Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 1 SANEAMENTO BÁSICO I A disciplina de Saneamento Básico I possui os seguintes objetivos específicos : · Apresentar a importância do Saneamento Básico; · Fornecer subsídios para projetar, especificar e construir sistemas simplificados para abastecimento de água; · Fornecer subsídios para projetar, especificar e construir instalações para tratamento de águas para abastecimento. UNIDADE I - SANEAMENTO BÁSICO 1. - Conceitos Fundamentais Saúde : é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (definição do início da década de 70 da Organização Mundial de Saúde). Saúde pública : é a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde, através de medidas de alcance coletivo e de motivação da população. Corresponde a um esforço organizado da coletividade em prol da saúde definida pela OMS. Refere-se sempre a coletividade. Saneamento : é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre sobre seu bem-estar físico, mental ou social (OMS). Corresponde a um conjunto de medidas que tendem a modificar o meio e quebrar o elo da cadeia de transmissão de doenças com o propósito de promoção e proteção da saúde. O saneamento é uma das armas da Saúde Pública para a quebra deste elo da cadeia. O saneamento tem também grande importância econômica na medida em que reduz o número de enfermidades e de mortes de indivíduos produtivos e o gasto com internações hospitalares. Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 2 2. - Principais Atividades de Saneamento Básico As principais atividades de saneamento básico abrangem principalmente os seguintes itens : · Abastecimento de água; · Coleta e disposição de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e águas pluviais); · Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final dos resíduos sólidos (lixos de naturezas diversas); · Controle da poluição ambiental - água, ar e solo (acústica, visual e etc.) · Saneamento dos alimentos; · Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde pública (controle de vetores); · Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação, de recreação e dos hospitais; · Saneamento dos meios de transporte; · Saneamento em situações de emergência (enchentes e calamidade pública). 3. - Evolução histórica do saneamento Dentre alguns fatos históricos que envolvem as principais atividades de saneamento podem ser citados : · Os povos primitivos já se instalavam próximos as margens dos rios para captarem água dos mesmos; · No Paquistão à 3.000 a.C. já existiam casa com banheiros, tubos cerâmicos, alvenaria de tijolos para canalização de águas pluviais; · Em Creta à 2.000 a.C. já eram empregadas manilhas cerâmicas de ponta e bolsa; · Os egípcios e japoneses já possuíam técnicas para clarificação da água através de filtros domésticos; · As aglomerações humanas mais densas já necessitavam de grandes obras destinadas à captação, como por exemplo a construção de tanques de reservação; Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 3 · Os romanos possuíam sistemas de abastecimento de água mais completos e grande complexidade; · As atividades de captação, transporte e armazenamento de água surgiram em conseqüência do aumento do consumo; · As atividades de tratamento de água surgiram em decorrência do crescimento da poluição; · Por volta do ano 1240, Londres já possuía água encanada através de tubulações de chumbo; · Na Alemanha a partir do ano 1500 tornou-se obrigatório o uso de fossas. · Com a invenção da máquina a vapor na Revolução Industrial foi possível o surgimento dos primeiros equipamentos para bombeamento d'água; · A eficiência da filtração de água só foi reconhecida por engenheiros no início do século XIX; · Em 1815 foi autorizado em Londres o lançamento de efluentes domésticos nas galerias de águas pluviais da cidade; · Em 1854, Snow comprovou cientificamente a associação entre a fonte de água consumida pela população de Londres e a incidência de cólera; · A 1ª rede de esgotos da cidade de São Paulo foi projetada e construída pelos ingleses em 1876; · A partir de 1908 foram empregadas como tratamento de água as primeiras substâncias desinfetantes como o hipoclorito de cálcio; · Até o início do século XIX não se conheciam os sistemas de esgotos tais como hoje concebidos; · No século XVII ocorreram as primeiras experiências com tubos de ferros fundidos. Antes era de barro, chumbo e madeira, de pequenas dimensões que não suportavam muitas pressões. Procuravam seguir então a linha piezométrica do sistemas para evitar pressões maiores. · Modernamente novos materiais e técnicas vem sendo empregados para desenvolvimento das atividades de saneamento básico, facilitando a construção de instalações cujo objetivo principal é o de reduzir e eliminar as doenças causadas ao homem pela falta de condições sanitárias adequadas. Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 4 4.- Princípios Gerais do Saneamento Dentre alguns princípios gerais do Saneamento Básico podem ser citados : 4.1 - Princípio da Densidade O princípio da densidade se baseia no fato de que quanto maior a densidade ou a concentração de atividades, menor o poder de autodepuração do meio ambiente. Logo, maiores devem ser as medidas de controle e de saneamento do meio. 4.2 - Princípio de Detalhes O princípio de detalhes prega a teoria de que a observância dos mínimos detalhes em saneamento é fundamental. Alguns exemplos citados a seguir explicam tal princípio : · Antes de iniciar o funcionamento de qualquer tipo de obra nova em saneamento principalmente no que se refere ao abastecimento de água, deve-se realizar uma desinfecção total do sistema com dosagem forte de cloro na água (desinfecção operacional); · A concentração de cloro empregada no tratamento de águas para abastecimento é função também do tipo e resistência do microorganismo possível de estar presente no sistema. Exemplo : vibrão da cólera e shigella (0,5 mg/l), pólio (1,2 mg/l), vírus da hepatite (3,0 mg/l) e rotavírus (3,0 mg/l). 4.3 - Princípio do Alcance e do Controle Este princípio rege que sempre que possível deve-se sanear o todo, ou seja, proteger somente parte de um todo por algum tipo de medida de saneamento pode comprometer o todo, inclusive a parte supostamente protegida. Exemplo: sempre deve- se imunizar um maior número possível de pessoas em uma campanha de vacinação. Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 5 4.4 - Princípio do Período de Carência ou do Silêncio Existe um período de carência entre os problemas de saneamento e os resultados obtidos pela implantação de alguma medida de saneamento para resolvê-los. Como exemplo, na Figura 1 pode-se observar que existe um período a partir da introdução da cloração no abastecimento de água da cidade de São Paulo em 1926, para o decaimento do número de casos de febre tifóide. Cabe ressaltar que a introdução de sistemas de abastecimento de água traz retornos relativamente rápidos no que diz respeito a melhoria das condições de saúde da população abastecida. Figura 1 - Coeficiente de mortalidade por febre tifóide no município de São Paulo 5. – Situação do Saneamento Básico e daSaúde Pública no Brasil O Brasil é um país em grave estado de saúde. Pesquisas realizadas no início dos anos 90 pela ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária) e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) possibilitam uma visualização do quadro sanitário no país, evidenciando as condições precárias a que esta exposta grande parte da população brasileira. Em 1991 o Brasil possuía 152,3 milhões de habitantes, sendo que 77 % viviam em áreas urbanas e apenas 27 % em áreas rurais. Nesta época menos de 70 % dos habitantes eram atendidos por sistemas coletivos de abastecimento de água, verificando- Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 6 se uma significativa variação de cobertura entre os estados. Alguns problemas dos sistemas não revelados pelas estatísticas são o não cumprimento dos padrões de potabilidade pela água distribuída e a ocorrência de intermitência no abastecimento, comprometendo a quantidade de água fornecida à população e a sua própria qualidade. Outro problema grave é o elevado índice de perdas, devido a vazamentos e desperdícios, chegando a índices que superam 50 %. Os dados referentes ao esgotamento sanitário são bastante impressionantes. Apenas 30 % da população brasileira era atendida por redes coletoras. O volume de esgotos tratados era extremamente baixo, com apenas 8 % dos municípios apresentando unidades de tratamento. Mesmos nesses, em geral, as estações de tratamento atendem a apenas uma parcela da população, as eficiências são reduzidas e os problemas operacionais são freqüentes. As deficiências na coleta e na disposição inadequada do lixo, que é lançado a céu aberto na grande maioria das cidades brasileiras, constituem outro sério problema ambiental e de saúde pública. Carências graves são também observadas na área de drenagem urbana, submetendo diversos municípios a periódicas enchentes e inundações, além de problemas de saúde pública resultantes do escoamento deficiente das águas de chuva. Na área de controle de vetores, por sua vez, a descontinuidade dos programas e a falta de articulação entre as diversas instâncias institucionais vêm provocando o ressurgimento ou o recrudescimento de endemias como o dengue, a leptospirose, a leishmaniose e a febre amarela. Alguns outros indicadores e índices sobre o estado de saúde e saneamento no país podem ser visualizados a seguir : · a taxa de mortalidade infantil no ano de 1992 era de 58 em cada 1.000 habitantes (em Cuba no mesmo ano tínhamos 14/1000 hab e na Argentina 29/1000 hab.); · 30 % das mortes de crianças com menos de um ano de idade são por diaréia (cerca de 50.000 casos por ano); · a epidemia de cólera no Brasil atinge mais de 700 cidades e mais de 100.000 pessoas; Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 7 · os investimentos em saúde no Brasil são da ordem de US$ 60 / hab.dia enquanto que o mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de US$ 500 / hab.dia; · existem no Brasil cerca de 5,5 milhões de casos de esquistossomose (cerca de 3 % da população); · 65 % das internações hospitalares resultam da inadequação dos serviços e ações de saneamento. As tabelas e gráficos a seguir ilustram a situação do saneamento básico no país no que se refere ao abastecimento de água, coleta de esgoto e de lixo. Tabela 1 - Acesso a Serviços de Saneamento por Classe de Renda – Brasil (1991) Domicílios sem Água Canalizada Domicílios sem Ligação à Rede de Esgoto ou Fossa Séptica Classe (Salário Mínimo) Total de Domicílios (Milhões) (%) Quantidade (mil) (%) Quantidade (mil) 0 a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a 20 20 e mais 1,4 7,8 4,2 3,8 3,5 1,6 0,8 33 38 12 5 3 1 1 462 2.964 504 190 105 16 8 59 56 40 28 20 12 9 826 4.368 1.680 1.064 700 192 72 Fonte : Censo Demográfico 1991, Dados Preliminares, IBGE Tabela 2 - Evolução de Indicadores de Saneamento no Brasil (em % de domicílios urbanos e rurais) Indicadores 1970 1980 1991 1996 ÁGUA Domicílios urbanos – rede de distribuição Domicílios rurais – rede de distribuição 60,47 2,61 79,20 5,05 86,10 9,26 91,11 19,76 ESGOTO SANITÁRIO Domicílios urbanos – rede de coleta Domicílios urbanos – fossa séptica Domicílios rurais – rede de coleta Domicílios rurais – fossa séptica 22,16 25,28 0,45 3,24 37,02 22,97 1,39 7,16 41,59 18,12 1,86 7,21 48,88 25,43 3,68 14,47 Fonte : IBGE. Censos Demográficos de 1970, 1980 e 1991; e PNAD, 1996. Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 8 Tabela 3 - Indicadores de Saneamento no Brasil e Grandes Regiões (1996) (em % de domicílios urbanos) Indicadores Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul C.Oeste ABASTECIMENTO DE ÁGUA Redes públicas de distribuição Outras soluções 91,11 69,13 86,07 95,45 94,36 82,75 ESGOTO SANITÁRIO Rede pública de coleta Fossas sépticas Outras soluções 48,88 25,43 8,91 39,66 22,47 30,31 75,76 13,45 17,41 58,40 34,09 12,08 LIXO Coletado Sem coleta 87,44 64,68 72,93 92,92 95,55 89,23 Fonte : IBGE. PNAD, 1996. (1991) Figura 2 - Indicadores de Saneamento – Abastecimento de água (1991) Fonte : ABES-IBGE Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 9 A falta de saneamento básico ocasiona o surgimento de diversas doenças. Pode-se afirmar que se as condições de saneamento básico no Brasil fossem mais adequadas, haveria uma substancial melhoria no quadro de saúde da população. Figura 3 - Indicadores de Saneamento – Esgotamento Sanitário (1991) Fonte : ABES-IBGE Figura 4 - Indicadores de Saneamento – Lixo (1991) Fonte : ABES-IBGE Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 10 Além disso o país economizaria com a construção e manutenção de hospitais e com a compra de medicamentos. Segundo estimativas da OMS, nos países em desenvolvimento, cerca de 80 % dos leitos hospitalares vêem sendo ocupados por pacientes com doenças causadas direta ou indiretamente pela água de má qualidade e por falta de saneamento. O restante, cerca de 20 % são devido à outros tipos de doenças como de origem genética, acidentes e etc. 6. - Transmissão de Doenças devido a falta de Saneamento Básico Diversas doenças infecciosas e parasitárias têm no meio ambiente uma fase de seu ciclo de transmissão, como por exemplo, uma doença de veiculação hídrica com transmissão feco-oral. A implantação de um sistema de saneamento, nesse caso, significaria interferir no meio ambiente, de maneira a interromper o ciclo de transmissão da doença (ver exemplo da Figura 5). Figura 5 – Transmissão de doença de veiculação hídrica Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 11 6.1 - Conceitos básicos sobre Epidemiologia Para que os mecanismos de transmissão das doenças devido a falta de saneamento básico, possam ser entendidos, é importante que sejam conhecidos alguns conceitos básicos sobre Epidemiologia. Epidemiologia : é a ciência que estuda a distribuição das doenças e agravos a saúde nas comunidades e as relaciona a múltiplos fatores, concernentes ao agente etiológico, ao hospedeiro e ao ambiente, indicando as medidas para a sua profilaxia. É oestudo das doenças na massa populacional, considerando as causas, o mecanismo de transmissão e a prevenção de doenças. Agente etiológico : substância cuja presença ou ausência pode iniciar ou perpetuar um processo mórbido (doença). Podem ser físicos (radioatividade e etc.), Figura 5.1 – Efeito das medidas de Saneamento Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 12 químicos (metais pesados e etc.) ou parasíticos (bioagentes patogênicos – vírus, bactérias, helmintos e etc.). Hospedeiro : pessoa ou animal que alberga um agente etiológico animado (bactérias, protozoários, fungos, vírus ou helmintos). O hospedeiro pode ser temporário ou definitivo. O hospedeiro temporário serve de veículo ao agente até a instalação no hospedeiro definitivo (ex. caramujos na esquistossomose). O hospedeiro definitivo é a fonte ou reservatórios dos agentes infecciosos (animal ou homem). Reservatório ou Fonte de Infecção : é todo ser que contenha um agente etiológico passível de veiculação a outros seres. (Exemplo : homem portador de doença). A transmissão de doenças pode se realizar das seguintes formas principalmente : · Transmissão direta – ocorre através do contato direto do agente etiológico com o hospedeiro (ex: doenças venéreas como sífilis, gonorréia, AIDS e etc.) · Transmissão indireta – ocorre através de contato indireto do agente etiológico com o hospedeiro através de veículos ou vetores. Os veículos mais comuns são o ar, a água e o solo. Como exemplo de vetores podem ser citados os animais que transportam agentes etiológicos. Os vetores podem ser mecânicos ou biológicos. Os vetores mecânicos apenas transportam o agente etiológico, como por exemplo as moscas e baratas. Os vetores biológicos além de transportar o agente etiológico, servem para o desenvolvimento obrigatório de alguma fase do mesmo, como por exemplo no caso dos caramujos transmissores da esquistossomose cujas microorganismos denominados de cercárias se desenvolvem no interior dos mesmos. Alguns exemplos sobre o modo de transmissão de doenças podem ser visualizado nas figuras a seguir : Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 13 Em resumo, para haver transmissão de doenças são necessárias as seguintes condições (sem as quais se torna impossível a propagação de uma doença por agente etiológico : · um agente causador ou etiológico; · um reservatório ou fonte de infecção do agente causador; · um modo de sair do reservatório; · um modo de transmissão do reservatório até a nova vítima em potencial; · um modo de penetrar em nova pessoa; · uma pessoa susceptível. Figura 7 – Modos de propagação - agentes etiológicos eliminados com fezes humanas CONTATO DIRETO ÁGUA – AR - SOLO VETORES MECÂNICOS VETORES BIOLÓGICOS ALIMENTO HOMEM CONTATO INDIRETO LIXO Figura 6 – Modos de propagação de doenças - Lixo Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 14 Alguns outros termos de interesse para a Epidemiologia podem ser citados : Endemia: é a incidência de uma doença em uma população humana dentro de limites considerados “normais” para essa população. Epidemia: elevação brusca, temporária e significativa da incidência de uma doença em uma comunidade humana, atingindo limites considerados anormais para essa comunidade, ou seja, ultrapassam a incidência norma esperada. Incidência: número de casos novos que vão aparecendo em uma comunidade, durante certo intervalo de tempo, dando uma idéia do desenvolvimento do fenômeno. Pode ser expressa por números absolutos. (ex : número de casos novos por dia ou mês). Morbidade ou Prevalência: expressa o número de pessoas enfermas ou de casos de uma doença em relação à população em que ocorram. Expressa por um coeficiente (ex : número por 100.000 habitantes). Mortalidade: expressa o número de óbitos durante determinado período de tempo, em relação a população total em que essas mortes ocorrem. Letalidade: indica a relação entre o número de óbitos por uma determinada doença e o número de casos da doença que deu origem a esses óbitos. Indica portanto a gravidade da doença e a virulência do agente etiológico. 6.2 – Principais doenças relacionadas com a falta de Saneamento Básico Os principais grupos de microorganismos que podem provocar doenças no homem são : os vírus, as bactérias, os protozoários e os helmintos. Além disso vários componentes químicos presentes nas águas podem causar danos à saúde conforme Tabela 6. Os profissionais da área de saneamento devem conhecer as formas de transmissão e as medidas de prevenção das doenças relacionadas com a falta de saneamento. Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 15 Os quadros a seguir resumem os principais tipos de doenças causados pela falta de saneamento básico relacionadas com a água, com as fezes (esgoto), com o lixo e transmitidas por vetores bem como as principais formas de transmissão e de prevenção : Tabela 4 – Doenças relacionadas com a água (inclusive agente etiológico causal) Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 16 Tabela 5 – Doenças relacionadas com a água Tabela 6 – Componentes químicos que podem afetar a saúde (veiculação hídrica) Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 17 Tabela 7 – Doenças relacionadas com as fezes Tabela 8 – Doenças relacionadas com vetores Unidade Didática I – Saneamento Básico _____________________________________________________________________________________ 18 Tabela 9 – Medidas de Controle dos Vetores
Compartilhar