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METODOS_DE_FORMULACAO_DE_RACAO

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Métodos de Formulação de Ração
MÉTODOS DE FORMULAÇAO DE RAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho contém um estudo de balanceamento de rações, com o objetivo de facilitar o feitio de rações para várias espécies. O balanceamento dos alimentos possibilita uma dieta adequada, ocasionando uma maior eficiência na utilização dos alimentos, aumentando a produção e reduzindo o tempo e custo.
A alimentação é o insumo mais oneroso de uma produção, quando adequada aos animais é um fator essencial para o êxito da criação, para tanto alguns princípios são aplicados ao balanceamento de todos os tipos de rações.
2. POR QUE FORMULAR RAÇÕES
 Nenhum alimento sozinho fornece os nutrientes necessários para atender às várias fases de vida do animal e sua produção;
Os animais são forçados a produzir mais em menos tempo;
Solos exauridos (volumosos mais pobres) e confinamento dos animais;
Fatores antinutricionais e princípios tóxicos dos alimentos ou mesmo contaminantes tem sido estudados e, descobertos (forma de eliminá-los). Ex: aquecimento da soja ( inibidores de Tripsina. Flúor em fosfatos naturais ( defluorização (F é tóxico).
3. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
3.1. Os animais têm uma exigência (requisito) diária de nutrientes para mantença e produção. Para elaborar determinada quantidade de produto, o animal deve receber a quantidade necessária de nutrientes.
3.2. As exigências são expressas de duas maneiras:
Quantidade exigida de cada nutriente durante um período de 24 horas (kg/ dia). Usada mais para animais alimentados individualmente, tais como: vaca leiteira, cavalo e o cão;
Quantidade expressa como porcentagem da dieta e unidades por quilograma da dieta (% ou kg/100 kg de dieta). Indicado para animais alimentados coletivamente como as aves, suínos e bovinos de corte confinados.
3.3. As exigências são obtidas através de:
Publicações do NRC (National Research Council) dos Estados Unidos da América para cada espécie animal;
Publicações do AFRC (Agricultural and Fishery Reseach Council) da Inglaterra;
Publicações do INRA da França;
Outras fontes: Tabelas Brasileiras, obtidas por experimentação feita pelas Universidades (UFMG, UFV, etc) e Centro de Pesquisa (EMBRAPA).
4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS
4.1. Para balancear uma ração, é necessário conhecer-se a composição química de cada alimento. No uso das tabelas é importante saber a base que o alimento apresenta, uma vez que existem 3 maneiras de expressar.
Matéria Seca (MS) → a composição é fornecida no alimento completamente seco, ou seja, livre de umidade;
Seco ao Ar → a composição é fornecida no alimento com 90% de MS ou com 10% de umidade;
Matéria Natural (MN) ou como Oferecido ou como Ingerido → a composição é fornecida no alimento como ingerido pelo animal. 
4.2. Um dos pontos fracos no balanceamento de rações é a falta de dados precisos sobre a composição química dos alimentos. Utilizando composição que não correspondem ao real, ou seja, sub ou super estimando os valores. 
Outro ponto importante é que a composição dos alimentos deve estar na mesma base em que estão expressas as exigências do animal.
Conversões:
Nutriente ou fração de análise, de MN para MS:
 % do nutriente no alimento (MN) 
% do nutriente na MS do alimento = -------------------------------------------------------- x 100
 % de MS do alimento
Ex: Um alimento contém 3% de PB na MN e 25% de MS. Qual a porcentagem de PB na MS desse alimento?
 3 x 100
	% de PB na MS do alimento = ---------------- = 12%
 25
 	 3g de PB .................. 100g alimento na MN
 x .................. 25g de MS
	x = 12% de PB na MS
Nutriente ou fração de análise, de MS para MN:
 % do nutriente no alimento (MS) X % de MS do alimento
 % do nutriente na MN do alimento = ---------------------------------------------------------------------------
 100
Ex: Um alimento contém 12% de PB na MS e 25% de MS. Qual a porcentagem de PB na MN desse alimento?
	 12 x 25
	% de PB na MN do alimento = ------------------- = 3%
 100
12g ................ 25g alimento na MN
 x ................ 100g de MS
x = 3% de PB na MN.
Outras formas de expressar o nutriente:
Aminoácidos - % do alimento ou em % da proteína total do alimento.
Energia do alimento. 
 ( Nutrientes Digestíveis Totais (NDT), caloria (c), kilocalorias (kcal), joule (j), kilojoule
 (kjoule) e unidade alimento (UA).
 ( 1 caloria = 4,184 joule.
Proteína do alimento.
 ( Proteína bruta (PB), proteína digestível (PD) e proteína metabolizável (PM).
Minerais e vitaminas do alimento.
 ( Unidade Internacional (UI/ kg, UI/ lb), mg/ kg, parte por milhão (ppm) ou parte por bilhão
 (ppb).
5. TIPOS DE RAÇÕES
É importante que o tipo de ração deva ser definido antes de qualquer cálculo matemático, onde vai influenciar a concentração de nutrientes e quantidade de alimento ingerido. Quando na formulação de uma ração é importante atender várias situações, tais como:
5.1. Ração Completa - é um alimento nutricionalmente adequado para um dado animal, num estádio fisiológico definido. Apresentada em fórmulas específicas, completas, e, usada como dieta única, é capaz de manter a vida e a produção, sem que o animal necessite consumir mais nada, além de água.
5.2. Suplemento Concentrado ou Concentrado Comercial – é um alimento usado com outro para melhorar o balanço nutritivo ou a eficiência do conjunto. Utiliza-se da seguinte maneira:
Fornecido sem diluição para suplementar outro alimento;
Oferecido como livre escolha com outros ingredientes da ração, mas disponíveis separadamente;
Diluído e misturado com outros alimentos, a fim de produzir uma ração completa.
O oferecimento será livre ou restringido, em especial dos suplementos concentrados, dados a possibilidade de se usar substâncias que, no nível de concentração do suplemento, podem oferecer riscos para o animal.
A ração quanto à forma física pode ser:
Seca → 10-12% de umidade ou em torno de 90% de MS;
Semi-Úmida → 25-30% de umidade ou em torno de 70% de MS;
Úmida → 65-70% de umidade ou em torno de 30% de MS (silagem ou alimento enlatado).
Quanto ao processamento principal, a ração pode ser:
Farelada → ração cujos ingredientes foram moídos, pesados e misturados;
Peletizada ou Granulada → ração cujos ingredientes, foram moídos, misturados e, prensados, formando pequenos comprimidos ou pèletes cilíndricos, de comprimento e diâmetro apropriado ao animal a que se destina;
Triturada ou Crumble (esmigalhar, migalha) → ração peletizada e posteriormente triturada grosseiramente em cilindros corrugados. É a mais usada para pintinhos nos primeiros dias de criação. Tem seu uso reduzido, devido ao custo elevado.
Extrusada → ração que, após a peletização, sofre um processo de extrusão, ou seja, logo aos o pèlete passar pelo crivo sob alta pressão (o que lhe dá o formato), cai em uma câmara de baixa pressão, havendo a explosão do pèlete. O processo gelatiniza, em parte, os grânulos de amido, aumentando a sua digestibilidade e a da ração como um todo. Outra forma de fabricação é extrusar primeiro os grãos e depois fazer a mistura. 
Estes processos utilizados na fabricação de rações peletizadas, trituradas e extrusadasimplicam em perdas de nutrientes, particularmente aqueles sensíveis ao calor, por isso, devem-se tomar precauções na formulação, aumentando os teores de vitaminas, ácidos graxos essenciais, alguns aminoácidos, antibióticos, etc, e, adicionando antioxidantes. 
6. PROCEDIMENTOS PARA O BALANCEAMENTO DE RAÇÕES
6.1. Caracterização do animal a ser alimentado: categoria, idade, PV, produção estimada (ganho de peso, leite, teor de gordura, etc);
6.2. Obtenção das exigências nutricionais de acordo com o animal caracterizado;
6.3.Conhecimento das limitações dos animais para os alimentos, selecionando os mais adequados à espécie em questão;
6.4. Levantamento e quantificação dos alimentos disponíveis, de sorte que a ração seja:
Nutricionalmente equilibrada;
Palatável;
Sem perigo para a saúde do animal ou do consumidor humano;
Sem risco para as pessoas que vão manuseá-la;
Econômica.
6.5. Usando processos convenientes, calcular a quantidade de cada ingrediente a ser adicionada para fazer a ração desejada;
6.6. Programação da alimentação, incluindo recomendações práticas (quantidade de ração, número de alimentação/ dia, etc).
7. MÉTODOS USADOS NA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
Os métodos existentes oferecem varias alternativas, cabendo ao técnico a escolha que mais lhe convier, quando a solução puder ser obtida por mais de uma via. 
Portanto, os métodos são:
7.1. Tentativa e erro - Técnica de ajustamento;
7.2. Quadrado de Pearson ou método do quadrado;
7.3. Processos algébricos;
7.4. Computação - Rações de mínimo custo.
7.1. Tentativa e erro - Técnica de ajustamento.
Se o técnico não dispõe de computador com programa apropriado, a saída é lançar mão de tentativas e conseqüentemente erros. Neste método nenhum esquema matemático é utilizado, sendo o cálculo feito por aumento ou diminuição das quantidades dos alimentos até que se atendam as exigências. Preferivelmente o indivíduo, com alguma base pensa na composição e calcula os resultados. 
Ex: Formular uma ração concentrada para vaca leiteira com 22% de proteína bruta.
	Alimentos
	kg
	kg de proteína/ 
kg de ingrediente
	kg de proteína fornecido
	Milho (grão)
	64,00
	0,087
	5,68
	Farelo de soja
	34,00
	0,500
	17,00
	Farinha de Osso Autoclavada
	1,00
	0,000
	0,00
	Sal
	1,00
	0,000
	0,00
	
TOTAL
	
100,00
	
	
22,68
Neste cálculo de 100 kg da mistura fornecem 22,68 kg de proteína ou 22,68%. Como a proteína é mais elevada que a percentagem desejada de 22% poder-se-ia aumentar o milho e diminuir o farelo de soja ou, então, recalcular.
Na prática, este é o processo mais usado pelo técnico de campo.
7.2. Quadrado de Pearson ou Método do quadrado.
É um método simples e muito usado. Observar cuidadosamente o seguinte:
Neste método, somente podem ser usados 2 alimentos ou 2 grupos de alimentos previamente misturados;
É importante que para usar este método, um dos ingredientes possua um teor acima e o outro, abaixo do valor desejado para a mistura;
Coloca-se no centro do quadrado a exigência do animal (em %) em um nutriente (geralmente a PB);
À esquerda do quadrado coloca-se a composição dos ingredientes a serem misturados (um em cada vértice);
Subtrai-se em diagonal os valores da composição, em relação à exigência e assim, nos vértices da direita tem-se a proporção dos ingredientes que serão misturados e atenderão às necessidades;
Ajustar as proporções em %.
7.2.1. Cálculo com 2 alimentos:
1) Ex: Misturar milho (M) com 9,0% de proteína bruta (PB) e um concentrado contendo 40% de proteína bruta (PB), para obter uma ração com 23% de proteína bruta (PB).
M 9,0 17 partes do milho
Conc 40	14 partes de Concentrado
 ______________
 31 partes da mistura
Converter os resultados obtidos à base de 100 kg
31................... 17 31......................... 14
 ou
100.................... x 100........................... y
 x = 54,84 y = 45,16
Logo: 100 – 45,16 = 54,84 kg de Milho ou
 100 – 54,84 = 45,16 kg de Concentrado.
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Milho
	54,84
	4,94
	Concentrado
	45,16
	18,06
	
TOTAL
	
100,00
	
23,00
 
Podemos também determinar as proporções, dividindo 100 kg por 31,0 (poderia ser qualquer outro peso, 800 kg, tonelada, etc).
	100
	------ = 3,225 kg
	 31 
3,225 x 17,0 = 54,84 kg de Milho
3,235 x 14,0 = 45,16 kg de Concentrado
	 -----------------------
 TOTAL 100,00	
2) Ex: Misturar FM + FA para obter 75 kg de mistura com 12,0 kg de PB.
75,0 ..................12,0 kg PB
100,0 ................ x
 x = 16% de PB
 
 8,9 16,0
 32,0 7,1
 --------
 23,1
23,1 .......................16,0
75,0 ...................... x
x = 52,0 kg de Fubá de milho
y = 75,0 – 52,0 = 23,0 kg de Farelo de algodão. 
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Fubá de milho
	52,00
	4,64
	Farelo de algodão
	23,00
	7,36
	TOTAL
	75,00
	12,00
6.2.2. Cálculo com 3 alimentos:
Ex: Misturar milho (9% de PB), farelo de trigo (15% de PB) e farelo de soja (45% de PB), para obter uma ração com 20% de PB.
Composição da proteína da pré-mistura de farelo de trigo e milho
	Alimentos
	kg
	PB (%)
	Milho
	75,00
	6,75
	Farelo de trigo
	25,00
	3,75
	Total
	100,00
	10,50
 
PM 10,50 25 partes de PM
 FS 45,0 9,5 partes de FS
 ------------------------------
 34,5 partes da mistura
34,5 .................... 25
100 ..................... x
x = 72,46 kg de Pré-mistura (milho + farelo de trigo)
y = 100 – 72,46 = 27,54 kg ou % de Farelo de soja.
72,46 x 0,75 = 54,34 kg ou % de Milho
72,46 x 0,25 = 18,12 kg ou % de Farelo de trigo
 Composição da Ração
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Milho
	54,34
	4,89
	Farelo de trigo
	18,12
	2,72
	Farelo de soja
	27,54
	12,39
	TOTAL
	100,00
	20,0
6.2.3. Cálculo de ração com mais de 3 alimentos (fixando ingredientes como o sal, minerais, vitaminas, etc)
Ex: Balancear uma ração com 21% de proteína, usando Fubá de milho (9,0% de PB), Farelo de soja (45,0% de PB) e fixando 10% de Farelo de trigo (15% de PB), 5% de Raspa Integral de Mandioca (RIM) com 3% de PB, 0,5% de sal e 1,5% de minerais e vitaminas.
PB do FT e do RIM:
 10 x 0,15 = 1,5 kg de PB do FT
 5 x 0,03 = 0,15 kg de PB do RIM
 ------------------------------
 1,65 kg de PB total
21 kg de PB – 1,65 kg de PB = 19,35 kg de PB.
100 – 17 = 83 kg (falta)
Em 83 kg ração ……………. 19,35 kg PB
100 kg de ração …………… x
 x = 23,31% de PB 
 FS 45 14,31 partes do FS 
 FM 9 21,69 partes do M
 ---------------------------------
 36,0 partes da mistura
36 ................... 21,69
83 ...................... x
 x = 50 kg de FM
 
 y = 83,0 – 50 = 33 kg de FS.
Composição daRação:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Fubá de milho
	50,0
	4,50
	Farelo de soja
	33,0
	14,85
	Farelo de trigo
	10,0
	1,50
	RIMandioca
	5,0
	0,15
	Min + Vit’s
	1,5
	-
	Sal
	0,5
	-
	TOTAL
	100,0
	21,0
 
 
7.3. Processos ou Equações Algébricas
Como no quadrado de Pearson, é um método simples que leva também em consideração, o percentual desejado de um ou mais nutrientes.
É um cálculo mais rápido, embora tenha as mesmas limitações.
7.3.1. Cálculo de ração com 2 alimentos
Ex: Formular uma ração com 15% de PB, usando Raspa de mandioca (4% de PB) e Farelo de algodão (32,0% de PB).
x = kg de Raspa de mandioca.
Y = kg de Farelo de algodão.
 x + y = 100
 0,04x + 0,32y = 15 
 -0,04x – 0,04y = - 4,0
 0,04x + 0,32y = 15,0
------------------------------------
 0x + 0,28y = 11,0
 11,0
y = ---------- = 39,3 kg de Farelo de algodão
 0,28
x = 100 – y
x = 60,7 kg de Raspa de mandioca.
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Raspa de mandioca
	60,7
	2,4
	Farelo de algodão
	39,3
	12,6
	TOTAL
	100,0
	15,0
7.3.2. Cálculo de ração com 3 alimentos
Ex: Formular uma ração com 20% de PB, usando Milho (9,0% de PB), FT (15% de PB) e FS (45% de PB).
Fazer Pré-mistura:
PM: 75% Milho x 0,09 = 6,75
 25% FTrigo x 0,15 = 3,75
 ---------
 10,50
x = Pré-mistura
y = FS
 x + y = 100 - 0,105x – 0,105y = - 10,5 - 0,105y = - 10,5 
 0,105x + 0,45y = 20 0,105x + 0,45y = 20 0,450y = 20
 --------------------------
 0,345y = 9,5
 
onde: y = 27,54 kg de FS
x + y = 100
x = 100 – 27,54 = 72,46 kg de Pré-mistura.
72,46 x 0,75 = 54,34 kg de Milho
72,46 x 0,25 = 18,12 kg de FT.
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Milho
	54,34
	4,89
	FT
	18,12
	2,72
	FS
	27,54
	12,39
	TOTAL
	100,00
	20,00
 
7.3.3. Cálculo de ração com mais de 3 alimentos: fixando ingredientes (sal, minerais, vitaminas, etc).
Ex: Elaborar uma ração com 21% de PB, usando FM (9% de PB), FS (45% de PB) e fixos 10% de FT (15% de PB), 5% de RIM (3% de PB), 1,5% de minerais e vitaminas e 0,5% de Sal.
Pré-mistura: FT = 10 x 0,15 = 1,5
 RIM = 5 x 0,03 = 0,15
 -----------
 1,65 kg de PB
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	Milho
	50,0
	4,50
	FS
	33,0
	14,85
	FT
	10,0
	1,50
	RIM
	5,0
	0,15
	Min + Vit’s
	1,5
	-
	Sal
	0,5
	-
	TOTAL
	100,0
	21,00
Exercício: Formular uma ração com 15% de PB, usando Milho (8,7% de PB), FS (46% de PB) e fixos 7,5kg de calcário, 0,5kg de sal, 1,5% de fosfato bicálcico, 1,0kg de min e vit’s e 3,5kg de FT (15% de PB).
7.3.4. Formulação com 3 alimentos e 2 nutrientes: 
Ex: Formular uma ração com 18% de PB e 3000 kcal de EM/ kg, usando Milho (9% de PB e 3420 kcal EM/ kg), FS (45% de PB e 2280 kcal EM/ kg) e FT (15% de PB e 1500 kcal EM/ kg).
3 equações: 
quantidade (1)
PB (2)
EM (3)
a = kg de Milho;	 b = kg de FS; c = kg de FT.
a + b + c = 100
(2) 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18
34,20a + 22,80b + 15,00c = 3000
Por eliminação: (1) e (2)
 a + b + c = 100 -0,09a – 0,09b – 0,09c = -9
 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18
 -----------------------------------------
 (4) 0,36b + 0,06c = 9
(1) e (3)
 a + b + c = 100 - 34,20a - 34,20b – 34,20c = 3420
 34,20 + 22,80b + 15,00c = 3000 34,20a + 22,80b +15,00c = 3000
 --------------------------------------------------
 (5) - 11,40b – 19,20c = - 420
(4) e (5)
 0,36b + 0,06c = 9 (11,40) 4,104b + 0,684c = 102,6 
 - 11,40b – 19,20c = - 420 (0,36) - 4, 104b – 6,912c = - 151,2
 --------------------------------------------
 0 - 6,228c = - 48,6
Onde: c = 7,80 kg de FT.
Cálculo de b:
0,36b + 0,06c = 9 ( 0,36b + 0,06 x 7,80 = 9
0,36b = 9 – 0,468 ( b = 8,532 ( 0,36
b = 23,70 kg de FS. 
Cálculo de a:
a + b + c = 100 ( a = 100 – 23,70 – 7,80
a = 68,50 kg de Milho.
Composição da Ração:
	Alimentos
	Kg
	PB (kg)
	EM (kcal/ kg)
	Milho
	68,50
	6,16
	2342,7
	FS
	23,70
	10,67
	540,4
	FT
	7,80
	1,17
	117,0
	TOTAL
	100,00
	18,00
	3000,1
7.3.5. Formulação com mais de 3 alimentos e 2 nutrientes: 
Ex: Formular uma ração com 18% de PB e 3100 kcal de EM/ kg, usando FM (9% de PB e 3420 kcal de EM/ kg), FS (45% de PB e 2280 kcal de EM/ kg), FT (15% de PB e 1500 kcal de EM/ kg) e fixos 3% de óleo vegetal (8750 kcal de EM/ kg), 1,5% de min e vit’s e 0,5% de sal.
EM do óleo:	1 kg de óleo ............... 8750 kcal de EM
		3 kg de óleo ............... x
x = 26250 kcal de EM/ 100 kg de ração (3%) ou 262,50 kcal de EM/ kg de ração.
Exigência: 3100 kcal de EM/ kg de ração.
Déficit: 3100 – 262,50 = 2837,5 kcal de EM/ kg.
(1) a + b + c = 95 (100 – 3 – 1,5 – 0,5)
(2) 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18
(3) 34,20a + 22,80b + 15,00c = 2837,5
(1) e (2):
 a + b + c = 9,45 - 0,09a - 0,09b - 0,09c = - 8,55
 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18 0,09a + 0,45b + 0,15c = 18
 ----------------------------------------------
 (4) 0,36b + 0,06c = 9,45
 (1) e (3):
 
 a + b = c = 95 (- 34,2) - 34,20b – 34,20c = - 3249 
 34,20a + 22,80b + 15,00c = 2837,5 22,80b + 15,00c = 2837,5
 -----------------------------------------
 (5) - 11,40b – 19,20c = -411,5
(4) e (5):
 0,36b + 0,06c = 9,45 (11,40) 4,104b + 0,684c = 107,73
 - 11,40b – 19,20c = - 411,5 (0,36) - 4,104b – 6,912c = -148,14
 ----------------------------------------------- 
 0 - 6,228c = - 40,41
c = 6,49 kg de FT.
b : 0,36b + 0,06c = 9,45 ( 0,36b = 9,45 – (0,06 x 6,49)
b = 9,0606 ( 0,36 ( b = 25,17 kg de FS.
a = 95 – 25,17 – 6,47 ( a = 63,34 kg de Milho.
Composição da Ração:
	Alimentos
	kg
	PB (kg)
	EM (kcal/ kg)
	Milho
	63,34
	5,70
	2166,20
	FS
	25,17
	11,33
	573,90
	FT
	6,49
	0,97
	97,40
	Óleo
	,00262,50
	Min + Vit’s
	1,50
	
	
	Sal
	0,50
	
	
	TOTAL
	100,00
	18,00
	3100,00
 
7.3.6. Formulação de ração fazendo Pré-mistura com 3 alimentos e 2 nutrientes: 
Ex: Formular uma ração com 18% de PB e 3000 kcal de EM/ kg, utilizando o Milho (9% de PB e 3420 kcal de EM/ kg), FS (45% de PB e 2280 kcal de EM/ kg), e FT (15% de PB e 1500 kcal de EM/ kg).
Fazem-se 2 pré-mistura do concentrado protéico com os energéticos, atendendo-se a exigência de PB:
Pré-mistura 1:
 FS 45 9 partes de FS 
 
 Milho 9 27 partes de Milho
 ------------------------------
 36 partes totais
p/ 100 kg EM:
 25 x 22,80 = 570
 75 x 34,20 = 2565
-----------------------------
100 PM1 = 3135
Pré-mistura 2:
 
 FS 45 3 partes de FS
 
 FT 15 27 partes de FT
 -------------------------
 30 partes totais
p/ 100 kg de EM:
 10 x 22,80 = 228
 90 x 15,00 = 1350
 ----------------------------
 100 PM2 = 1578
Para EM:
 
 PM1 = 3135 1422
PM2 = 1578 135
 -----------------------------
 1557 partes Totais
Em 1557 partes Totais ................... 1422 partes da PM1
Em 100 “ “ .................... x
x = 91,33 kg de PM1.
Logo: 100 – 91,33 = 8,67 kg de PM2.
PM1 25% FS x 91,33 ( 100 = 22,83 kg FS
 75% M x 91,33 (100 = 68,50 kg de Milho.
PM2 10% FS x 8,67 ( 100 = 0,87 kg de FS
 90% FT x 8,67 ( 100 = 7,80 kg de FT.
FS: 22,83 (PM1) + 0,87 (PM2) = 23,70 kg
Composição da Ração:
	Alimentos
	Kg
	PB (kg)
	EM (kcal/ kg)
	Milho
	68,50
	10,67
	2342,7
	FS
	23,70
	6,16
	540,4
	FT
	7,80
	1,17
	117,0
	TOTAL
	100,00
	18,00
	3000
7.4. Formulação de Mínimo Custo ( Computador
Vantagens:
Permite atender às exigências a um custo mínimo;
Possibilita trabalhar com um grande número de alimentos e nutrientes;
Permite acompanhamento na variação de preços dos alimentos;
Permite maior segurança nas restrições (();
Maior rapidez na formulação.
Deve-se ter consciência de quê:
( Nem sempre o mínimo custo representa máxima eficiência;
( É preciso ter os preços dos alimentos atualizados;
( Conhecer os alimentos disponíveis;
( Conhecer sua composição;
( Estar ciente de suas restrições ou limitações;
( Conhecer a exigência nutricional dos animais ao qual a ração se desatina.
( “Saber que se tratando de computador, se lixo entra, lixo sai”.
Exemplo de programação:
c.1. Equação do preço:
	R$ FS + R$ M + R$ FT + R$ Vit + R$ Min + .............+ = Mínimo
c.2. Equação do peso:
	FS + M + FT + Vit + Min + ...................+ = 100
c.3. Equação da proteína:
	0,45 FS + 0,09 M +0,15 FT + 0 Vit + 0 Min + .............+ = Exigência de PB
c.4. Equação da energia:
	22,80 FS + 34,16 M + 15,00 FT + 0 Vit + 0 Min + ............... + = Exigência de EM
c.5. Equação de cálcio:
	0,00036 FS + 0,0002 M + ........... + 0,38 calc + ..... = Exigência de Ca.
( As equações são resolvidas para minimizar o custo.
8. LITERATURA CONSULTADA.
CAMPOS, J. Tabelas para cálculo de rações. 2 ed. Viçosa: UFV, 1981. 64p.
CHURCH, D.C. Feeds and feeding, 2nd ed. Reston Publishing, Reston, 1979. 595p.
ENSMINGER, M.E., OLDFIELD, J.E E HEINEMENN, W.W. Feed & nutrition (Formerly, feeds & nutrition-complete), 2 ed. Ensminger Publishing, Clovis, 1990, 1544p.
JARRIGE, R. Alimentation des bovins, ovins & caprins. INRA, Paris, 1988. 471p.
NUNES, I.J. Cálculo de rações. Cad. Tec. Esc. Vet., Belo Horizonte, n.5, p. 3-62. 1991.
PERRY, T.W. Feed formulation. 2.ed. Danville: Interstate Printers & Publishers, 1975. 272p.
ROSTAGNO, H.S., SILVA, D.J., COSTA, P.M.A.; ET AL. Composição de alimentos e exigências nutricionais de aves e suínos (Tabelas brasileiras). Viçosa: Imprensa Universitária, 1983. 59p.
 
 23 
 
 20 
 
 16 
 
 23,31 
 
 18 
 
 18 
 3000
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Professora Maria das Graças Carvalho Moura e Silva
DZO/ UFLA

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