Buscar

IMUNOLOGIA_TEXTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMUNOLOGIA 
Órgãos do Sistema Imunitário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituintes do Sistema Imunitário 
 
• Diferentes tipos de leucócitos e macrófagos (células efetoras); 
• A medula vermelha dos ossos e o timo, onde se formam e diferenciam os leucócitos (órgãos 
linfóides primários); 
• O baço, os gânglios linfáticos, o apêndice, as amígdalas e as adenóides onde se concentram 
os leucócitos (órgãos linfóides secundários). 
 
Neutrófilos 
 
 
São granulócitos com núcleo polilobado e constituem 60 a 70% de todos os leucócitos. 
Circulam no sangue e o seu tempo de vida é de apenas algumas horas ou dias. 
Realizam a fagocitose e são os primeiros a chegar aos tecidos infectados, atraídos por 
quimiotaxia. 
 
 
Basófilos 
 
 
São granulócitos com núcleo volumoso de forma irregular, que constituem menos de 2% de 
todos os leucócitos. 
Quando ativados liberta substancias, como a histamina, que produzem uma resposta 
inflamatória. 
 
 
Eosinófilos 
 
 
 
São granulócitos com núcleo bilobado e constituem cerca de 2% de todos os leucócitos. Têm 
atividade fagocítica limitada, particularmente dirigida a parasitas. 
Reduzem a reação inflamatória, pela produção de enzimas que degradam as substâncias 
químicas produzidas pelos basófilos. 
 
 
 
Monócitos 
 
 
Agranulócitos de pequenas dimensões com núcleo em forma de ferradura. 
Constituem cerca de 5% de todos os leucócitos. 
Circulam no sangue durante poucas horas e depois migram para os tecidos, aumentam de 
tamanho e transformam-se em macrófagos. 
Os macrófagos são células de grandes dimensões, que vivem muito tempo e são muito 
eficientes na fagocitose. 
 
 
Linfócitos 
 
 
Agranulócitos com núcleo esférico e volumoso. 
Constituem cerca de 30% de todos os leucócitos. 
Os linfócitos B, quando activados, diferenciam-se em plasmócitos, que produzem anticorpos, 
e em células de memória. 
Os Linfócitos T contribuem para a activação dos Linfócitos B e destroem células infectadas 
por vírus e células cancerosas. 
Defesa do Organismo 
O conjunto de processos fisiológicos que permite ao 
organismo reconhecer corpos estranhos ou anormais, com consequente neutralização ou 
eliminação, designa-se imunidade. 
Nas superfícies das membranas celulares existem glicoproteínas que, por serem únicas em 
cada indivíduo, funcionam como um sistema de identificação para o sistema imunitário. São 
os marcadores celulares. 
Os leucócitos, produzidos na medula vermelha dos ossos e no tecido linfático, são libertados 
no sangue e transportados pelo corpo. 
 
A partir do sangue passam para os tecidos onde levam a cabo funções de reconhecimento e de 
defesa. 
 
 
 
 
 
 
Defesa não específica 
 
A defesa não especifica, ou imunidade inata, inclui o conjunto de processos através dos quais 
o organismo previne a entrada de agentes estranhos e os reconhece e destrói, quando essa 
entrada acontece. 
A resposta do organismo é sempre a mesma, qualquer que seja o agente invasor e qualquer 
que seja o número de vezes que este contata com o organismo. 
Não se verifica especificidade, nem memória. 
 
 
Barreiras Anatómicas e Secreções 
 
Previnem a entrada de agentes estranhos no organismo. 
 
• A pele e as mucosas, quando intactas, não permitem a entrada de agentes patogénicos. 
• As secreções das glândulas sebáceas e sudoríparas inibem o desenvolvimento da maior parte 
das bactérias. 
• A lisozima, presente nas lágrimas e na saliva, o acido clorídrico produzido no estômago e o 
muco do revestimento ciliado das vias respiratórias destroem os microrganismos e/ou 
expulsam-nos do organismo. 
 
Reação Inflamatória 
 
 
 
A reação inflamatória é uma sequência complexa de acontecimentos que ocorre quando 
agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras físicas de defesa do organismo. 
Envolve mediadores químicos e fagócitos. 
 
 
Libertação de histaminas e outros mediadores químicos, por 
células lesionadas, mastócitos e basófilos, no tecido contaminado por agentes patogénicos. 
 
 
Vasodilatação e aumento da permeabilidade dos capilares sanguíneos da zona atingida. 
Como consequência, aumenta o fluxo sanguíneo no local e uma maior quantidade de fluido 
intersticial passa para os tecidos envolventes. A zona atingida manifesta rubor, calor e 
edema. 
A dor que acompanha a reação inflamatória é causada pela ação de substâncias químicas nas 
terminações nervosas locais e pela distensão dos tecidos. 
 
Os neutrófilos e os Monócitos são atraídos por quimiotaxia, deixam os vasos sanguíneos por 
diapedese e dirigem-se aos tecidos infectados. 
Os neutrófilos são s primeiros a chegar e começam a realizar a fagocitose dos agentes 
patogénicos. 
Chegam a seguir os monócitos, que se diferenciam em macrófagos. 
Os macrófagos fagocitam os agentes patogénicos e os seus produtos, os neutrófilos destruídos 
no processo e as células danificadas. 
 
 
O pus que se acumula no local da infecção é formado por microrganismos e fagócitos mortos e 
por proteínas e fluidos que saíram dos vasos sanguíneos. 
O pus é absorvido e, ao fim de alguns dias, verifica-se a cicatrização dos tecidos. 
 
Quimiotaxia 
Migração de células imunitárias (como os neutrófilos) atraídas por sinais químicos libertados 
por células lesionadas. 
Diapedese 
 
 
Migração de Leucócitos dos capilares sanguíneos para os tecidos, através dos poros existentes 
entre as células das paredes dos capilares. 
 
 
 
Fagocitose 
 
 
 
Captura, por endocitose, de células ou restos de células que são destruídas em vesículas 
digestivas. 
As células que realizam fagocitose são os fagócitos (sobretudo macrófagos e neutrófilos). 
 
 
 
 
 
Resposta Sistêmica 
 
 
 
Quando os agentes patogénicos são particularmente agressivos, é acionada uma reação 
inflamatória sistémica, que ocorre em várias partes do organismo: 
• Aumento do número de leucócitos em circulação; 
• Febre. 
 
 
O aumento do número de leucócitos em circulação resulta da estimulação da medula óssea 
por substâncias químicas produzidas por células lesadas. 
 
 
A febre pode ser desencadeada por toxinas produzidas pelos agentes patogénicos ou por 
pirogênicos produzidos por leucócitos. Estas substâncias atuam sobre o hipotálamo e regulam 
a temperatura do corpo para um valor mais alto. 
A febre moderada é benéfica dado que acelera as reações do organismo, estimulando a 
fagocitose e a reparação dos tecidos lesados. 
Inibe, igualmente, a multiplicação de alguns microrganismos. 
 
 
 
Interferon 
 
São proteínas produzidas por certas células atacadas por vírus que se difundem para células 
vizinhas, induzindo-as a produzir proteínas antivirais. 
Estas proteínas bloqueiam a replicação do vírus, limitando o seu alastramento. 
 
 
 
Sistema de Complemento 
 
 
Conjuntos de cerca de 20 proteínas que circulam no plasma, na sua forma inativa. 
Quando a primeira é ativada, produz-se uma reação em cadeia em que cada proteína ativa 
outra numa sequencia predeterminada. 
Os efeitos deste sistema são amplos. 
Traduzem-se na lise de bactérias, na limitação da mobilidade de agentes patogénicos, 
facilitando a fagocitose, na atração de leucócitos ao local da infecção (quimiotaxia), no 
estímulo de células do sistema imunitário, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidade Adquirida 
 
A defesa específica, ou imunidade adquirida, inclui o conjunto de processos através dos quais 
o organismo reconhece os agentesinvasores e os destrói de uma forma dirigida e eficaz. 
Ao contrário do que acontece com a defesa não especifica, a resposta do organismo ao agente 
invasor melhora a cada novo contato. 
 
Verifica-se especificidade e memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antígenos 
 
Todos os componentes moleculares que desencadeiam uma 
resposta específica são antígenos ou antígenos. 
Podem ser moléculas superficiais de bactérias, vírus ou outros microrganismos, toxinas 
produzidas por bactérias ou mesmo moléculas presentes no pólen, pêlo de animais e células 
de outras pessoas. 
Um antígeno possui várias regiões capazes de serem reconhecidas pelas células do sistema 
imunitário. Cada uma dessas regiões é um determinante antigénico ou epítopo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfócitos B e Linfócitos T 
As principais células que intervêm na defesa específica do 
organismo são os linfócitos B e os linfócitos T. 
Ambos se formam a partir de células estaminais da medula vermelha dos ossos. 
As células precursoras dos linfócitos T migram para o Timo, onde completam a sua 
maturação. 
As células precursoras dos linfócitos B sofrem as transformações na medula óssea. 
 
Imunocompetência 
 
 
 
 
Durante a maturação dos linfócitos B e T, estes adquirem receptores superficiais para 
numerosos e variados antígenos, passando a reconhecê-los e tornando-se células 
imunocompetentes. 
O conjunto de linfócitos com receptores para um determinante antigénico constitui um clone. 
Seguidamente, passam para a circulação sanguínea e linfática e 
encontram-se em grande quantidade em órgãos do sistema linfático, como o baço ou os 
gânglios linfáticos. 
Cada pessoa possui uma enorme variedade de linfócitos B e T, com diferentes receptores, 
capazes de reconhecer um número quase infinito de moléculas estranhas. 
 
 
Repostas Imunitárias Específicas 
 
 
 
Tradicionalmente, os mecanismos de defesa específica do organismo são divididos em 
imunidade humoral e imunidade celular. 
 
 
 
Imunidade humoral 
 
 
 
A imunidade humoral é mediada por anticorpos que circulam no sangue e na linfa e que são 
produzidos após o reconhecimento do antígeno por linfócitos B. 
Um anticorpo é uma proteína específica produzida por plasmócitos em resposta á presença de 
um antígeno, com o qual reage especificamente. 
 
 
 
 
 
 
Os anticorpos são uma forma solúvel dos receptores existentes na superfície dos linfócitos. 
 
A defesa do organismo, através da imunidade humoral, envolve os seguintes acontecimentos: 
1. Reconhecimento de determinantes antigénicos por linfócitos B com receptores específicos; 
2. Ativação do clone de linfócitos B que entra em divisão celular; 
 
3. Diferenciação, em plasmócitos, de parte das células do clone de Linfócitos B ativado, 
diferenciação de outra parte em linfócitos B de memória. 
Os plasmócitos são células produtoras de anticorpos, que são libertados no sangue e na linfa. 
Os linfócitos B de memória são células que ficam no sangue por longos períodos de tempo e 
que respondem rapidamente num segundo contato com o mesmo antígeno. 
4. Interação dos anticorpos com o antígeno e sua destruição; 
5. Morte dos plasmócitos e degradação dos anticorpos, após a destruição do antígeno, 
diminuindo a sua concentração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anticorpos 
 
 
Os anticorpos pertencem a um grupo de proteínas globulares designadas Imunoglobulinas. 
Apresentam estrutura em forma de “Y”, constituída por quatro cadeias polipeptídicas, duas 
cadeias pesadas e duas cadeias leves. 
As cadeias polipeptídicas possuem uma região constante, muito semelhante em todas as 
imunoglobulinas, e uma região variável. 
 
 
Na região variável das imunoglobulinas existem sequências de aminoácidos 
que lhes conferem uma conformação tridimensional particular e que permitem interações 
eletrostáticas específicas. 
È nesta região que se estabelece a ligação com o antígeno, formando o complexo antígeno-
anticorpo. 
Como um antígeno pode possuir vários determinantes antigénicos e os anticorpos são 
específicos para esses determinantes, um mesmo antígeno pode ligar-se a vários anticorpos. 
 
 
 
 
 
Mecanismos de ação dos anticorpos 
 
• Precipitação – ligação de moléculas solúveis do antígeno, formando complexos insolúveis 
que precipitam. 
 
• Aglutinação – Os anticorpos agregam os agentes patogénicos, neutralizando-os e 
tornando-os acessíveis aos macrófagos. A aglutinação é possível porque cada anticorpo tem 
pelo menos dois locais de ligação ao antígeno. 
 
 
• Intensificação da fagocitose – a ligação anticorpo-antígeno estimula 
a aderência dos macrófagos e a fagocitose, dada a ligação entre as regiões constantes dos 
anticorpos e os receptores das membranas dos fagócitos. 
• Neutralização – A fixação dos anticorpos sobre vírus ou toxinas bacterianas impede a sua 
entrada nas células. 
• Ativação do sistema de complemento – O complexo anticorpo-antígeno ativa uma 
das proteínas do sistema e desencadeia a reação em cascata que ativa todo o sistema. 
 
 
Mecanismos de reação dos anticorpos 
 
A presença do complexo antígeno-anticorpo amplifica a resposta inflamatória e a eliminação 
celular já iniciada de uma forma não específica. 
 
 
 
Classes de Imunoglobulinas 
A região constante das imunoglobulinas interage com outros elementos do sistema imunitário 
e possui características que permitem distinguir cinco classes. 
Diferentes classes de imunoglobulinas predominam em diferentes fases da infecção e em 
diferentes fluidos do organismo. 
 
 
Imunidade Celular 
 
 
 
A imunidade celular é mediada pelos Linfócitos T e é particularmente efetiva na defesa do 
organismo contra agentes patogénicos intracelulares, pela destruição de células infectadas, e 
contra células cancerosas (vigilância imunitária). 
É, também, responsável pela rejeição de enxertos e de transplantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. O processo tem início com a apresentação do antígeno aos Linfócitos T auxiliares (Th). 
 
 
 
As células apresentadoras podem ser macrófagos, que fagocitaram e processaram agentes 
patogénicos, podem ser Linfócitos B, células cancerosas, células infectadas ou células de 
outro organismo. 
 
 
Após fagocitar e digerir agentes patogénicos, formam-se fragmentos de moléculas com poder 
antigénico que são inseridas na membrana do macrófago. 
 
Assim, os macrófagos exibem na sua superfície o antígeno, apresentando-o aos Linfócitos Th 
que o reconhecem devido aos receptores específicos que possuem ficando ativados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. O Clone dos linfócitos T auxiliares divide-se e diferencia-se em linfócitos T citotóxicos (Tc) 
e Linfócitos T de memória. 
 
Os Linfócitos T auxiliares também libertam mediadores químicos (Citocinas) que estimulam a 
fagocitose, a produção de interferons e a produção de anticorpos pelos linfócitos B. 
 
 
3. Os Linfócitos T citotóxicos ligam-se ás células estranhas ou infectadas, libertando 
perforina, uma proteína que forma poros na membrana citoplasmática, provocando a lise 
célula. 
 
4. Os Linfócitos T de memória desencadeiam uma resposta mais rápida e vigorosa num 
segundo contato com o mesmo antígeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Imunitária Primária 
 
O primeiro contato do organismo com um antígeno origina uma resposta imunitária primária,durante a qual são ativados Linfócitos B e T que se diferenciam em células efetoras e de 
memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Imunitária Secundária 
 
Eliminado o antígeno, as células efetoras desaparecem. 
As células de memória permanecem no organismo e dão origem a uma nova resposta 
imunitária secundária, mais rápida, intensa e prolongada, num segundo contato com o mesmo 
antígeno. 
Esta propriedade designa-se memória imunitária. 
Imunização 
 
 
A memória imunitária está na base da imunização artificial através da vacinação. 
Uma vacina é uma solução preparada com antígenos tornados inofensivos, como por exemplo, 
microrganismos mortos ou atenuados ou toxinas inativas. 
 
A vacina desencadeia no organismo uma resposta imunitária primária e formam-se células de 
memória. 
 
 
 
 
Disfunções do sistema imunitário 
 
 
O sistema imunitário pode revelar várias deficiências no seu funcionamento dando origem a 
desequilíbrios e doenças. 
Algumas doenças resultam da incapacidade do sistema imunitário responder com eficácia aos 
agentes que ameaçam o organismo e designam-se genericamente, imunodeficiências. 
Outras doenças resultam de uma reação excessiva do sistema imunitário, ou 
hipersensibilidade, em relação a agentes estranhos inócuos ou aos próprios constituintes do 
organismo. 
 
 
Imunodeficiência congénita ou inata 
A falta de Linfócitos T traduz-se numa maior sensibilidade a agentes infecciosos 
intracelulares, vírus e cancros e a falta de Linfócitos B traduz-se numa maior sensibilidade a 
infecções extracelulares. 
A imunodeficiência grave combinada (SCID) caracteriza-se pela ausência de Linfócitos B e T. 
Os doentes são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes 
completamente estéreis. 
Tratamento por transplante de medula óssea ou terapia génica. 
 
 
Imunodeficiência Adquirida – SIDA 
 
 
A SIDA é causada pelo vírus da Imunodeficiência humana, HIV. 
O HIV é um vírus de RNA (retrovírus) que infecta principalmente os Linfócitos Th, mas 
também outros Linfócitos, macrófagos e células do sistema nervoso. 
 
 
 
 
 
No interior da Célula hospedeira, o RNA viral é transcrito para DNA pela 
transcriptase reversa e o DNA é integrado no genoma. 
Quando ativo, o DNA viral dirige a produção de novos vírus que causam a destruição da célula 
hospedeira e infectam novas células. 
A diminuição progressiva do número de Linfócitos T deixa o organismo muito susceptível a 
doenças oportunistas e cancros. 
Um indivíduo infectado pelo HIV reage á sua presença produzindo anticorpos – diz-se 
soropositivo. 
Os vírus que se encontrem no interior de células infectadas escapam á ação de anticorpos. 
Um indivíduo soropositivo, mesmo sem sintomas clínicos, pode transmitir o HIV. 
 
 
Não há cura nem vacina para a doença, mas a sua progressão pode ser retardada por drogas 
inibidoras da transcriptase reversa (AZT) e das proteases e inibidores da ligação do vírus ás 
células hospedeiras. 
 
 
 
 
 
 
Conceito de Alergia 
 
 
As alergias são reações de hipersensibilidade a certos antígenos ambientais, os alérgenos. 
Pólen, ácaros, pó, esporos, pêlo de animais, certos produtos químicos e alimentares, por 
regra inofensivos, são alérgenos comuns para algumas pessoas, desencadeando uma resposta 
aberrante do sistema imunitário. 
Podem conduzir a consequências graves com lesões de tecidos e órgãos. 
 
 
 
Alergias – Hipersensibilidade imediata 
 
 
 
Num primeiro contato com o alérgenos, os Linfócitos B são estimulados e diferenciam-se em 
plasmócitos que produzem anticorpos específicos da classe IgE. 
Esses anticorpos ligam-se a mastócitos e a basófilos. 
 
 
 
 
 
 
Num segundo contato, o antígeno liga-se aos anticorpos IgE 
presentes na superfície dos mastócitos e basófilos e estimula estas células a libertar grandes 
quantidades de histamina. 
A histamina desencadeia uma reação inflamatória intensa que é responsável pelos sintomas 
da alergia, como por exemplo, espirros, erupções cutâneas e contração dos músculos das vias 
respiratórias. 
 
 
 
 
 
 
Alergias – Hipersensibilidade Tardia 
 
 
 
Não se inicia nas horas seguintes à exposição ao antígeno. 
Está associada a reações imunitárias mediadas por células (imunidade celular) com respostas 
muito intensas dos Linfócitos T e macrófagos que podem provocar lesões nos tecidos. 
Os eczemas de contato, por exposição repetida a lixívia cosméticos, cimento, tintas, metais, 
etc, enquadram-se nestas alergias. 
 
 
 
Choque Anafilático 
 
Algumas reações alérgicas podem conduzir a um choque Anafilático, que é provocado pela 
diminuição brusca da pressão arterial em consequência do aumento da permeabilidade dos 
vasos sanguíneos. 
Os sintomas das alergias podem ser tratados com medicamentos anti-histamínicos. 
 
 
 
 
 
Doenças Auto-imunes 
 
As doenças auto-imunes resultam de uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário 
contra antígenos próprios. 
 
Existem vários tipo de doenças auto-imunes, cujos sintomas se relacionam com o tipo de 
tecido que é atacado e destruído pelo sistema imunitário do próprio organismo. 
São exemplos de doenças auto-imunes: 
• Esclerose múltipla – Linfócitos T destroem a mielina dos neurónios. Os sintomas incluem 
várias alterações neurológicas; 
• Artrite Reumatóide – Inflamação dolorosa das cartilagens articulares que são destruídas; 
 
• Lúpus – O sistema imunitário produz anticorpos contra vários tipos de moléculas próprias, 
incluindo histonas e DNA. Caracteriza-se por erupções da pele, febre e disfunção renal. 
 
• Diabetes insulinodependentes - São destruídas as células do pâncreas que produzem 
insulina.

Outros materiais