Buscar

AD2 2015.2 Currículo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO A Distância 2 – 2015-2
Disciplina: CURRÍCULO
Coordenação: RITA DE CASSIA FRANGELLA
Tutores: BONNIE AXER e ROBERTA SALLES
Nome: Rosa Henrique Rios Polo: Itaguaí
Nossa proposta de trabalho agora é de estudo e pesquisa autônoma.
Pesquise e escolha um artigo sobre a temática curricular e faça uma resenha crítica dele.
Texto em 2 ou 3 páginas.
Currículo escolar: a prática pedagógica absorvendo a pluralidade cultural
“O currículo no cotidiano escolar - Conversa com Corinta Geraldi e Regina Leite Garcia” (Currículo sem fronteira, v.7, n.2, PP.112-130, Jul/Dez 2007), de Ines Barbosa de Oliveira, apresenta duas entrevistas feitas com pesquisadoras reconhecidas no Brasil e envolvidas em estudos referentes aos cotidianos escolares, objetivando pontuar práticas de significação, cultura, identidade, e as preocupações da teorização política e crítica que ainda informam os debates sobre currículo. 
Após atentar-me na leitura do artigo, me conduzindo pelos pontos propostos e pelos estudos já efetuados sobre a temática central, foi possível perceber a existência de elementos essenciais a construção e desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, que colocam em questão todo aprendizado recebido, afetando a prática curricular, devido ao conflito gerado entre a teoria e a prática docente. Com isso, é preciso avaliar e refletir sobre as diferentes concepções de ensino-aprendizagem e a realidade escolar na qual está inserido, buscando aperfeiçoar constantemente a metodologia aplicada para que seja mais condizente com a necessidade do aluno.
A autora entende que essas questões tem dificultado a compreensão da dinâmica do currículo como cultura e prejudicado a análise da diferença no interior do espaçotempo da escola e do currículo. Por isso, seu objetivo com essa entrevista é conceitualizar o currículo como espaçotempo de fronteiras no qual interagem diferentes tradições culturais, tendo por referencia seus diversos pertencimentos, e em que se pode viver de muitas formas.
As pesquisadoras entrevistadas, ao longo de toda a conversa contam por meio de narrativas pessoais, suas trajetórias, memórias e práticas relativas aos processos de buscar na vida cotidiana e na permanente reinvenção do ato de pesquisar elementos de compreensão ampliada das realidades escolares, falando das experiências vividas e das pessoas que com elas estão e estiveram nos diferentes espaçostempos dos quais tem participado em suas formações e na de seus grupos, identificando a importância de cada uma para a ação coletiva.
Elas se mostraram contentes com a possibilidade de organizar um pouco do imenso acervo de suas vidas de pesquisadoras-educadoras-militantes da educação, trazendo para a conversa episódios, situações vivenciadas criadas, reflexões a respeito de suas trajetórias e dos seus grupos de pesquisa, levando a perceber o campo do currículo como presente em toda narrativa, cada hora de um modo, percebido por meio de uma história, um diálogo ou uma reflexão, sem nunca se dissociar dos demais aspectos aqui debatidos e todos seus componentes, pois, para a autora, a interlocução é uma condição necessária ao processo de aprendizagem.
Segundo a autora, foi possível reconhecer nas passagens elementos sobre o campo de currículo e as convicções que as levaram a serem, além de curriculeiras, cotidianistas. Corinta cita que rompeu com as regras dos currículos, ainda como estudante em início de carreira, apontando sobre a reflexão no campo do currículo em sua vertente cotidianista, quando narra situações das quais emerge a consciência da provisoriedade, o questionamento do conhecimento, a abordagem das práticas cotidianas e dos ensinamentos que elas nos trazem, as angústias e prazeres da vida na docência, nos mais diferentes espaçostempos. Pois muitas vezes não só a aula não cumpre o previsto, como o plano global tem que ser revisto, aprendemos a lidar com o tempo, espaço, diferenças culturais, saberes, construindo o aprendizado na prática, no planejamento coletivo, na partilha e na ampliação dos conhecimentos e saberes.
Althusser (1983) pontuou a escola como Aparelho Ideológico do Estado (AIE), instrumento da classe dominante que impõe seu poder político, para a reprodução das relações sociais favorecendo a continuidade de seu poder. Contudo, a escola é uma instituição da sociedade, lugar privilegiado das lutas sociais e das disputas ideológicas. As contradições que vivem os professores e alunos são levadas para o convívio escolar, portanto, o processo ensino aprendizagem perpassa pelos conflitos entre as classes, marcando assim a reprodução social, pois o sujeito se constrói e se constrói em relação com o meio, o conhecimento não é construído da mesma forma pelos sujeitos, logo, as realidades diferenciadas apontam necessidades diferentes de aprendizagem, de conteúdo e de relações. 
Os saberes produzidos nos embates cotidianos as aulas içam na memória dos que partilharam/construíram o processo, onde só permanece na memória o que for significativo, peculiar, marcante. Pois, aprende-se muito com o improviso, a construção de cada aula envolve um percurso cheio de imprevistos coordenados adequadamente àquele grupo de alunos, naquele momento, num dado contexto, levando em conta os saberes já apreendidos. Pois, às vezes, a aula que parecia tão adequada, tem um resultado insatisfatório, desastroso, sendo preciso contornar, buscar conteúdos que atenda as reais necessidades, além das decisões imprevisíveis que precisam ser tomadas durante as aulas.
Durante a conversa com Regina, floresce, também, uma rica narrativa de episódios e circunstancias consideradas por ela formadoras e suficientemente emblemáticas, pois, sua trajetória de professora-pesquisadora-militante da educação a faz concluir que tudo o que se faz na escola tem um caráter político, nada é neutro. Ela cita sua primeira experiência em fazer-se professora, numa escola cuja preocupação era contribuir para que o processo de ensino aprendizagem se desse em plenitude, participando de um projeto político pedagógico comprometido com uma qualidade social, ou seja, todos comprometidos com o sucesso de todas as crianças. Foi compreendendo que a prática pedagógica era um espaço de formação continuada, pois, no cotidiano de ser professora, estava em processo de formação, onde a aprendizagem resultava da reflexão coletiva sobre a prática nas reuniões pedagógicas. “Naquele coletivo de profissionais muito mais experientes do que eu, aprendi que só ensina quem aprende ao ensinar”, portanto, acreditar que já domina o método de ensinar, sem buscar explicações para o sucesso de uns e o fracasso de outros, demonstra que nada aprende ao ensinar.
É interessante quando a entrevistada declara que no curso normal ensinaram “o bom método de alfabetizar”, mas não ensinaram os diferentes métodos de aprender, e o que parecia simples, a prática buscava compreender por que não dava certo, pois, ensinava as crianças igualmente usando o melhor método, mas, umas aprendiam e outras não.
Atualmente, a LDBN nº 9.394/96 oferece possibilidades aos Projetos Políticos Pedagógicos de organizarem os tempos e espaços escolares diferente da seriada, a tradicional organização do ensino no Brasil. Sendo preciso definir no PPP os critérios escolhidos para a enturmação e os movimentos dos estudantes na escola, citando também as possibilidades de espaço que serão oferecidos para a aprendizagem dos alunos, uma organização curricular coerente com os objetivos da educação que se quer praticar, a forma de participação dos segmentos da escola, além de expor também a forma e finalidade da avaliação escolar, assim, originando a um Regimento que sirva as intenções da educação que será desenvolvida, buscando a autoavaliação constante sobre as conquistas e dificuldades frente às metas e propostas firmadas.Com base no conteúdo descrito, foi possível refletir sobre as múltiplas funções que a tríplice escola-professor-aluno assume na contemporaneidade dentro de uma perspectiva de educação que colabore para que os sujeitos sejam capazes de conduzir e de governar a própria vida tendo como articulador da discussão a elaboração de uma base nacional comum para o currículo escolar, pude verificar também, que diversas pesquisas realizadas propuseram que a compreensão sobre currículo tem variado, e hoje temos várias definições que buscam compreender a relação entre a prática curricular e o processo ensino aprendizagem, associando a ideia de que o currículo não é apenas o conjunto de conhecimentos que a escola se propõe a trabalhar por meio das disciplinas escolares.
Referencias bibliográficas:
OLIVEIRA, Ines B. O currículo no cotidiano escolar - Conversa com Corinta Geraldi e Regina Leite Garcia. Currículo sem fronteiras, v.7, n.2, pp.112-130, Jul/Dez 2007
�� �

Outros materiais