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Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Biologia Profª Drª Carla Ferreira Rezende Por que existem tantas espécies de vermes? Por que existem tantas espécies de vermes? Esse grupo não é um grupo monofilético “Vermes” termo informal de denominar organismos sem pernas e de corpo mole, cujo comprimento exceda a largura. Simetrial Bilateral – caráter que define o grupo bilateria (grupo monofilético) “Vermes” são tripoblásticos Apresentam uma terceira camada germinativa o mesoderma, do qual derivam suas fibras musculares. A presença do mesoderma é uma importante diferença dos Cnidários porque separa as fibras musculares das células das duas outras camadas. Filogenia de triploblásticos deuterostomado prototosmado Simetria bilateral Ctenophora Ectoderma, endoderma e mesoderma Sinapses com acetilcolina, esperma com acrossomo Bento-pelagico, simetria bilateral, corpo com pólo apical , boca vental, apomorfias Clivagem principalmente radial, o blastoporo dá origem ao ânus, enterocélio com formação de bolsa externa do estômago Blastoporo se torna boca + anus, células multiciliadas, larva trocóf0ra Fonte: Nilsen 1995 Protostomados e deuterostomados Moore. 2003 Clivagem espiral Endomesoderma geralmente derivado de um blatomero 4d Em celomados protostomados o celoma esquisiocelico Clivagem mais radial Endomesordema a partir de bolsas enterocélicas (exceto cordados) Em celomados, o celoma forma-se a partir de bolsas enterocélicas (exceto cordados que são esquiozocélicos) Boca formada a partir do blastóporo Ânus formado a partir do blastóporo Esqueletos hidrostáticos Os animais de corpo mole, sem esqueleto duro, utilizam esse fator para reestender seus músculos, a maioria utilizando um corpo cavidade cheia de fluídos. Escavadores (anelídeos e muitos vermes) – contração circular x contração longitudinal Movimento em ondas (nematódeos, anelídeos poliquetas e muitos outros) Jato de propulsão (octopus, lula, sibas, e também algumas águas-marinhas) - Ondas musculares (platelmintos) – lenta propulsão Esqueletos hidrostáticos Filo Platyhelminthes Características gerais Plano básico de organização bilateral que foi amplamente explorado no reino animal Triblásticos, mesoderma desenvolvido em um folheto germinativo bem desenvolvido Cefalização foi estabelecida juntamente com a simetria bilateral Sistema mesenquimatoso de fibras musculares Animais com sistema excretor simples O hábito parasita em muitos platelmintos levou a muitas adaptações especializadas, tais como os órgãos de adesão Características gerais Filogenia de Platyhelminthes Classe Turbelaria São considerados um grupo parafilético. As sinapomorfias como epiderme afundada e desenvolvimento ectolécito agrupam alguns turbelários como filogeneticamente mais próximos dos Trematoda, Monogena e Cestoda. Classe Turbelaria Classe Trematodea São todos parasitas, quando adultos quase todos parasitas de vertebrados Adaptações ao parasitismo: glândulas de penetração ou glândulas para a produção de material para cistos, órgãos de adesão tais como ventosas e ganchos, aumento da capacidade reprodutiva. Classe Trematodea Classe Cestoda Forma e Função Epiderme celular ciliada Células de radbitos Formam um envoltório protetor ao redor do corpo Presença de um parênquima mesodérmico composto de corpos celulares não contráteis de células musculares. Parênquima mesodérmico Forma e Função Sistema adesivo duoglandular Duas glândulas viscosas Uma glândula liberadora As secreções das células glandulares viscosas aparentemente firmam os microvilos das células de ancoragem no substrato, e secreções das células glandulares liberadas Nutrição e digestão Boca e Faringe Câmara faríngea Nutrição e digestão Se alimentam de crustáceos, nemátodes, rotíferos e insetos Apreendem sua presa com a extremidade anterior, enrola seu corpo ao redor da presa e estende sua probócite e suga o alimento em pequenas quantidades Excreção e osmorregulação Células-flama Tubo osmoregulatório Células-flama Excreção e osmorregulação Os protonefrídeos dos tubelários funcionam principalmente como estruturas de osmorregulação. Os protonefrídeos dos tunerlarios podem ocorrer em bulbos denominados de células-flama e podem ocorrer isoladamente ou em pares. Imagem Brusca e Brusca Sistema nervoso - Turbelaria Sistema nervoso evoluiu em associação com a simetria bilateral Concentração de órgãos do sentido na extremidade anterior da cabeça Imagem Brusca e Brusca Sistema nervoso – Trematodae Sistema nervoso em forma de escada O glânglio cerebral inclui dois lóbulos bem definidos conectados por uma comissura transversal dorsal. Imagem Brusca e Brusca Sistema nervoso – Cestodea O glânglio cerebral é um anel nervoso complexo localizado no escólex Reprodução e regeneração Reprodução assexuada É comum entre os turbelários de água doce e terrestres Normalmente ocorre por fissão transversal Reprodução Sexuada Todos são monóicos (hermafrotitas) Clivagem espiral – característica de protostômios Testículo anterior ovário útero Reprodução Sexuada ovário testículo Poro genital comum Pênis Hábito parasitário e Ciclo de vida Classe Trematoda Subclasse Digenea Essa subclasse tem ciclo de vida indireto, o primeiro hospedeiro intermediário sendo um molusco e o hospedeiro definitivo um vertebrado. Exemplos: Fasciola hepatica S. mansoni Classe Trematoda Ovo Miracídio Rédia Cercária Adulto Ciclos de vida - Trematoda sub classe Digenea Após a fertilização, os zigotos são liberados via fezes do hospedeiro, urina ou catarro Após alcançar a água são ingeridos por um parasita hospedeiro intermediário ou eclodem como larvas ciliadas livres-natantes (miracídios) Muitas gerações assexuadas ocorrem no hospedeiro intermediário, finalmente produzindo formas livres natantes chamadas cércarias Ciclo de vida de Schistosoma mansoni Classe Monogenea Todos são parasitas Maioria de peixes Apenas um hospedeiro Larva oncomiracídeo que se fixa ao hospedeiro Ciclos de vida – Monogenea Apresentam ciclos de vida simples com apenas um hospedeiro Maioria ectoparasita de peixes Adulto vivem em câmaras do hospedeiro oncomiracídio Classe Cestoda Corpos Longos e achatados Com uma série linear de conjuntos de órgãos reprodutivos. Cada conjunto é chamado de proglótide. Ciclos de vida - Cestodea Arquitetura corporal em Bilateria Acelomados Esqueleto = água do interior das células e dos espaços dos tecidos Pseudocelomados Esqueleto = água do interior do pseudoceloma Celomados Esqueleto Água do interior do celoma Arquitetura – cavidades do corpo As cavidades do corpo estão relacionados com um esqueleto hidrostático muito mais eficiente. Característica que evoluiu separadamente várias vezes. Por isso essa característica não é um guia para filogenia. Celomas são cavidades do corpo envoltas pelo mesoderma em todos os lados. Pseudoceles não constituem um único tipo de cavidade: aqui serompe a classificação tradicional. Os pseudocelomados estão reunidos pela ausência de uma camada de mesoderma entre a cavidade e o intestino. Hemoceles são blastoceles persistentes (a primeira cavidade formada) expandidas e preenchidas por sangue, agindo tanto como cavidade do corpo quanto substitutos para os sistemas de sangue canalizado. Ocorrem em Moluscos e Artrópodes. Características gerais de Nematoda Tripoblásticos, bilaterais, vermiformes, não- segmentados, blastocelomados Corpo circular em seção transversal e coberto por uma cutícula em camadas; crescimento em juvenis geralmente acompanhado do descarte de cuticular. Com órgãos sensorais cefálicos chamados de anfídios; alguns possuem órgãos sensoriais caudais chamados de fasmídios. Trato digestivo completo, várias estruturas bucais arranjadas em um padrão radialmente simétrico A maioria com sistema excretor único, compreendido por uma ou duas células renete ou um conjunto de túbulos coletores Sem estrutura de especiais para circulação ou trocas gasosas Características gerais de Nematoda Parede corporal possui apenas músculos logitudinais (sem músculos circulares) Epiderme celular ou sincicial (que secreta cutícula), formando cordões longitudinais alojando cordões nervosos Dióicos, machos geralmente com extremidade posterior em forma de gancho Características gerais de Nematoda Classe Adenophorea (Aphasmida) Apresentam quimiorreceptores cefálicos (anfídios) Fasmídios caudais ausentes Sistema excretor comparativamente simples, não cutilizado e sem túbulos coletores Maioria de vida livre Classe Adenophorea (Aphasmida) Classe Secernentea (Phasmida) Apresenta anfídios cefálicos e fasmídios caudais Sistema excretor comparativamente complexo, com alguns ductos cuticularizados e e túbulos coletores bem desenvolvidos A maioria é parasita Classe Secernentea (Phasmida) Parede do corpo, sustentação e locomoção Corpo recoberto por cutícula bem desenvolvida e com complexo padrão de camadas, secretada pela epiderme. A cutícula é um dos responsáveis por permitir a invasão de ambientes hostis, como solos terrestres secos e o trato digestivo de hospedeiros. Parede do corpo, sustentação e locomoção A textura da cutícula é extremamente variável entre os nematódeos. Os parasitas geralmente possuem uma densa camada de cutícula, enquanto a maioria das formas de vida livre e marinhas não possuem essa camada Parede do corpo, sustentação e locomoção Superfície do corpo espessa Cutícula acelular secretada pela epiderme adjacente (Hipoderme) A hipoderme é sincical e seus núcleos ficam situados em quatro cordões hipodérmicos que se projetam internamente Epiderme (Ectoderme) T. Digestório (Endoderme) Pseudoceloma (Mesoderme) Pseudoceloma boca Pseudoceloma Intestino Faringe Anel nervoso cutícula ovário Poro excretor Poro reprodutivo Ânus Sistema digestório completo Boca (anterior) Ânus (posterior) Boca Camada de quitina sobre a epiderme O sistema locomotor depende totalmente dos músculos que trabalham contra a cutícula e a pressão interna. Não existem cílios. O movimento é obtido pela contração de quatro blocos de músculos longitudinalmente. A coordenação do sistema ocorre principalmente por força hidráulica. A locomoção é possível apenas quando existe solo ou tecido para trabalhar contra a pressão do corpo. Parede do corpo, sustentação e locomoção Alimentação Estilete para perfurar a presa Boca e lábio para se fixar a parede intestinal do hospedeiro Tubo digestivo Faringe muscular boca Intestino longo não muscular ânus Circulação Não há estruturas gasosas ou trocas gasosas especiais nos nematodeos Estas funções são realizadas por difusão e movimentos dos fluídos das cavidades corporais Metabolismo aeróbicos e anaeróbicos são observados nesse filo e muitos podem mudar o mecanismos de acordo com as concentrações de oxigênio. Reprodução Dióicos, dimorfismo sexual Macho com espículas copulatórias Fêmea Macho Fêmea Ascaris lumbricoides 2 – os ovos fecundados podem permanecer nos solos por anos 3- desenvolvimento 4- ingestão 5 – eclosão, perfuram a parede do intestino atingindo veias e vasos e são levados até os pulmões 6-Nos pulmões arrombam alvéolos e são levados até a traqueia 7-ao alcançar a faringe os jovens são engolidos e e passam pelo estomago amadurecem e passam ao intestino Wuchereria bancrofti Elefantíase ou filariose linfática Inflamação e obstrução do sistema linfático, crescimento excessivo dos tecido conjuntivo e um enorme inchaço das partes afetadas Fitoparasitas Meloidogyne Pratylenchus spp Radopholus Meloidogyne Galhas causadas pelo ataque do gênero Meloidogyne em cana-de-açúcar. Fonte: Dinardo-Miranda Meloidogyne Galha causada pelo parasitismo de nematóides do gênero Meloidogyne em cana-de-açúcar. Fonte: Barbosa, B. F. F. Meloidogyne Pratylenchus Lesões em raiz de algodoeiro causadas por Pratylenchus brachyurus Pratylenchus Pratylenchus brachyurus no interior de raiz de algodoeiro Radopholus Radopholus Radopholus Radopholus
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