jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). 
 
O INTESTINO DELGADO 
A porção superior ou 
duodeno tem a forma 
de ferradura e 
compreende o piloro, 
esfíncter muscular da 
parte inferior do 
estômago pela qual 
este esvazia seu 
conteúdo no intestino. 
No intestino delgado, 
as contrações rítmicas 
e os movimentos 
peristálticos das 
paredes musculares, 
movimentam o quimo, 
ao mesmo tempo em 
que este é atacado pela 
bile, enzimas e outras 
secreções, sendo 
transformado em quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, 
nas regiões do jejuno e do íleo. 
A mucosa dessas regiões apresenta milhões de pequenas reentrâncias 
chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção 
intestinal. 
 As membranas das células do epitélio intestinal apresentam as 
microvilosidades. 
O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. 
Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria 
das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, 
gorduras e ácidos nucléicos. 
O suco pancreático, 
produzido pelo 
pâncreas, contém água, 
enzimas e grandes 
quantidades de 
bicarbonato de sódio. 
O pH do suco 
pancreático oscila entre 
8,5 e 9. 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino 
passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. 
A esse volume somam-se 
 a 8 ou 9 litros de água 
das secreções. 
As glândulas da mucosa do intestino 
grosso secretam muco, que lubrifica as 
fezes, facilitando o trânsito e sua 
eliminação pelo ânus. 
O INTESTINO GROSSO 
É o local de absorção de água, 
tanto ingerida quanto provinda 
das secreções digestivas. 
A ingesta hídrica diária normal é de 
cerca de 1,5 litros de líquidos . 
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon 
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e 
reto. A saída do reto - o ânus - é fechada por um músculo que o rodeia 
- o esfíncter anal. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu 
trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, 
reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra 
bactérias patogênicas. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem 
absorvidas e contribuem com porcentagem significativa da massa 
fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis 
de serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos 
digestivos. Normalmente só absorve água, em bastante quantidade. 
Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se 
condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados como fezes. 
O INTESTINO GROSSO 
O PÂNCREAS é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de 
comprimento e de formato triangular, localizada 
transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça 
formada pelo duodeno, sob o estômago. 
GLÂNDULAS ANEXAS 
O pâncreas comporta dois órgãos 
estreitamente imbricados: 
pâncreas endócrino e o exócrino. 
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas. 
Sua secreçãoé levada até um condutor maior, que 
desemboca no duodeno, durante a digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os 
hormônios insulina e glucagon. 
O FÍGADO é o maior órgão interno, e um dos mais importantes. 
É a mais volumosa de todas as vísceras. 
Pesa cerca de 1,5 kg no homem e na mulher, entre 1,2 e 1,4 kg. 
De cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. 
Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. 
Funções do fígado 
Secretar a bile, a qual atua no emulsionamento das gorduras 
ingeridas; 
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as 
quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; 
Armazenar ferro e vitaminas em suas células; 
Metabolizar lipídeos; 
Sintetizar proteínas de fatores imunológicos e de coagulação e de 
substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; 
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na 
desintoxicação do organismo; 
Destruir hemácias velhas ou anormais, transformando sua 
hemoglobina em bilirrubina - pigmento castanho-esverdeado 
presente na bile. 
Sistema Digestório - Componentes 
 
 
 
 
Canal Alimentar 
Cavidade Bucal 
Faringe 
Compartilhados : 
Sistema respiratório 
e digestório 
Esôfago 
Estômago 
Intestino delgado 
Intestino grosso 
Anexos 
Glândulas que lançam 
secreções na luz 
desse tubo 
Salivares (pares) Parótidas 
Submandibulares 
Sublinguais 
Fígado 
Pâncreas 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
CLIENTE COM PROBLEMAS 
GASTROENTEROLÓGICOS 
# Esofagite e Gastrite; 
# Úlcera Gástrica e Duodenal; 
# Hérnia de Hiato; 
# Apendicite; Diverticulite ; Doença de Crohn; Colite 
Prof. Christina Klippel 
DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO 
Acalásia 
Acalasia do cárdia é uma alteração neuromuscular hipertônica do 
mecanismo esfincteriano do cárdia, causando dificuldade de 
passagem do alimento do esôfago para o estômago e podendo 
evoluir com dilatação do esôfago. 
Acalásia 
Peristalse ausente ou ineficaz do 
esôfago distal e falha na abertura do 
esfíncter esofagiano inferior em 
resposta à deglutição; não impedindo o 
retorno do suco gástrico do estômago 
para o esôfago; O alimento fica retido 
acima do esfíncter, produzindo 
dilatação esofágica; Pode cursar com 
Infecção bacteriana; Maior frequência 
em idosos. 
CÁRDIA 
Manifestações Clínicas 
Disfagia; odinofagia; regurgitação alimentar; desconforto subesternal; 
pirose; perda ponderal. 
Avaliação Diagnóstica 
Rx tórax; endoscopia; manometria (estudo da motilidade esofágica). 
 Tratamento 
- ↓ quantidade e velocidade alimentação / associar líquidos; 
- Dilatação pneumática; Esofagomiotomia 
 Complicações 
- desnutrição; pneumonia; esofagite; perfuração do esôfago. 
Diagnósticos de enfermagem 
- Nutrição alterada: menor que a demanda corporal, relacionada à 
disfagia. / Dor aguda relacionada à pirose. 
DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO - Acalásia 
Disfagia - dificuldade em comer. Ocorre dificuldade na progressão dos alimentos 
desde a boca até ao estômago. / Odinofagia - dor durante a deglutição e na 
progressão dos alimentos no esôfago - devido a um processo inflamatório; 
infeccioso ( herpes, Candidíase) ou químico (ingestão de cáusticos ). 
Divertículo: bolsa da mucosa e 
submucosa que faz protrusão através de 
uma porção enfraquecida da 
musculatura; 
O Divertículo Esofagiano é uma bolsa 
mucosa epitelizada que faz protrusão do 
lúmen esofagiano; é uma projeção da 
parede esofágica, secundária a um 
processo obstrutivo ou inflamatório. 
DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO Divertículo Esofagiano 
Um divertículo verdadeiro contém todas as camadas da 
parede esofagiana normal, incluindo mucosa, 
submucosa e músculo, enquanto um pseudodivertículo 
consiste primariamente em mucosa e submucosa. 
 
Divertículo de Zenker (tipo + comum) 
Protrusão da mucosa faríngea na junção faringoesofágica; 
Frequência 3 x maior nos homens / + comum após 60 anos de idade. 
Manifestações Clínicas 
Disfagia; desconforto na garganta; sensação de plenitude no pescoço; 
regurgitação de alimento não deglutido; eructação; tosse; halitose e 
perda ponderal . 
Avaliação Diagnóstica 
Esofagografia contrastada c/ bário delineia o divertículo; 
Endoscopia geralmente contraindicada devido risco de ruptura. 
Complicações 
Pneumonia aspirativa; desnutrição e abscesso pulmonar 
Tratamento / Remoção cirúrgica. 
 
DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO - Divertículo Esofagiano 
HÉRNIA DE HIATO 
Caracterizada pelo alargamento do hiato esofagiano e a protrusão 
de uma porção do estômago através do diafragma para o interior da 
cavidade torácica; 
Causas: enfraquecimento muscular devido a : envelhecimento, 
carcinoma de esôfago, traumatismos de esôfago ou após 
procedimentos cirúrgicos. 
Fatores de risco: obesidade, gestação, trauma. 
HÉRNIA DE HIATO 
Tipos (padrões anatômicos): Axial ou Por Deslizamento 
Qdo o estômago e a JGE deslizam p/ cima, adentrando o tórax; 
Corresponde a cerca de 90 % dos casos 
Paraesofágica ( por rolamento) 
Quando a totalidade ou parte do estômago penetra no tórax; 
Deve-se + provavelmente a um defeito hiatal congênito; 
JGE permanece abaixo do tórax. 
Manifestações Clínicas (pode ser assintomática) 
Pirose; disfagia; regurgitação; dor torácica; 
Complicações 
Broncoaspiração; ulceração; hemorragia; gastrite. 
Avaliação Diagnóstica – RX e exame endoscópico. 
Tratamento - Alteração de hábitos alimentares; Evitar deitar após 
refeições / elevação da cabeceira do leito; Terapia c/ antiácidos; 
Reparo cirúrgico. 
GASTRITE 
Inflamação da mucosa gástrica 
Aguda – com duração de várias horas ou dias; 
geralmente de natureza transitória 
Irritação autolimitada da mucosa geralmente causada 
por: imprudências nutricionais, álcool, tabagismo, 
estresse intenso. 
Manifestações Clínicas: desconforto abdominal, cefaleia, 
desânimo, náuseas, anorexia, vômitos e soluços (alguns 
assintomáticos) 
Aspectos Fisiopatológicos: inflamação aguda da mucosa 
gástrica, que apresenta-se edemaciada e hiperemiada. 
Pode haver desprendimento da mucosa superficial (que 
não ultrapassa a muscular da mucosa). 
ou Crônica - resultante da exposição repetida aos 
agentes irritantes ou episódios recorrentes de gastrite 
aguda. 
Definida como presença de alterações inflamatórias 
crônicas na mucosa que resultam em atrofia da mucosa 
e metaplasia epitelial; 
Manifestações Clínicas: anorexia, azia, eructação, 
halitose, náuseas e vômitos, perda ponderal. 
Complicações: hemorragia, CA. 
Achados Diagnósticos: ex. físico, endoscopia, biópsia. 
Tratamento: evitar fatores de risco; dieta não irritante; 
hidratação; alimentação parenteral; medicamentos; 
ATB; SNE. 
Crônica - Pode ser causada por úlceras benignas ou malignas do 
estômago ou pela Helicobacter pylori. 
Principais causas / Fatores de risco: Helicobacter pylori, dieta, 
abuso cafeína, medicamentos, álcool, tabagismo... 
Aspectos fisiopatológicos: Há infiltração de linfócitos e/ou 
plasmócitos associada à atrofia e metaplasia epitelial. 
A gastrite ocorre 
quando a 
bactéria se 
instala na 
mucosa e causa 
sua inflamação. 
Diagnósticos de Enfermagem 
Ansiedade relacionada com o tratamento; 
Dor aguda relacionada com a mucosa gástrica irritada; 
Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades 
corporais;relacionada à ingestão inadequada de nutrientes. 
 
Planejamento e Metas de Enfermagem 
Ansiedade reduzida; 
Prevenção contra alimentos irritantes; 
Ingesta adequada de nutrientes; 
Manutenção do equilíbrio hídrico; 
Alívio da dor; 
Consciência aumentada do tratamento nutricional. 
 
ÚLCERA PÉPTICA 
As úlceras pépticas são aquelas causadas pela ação do suco 
gástrico na parede do duodeno, estômago ou esôfago - por 
excesso de produçãode suco gástrico ou por déficit na produção 
de muco protetor. 
As principais causas são: abuso de anti-inflamatórios e infecção 
pelo H.pylori. 
Há uma correlação estatística entre o consumo de anti-
inflamatórios e a redução de produção de muco gástrico 
protetor, com aumento consequente de risco de 
desenvolvimento de lesão de mucosa. 
 
Há, também, correlação de maior incidência de lesões de 
mucosa gástrica e a colonização desta mucosa por 
Helicobacter pylori. 
As úlceras duodenais são mais comuns que as gástricas e acometem 
principalmente indivíduos entre 30 e 50 anos de idade. As úlceras 
gástricas são mais comuns em pessoas acima dos 60 anos. 
Fatores Etiológicos 
H. Pylori; AINE (anti-inflamatório não esteróide – AAS; ibuprofeno; 
naproxeno) ; Anormalidades da secreção ácida (HCl); Síndrome de 
Zollinger-Ellison * 
ÚLCERA PÉPTICA 
* Síndrome de Zollinger-Ellison - Também conhecida como Gastrinoma, esta é 
uma doença ulcerosa péptica grave, recorrente e refratária associada a 
esofagite concomitante; as úlceras podem ser atípicas na sua localização, 
como o jejuno, porém a maioria ocorre em locais habituais. 
Fatores de Risco 
Medicamentos; história familiar; tabagismo; estresse; álcool; 
DPOC; IRC 
Aspectos Fisiopatológicos 
A erosão geralmente está associada à concentração aumentada 
de ácido e/ou à resistência reduzida da mucosa. A mucosa 
lesionada perde a capacidade de secretar muco suficiente para 
atuar como barreira. 
Manifestações Clínicas 
Dor abdominal (epigástrica); Desconforto no QSD; pirose; vômitos; 
anorexia; perda ponderal; constipação; sangramento (hematêmese ou 
melena); anemia ; pode haver diarréia. 
ALERTA DE ENFERMAGEM 
Geralmente a dor é aliviada após alimentação, porém retorna 2-3 horas 
após; Dor intensa e súbita no mesogástrio, irradiando p/ o ombro 
direito pode indicar perfuração da úlcera. 
Complicações 
Hemorragia intensa; Perfuração; Obstrução por edema ou 
cicatrizes 
Avaliação Diagnóstica 
Ex. Físico; endoscopia; biópsia; pesquisar sg oculto nas fezes. 
Tratamento 
METAS: erradicar o H. pylori, alívio dor e tratar a acidez gástrica. 
Os métodos incluem: medicamentos (antiácidos,inibidores de H2, 
ATB) alterações no estilo de vida, reeducação alimentar, tto 
cirúrgico. 
Educação em Saúde 
Ensinar ao cliente a identificar sinais e sintomas de 
sangramento; 
Promover alterações saudáveis no estilo de vida e incluir 
nutrição adequada, interrupção do tabagismo e do consumo 
de álcool, estratégias p/ redução do estresse; 
Ensinar o propósito, a dosagem e os efeitos colaterais da 
medicação em uso. 
Diagnósticos de Enfermagem 
Dor aguda relacionada com à erosão da mucosa ou perfuração. 
Déficit de volume relacionado c/ a hemorragia. 
Déficit de conhecimento relacionado ao tratamento 
farmacológico e à doença. 
Ansiedade relacionada ao processo patológico. 
Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais 
relacionada ao processo patológico da úlcera. 
 
Distúrbios 
intestinais 
inflamatórios agudos 
# Apendicite; 
# Diverticulite ; 
# Doença de Crohn; 
# Colite 
Peritonite 
Inflamação do peritônio (membrana serosa interna da cavidade 
abdominal que recobre a víscera). 
Resulta de infecção bacteriana, pode ser causada por fontes 
externas (acidentes ou trauma). 
Causada pelo vazamento 
dos conteúdos dos 
órgãos abdominais na 
cavidade abdominal. 
Manifestações clínicas 
Dor difusa, tendendo a se tornar constante e localizada; agrava com 
o movimento. 
A musculatura apresenta-se rígida; 
Peristalse diminuída; 
Náuseas e vômitos; 
Aumento da temperatura e da FC; 
Leucocitose – quase sempre. 
Complicações - Sepse 
Tratamento 
Hidratação; 
Analgesia; 
Antieméticos; 
Sondagem e sucção intestinal 
ajudam a aliviar a distensão 
abdominal; 
Oxigenoterapia; 
Antibiotecoterapia; 
Cuidados de enfermagem 
Avaliação da dor, da função 
gastrointestinal; 
Caracterização da dor; 
Colocar o paciente de lado 
com os joelhos flexionados – 
diminuir a tensão nos órgãos; 
Cuidados com drenos 
(observar o tipo de 
drenagem); 
Prevenir deslocamento 
acidental dos drenos. 
Apendicite 
# Apêndice – pequeno 
anexo semelhante a um 
dedo com cerca de 10 cm 
de comprimento, ligado ao 
ceco. 
 
# Como sua luz é pequena e 
seu esvaziamento 
insuficiente, está propenso 
à obstrução e é vulnerável 
à infecção – apendicite. 
Epidemiologia 
É a causa mais comum de dor no quadrante inferior 
direito da cavidade abdominal. 
Os homens são mais afetados que as mulheres; os 
adolescentes mais que os adultos. 
Incidência maior entre as idades de 10 a 30 anos. 
O apêndice torna-se inflamado e edemaciado como resultado de 
obstrução ou torção, por fecaloma, tumor ou corpo estranho. 
A inflamação aumenta a pressão intraluminal iniciando uma dor 
progressiva e intensa , generalizada ou na região abdominal 
superior, dentro de poucas horas torna-se localizada no 
quadrante inferior direito. 
Pode ficar repleto de secreção purulenta. 
Fisiopatologia 
Manifestações clínicas 
# Dor; 
# Febre baixa; 
# Vômitos; 
# Perda de apetite; 
# Sensibilidade no 
 ponto de McBurney 
 quando é aplicada uma 
pressão; 
# Sensibilidade de rechaço pode 
estar presente (dor quando a 
pressão é aliviada). 
 
Cicatriz umbilical 
Crista ilíaca direita 
Cuidados de enfermagem 
Aliviar a dor; 
Reduzir a ansiedade; 
Preparar para cirurgia; 
Colocar o paciente em 
posição de Semi-Fowler: 
reduz a tensão sobre a incisão 
e órgãos abdominais – dor. 
Histórico e achados diagnósticos 
Exame físico completo; Testes laboratoriais - Leucocitose; RX. 
Complicações 
Perfuração – peritonite. 
 
Tratamento 
Cirúrgico; 
Antibioticoterapia; 
Hidratação; 
Analgesia. 
Doença Diverticular 
Diverticulite – resulta quando a retenção de alimento e de 
bactéria em um divertículo produz infecção e inflamação, 
podendo impedir a drenagem e levar à perfuração ou à 
formação de abscesso. 
Doença de Crohn – é uma inflamação subaguda e/ou crônica que 
se estende desde a mucosa intestinal através das camadas da 
parede do intestino. 
Fisiopatologia 
A formação de fístulas, fissuras e abcessos ocorre à medida que 
a inflamação se estende ao peritônio. As lesões não estão em 
contato contínuo umas com as outras e encontram-se separadas 
por um tecido normal. Granulomas ocorrem na metade dos 
casos. À medida que a doença avança, a parede intestinal torna-
se espessa e fibrosa, com a luz intestinal mais estreita. 
Manifestações 
clínicas 
 Dor abdominal; 
Diarréia; Perda de 
peso; Nutrição 
inadequada; 
 Anemia secundária; 
Febre; Leucocitose. 
Diagnóstico 
 Rx com contraste; Proctosigmoidoscopia; 
Exame de fezes; Hemograma completo; 
 Níveis de albumina e proteínas. 
Colite 
Doença inflamatória e ulcerativa da camada mucosa do 
cólon e reto. 
Maior incidência dos 30 aos 50 anos. 
Acompanhada por complicações sistêmicas e uma alta 
taxa de mortalidade. 
De 10 a 15% dos pacientes desenvolvem carcinoma de 
cólon. 
Fisiopatologia 
A colite afeta a mucosa superficial do cólon e é caracterizada por 
ulcerações múltiplas, inflamações difusas e descamação do 
epitélio colônico. 
Ocorre sangramento como 
resultado das ulcerações. 
As lesões são contínuas ocorrendo 
uma após a outra. 
O processo da doença começa no 
reto e pode envolver todo o cólon. 
Eventualmente, o intestino fica 
estreito, mais curto e mais 
endurecido em razão da hipertrofia 
muscular e dos depósitos de 
gordura. 
Manifestações clínicas 
 Diarréia; 
 Dor abdominal; 
 Tenesmo intermitente; 
 Sangramento retal; 
 Anorexia; 
 Perda de peso; 
 Febre;Vômito e desidratação; 
 Cólica; 
 Urgência para evacuar 
Diagnóstico 
Exame de fezes; 
Testes 
laboratoriais; 
 Sigmoidoscopia; 
 Enema de bário; 
Tratamento – o tratamento tanto para a doença de Crohn como 
para a Colite visa a redução da inflamação, a supressão de 
respostas imunes inadequadas e a provisão de repouso para a 
doença intestinal. 
Dieta e ingesta de 
líquidos – líquidos 
orais ; dieta com 
pouco resíduo, maior 
aporte de proteína e 
caloria ; terapia 
suplementar e 
reposição de ferro 
para atender às 
necessidades 
nutricionais. 
 Terapia medicamentosa : 
sedativos, medicamentos 
antidiarréicos, 
corticosteróides, 
imunosupressores e 
psicoterapia. 
CIRROSE HEPÁTICA 
Doença crônica caracterizada pela substituição de tecido hepático 
normal, por tecido fibrótico, alterando a funcionalidade do fígado. 
Pode ser: alcoólica, pós-necrótica (hepatite) e biliar (obstrução e 
infecção biliar). 
As porções do fígado envolvidas são os espaços porta e periportais. 
Nessas áreas de inflamação os dutos biliares ficam obstruídos de pus 
e bile. Ocorre formação de novos canais biliares resultando de 
crescimento excessivo dos tecidos. 
Fisiopatologia: Doença caracterizada por episódios de necrose 
envolvendo as células hepáticas. Coma destruição elas são 
substituídas gradualmente por tecido cicatricial. 
Manifestações clínicas: febre, icterícia, hepatomegalia, obstrução 
porta e ascite, infecção e peritonite, varizes GI, edema,deficiência de 
vitaminas (A, C e K) e anemia, além de deterioração mental. 
Tratamento Médico: tratar os sintomas. 
 
HDA 
A hemorragia digestiva alta pode ocorrer em decorrência das 
varizes esofagianas sangrantes. Essas varizes são veias tortuosas e 
dilatadas encontradas na submucosa da parte inferior do esôfago. 
 
Devido à obstrução portal, o sangue busca novas vias para o 
retorno ao átrio direito, utilizando assim vasos colaterais, que não 
possuem elasticidade sendo tortuosos e frágeis, de fácil 
rompimento e sangramento, podendo resultar em choque. 
 
Manifestações clínicas: hematêmese, melena, queda do estado 
mental (nitrogênio e amônia resultantes do sangramento) e 
físico. 
Tratamento médico: Vasopressina e Propranolol (diminuição na 
pressão porta), tamponamento por balão (Sonda de Segstaken-
Blakemore), escleroterapia endoscópica e tratamento cirúrgico.

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