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1 1 Prof. Édison Fassani CRIAÇÃO E MANEJO DE POEDEIRAS COMERCIAIS AVICULTURA DE POSTURA 34 bilhões unidades AVICULTURA DE POSTURA 95 milhões de poedeiras alojadas (2014) AVICULTURA DE POSTURA 168 ovos/habitante/ano AVICULTURA DE POSTURA AVICULTURA DE POSTURA 2 AVICULTURA DE POSTURA AVICULTURA DE POSTURA 2013 -12 milhões de toneladas 1990 - 4 milhões AVICULTURA DE POSTURA OVOS PROCESSADOS Desenvolvimento Genético - Poedeiras • Seleção para produção de ovos –Taxa de produção de ovos –Conversão alimentar –Também para: •Peso de ovos •Qualidade de casca •Problemas esqueléticos 12 POEDEIRAS A poedeira comercial é resultante de cruzamentos industriais dirigidos, entre diferentes raças e linhas genéticas, com a finalidade de se obter poedeiras com melhor capacidade de transformar ração em ovos. Leghorn (casca branca) - Base linhas brancas Rhode Island Red (casca vermelha) - Base linhas vermelhas 3 Seleção para Produção de Ovos • Linhagens a partir de Leghorn branco Seleção para Produção de Ovos • Linhagens a partir de New Hamshire e Outras Vermelhas 15 Seleção genética nos cruzamentos para algumas características, tais como: Precocidade de produção Persistência de produção em idade avançada Temperamento Cor da casca (ovos vermelhos) Ausência de manchas de sangue ou carne Conversão alimentar (kg ração/kg ovos) Resistência a alguma doença Evolução da poedeira comercial Ano Ovos/ano Peso ovo, g CA, kg/dz 1910 80 55 4,1 1920 90 55 4,0 1930 120 54 3,25 1940 182 53 2,50 1950 219 54 2,08 1960 237 56 1,92 1970 255 57 1,77 1980 292 58 1,56 1990 305 62 1,50 2000 307 57 1,40 16 Adaptado de Andrade, 1990 17 Atualmente - maior pressão de seleção para aumentar proporção de sólidos, a fim de melhorar rendimento no processamento Até onde pode chegar o progresso genético das poedeiras comerciais Metas atingidas 320 ovos/ave/alojada (52 sem de idade) Ritmo de crescimento de 2 a 3 ovos/ano (15 anos - 1 ovos/dia) CA de 1,9 a 2,2 kg ração/kg ovos diminuindo a taxa de 25 a 30g de ração/ano 18 O que pode ser melhorado Capacidade de produção após 50 sem de idade (qualidade de casca, tamanho de ovos,...); Mobilização de cálcio em idade avançada (diminuir osteoporose); Período de formação do ovo para menos de 24 horas (utopia até o momento) 4 19 As linhagens ou marcas mais utilizadas pelos produtores brasileiros Ovos brancos Ovos vermelhos - Hy-Line W36 - Hy-Line Brown - Lohmann LSL - Lohmann Brown - Hisex White - Isa-Brown - Dekalb White - Dekalb Brown Consequências do intenso melhoramento das poedeiras Produção de ovos Osteoporose Todas, dentro de suas características genéticas, vem apresentando excelentes desempenhos nas granjas Características da Produção de Ovos • Ovos de casca branca –Idade ♀ à maturidade sexual: 18 sem –Peso corporal adulto: 1,3 a 1,5 kg –Produção anual: 300 ovos –CA: 1,8 – 2,2 kg/kg –Produtos: ovos de mesa, ovos líquidos (gema e clara), ovos em pó –Consumo médio de ração: 95 g/ave/dia –Descarte: 80 semanas (sem muda forçada) • Ovos de casca marrom –Idade da ♀ à maturidade sexual: 19 sem –Peso corporal adulto: 1,4 a 1,7 kg –Produção anual: ≥ 300 ovos –CA: 2,0 – 2,2 kg/kg –Produtos: ovos de mesa – Consumo médio de ração: 110 g/ave/dia –Descarte: 80 semanas (sem muda forçada) 22 AVIÁRIOS PARA POEDEIRAS As poedeiras são criadas em aviários (galpões), que seguem as mesmas normas e características dos aviários para frangos de corte. Ou seja: Tipo de terreno, localização, disposição em relação ao sol, tipos de materiais de construção. • A diferença esta no fato das galinhas poedeiras, na maioria das criações, estarem alojadas em gaiolas suspensas, não tendo contato com solo. • Algumas granjas adotam a criação sob piso, com cama, e nesse caso o aviário é idêntico ao usado para frangos de corte. 23 Aviário automatizado 24 5 25 Aviário automatizado 26 Aviário sistema manual 27 Aviário sistema manual 28 Aviário vista lateral –sistema manual Galpão convencional – gaiolas esquema piramidal (escada) Disposição das gaiolas em galpões tradicionais 6 31 Aviário – Poedeiras sobre piso 32 O sistema de criação de poedeiras compreende todas as atividades necessárias para manter o sistema de produção em seu funcionamento normal, sendo dividido em fases de criação (períodos de vida). Produção e criação de poedeiras • Na produção de ovos, diferente do que ocorre na produção de frangos de corte, o sistema de produção predominante é o de produtores independentes e em menor escala no sistema de cooperativismo, não havendo o sistema de integração. 33 • As atividades devem ser direcionadas seguindo prioridades e podem ser divididas em fases de criação: 1. Fase de cria 2. Fase de recria 3. Fase de pré-postura 4. Fase de postura ou de produção de ovos • As fases de criação se diferenciam principalmente pelo momento fisiológico que as aves passam ao longo de sua vida. Galpão automatizado gaiolas sistema piramidal Galpão semi-automatizado gaiolas sistema piramidal 7 Galpão convencional – gaiolas esquema piramidal (escada) 8 43 • Nestas fases, práticas de manejo devem ser aplicadas de forma sistematizada, pois de nada adiantará uma boa genética e nutrição adequadas se houver erros de manejo. • Cada fase tem particularidades e necessidades específicas de manejo e normalmente são realizadas em instalações separadas. •Ou seja: galpão de cria, galpão de recria e galpão de postura. 44 • Em uma granja comercial a substituição de um lote que chegou ao final do ciclo produtivo é feita por frangas, criadas especificamente para tal finalidade, denominadas frangas de reposição. • A formação da franga de reposição, para produção de ovos, abrange todo manejo envolvido na fase de cria e recria. • Muitos aspectos estão envolvidos diretamente com a formação da futura poedeira, tais como: debicagem, densidade populacional, controle de peso corporal e uniformidade, alimentação e programas de iluminação, restritos as fases de cria e recria. 45 • A cria pode ser feita no piso (granjas mais antigas), em baterias metálicas (granjas tradicionais) e em gaiolas modernas onde não existe mais a separação de cria e recria (granjas mais tecnificadas). • A recria é realizada em galpão próprio (gaiolas de recria) nas granjas tradicionais e/ou em gaiolas de cria e recria (instalações modernas) 1. FASE DE CRIA E RECRIA Cria (1 a 42 dias de idade) – 6 semanas Recria (43 aos 112 dias de idade) – 10 semanas 46 Fase de recria – 42 aos 120 dias de idade (galpão de recria convencional e gaiolas de recria) 47 Criadeira para 1 a 120 dias de idade 48 9 49 • O manejo na cria se inicia antes da chegada dos pintos na granja, com o preparo da instalação. VERIFICAR: • Necessidade de reparos, pintura. • Limpeza e desinfecção dos equipamentos e da instalação. • Vazio sanitário (mínimo de 15 dias). • Sistema de abastecimento de água (reservatórios) e sua limpeza. • Cortinas • Aquecedores, abastecimento de gás. 50 NA CHEGADA • Se criadas no piso, forrar o círculo de proteção com jornal e instalar os equipamentos. • Ligar aquecimento 2 horas antes do horário previsto dachegada das aves, regulando para 32ºC. • Espalhar um pouco de ração inicial no jornal • Abastecer comedouros e bebedouros • No momento de colocar as pintainhas no círculo ou na bateria, verificar o estado aparente das mesmas. 51 • Pesar uma amostra de aves (mínimo 100, individualmente), verifique aspecto geral e cicatrização do umbigo. Posteriormente calcular uniformidade. • Manter luzes acesas durante os primeiros dois dias. • Observar se após 5 horas após instaladas se já ingeriram ração. • Abrir ficha do lote, iniciando o controle zootécnico do novo plantel. 52 MANEJO NA PRIMEIRA SEMANA Idade (dias) Temp. ºC 1 32 2 a 7 30 8 a14 29 15 a 21 27 22 a 28 24 Após 28 15 a 24 Temperatura recomendada • Controle rígido da temperatura ambiente (manejo de campânulas e cortinas) Umidade relativa do ar (UR): ideal 40 a 60% 53 • Suplementação vitamínica na água durante três primeiros dias, trocando a solução a cada dia. • Limpeza diária dos bebedouros (infantil) • Manter luzes acessas durante os dois primeiros dias e natural depois deste período. • Observar granulometria da ração, ideal que não seja muito fina (0,6 a 0,8mm). Uso de óleo é recomendado (1,5%) evitar finos, agregar partículas, melhorando ingestão. 54 DEBICAGEM: A debicagem é o corte de parte do bico das frangas de reposição. É normalmente realizada em duas etapas (idades). Finalidades: • Evitar bicagem (canibalismo, prolapso, lesões, etc.) • Auxiliar no consumo homogêneo da ração (Melhora uniformidade do plantel) Primeira debicagem: entre 7 a 10 dia de idade. Segunda debicagem: entre 7 a 10 semanas de idade. 10 55 • Alguns criadores estão optando por uma única debicagem (7 a 10 dias), com correção posterior caso seja necessário. • Não se recomenda debicar após 10a semana devido a precocidade sexual que as poedeiras apresentam atualmente. Debicadas antes da 10a semana terão tempo de recuperar peso, durante período de recuperação. • Aumentar quantidade de ração no comedouro, para estimular consumo, prevenindo estresse adicional do contato do bico (recém cortado) com fundo do comedouro. 56 • Pode-se adicionar vitaminas K3 e C, antes e depois da debicagem e também o uso de ração com maiores níveis de energia e proteína, por alguns dias após a debicagem. • A operação de debicagem deverá ser realizada por pessoal treinado, ritmo não superior a 800 aves hora/ pessoa. 1/3 Primeira debicagem Segunda debicagem 1/2 1/3 Esquema bico, pintainha Esquema bico, pintainha 57 Debicador 58 Mínimo de distância 3 mm 59 1,5 meses pós 2ª debicagem 60 DEBICAGEM POR INFRA-VERMELHO • Método moderno de realizar a debicagem em aves • Ainda em fase de implantação e, já aceito para uso na europa • Realizado no incubatório, ou seja, no primeiro dia de vida • Não é necessário repetir o procedimento • Feito por uma máquina que passa um feixe de luz infra-vermelho • Manejo higiênico e seguro 11 61 Máquina de tratamento do bico com infra-vermelho 62 Tratada com infra-vermelho Não Tratada com infra-vermelho 63 64 Densidade de alojamento: Manual Hy-line (2009-2011) 65 CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO CORPORAL • O acompanhamento do desenvolvimento corporal é fator de grande importância no manejo inicial das poedeiras. • Os pesos corporais devem ser verificados periodicamente durante o período de crescimento. • Pelo menos 100 aves devem ser pesadas individualmente a cada pesagem (aleatoriamente). 66 •A pesagem deve ser iniciada na 5a semana de idade e repetida a cada duas semana durante o período de crescimento, até atingirem produção máxima. • Realizar as pesagens sempre no mesmo horário • Comparar com pesos indicados pelo manual da linhagem. 12 67 PESO CORRELAÇÃO 5a semana Desempenho produtivo do lote, no período de postura 10a semana Maturidade sexual 16a semana Viabilidade e peso ovos Martin (1999) Pesagens mais importantes: 68 • Além do peso médio do lote, a pesagem individual permite calcular a uniformidade do plantel. • A uniformidade deve ser superior a 85%. • O acompanhamento rotineiro do peso médio das frangas e a uniformidade do plantel, possibilita tomada de decisão em caso de problemas no crescimento. • Atualmente as linhagens modernas estão com dificuldade de consumo de ração, principalmente em épocas de estresse calórico. 69 Ex: pesagem de 190 frangas (PM = 340g) 10% acima = 374 10% abaixo = 306 Nº frangas dentro da faixa (306 até 374g) = 165 Unif = 165/190 x 100 = 86,8% • Ambiente – temperatura elevadas • Debicagem mal realizada • Densidade de alojamento inadequada • Qualidade da ração – níveis de EM, aminoácidos, vitaminas, etc. • Sanidade – presença de doenças e qualidade sanitária das instalações e equipamentos • Falta de controle de estresses do plantel São vários os fatores que afetam a uniformidade: 71 • Em situações de reduzido consumo de ração o avicultor poderá fazer uso de programas de iluminação noturna, sem comprometer ou acelerar a maturidade sexual, quando aplicado até a 10a semana de idade. • Esquema de iluminação do tipo 3L:1E, permite aumentar consumo nas horas mais frescas e recuperar o peso das frangas. 72 Peso corporal desejado em frangas de reposição durante fase de cria e recria, para aves brancas e vermelhas. Idade Hy-Line W36 Hy-line Brown Semanas Dias Meta peso, g Meta peso, g 1 7 65 70 2 14 110 120 3 21 170 200 4 28 250 250 5 35 320 335 10 70 790 860 15 105 1160 1260 16 112 1200 1320 18 129 1270 1480 Manual Hy-Line (2009-2011). 13 73 Ganho de peso semanal de frangas Hy-line W-36 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Idade (semanas) Ga nh o Pe so (g ) Manual Hy-Line W-36, 2003-2005. 74 PROGRAMA DE ILUMINAÇÃO NA CRIA E RECRIA • A luz influencia na maturidade sexual das aves e na taxa de produção de ovos. • No Brasil, a quantidade de luz diária é suficiente para o desenvolvimento fisiológico da ave durante a fase de recria. E na maior parte do país ocorre diferenças no comprimento do dia, em função da época do ano. • Inverno (dias curtos) e verão (dias longos). 75 • Esse fato leva a diferenças no desenvolvimento das frangas criadas nas diferentes épocas do ano. • Assim, aves criadas no início do ano, estão sob luz decrescente, e desta forma, são mais tardias do que as criadas a partir de agosto. • As diferenças são pequenas e não influenciam a produção das aves. Assim, não é recomendado fornecer luz artificial complementar na recria de frangas no Brasil, a não ser que ocorra algum problema de desenvolvimento do plantel. 76 77 TRANSFERÊNCIA PARA GALPÃO DE POSTURA • A transferência das frangas do galpão de recria para o galpão de postura deve ser feita após completar 15 semanas de idade ou atingido o peso estipulado pelo manual da linhagem. • Transportar as aves com máximo cuidado • No galpão de postura, dependendo da uniformidade do lote, as frangas poderão ser agrupadas conforme o desenvolvimento da crista. 78 Período considerado da pré-postura é curto da 17a semana até os 5% de postura do plantel. (duas a três semanas) A fase de pré-postura é importante para avaliar como o plantel se comporta no início de produção. Nesta fase, a meta de peso corporal já deverá estar atingida. É uma fase de adaptação danova realidade da poedeira, que passa a receber uma ração com alto nível de cálcio, diferente do que ocorria na cria e recria. 2. MANEJO NA PRÉ-POSTURA 14 Ração pré-postura • O nível de cálcio para a ração de frangas é de cerca de 1%, o que assegura o consumo de cálcio suficiente ao desenvolvimento e boa estrutura óssea. • A ração pré-postura, fornecida à 2 semanas antes do primeiro ovo, mas nunca antes de 15 semanas de idade, deve ter níveis de cálcio (2,50% cálcio) e fósforo mais altos que a fórmula de crescimento, numa tentativa de auxiliar na formação do osso medular. • Este tipo de osso age como um reservatório de cálcio, do qual a ave pode mobilizar rapidamente o cálcio para a formação da casca do ovo. 80 Iniciar estimulo de luz apenas após a fase de pré-postura (> 5% de produção), com aumentos semanais de luz artificial até atingir 16 horas ou máximo 17 horas. O programa de iluminação para a postura só começa quando as frangas já estiverem recebendo ração de postura. Estimulo luminoso Nunca permitir redução de luminosidade na fase de postura. 81 Idade Total Luz Ligar Desligar Ligar Desligar 18 12h 5h30 Após nascer sol -- -- (17h30) 19 12h30 5h Após nascer sol -- -- (17h30) 20 13h 5h Após nascer sol Antes por do sol 18h 21 13h30 5h Após nascer sol Antes por do sol 18h30 22 14h 5h Após nascer sol Antes por do sol 19h 23 14h30 5h Após nascer sol Antes por do sol 19h30 24 15h 4h30 Após nascer sol Antes por do sol 19h30 25 15h30 4h30 Após nascer sol Antes por do sol 19h30 26 16h 4h Após nascer sol Antes por do sol 20h Exemplo de programa de luz: Tabela de iluminação natural 83 • Para um bom desenvolvimento das futuras poedeiras é necessário um rígido esquema de vacinações. No entanto os programas devem ser sugeridos para a região onde a criação é realizada, não sendo apropriado uma recomendação única para qualquer tipo de criação. PROGRAMA DE VACINAÇÃO 84 Exemplo de Programa de vacinações para frangas: Idade Vacina Via de Aplicação 1 dia Marek Subcutânea Bouba (incubatório) 7 dias Doença Newcastle Água de bebida ou spray + Bronquite + Gumboro 14 dias Gumboro Água de bebida 28 dias Gumboro Água de bebida 35 dias Doença Newcastle Intramuscular + Bronquite + Coriza 70 dias Doença Newcastle Ocular ou água de bebida Membrana da asa + Bronquite + Bouba + Encefalomielite 100 dias Coriza + Doença Newcastle Intramuscular + Bronquite (inativada) 15 Coccidiose • Esta infecção parasitária pode causar danos ao trato digestório, e nas infestações severas, pode causar a morte das aves. • Geralmente, o mau controle das infecções subclínicas, piora a conversão alimentar, ou causa danos irreversíveis no intestino das aves. • Certos lotes podem não apresentar uniformidade ou estar abaixo do peso na hora do alojamento e podem não alcançar todo o seu potencial durante a postura. • Controle pode ser feito pelo uso de anticoccidianos nas rações • Uma forma alternativa de tratamento é o uso de vacinas vivas que podem ser administradas no incubatório, ou aplicadas na ração ou na água durante os primeiros dias nos galpões de crescimento. • Todas as estratégias de tratamento / vacinas devem ser apoiadas com uma biosseguridade efetiva. • O uso de desinfetantes com uma eficácia comprovada contra oocistos de coccidiose reduzirá a pressão do desafio. 3. MANEJO NA FASE DE PRODUÇÃO • Não realizar práticas de manejo nas poedeiras após iniciada a produção de ovos até passar o pico de postura. (vacinações, pesagens, etc.) • Cuidar que as aves sejam alimentadas diariamente, sem exageros, para não haver desperdício de ração. • Controlar o consumo de ração periodicamente, verificando a necessidade de alterações na fórmula, conforme nível de consumo. 87 88 89 Verificar constantemente o funcionamento do sistema de iluminação e dos bebedouros. • Se o manejo diário for manual, fazer cronograma de execução ao longo do dia. • Colheita dos ovos antes do arraçoamento, colher ovos sujos, trincados e deformados em separado dos ovos limpos e íntegros. • Durante período da manhã colher ovos de hora em hora e mais duas vezes no período da tarde. 90 • Controlar focos de umidade no esterco (debaixo das gaiolas), evitando proliferação de moscas. • Manter o galpão e seu entorno limpos. • Retirar e anotar as aves mortas nas gaiolas, cuidando de dar destino adequado a carcaça (fossa). • Combater moscas e roedores. • Verificar declividade da gaiola: - Gaiola tradicional (0,30 x 0,40m) = 6 a 8% declive - Gaiola modernas (0,50 x 0,45m) = 9 a 10% declive 16 Disposição das gaiolas Disposição das gaiolas e fornecimento de ração Fornecimento de ração Captação de ovos 17 • Condição de esterco e manejo dos desejos Manejo de dejetos 100 DESCARTES • Após pico de postura, deve ser feito um descarte das aves improdutivas de forma rotineira (mensalmente) = culling. 101 CARACTERÍSTICAS DAS AVES PARA DESCARTE (CULLING) CARACTERÍSTICA EM POSTURA FORA DE POSTURA Crista Grande, vermelha e brilhante Pequena e pálida Bico Branco (despigmentado) Amarelo Ossos pélvicos Abertos Fechados Pernas (canela) Brancas (despigmentadas) Amareladas Cloaca Grande, rosada e úmida Pequena, pálida e seca 102 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 Curva de postura tradicional para poedeiras (condições normais) Idade, semanas % p ro d /a ve /d ia Fase inicial (PICO) Fase intermediária Fase final 18 104 • Acompanhar e registrar diariamente a produção de ovos (% postura/ave/dia) e (% de postura/ ave alojada), comparar com padrão da linhagem. • A poedeiras tem potencial genético de serem exploradas economicamente por período de até 80 semanas (único ciclo). • Essa meta só poderá ser atingida com uma boa rotina de manejo das poedeiras. • A biosseguridade é o melhor método para se evitar enfermidades. • Um bom programa de biosseguridade identifica e controla as maneiras mais prováveis de entrada de uma enfermidade na granja. • A entrada de pessoas e de equipamentos dentro da granja deve ser controlada. • As visitas nas granjas devem se limitar àquelas que sejam essenciais para sua operação. • Todos os visitantes devem utilizar o livro de registros para documentar suas visitas. • Não se deve permitir a entrada de pessoas que tenham estado em outra instalação avícola dentro de um prazo de 48 horas. Biosseguridade na produção de ovos • Deve-se fornecer botas limpas, roupas e toucas a todos que trabalham ou visitam a granja. • Deve-se colocar lavadores de botas que contenham desinfetante na entrada de todos os galpões de aves. • Se for possível, evite o uso de equipamentos que venham de fora da granja para a vacinação, transferências e debicagem das aves. • O funcionário deve ter acesso apenas ao galpão que trabalha. • O número de lotes visitados num dia deve ser limitado, e sempre fazer as conferências de forma progressiva, ou seja, dos lotes mais jovens para os lotes mais velhos, e dos lotes sadios para os enfermos. Depois de visitar um lote enfermo, não se deve visitar outros lotes. • Todos os galpões devem estar desenhados para prevenir a exposição do lote às aves silvestres. (telados) • Combatesistemático aos roedores • Os arredores do galpão deve estar livre de entulhos e mato alto, que servem de abrigo aos roedores e ajuda na proliferação de moscas. • Recomenda-se monitorar os galpões de aves contra a presença de espécies patogênicas de Salmonella, particularmente Salmonella enteritidis. Isto pode ser feito através de provas rotineiras do meio ambiente utilizando swabs de arrasto.
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