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10/8/2011 1 Fatores determinantes na escolha dos alimentos • Qualidade geral • Objetivo ou desempenho animal esperado • Preço • DisponibilidadeDisponibilidade • Limite para utilização Por exemplo, o resíduo da pré-limpeza do grão de soja, que chega a ter 16% de proteína bruta na MS não deve ser incluído nas rações em proporção superior a 25% da MS, pois, acima disto, causará diarréia e timpanismo. Como regra, para o caso de alimentos não usuais, o limite de emprego não deverá ultrapassar a 20% da ração total. Composição relativa dos custos e rentabilidade da produção do bovino jovem em confinamento, em percentagem do custo do confinamento, e custo da arroba de carcaça produzida e vendida, em reais (R$), de acordo com o peso de abate (R. Bras. Zootec., v.33, n.3, p.635-645, 2004) Itens Peso de abate, kg 400 (I) 440 (II) 480 (III) Instalações do confinamento, % 1,3 1,0 0,9 Vacinas e medicamentos, % 1,1 0,9 0,8 Alimentos, % 82,9 83,2 83,7 Mão-de-obra para alimentação dos animais % 7 1 7 1 6 9Mão-de-obra para alimentação dos animais, % 7,1 7,1 6,9 Hora-máquina para alimentação dos animais, % 4,9 4,9 4,7 Assistência veterinária, % 1,0 0,8 0,7 Juros sobre capital de custeio, % 1,7 2,1 2,4 Rentabilidade, % 3,5 2,8 3,0 Rentabilidade mensal, % 1,0 0,7 0,6 Custo da @ produzida (custeio), R$ 39,14 40,31 40,49 Custo dos alimentos/@ produzida, R$ 33,00 34,25 34,71 Custo total por @ vendida, R$ 40,51 40,81 40,74 R. Bras. Zootec., v.33, n.3, p.635-645, 2004 ALIMENTOS VOLUMOSOS < 60% NDT e >18% FB CONCENTRADOS > 60% NDT e <18% FB MINERAIS, VITAMINAS, ADITIVOS E OUTROS ALIMENTOS Classificação dos alimentos OUTROS ALIMENTOS SECOS AQUOSOS ENERGÉTICOS < 20% PB PROTÉICOS > 20% PB ORIGEM ANIMAL ORIGEM VEGETAL ORIGEM ANIMAL ORIGEM VEGETAL Farinha de sangue 86% PB INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 15, DE 17 DE JULHO DE 2001 (MAA, 2001) 10/8/2011 2 Volumosos • Os volumosos englobam todos os alimentos de baixo teor energético, principalmente em virtude de seu alto teor em fibra e em “água” (fenos e palhadas) • Pouca possibilidade de escolha na formulação de ração – existente na propriedade (planejamento)p p (p j ) • É o ingrediente mais barato da ração total, devendo seu uso ser sempre maximizado • Apesar de ser barato por unidade de peso, apresenta maior custo por unidade de energia disponível do que os concentrados. Item MS, % FDN, %MS LIG, %MS NDT, %MS VOLUMOSO Silagem de Milho 30,92 55,41 4,97 64,27 Silagem de Sorgo 30,82 61,41 6,30 57,23 Silagem de Capim Elefante 28,81 79,13 7,70 58,08 Cana de açúcar 28 45 57 68 7 75 62 70 < 60% NDT e > 18% Fibra Cana-de-açúcar 28,45 57,68 7,75 62,70 Palma forrageira 10,20 32,06 5,44 65,04 Feno de Tifton 88,96 78,78 6,16 55,62 Feno de alfafa 89,12 47,59 10,87 58,53 Feno Coast Cross 89,90 79,18 5,91 52,69 CONCENTRADO Milho 87,64 13,98 1,16 87,24 Farelo de soja 88,61 14,62 1,33 81,54 Classificação • Os alimentos volumosos podem ser divididos segundo o teor de água em: - secos: basicamente - aquosos – agrupa as f d ( tsão fenos e palhadas; forragens verdes (pastos e capineiras) e as silagens. FENOS • Características de um bom feno tem: - cor esverdeada, - grande quantidade de folhas, macio ao tato e- macio ao tato e - com mais de 10% de proteína bruta • Recomendação: consumo máximo de 2,5 a 3% PV e de forma picada para evitar a seleção das folhas pelo animal - 1 kg de feno equivale de 3 kg de silagem 10/8/2011 3 Item Alfafa Aveia Coast cross Leucena Tifton 85 MS 89,12 87,22 88,90 91,20 88,96 MO 88,61 91,84 93,52 91,55 91,34 PB 19,08 12,58 8,39 20,97 8,96 COMPOSIÇÃO EE 2,34 2,06 0,65 3,67 1,63 FDN 47,59 68,03 79,18 65,05 78,78 CNF 18,29 13,01 7,71 8,16 7,44 NDT 58,53 53,85 52,69 52,12 55,62 Ca 1,29 0,43 0,47 1,56 0,42 P 0,23 0,23 0,21 0,21 0,17 10/8/2011 4 Volumosos in naturaVolumosos in natura Capim-elefante 9 Cultura perene 9 Alta capacidade de produção de biomassa/ha 9 - Produção de 20 a 40 t de MS/ha 9 Entraves: - Alto FDN (74,74%MS Valadares Filho et al., 2002) - Necessidade de alta freqüência de cortes - Recomendação de CMS máximo: < 2% do PV Tabela 8. Composição químico-bromatológica e coeficientes de digestibilidade do capim elefante cortado em diferentes estágios de desenvolvimento Parâmetros Idade (dias) 28 45 56 75 84 105 112 Alt., m 0,78 - 1,84 - 1,84 - 2,73 Prod., t/ha 1,1 - 8,1 - 8,1 - 11,8 MS, % - 17,0 - 20,1 - 19,2 -, , , , PB, %MS 15,3 14,9 8,4 7,0 4,8 5,8 4,1 FDN, %MS - 51,0 - 60,7 - 66,9 - CHO, %MS 8,6 - 15,7 - 15,7 - 14,7 Lig, %MS - 3,3 - 4,6 - 6,0 - CDMS, % 50,3 71,6 36,9 68,6 36,9 59,3 32,4 Fonte: Adaptado de Lavezzo (1993) Cana-de-açúcar 9 Elevada produção energética/ha - 17,4 t de NDT (MS)/ha 9 Produção de 20 a 36 t de MS/ha 9 Período de melhor qualidade – “estiagem” 9 Entraves: - Reduzida ingestão de MS - Baixa digestão dos componentes fibrosos - Baixo conteúdo protéico (uréia + sulf. Amônia) 10/8/2011 5 AZEVÊDO et al., 2002 • Variedades de cana-de-açúcar utilizadas: RB855113, RB765418, RB855536, SP79-2233, RB845257, SP80-180, RB855453, RB855336, SP80-1842, SP81-1763, SP80- 4445, SP79-1011, RB739359, RB867515 e SP80-3280 • Colheitas: 426, 487 e 549 dias após o plantio •Valores extremos e médios dos componentes fibrosos: Componentes fibrosos Vmax Vmed Vmin CV (%)Componentes fibrosos Vmax Vmed Vmin CV (%) I (%) 64,7 58,8 51,8 9,4 FDN (%MS) 53,8 47,9 43,5 3,0 Hem (%MS) 25,4 20,0 15,7 10,6 Lig (%MS) 17,1 13,3 11,1 10,7 Recomendação para uso CMS máximo de 1,8 % do PV Desempenho < 1kg/dia Palma forrageira 9 Alternativa importante para a região semi-árida 9Alta digestibilidade – 75% 9 Produção de 9 a 20 t de MS/ha 9Entraves: - Baixo percentual de MS e FDN Composição química e digestibilidade das cultivares de palmas redonda, gigante, miúda e clone IPA-20 e das silagens de sorgo e de milho, em percentagem, na base da matéria seca. Discriminação Cultivares Silagens Redonda Gigante Miúda Clone IPA-20 Sorgo Milho Matéria seca 11,0 10,2 15,4 10,0 37,6 35,6 Proteína bruta 5,0 5,3 3,5 5,5 5,5 6,5 FDA1 22 2 22 4 23 0 20 0FDA1 22,2 22,4 23,0 20,0 - - FDN2 28,1 26,9 28,4 26,0 - - DIVMS3 74,4 75,0 77,4 - 68,0 72,0 Cálcio 2,88 2,78 2,25 2,80 0,43 0,36 Fósforo 0,14 0,13 0,10 0,10 0,12 0,22 Potássio 2,45 2,11 1,50 1,70 1,18 1,57 Carboidratos solúveis 29,1 29,5 57,9 - ND 4 ND Fonte: Santos et al., 2006 10/8/2011 6 • a palma pode participar em até 40 a 50% da matéria seca da dieta dos bovinos e deve ser fornecida misturada a outros alimentos; • baixos teores de MS, 10 a 14%; fibra em detergente neutro (FDN) 26 8%; e proteína bruta Recomendações detergente neutro (FDN), 26,8%; e proteína bruta (PB), 4,0 a 5,3%, precisam ser considerados no momento da formulação de ração • O NRC (1989) recomenda um mínimo de 25% de FDN 17% de FDA, porém as fontes de fibra variam quanto a sua efetividade em estimular a ruminação. Silagem de Milho Alto conteúdo energético (> 40% grãos) Produção de 14 a 15 t de MS/ha Entraves: - Maior conhecimento tecnológico/agronômicog g - Disponibilidade de máquinas - Instalações e equipamentos para ensilagem - Maior recurso financeiro - Uso em rebanhos de alta produção (GMD > 1kg) 10/8/2011 7 Silagem de Sorgo Alto conteúdo energético - 80 a 90% do valor nutritivo da silagem de milho Produção de 15 a 18 t de MS/ha - pode aproveitar a rebrotapode aproveitar a rebrota Entraves: - Maior conhecimento tecnológico/agronômico - Disponibilidade de máquinas - Instalações e equipamentos para ensilagem - Maior recurso financeiro Composição média - forragem fresca Amido 22% Açúcar 11% Ácidos 0% Proteína9% M . mineral 4% Parede celular 54% Composição média - silagemComposição média - silagem Amido 22% Açúcar 1% Ácidos 11% Proteína 9%M . mineral 4% Parede celular 52% Álcool 1% UESC/DCAA Fonte: Adaptado de Zago, 1999 10/8/2011 8 Item Cana-de-açúcar Silagem de capim elefante Silagem de milho Silagem de sorgo MS (%) 25,27 31,50 30,89 29,57 PB* 3,75 8,04 7,20 7,54 Tabela 9. Composição químico-bromatológica de alimentos volumosos , , , , EE* 1,53 1,92 2,94 2,89 FDN* 55,87 74,26 55,46 57,85 CNF* 41,10 8,02 32,54 24,83 LIG* 10,05 5,83 4,89 4,77 NDT (%) 63,62 49,29 61,91 58,91 * % da MS Fonte: Valadares Filho et al., 2002 43,71 R$/kg 50,33 R$/kg 225 230 235 240 245 250 s. U S $/ bu sh el - m ilh o 600 620 640 660 680 700 ts . U S $/ bu sh el - so ja Milho Soja Evolução dos preços internacionais das commoditys milho e soja 37,59R$/kg205 210 215 220 de z/0 4 jan /05 fev /05 ma r/0 5 ab r/0 5 ma i/0 5 jun /05 jul /05 ag o/0 5 se t/0 5 ou t/0 5 no v/0 5 de z/0 5 E m C en ts 520 540 560 580 E m C en 10/8/2011 9 Custo relativo dos nutrientes usados para produção de carne Nutriente Exigências % do custo total Energia digestível 26,7 Mcal 72,50 Proteína bruta 950 g 21,70 Cálcio 26 g 0,17 Fósforo 20 g 2 20Fósforo 20 g 2,20 Vitamina A 25.000 UI 0,17 Sal 40 g 0,42 Potássio 50 g 1,70 Magnésio 5 g 0,26 Enxofre 16 g 0,75 Microminerais -- 0,07 Com base em um novilho de 360 kg, ganhando 1,1 kg, aos preços de 1972 Milho • É o concentrado energético mais utilizado para nutrição animal em todo Brasil; • Excelente fonte energética por ser rico em amido;amido; • Possui baixo teor de proteína e cálcio, moderado de fósforo, devendo ser combinado com farelos de oleaginosas para compor rações com adequado teor protéico. Milho - Recomendações para uso • Praticamente, não tem limitação para uso • Pode ser utilizado nas rações de todas categorias, com balanceamento dos nutrientesnutrientes. • Ruminantes - grandes quantidades (acima de 5 kg/cab/dia) pode provocar acidose ruminal. 10/8/2011 10 Quebrando os grãos de milho Necessita ser moído para se obter máxima digestibilidade 10/8/2011 11 Quirela milho = Composição do milho > Digestibilidade Rolão de milho: (milho desintegrado com palha e sabugo) • Apresenta valor energético e protéico inferior ao milho-grão (±70%) devido a presença do sabugo e palha. Não apresenta limitações para uso SORGO ֜ Possui cerca de 85-90% do valor do milho; ֜ Necessita ser moído para se obter máxima digestibilidade; ֜ Maior teor de PB, mais variável em comparação֜ Maior teor de PB, mais variável em comparação com o milho (8-12%); ֜ Baixo teor de Ca e moderado P. Recomendações para uso • Utilizar em substituição ao milho quando o preço estiver 80% do preço do milho. 10/8/2011 12 Polpa cítrica • possui valor energético similar ao do milho e pode substituí-lo integralmente nas rações • Deve ser utilizada quando apresentar preço de até 85% do milho. • Possui elevado teor de cálcio e baixo de fósforo e proteína. • Deve ser armazenado adequadamente, pois absorve umidade com facilidade, o que leva a proliferação de fungos e bolores prejudiciais aos animais. Polpa cítrica 10/8/2011 13 Mandioca raiz • Bom valor energético, mas pobre em proteína e minerais. • Pode ser utilizada para compor a dieta em até 30% da dieta. • Deve ser fornecida picada, devendo os animais seremp , previamente adaptados ao seu consumo, iniciando com um terço da quantidade que se desejar fornecer e aumentar progressivamente até atingir o máximo em sete a dez dias. • Pode ser armazenada na forma seca: picar em pedaços pequenos ou em raspas e secar em terreiro; ou na forma de ensilagem, não necessitando de aditivos. mandioca 10/8/2011 14 Casca mandioca FARELO DE ARROZ ֜ Apresenta 70% de NDT, 13-15% de PB na MS; ֜ Rica em Ca e P, contém mais de 13% de EE, pode rancificar causando efeito negativo sobre o consumo e a destruição da vitamina E, vitamina A; ֜ Usado p/ ruminantes até 20% ou 5% de EE na ração arroz Farelo de trigo • Possui teor protéico médio (16%) e maior teor de fibra que as demais fontes protéicas. • É excelente fonte de micro elementos• É excelente fonte de micro-elementos minerais, como selênio, zinco e outros. • Possui elevadíssimo teor de fósforo e desta maneira não deve ser utilizado em grande quantidade, máximo de 20-25% da ração concentrada 10/8/2011 15 FARELO DE TRIGO ֜ Seu teor de PB varia de 13-18%, 13-17% de FB e 71% de NDT na MS; ֜ É uma boa fonte de P, Se e Fe, pobre em caroteno; ֜ O teor de extrato etéreo (EE) é de 4,5% podendo rancificar-se e FDN 11%; ֜ Para altos níveis de produção deve ser limitado devido o seu relativo elevado teor de FDN (20- 25% do concentrado). Casca de soja peletizado 10/8/2011 16 CONCENTRADOS PROTÉICOS Farelo de soja • É uma das melhores fontes protéicas utilizadas na alimentação de animais domésticos. • Possui 45 a 47% de proteína bruta. 10/8/2011 17 Soja em grão • Apresenta elevado teor protéico e energético; contudo devido ao seu elevado teor de óleo e presença de princípios não nutritivos tem seu consumoprincípios não nutritivos tem seu consumo restrito. • Uso dependente do teor de EE na dieta. Soja grão 10/8/2011 18 Farelo de algodão • Fonte protéica de boa qualidade para ruminantes, utilizado para todas categoria, inclusive machos reprodutores, pois apresenta-se detoxificadaapresenta se detoxificada. • No comércio pode ser encontrada com 28 ou 38% de proteína bruta. Recomendações para uso • Comercialmente existem três tipos de farelo de algodão: - 28% de PB na MS 38% d PB MS- 38% de PB na MS - 46% de PB na MS • Fornecer até 3kg/cab/dia 10/8/2011 19 Caroço de algodão Recomendações • As sementes de algodão são ricas em óleo (20% EE na MS). • Possui gossipol livre e deve-se evitar quantidades acima de 3kg/cab/dia devidoquantidades acima de 3kg/cab/dia, devido ao efeito laxativo • Não é necessário triturar o caroço de algodão para fornecer aos animais. Caroço de algodão peletizado ureia 10/8/2011 20 Níveis de uréia • Até 33% da PB total da ração • Quantidade de até 1% da MS total da ração ou até 3% no concentrado Nã lt 0 5 /k PV• Não ultrapassar 0,5g/kg PV • Animais com ganhos de peso de até 1kg/dia, alimentados com níveis moderados de concentrado, a uréia pode substituir totalmente os farelos protéicos Glúten Gluten 10/8/2011 21 Farinha de sangue Farelo de canola Farelo de girassol Farelo de nabo forrageiro 10/8/2011 22 Farelo dendê Casca cacau Casca cacau Casca café 10/8/2011 23 Farelo palmiste
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