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Questão 1: A carne suína é consumida em quantidades muito diferentes dependo do país. No Brasil, observa-se um comportamento de reserva do consumidor quanto à escolha pela carne suína in natura há algumas décadas. Por quê? Emily Chris Pellini de Souza RA 102107 R: Embora a carne suína seja a mais consumida em todo o mundo, os consumidores brasileiros dão preferência para as carnes de aves e de bovinos, pois muitos consumidores acreditam que a carne suína in natura seja perigosa à saúde pelo excesso de gordura e de colesterol o que pode provocar ou agravar doenças cardiovasculares. Este pensamento, sustentado por cardiologistas e reforçado por informações equivocadas transmitidas na mídia, indica que a população brasileira não está suficientemente esclarecida sobre composição, valor nutricional e qualidade da carne suína produzida atualmente, uma vez que a carne suína possui quantidades de gordura e teores de colesterol muito semelhantes a outros cortes de carne como de aves e de bovinos. Além disso, ainda há a preocupação por parte dos consumidores em relação aos aspectos higiênico-sanitários da suinocultura, o que pode ser evidenciado pelo fato de muitos indivíduos associarem o consumo de carne suína à transmissão de teníase e, erroneamente, de cisticercose. Isso mostra que a população, embora mais atenta aos conceitos de alimentação saudável e segura, nem sempre adquire carne proveniente de abate inspecionado (o que garante que medidas preventivas foram tomadas para impedir que carne imprópria para o consumo chegasse ao mercado) e que, na maioria dos casos, desconhece o significado e a função da rastreabilidade e do programa de certificação de origem dos produtos, atualmente implantados no setor de carnes brasileiro. A implantação do programa de certificação de origem e da rastreabilidade tem como objetivo atender às exigências do mercado externo e aumentar o nível de segurança alimentar. Questão 2: a - Qual a raça bovina de corte da subespécie Bos indicus mais utilizada no Brasil? Anneliese Figueira RA 101541 R: Nelore b - Essa raça tem sido utilizada em larga escala para cruzamentos com raças da subespécie Bos taurus, especialmente britânicas. Cite três raças taurinas britânicas e marque com x a mais popular delas no comércio de sêmen no Brasil. R: Angus X, Devon e Hereford. Questão 3: O artigo 110 do RIISPOA determina o tempo de permanência de bovinos nos currais de recepção de frigoríficos,em jejum e dieta hídrica, por 24 horas antes do abate. Este tempo pode ser reduzido a critério do inspetor do SIF, observando-se um mínimo de 6 horas.Cite os motivos pelos quais se pratica este tempo de permanência nos currais, justificando a influência desta prática para algumas operações realizadas na sala de matança. Rafaella Cristina Périco De Sousa RA 103885 R: O período de repouso e jejum tem como principal objetivo o descanso regulamentar do animal para diminuir o conteúdo gastrointestinal e facilitar a evisceração. alem disso, tenta-se restabelecer as reservas de glicogênio na musculatura, que, na maioria dos casos é perdida devido ao stress do animal durante a jornada. O descanso propicia melhora da qualidade da carne, restabelecendo-se os níveis normais de adrenalina e de glicogênio presentes no sangue. Água pode ser aspergida sobre os animais para auxiliar no processo “anti-stress". Estudos demonstram que a qualidade da carcaça e da carne, que é o produto final, é influenciada pelo tipo de manejo que os animais recebem durante o período imediatamente antes do abate. A privação de alimento antes do abate tem mostrado muitos benefícios, tais como, economia de alimento por animal, redução de mortalidade no transporte, melhora no sangramento e redução da quantidade de resíduos nas vísceras no abate, (Beattie, et al., 2002). A privação de alimento pode também minimizar o efeito de patógenos trazidos no alimento. Se o trato gastrointestinal do animal for perfurado durante o processo de evisceração no abatedor, as carcaças podem ser contaminadas com bactérias do trato gastrointestinal. O risco de contaminado de carcaça é reduzido se o estômago do animal estiver vazio na hora do abate. Questão 4: Quais são os tecidos que compõem uma carcaça animal? Cite a importância de pelo menos dois dos tecidos para quem estuda a qualidade da carne. Fabio Lona De Danielli RA 076636 R: A carcaça é composta pelos seguintes tecidos: muscular, nervoso, epitelial e conjuntivo (inclui os tecidos adiposo, ósseo e cartilaginoso). Para avaliar o valor nutritivo e comercial da carne, são levadas em consideração as proporções entre ossos, gordura e músculo. A porcentagem de ossos e músculo diminui quando a porcentagem de gordura na carcaça aumenta. O tecido muscular compõe entre 35% e 65% do peso das carcaças e possui diversas características que ditam a qualidade da carne. Logo, existem muitos fatores intrínsecos e extrínsecos que devem ser cuidadosamente estudados quando se deseja obter uma carne de boa qualidade. O conhecimento da ciência da carne e das características estruturais e bioquímicas do músculo é essencial para o controle de diversos processos, tais como: endurecimento da carne, encurtamento dos sarcômeros pelo frio, acidificação da carne, estimulação elétrica, entre outros. A gordura de cobertura pode apontar para o tipo de alimentação recebida pelo bovino, que parece influir na solubilidade do colágeno da carne, o que dá muita importância ao estudo do tecido (conjuntivo) adiposo. Também afeta diretamente a velocidade de resfriamento da carcaça, comportando-se como um isolante térmico e interferindo no processo de conversão do músculo em carne, num processo denominado “cold shortening”. Além disso, carcaças com melhor acabamento tendem a apresentar um maior teor de gordura intramuscular, “marbling”, ou gordura entremeada, que é depositada com maior intensidade na fase de engorda dos bovinos, após o término da fase de crescimento. A gordura entremeada a percepção de sabor, aroma e textura, especialmente no caso de abuso no ponto de cozimento da carne.
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