Buscar

revisão de retículo 2012.1

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 2013.
CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
BIOLOGIA CELULAR
REVISÃO 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: Rede de membranas formando cavidades – cisternas ocupando mais da metade do citosol. Estrutura típica de células Eucariontes.
Composição química: Membranas do RE – Lipoprotéica: 30% de lipídeos e 70 de proteínas.
Lipídeos-Fosfolipídeos: fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilinositol, fosfatidilserina e esfingomielina.
Glicolipídeos (glicídio+lipídeo) e colesterol
30 cadeias polipeptídicas : glicoproteínas e enzimas. Citocromos.
Funções: O RE tem o papel central na biossíntese de lipídeos e proteínas. Sua membrana é o sítio de produção de todas as proteínas transmembrana e lípídeos para a maioria das organelas, incluindo o próprio RE, o aparato de Golgi, os lisossomos, os endossomos, as vesículas secretórias e a membrana plasmática.
Métodos de estudo: Citoquímica (específico para glicose-6-fosfatase) Imunocitoquímica (específico para as Chaperonas).
Retículo Endoplasmático Rugoso -: Ribossomos - associam-se às membranas do RE na forma de polirribossomos. A associação se dá através da subunidade maior do ribossomo, enquanto a subunidade menor liga-se ao RNAm.
Em células eucarióticas os ribossomos se apresentam em 2 subunidades: a maior de 60S e menor com 40S, as subunidades se unem durante a síntese protéica – unidade funcional. S significa coeficiente de sedimentação em ultracentrífuga
SÍNTESE PROTÉICA
Maquinária: 
Ribossomos, RNA, RE. 
Sinal Peptídico – sequência de 20 aminoácidos (8 ama apolares no meio da cadeia).
PRS – partícula reconhecedora de sinal
Peptidase sinal (Enzima)– cliva o sinal peptídico
TRANSLOCONS – canais de 2 a 6 nm de diâmetro:Complexo SEC 61, TRAP(Traslocating chain-associated membrane), TRAM (traslocon-associated protein), Complexo OST e Chaperonas - todos são complexos PROTÉICOS – todos estão evolvidos na síntese de proteínas
Resumo da Síntese Protéica no RER:
Síntese inicia-se no citosol, e a primeira porção da cadeia a ser sintetizada é a seqüência sinal, que destina o polirribossomo para a membrana do RER.
A síntese é interrompida quando a partícula reconhecedora de sinal – PRS liga-se à sequência sinal.
 A síntese recomeça quando o RIBOSSOMO e a proteína reconhecedora do sinal se ligam a seus respectivos receptores na membrana do RER.
 O RIBOSSOMO (subunidade maior) se associa ao TRANSLOCON, que é um agregado protéico constituído pelo complexo SEC 61, a proteínas associada à translocação – TRAM, a peptidase sinal, o complexo oligossacaril-transferase – OST e a proteína associada ao TRANSLOCON –TRAP.
 A BIP (proteína) associa-se como uma rolha na superfície luminal do translocon e só se dissocia quando o complexo SEC 61 se abre como um túnel para a passagem da cadeia.
Á medida que a cadeia é translocada, a seqüência sinal é clivada (cortada) pela peptidase sinal
As chaperonas moleculares se associam à cadeia e o complexo OST adiciona oligossacarídeo (grupo de monossacarídeos) à cadeia polipeptídica.
A cadeia é liberada no interior da cisterna, as chaperonas fazem com que ela adquira a sua configuração tridimensional.
Terminada a síntese da proteína, as duas subunidades do ribossomo se separam e podem ser reutilizadas. O RNA é então totalmente traduzido em proteínas
GLICOSILAÇÃO
Transferência de um oligossacarídeo contendo 14 resíduos de açúcar : 2 de N acetilglicosamina, 3 de glicose e 9 de manose para o grupo amino (NH2) dos aminoácidos asparagina da cadeia polipeptídica.
Participa neste processo o complexo OST ou oligossacariltransferase – intrínseco da membrana do retículo.
Calnexina e calreticulina- chaperonas que ajudam no dobramento da cadeia.
AS CHAPERONAS auxiliam na glicosilação e no enovelamento correto das proteínas
São elas:
CALNEXINA – INTRÍNSECA – CÁLCIO DEPENDENTE
CALRETICULINA – CÁLCIO DEPENDENTE - Solúvel
BIP – AÇÃO ATPÁSICA - Solúvel
DISSULFETO ISOMERASE - Solúvel
CORRELAÇÃO ENTRE RER E COMPLEXO DE GOLGI 
As proteínas sintetizadas no RER são exportadas em vesículas de transporte que brotam das membranas do RER e se fundem com as membranas do Golgi.
O transporte se faz com ajuda de microtúbulos.
Proteínas que permanecem no RER:
Apresentam uma sequência de aminoácidos específica marcada com lisina/ histidina, asparagina, ácido glutâmico e leucina – conhecida como KDEL OU HDEL.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
Rede membranosa com cisternas desprovida de ribossomos.
Nas membranas do REL ocorre a SÍNTESE de praticamente de todos os lipídeos das membranas celulares.
Em alguns casos a síntese inicia-se no REL e termina no Golgi, exemplos: esfingomielina e os glicolipídeos. Em alguns casos envolve a participação das mitocôndrias.
Enzimas responsáveis pela síntese de fosfolipídeos são intrínsecas à membrana do REL, com seus sítios ativos voltados para a fase citoplasmática da membrana.
Fosfolipídeos, glicolipídeos e colesterol – principais lipídeos das membranas das células eucariontes.
Exemplo de síntese de fosfolipídeo: Interface entre REL e Mitocôndria
1. A partir de duas moléculas de glicerol e de duas de ácidos graxos ligados à Coenzima A (CoA): Duas moléculas de ácidos graxos são transferidas da CoA para o glicerol 3-fosfato por acil-transferases, o que resulta na formação de ácido fosfatídico (essa etapa occorre na face citossólica do REL).
2. O ácido fosfatídido é colocado na membrana onde enzimas catalisam a adição de grupos polares ao ácido fostatídico formando deste modo Fosfatidilcolina e fosfatidilserina 
3. A fosfatidilserina é convertida a fosfatidiletanolamina pela enzima fosfatidilserina-descarboxilase, uma enzima presente na membrana mitocondrial interna. 
4. A fosfatidiletanolamina volta pra o REL onde sofre metilação (adição de um grupo (CH3). 
O colesterol e ceramida também são sintetizados no REL. Participam da síntese os complexos citocromo P450 e citocromo b5 (ver livro de bioquímica básica). Participam também na síntese as mitocôndrias.
Desintoxicação - A partir de Hidroxilação de um composto tóxico, que aumenta a solubilidade em água e provoca a eliminação do corpo. Participam do processo o citocromo P450 e sua e redutase, enzimas do REL.
REL e Glicuronil-transferase – solubilização da bilirrubina. O acúmulo de bilurrubina no sangue provoca ictericia
Glicogenólise. Obtenção de açúcar a partir do glicogênio por ação da glicose-6-fosfatase, específica do REL (ela é uma das enzimas que participam do processo de quebra do glicogênio).
REL - principal reservatório de cálcio do citoplasma de células musculares e não musculares Atuam no processo fisiológico da contração muscular (ver capítulo filamentos de actina). Nas cisternas do REL as proteínas calsequestrina e as chaperonas calreticulina, BIP e dissulfeto isomerase estão ligadas ao cálcio. A calsequestrina - responsável pela ligação de Ca2 no músculo estriado esquelético, enquanto a calreticulina o faz nas células não musculares.
Exportação dos lipídeos 
O transporte de lipídeos do REL para o Golgi, lisossomos e membrana se dá através de vesículas transportadoras.
Proteínas transportadoras de lipídeos – envolvem a face hidrofílica dos lipídeos, retiram na da membrana do REL e a leva para outra membrana pobre em lipídeo; como por exemplo: membrana do peroxissomos, mitocôndrias ou plastídeos.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes