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A Liberdade na visão de John Locke, Rousseau e Stuart Mill

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Discente: Franklin Helder Nunes de Souza
Docente: Carlos Lima
Disciplina: Filosofia
Curso: Direito
Turno: Noturno
Salvador 28/09/2015
A Liberdade na visão de John Locke, Rousseau e Stuart Mill
Nunca acreditei que a liberdade do homem consiste em fazer o que quer, mas sim em nunca fazer o que não quer, e foi essa liberdade que sempre reclamei que muitas vezes conservei, e me tornou mais escandaloso aos olhos dos meus contemporâneos. Porque eles, ativos, inquietos, ambiciosos, detestando a liberdade nos outros e não a querendo para si próprios, desde que por vezes façam a sua vontade, ou melhor, desde que dominem a de outrem, obrigam-se durante toda a sua vida a fazer o que lhes repugna, e não descuram todo e qualquer servilismo que lhes permita dominar. Segundo a concepção individualista do filósofo John Locke, a existência do individuo é anterior a da sociedade e do estado, os homens viviam em um estágio pré-social e pré-político caracterizado pela liberdade e igualdade, o estado de natureza, onde a liberdade, a vida e a propriedade são direitos naturais. Ao contrario de Locke e Rousseau, o filósofo Stuart Mill não considera a liberdade um direito natural do homem, não faz parte do estado de natureza. Um bom governo propicia o desenvolvimento das boas qualidades dos governados e a liberdade, que é necessária para o desenvolvimento e promotora da diversidade. Com a liberdade o indivíduo age em direção aos seus interesses, desde que não atrapalhe o interesse dos outros. Se o comportamento de um indivíduo atrapalhar o de outro, irá arcar com as conseqüências estabelecidas pela sociedade. 
John Locke e Rousseau vêem a liberdade como direito natural do homem, porém Locke via uma necessidade de leis que protegessem a liberdade, a vida e a propriedade, que era excluída e culpada do fim do estado de natureza para Rousseau, criando assim uma sociedade civil, que para Rousseau gerava a desigualdade entre os homens. Stuart Mill não vê a liberdade como um direito natural do homem, acredita que essa ajuda no desenvolvimento da sociedade e deve ser proporcionada por um bom governo. O homem tem o direito natural de ser proprietário de sua própria liberdade. Para entender melhor, devemos perceber que a propriedade é um conceito-chave na teoria de Locke: a liberdade é um bem natural de cada um dos indivíduos. No estado de natureza, anterior à instituição da sociedade, os homens tem o direito de defender suas propriedades, estando incluídas a vida e a liberdade. A instituição do estado se dá pela troca de uma pequena parte dos direitos em troca da criação de leis e instituições que consolidem ainda mais seus direitos. Sendo assim, a sociedade não suprime totalmente a liberdade, mas a regulamenta, criando mecanismos legais para defendê-la.

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