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FICHAMENTO DO LIVRO HISTORIOGRAFIA- CARBONELL

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Apresentação dos Autores
Temos que Charles Oliver Carbonell faz em seu livro uma divisão por tipos de historiografia, busca escrever algo qualificado que fale sobre este assunto, coisa de que quando este livro foi escrito ainda não existia, tem caráter evolucionista e faz uma crítica elitista, aos franceses que apesar de serem os melhores no tema, não escreveram algo de relativa importância, e uma crítica evolucionista, relacionada aos modos de representação ligados ao passado.
Já Phillipe Tetárt busca escrever um livro que nos apresente a questão da história, que se coloca como uma interrogação aos homens; Tenta explicar como os historiadores constituíram a história e como eles agem para instituir uma memória histórica, faz ainda uma crítica evolucionista ao universo mítico e religioso, organiza seu livro de forma cronológica iniciando no século V a.c. percorrendo até o século XX d.c.
Dos séculos IV a.c até IV d.c.: O nascimento da história
  Charles Oliver Carbonell nos apresenta a história desde antes da escrita até a história em Roma, no primeiro tema o autor se caracteriza de forma evolucionista e contraditória ao dizer que o mito quando escrito torna-se história.
O autor data o nascimento da história como sendo na segunda metade do século V a.c. . Cita, assim como Phillipe Tetárt, Heródoto como “pai da história” mais ainda a caracteriza como vaga nos diz que somente a partir de Tulcidides irá nascer o método de inteligência do historiador, apesar deste ainda apresentar certa desordem cronológica.
Faz uma crítica ao nascimento da história romana, pois este foi tardio e teve influência grega, a filiação historiográfica passa a acompanhar a filiação mítica.
Phillipe Tetárt não chega a nos dizer sobre a história antes da escrita, inicia seu texto nos contando, através dos principais historiadores, a história na Grécia e dentro deste período, finaliza na história romana.
Nos diz que a história grega surgiu na Jônia junto ao desenvolvimento da filosofia. Como já mencionado acima, cita Heródoto, mas nos diz que este trouxe desenvolvimentos notáveis à história, a qual tinha o significado de efeito de informação, pesquisa e investigação e tinha a importância do dever da memória.
Ao se referir a historiografia romana concorda com Carbonell no fato de que seu desenvolvimento foi tardio até mesmo porque os primeiros historiadores romanos escreviam em grego. A história romana ainda não é uma ciência e tinha como o objetivo dos historiadores impedir o desmoronamento moral de Roma.
 
Séculos V d.c. XV d.c.: A historiografia antecedente aos humanistas
Neste período o autor de “Historiografia” nos mostra da China até os Árabes, passando por uma história cristianizada.
A historiografia chinesa é caracterizada como difícil, tanto na forma de se ter acesso quanto na maneira de se decifrar, nasceu do desmembramento do mito para a história, e teve seu apogeu junto aos mandarins, foi nesta época em que a obra histórica reflete sua diversidade e a extensão dos poderes de uma burocracia que detinha o monopólio do saber. A historiografia chinesa é considerada política.
Segundo o autor na historiografia chinesa falta um conceito abstrato do tempo num relato cronológico que compromete a cultura chinesa.
A religião cristã tem base histórica que rompe com o conceito de tempo romano, escrevendo uma noção de tempo linear. A cristandade se dá entre os quatro poderes que estavam fragmentados durante a idade média: poderes universais (papado e igreja), poderes locais (cidades), poderes intermediários (reinos) e os sem poderes que eram as aldeias.
Sobre a historiografia Árabe diz que antes de tudo a história era religiosa e que os historiadores árabes confessam a inutilidade de toda a tentativa de exploração racional.
A explicação histórica passa a ser limitada as considerações psicológicas relativas às virtudes e aos vícios dos heróis que povoavam o discurso narrativo.
Phillipe Tetárt, neste período, nos apresenta a idade média como um período em que se vive muito a história, dificultando se falar nela.
Nos séculos XI e XIII os juristas se tornam historiadores e participam de uma renovação do olhar dos “documentos do passado” e de sua justificação, tanto para a igreja quanto para o estado.
A história cristã tem apontada como uma de suas principais características a ausência da independência e a curiosidade intelectual, a problemática do historiador será a religião e a história. Os mosteiros se tornam praticamente “ateliês de história”.
Séculos XVI d.c à XVIII d.c: Os Humanistas e Eruditas
  Carbonell nos retrata três acontecimentos de relativa importância para o renascimento da história: a imprensa de caracteres móveis por Gutemberg, a falsidade do ato conhecido como Doação de Constantino e a rendição de Bizâncio aos assaltos otomanos.
Os historiadores se dividem em três atitudes: a credulidade das fábulas e mitos, a dúvida da reprodução da historia e do hipercriticismo.
A partir do século XVII tem-se o surgimento do método histórico e de várias bibliotecas que contribuíram para o aperfeiçoamento dos instrumentos e das pesquisas. 
Durante a história erudita o autor nos apresenta a classificação de uma história contínua e descontínua e nos aponta a inexistência de uma história única.
À medida que cresce a memória da humanidade as suas evocações multiplicam-se. O grande século pertence aqueles que sabem e pensam o mundo. Os sábios e os filósofos as vezes se confundem, mas não é possível dizer se os historiadores são uns ou outros.
A respeito do mesmo período, Phillipe Tetárt, marca o século XVIII como o grande século da história que fica entre a “arte de narrar história” e, o fim do progressismo, de “fazer história” que irá anunciar as reviravoltas do século XIX.
O tom e as perspectivas históricas mudam e é instaurado um conceito de “Providência racional”. A história passa a ser considerada como uma ciência a partir do momento em que os filósofos – historiadores sustentam o conceito de uma ciência laicizada, nascida do encontro da história com a filosofia.
Neste período a principal intenção é fazer história sem se interrogar sobre seu sentido e o enriquecimento da humanidade.
Em relação aos humanistas diz que o contexto histórico do século XVI favorece o amadurecimento e o enriquecimento intelectual da história, nascem assim três conceitos: a relatividade, a idéia do homem organizado, e o princípio universal do saber total.  
Século XIX : A história se consolida como ciência humana
 Charles Oliver Carbonell nos mostra o século XIX como o século da história e o caracteriza como fecundo e tumultuoso.
A era dos Românticos consiste nas restaurações e nas revoluções entre duas fronteiras. Caracterizada como época de uma historiografia e de uma paixão pelo passado recriado.
Os tradicionalistas desejam apenas restaurar o passado, já os liberalistas buscam nele advertências e modelos.
A historiografia romântica é caracterizada pelos seguintes aspectos: uma curiosidade maior pela idade média, a busca do contraste e dos efeitos de arcaísmo e do afastamento, um método mais político e erudito.
Phillipe Tetárt nos mostra que durante o século XIX os historiadores conquistaram ainda mais a posição de cientistas.
Os historiadores românticos caem na vulgarização da história ao buscarem resolver a questão da revolução e das origens da sociedade moderna, assim acaba não se tendo uma vontade científica.
Ressalta os anos 1814, 1830 e 1848 como anos de desenvolvimento da história politizada.
Os historiadores liberais buscam desenvolver a genealogia revolucionária e justificar o discurso do estado e da nação francesa através da história moderna. 
O autor ainda nos cita Michelett que busca uma história épica e visionária, carnal e educativa onde o povo e a pátria possuem papéis de relativa importância. Tem forte influência sobre os republicanos do século XIX e sobre a afirmação da família política e democrata, patriota e republicana.
O mundo dos historiadores é submetido a uma febre documental que tem grande importância na evolução da profissão, oestado passa a manter funcionários da história. 
Entre os séculos XIX e XX: O Marxismo
 Carbonell nos diz que Marx e Engels fundam um método de análise real e uma filosofia da História.
O marxismo exerceu uma influência limitada a alguns grandes nomes dos militantes, muitas vezes mais tentados pela filosofia ou pela economia do que pela história. 
Algumas revoluções socialistas foram feitas baseadas no marxismo.
Tem como características a vulgarização, através da ditadura do proletariado e do conceito de produção como sinônimo de sistema econômico e como forma de classificação das formações sociais, a luta de classes, explicação econômica da história.
Não separa a concepção de história, a crítica do presente, e o projeto social do futuro.
Marx criou uma base para a história, pois escreveu o capitalismo em seu tempo.
Phillipe Tetárt diz que os marxistas se inspiram no modelo proposto por Marx e Engels.
O homem vai deixar de ser visto como indivíduo e vai passar a ser visto através de sua classe social e do movimento econômico.
É caracterizada como fechada à uma visão de organização das sociedades atemporal, acultural, que recusa as transcendências da noção de classes, é tão limitada a ponto de despersonalizar a história que se compõe da diversidade e do aleatório. 
Século XX: A nova história
 Os dois autores nos apresentam a Escola dos Annales como uma herança da história marxista, só que com modificações.
Carbonell nos apresenta o nascimento da nova historia como uma nova perspectiva marxista, que dá ênfase aos fenômenos sociais, tendo surgido entre 1929 e o início dos anos 30, através da revista dos Annales de Lucien Febvre e Marc Bloch.
Cita a Escola Prática dos altos estudos (1947-48) que proporcionou aos novos historiadores um laboratório voltado à inovação.
A atividade historiográfica foi desviada pelo totalitarismo dos países europeus.
É um movimento que rompe com as historiografias antecedentes e contemporâneas, rejeitando uma história factual e o corporativismo liberalista dos historiadores.
Phillipe Tetárt faz uma análise mais profunda do movimento dos Annales, e nos mostra como este revoluciona o trabalho e a cientificidade do historiador.
A história positivista impõe seu estilo, método, e objetos de estudo, constituindo um academicismo.
O autor nos cita Charles Péguy, o qual censura à história de esquecer o essencial, é um pensador patriota que deseja a justiça da nação como um todo, porém sua proposta não é a de um cientista.
O nascimento dos Annales é dado como um assunto de uma geração tanto intelectual e científica, quanto de poder. A história deixa de ser um bloco monolítico para ser um movimento de “espessura e abundância”, recusando o elitismo dos assuntos e a prioridade do acontecer humano.
Buscam integrar as ciências sociais e o “fazer história” para desenrolar o emaranhado do tempo social, desta forma instituem uma “triplicidade” na história sendo esta o conjunto de economia sociedade e civilização. 
Na nova história não há separação entre o passado e o presente

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