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EVOLUÇÃO DA NUTRIÇÃO E DO USO DE ALIMENTOS E NUTRIENTES
Fonte: www.google.com.br
HISTÓRICO
Nestes últimos anos, a eficiência da produção dos rebanhos foi decididamente aumentada, devido às novas descobertas realizadas no campo da alimentação e da nutrição dos animais. Foram importantes essas descobertas que revolucionaram muitos conhecimentos e teorias do passado. Rações que eram consideradas ideais há alguns anos podem agora ser radicalmente melhoradas pela aplicação dos resultados delas.
A nutrição teve seu início como uma arte, cujos fundamentos foram uma mescla de instintos, hábitos, experiências, conjecturas e folclores. Definem-se como instinto os atributos congênitos, que não são hábitos e que levam o animal a atuar de uma forma determinada, sem prévia experiência. Segundo a teoria de Darwin, alguns instintos foram desaparecendo devido a uma menor utilização. Outros foram sendo fixados por hereditariedade e outros ainda foram mudados por dispositivo genético, permitindo aos animais a se adaptarem às condições do meio. A fome é um instinto que nasce com o animal e permite a ele distinguir o comestível do não comestível. A nutrição vai ensiná-lo a separar o que deve e pode usar.
Para atender às necessidades alimentares do homem, houve necessidade de domesticar e criar os animais, atualmente em grande parte em confinamento, gerando problemas de nutrição. Esses fatos, aliados à produtividade pelos criadores, representaram um estresse para os animais, fazendo com que as exigências nutritivas fossem revisadas pelos pesquisadores e, a partir daí, a nutrição deixou de ser apenas uma arte para se transformar numa ciência.
Isso começou com os químicos estudando a composição dos alimentos, os quais eram formados de entidades químicas com características nutritivas, denominadas nutrientes. Em seguida, os fisiologistas começaram a se interessar pelo conhecimento de como funciona a máquina biológica. O desenvolvimento dessa área de conhecimento permitiu estabelecer as necessidades do organismo em nutrientes. Funções como digestão, trabalho muscular, reprodução e lactação passaram a ser bem interpretadas, levando ao estabelecimento de relações como dieta-saúde e dieta-produção animal.
Posteriormente, foi observado que as reações são catalisadas por enzimas e o seu controle é endócrino, o que trouxe apoio para os enzimologistas e endocrinologistas. Os estudos para estabelecer a digestão dos carnívoros e herbívoros mostraram que a fibra é digerida pelos microrganismos, tornando importante o papel do bacteriologista. Animais de uma mesma categoria, recebendo um dado alimento, apresentavam respostas diferentes na produção, o que foi explicado mais tarde pelos geneticistas. Ao mesmo tempo, surgiram dúvidas quanto à interpretação e à quantificação das diferenças no desempenho de animais semelhantes que recebem a mesma dieta, que foram explicadas pelos estatísticos com o uso da matemática.
A nutrição como ciência se baseia em varias disciplinas e qualquer técnico que tiver bom conhecimento de uma delas, aliado ao conhecimento geral das outras, poderá ser um bom nutricionista. Observe-se que o interesse do nutricionista não é nos alimentos e sim nos nutrientes que constituem o alimento.
 Distribuição da nutrição dentro de cada disciplina conforme suas necessidades.
Zootecnia
Química Enzimologia Fisiologia Física Endocrinologia Bacteriologia Citologia Genética Matemática. 
Evolução do uso de alimentos e nutrientes.
A evolução do uso de alimentos para as principais espécies de valor econômico pode ser vista na tabela abaixo. Observa-se que em 1900, era dada uma melhor alimentação para os animais monogástricos, havendo também certa preocupação com o bovino de leite, pois este proporcionava resposta imediata para o criador. O bovino de corte recebeu alimentação mais pobre e o estudo de sua nutrição evoluiu mais lentamente.
Em uma série de experimentos realizados e publicados em 1969, a Universidade de Purdue (USA) demonstrou os resultados dos progressos obtidos na nutrição animal naqueles últimos 50 anos, alguns dos quais serão vistos a seguir:
Evolução do uso de alimentos para bovinos, suínos e aves.
	Espécie
Animal
	ANO
	
	1900
	1930
	1960
	2001
	Bovino de corte
	Pasto
	Pasto 
	+ uréia
+ melaço
	+ ração balanceada
+ minerais
+ ADE
	Bovino de leite
	Pasto
Milho
	+ silagem
	+ melaço
+ farelo de algodão
+ sal
+ uréia
+ farelo de trigo
	+ ração balanceada
+ minerais
+ ADE
	Suínos
	Pasto
Milho
Abóbora
Inhame
	+ farinha de ossos
+ alfafa
	+ ração balanceada
	+ minerais
+ vitaminas
+ aditivos
	Aves
	Pasto 
Milho
	+ farinha de ossos
+ aveia
	+ ração balanceada
	+ minerais
+ vitaminas
+ aditivos
 
Observa-se que quando foi comparada a ração recomendada em 1908 com a de 1958, esta produziu um ganho de peso 42% maior que aquela, com reduções de 30% na conversão alimentar e de 33% no custo por Kg de ganho.
Dentre vários pontos fundamentais no progresso obtido nos últimos anos, destacam-se três:
Identificação e determinação dos requerimentos de minerais, vitaminas e aminoácidos essenciais; utilização de promotores de crescimento e enzimas nas rações;
Reconhecimento da importância do equilíbrio entre o nível de energia e os demais nutrientes da dieta;
Relação do custo da alimentação para produzir 1 Kg de carne.
Junto com o melhoramento e a sanidade, a nutrição constitui o sustentáculo mais importante da produção animal e o principal responsável pelo sucesso dessa exploração. Atualmente, as pesquisas são dirigidas para determinar requerimentos nutricionais em níveis mais econômicos e procurar alimentos alternativos, de modo a alimentar os animais e produzir a custos economicamente viáveis.
Embora a nutrição animal seja considerada uma das ciências mais desenvolvidas no campo da zootecnia ainda existe muitos fatores de produção para serem pesquisados. Segundo Scott et al., muitos nutrientes requeridos pelos frangos de corte já foram isoladas e identificados, mas ainda existem fatores de crescimento não identificados. Segundo eles, os solúveis secos de destilarias, o soro em pó de leite, a levedura seca de cerveja, a farinha de miscélia de antibiótico, outros solúveis de fermentação e certos alimentos naturais têm sido mencionados como boas fontes de fatores de crescimento não identificados. 
Com o aumento da comercialização dos produtos animais, procuraram-se novas abordagens que atendessem os padrões de qualidade exigidos pelos países importados. Dentre as diversas ferramentas de gestão de segurança alimentar pode-se citar o sistema APPCC.
O sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC – HACCP) relaciona-se completamente com a produção de alimentos inócuos e procura identificar os perigos relacionados à inocuidade para o consumidor que podem ocorrer em uma linha de produção, estabelecendo os processos de controle.
Os perigos são classificados de acordo com sua natureza e podem ser biológicos, químicos ou físicos.
Perigos biológicos: bactérias, vírus e parasitas patogênicos e toxinas microbianas;
Perigos químicos: pesticidas, herbicidas, contaminantes tóxicos inorgânicos, antibióticos, promotores de crescimento, aditivos alimentares tóxicos, lubrificantes, tintas, desinfetantes, toxinas naturais.
Perigos físicos: fragmentos de vidro, metal e madeira ou outros objetos que possam causar dano físico ao consumidor (feridas na boca, dentes quebrados ou outro tipo de lesão que necessite de intervenção médica para retirar o agente do organismo do consumidor).
Assim, a “Análise de Perigos” é a designação atualmente empregada para a atividade de pesquisa que se destina a revelar, por meio do exame de matérias-primas, processos, práticas, pessoal, produtos, equipamentos e instalações, a presença propriamente dita ou a possibilidade de ocorrência (ou presença) de perigos. O Ponto Crítico significa todo o local ou situação onde pode estar presente o perigo, ou uma série destes (contaminação; sobrevivência e reprodução demicrorganismos; contaminação e/ ou presença de substâncias tóxicas). Assim, o Controle dos Pontos Críticos determina uma operação (prática, procedimento ou processo) ou um passo na operação, na qual uma medida do controle preventivo poderia ser exercida para eliminar ou minimizar o risco (ex: controle do binômio tempo X temperatura de um pasteurizador).

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