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Resumo AV1 História do Direito Brasileiro

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Resumo AV1 História do Direito Brasileiro
Período colonial brasileiro
Marcado pela descoberta do ouro nas minas gerais entre 1694 e 1698. 
Fazia-se necessária uma legislação que atendesse às exigências do novo cenário econômico.
1702 – Publicado o Regimento do Superintendente, guardas-mores e Oficiais para as Minas Gerais – estabelecendo a autoridade real na administração da atividade mineradora.
A legislação visava garantir a exploração do ouro e o envio desse ouro para Portugal.
Gradativo aumento do fiscalismo português, taxação dos colonos, na região e fora dela.
Controle sobre o escoamento do ouro e sobre os escravos.
1720 – o governo português criou as casas de fundição – cobrança do 5º e dos impostos decorrentes do seu uso.
Revolta Filipe dos Santos.
Legislação vigente – Ordenações Filipinas.
1735 – Portugal instituiu a captação – 17g de ouro/ escravo que possuísse.
1750-1760 - Instituídos mais dois impostos – 100 arrobas e a derrama – que foram o motivo da Inconfidência Mineira.
Invasões estrangeiras, as bandeiras, as entradas, a mineração, a pecuária e a ação de missionários (jesuítas), foram importantes porque implicaram na realização de tratados para definir limites do território brasileiro e questões de Direito Internacional.
Ex. Tratado de Utrecht e o Tratado de Madri.
Uti Possidetis – Princípio Jurídico do Direito Romano que considera possuidor da terra aquele que efetivamente a ocupa.
Tratado de Madri – Alexandre Gusmão propôs Uti Possidetis, com isso a Espanha aceitou as condições do tratado e reconheceu as pretensões portuguesas sobre a Bacia amazônica.
Após o tratado o Brasil adquiriu praticamente a sua constituição geográfica atual.
1807 – Firmada a convenção com a Inglaterra para transferir a família real portuguesa para o Brasil.
Com a convenção firmada com a Ingaterra, D. João não apenas garantia a manutenção de todo o reino, como também as relações comerciais com a Inglaterra e conservaria a Casa de Bragança no trono de Portugal.
1808 – Chegada da família real no Brasil, o status econômico e jurídico do Brasil se transformou.
Acabou o pacto colonial, podendo comercializar diretamente com outras nações estrangeiras.
Documento expedido por D.João – Interino e provisório – estabelecia taxas alfandegárias a serem pagas pelos produtos nos portos do Brasil, foi seguido por outro, na qual reduzia as tarifas alfandegárias nos portos brasileiros com o objetivo de favorecer o livre comércio no Brasil.
Os ingleses começam nessa época a cobrar a conta da transferência da família real para o Brasil.
1810 – Firmado o tratado de aliança e amizade com a Grã-Bretanha – Reduzia as tarifas alfandegárias inglesas no Brasil.
O Tratado e a convenção de comércio e navegação adiaram o processo de industrialização no Brasil, pois o produto inglês chegava muito mais barato no Brasil.
Criação da Casa de Suplicação do Brasil – Deveria funcionar como Supremo Tribunal de Justiça do Brasil - Representou um marco no processo jurídico brasileiro.
1815 – O Brasil foi elevado a categoria de Reino Unido a Portugal;
1817 – Revolução Pernambucana;
1820 – Revolução Liberal do Porto – Desejava a recolonização do Brasil e acabou acelerando a separação dos dois reinos, concretizada em 7 de setembro de 1822;
A independência não mudou a situação do País, que manteve sua estrutura fundamentada no tripé economia agroexportadora, latifúndio e mão-de-obra escrava.
O Brasil Monárquico (1822-1889)
1822 – Após a independência foram necessárias medidas para adequar o País a nova condição de reino independente.
1ª nação a reconhecer a independência foi os EUA do Norte.
A Inglaterra exigiu a renovação dos tratados assinados por D.João em 1810, que reduziam as tarifas alfandegárias. Assim o Tratado de Aliança e amizade e do comércio de Navegação foram renovados por mais 15 anos.
De acordo com esses tratados, o tráfico negreiro deveria ser extinto em 1830.
D. Pedro foi coroado Imperador do Brasil (D. Pedro I).
Assembléia constituinte com 90 membros eleitos por 14 províncias (proprietários rurais e bacharéis em leis, militares, médicos e funcionários públicos) – Elaboração da nossa primeira constituição.
Projeto proposto pela constituinte – 272 artigos – elitista e favorecia os interesses dos latifundiários brasileiros – estabelecia o voto censitário e não reconhecia a participação popular na vida política do País.
D.Pedro vetou o texto que se desejava promulgar, no qual lhe restringia os poderes, dissolvendo-a, para em 1824 outorgar a nova constituição.
1824 – D. Pedro nomeou um Conselho de Estado de 10 membros, que redigiu a Constituição – Após apreciada pelas Câmaras Municipais foi outorgada (imposta).
Voto censitário – Os eleitores da paróquia elegiam os eleitores da província e estes elegiam deputados e senadores.
Esses eleitores eram escolhidos entre quem possuísse ganhos superiores a 100 e 200 mil-réis.
Eram definidos 4 poderes: O Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Moderador.
Executivo – competia ao Imperador;
Legislativo – Representado pela Assembléia-Geral formada pela Câmara de Deputados e pelo Senado. Estabeleceu-se a imunidade parlamentar;
Poder Judiciário – Supremo Tribunal de Justiça, com magistrados escolhidos pelo Imperador;
Moderador – Pessoal e exclusivo do Imperador, assessorado pelo Conselho de Estado.
O Poder Moderador representou literalmente a constitucionalização do poder absoluto do monarca.
A constituição do império assegurou a inviolabilidade dos direitos civis em uma sociedade escravista e em um texto constitucional, apesar de ter abolido açoites, tortura, marca de ferro quente e demais penas cruéis, as mesmas continuavam a ser aplicadas aos escravos.
A constituição garantiu a liberdade religiosa, desde que não ofendesse a moral pública.
Garantiu o direito de propriedade em toda a sua plenitude e definiu que em caso de requisição de uso da propriedade do cidadão pelo Estado ou de desapropriação, o cidadão devia ser indenizado.
A constituição garantiu a independência do poder judicial.
1871 – Ocorreu a reforma processual.
O Brasil Republicano (1889 à ...)
A República no Brasil nasceu sob a égide do pensamento positivista. Augusto Comte adaptado ao modelo brasileiro. 
De acordo com Augusto Comte, a Lei dos 3 estados Teológico (Religião), Metafísico (razão da filosofia), positivo (conhecimento científico).
Monarquia do Brasil estava caracterizada no estado Metafísico.
A República representava a inserção do Brasil no estado positivo.
1890 – Elaboração da primeira carta constitucional da República e a promulgação do código penal.
Código penal – 4 livros (1º crimes e penas, 2º crimes em espécie, 3º contravenções em espécie e 4º disposições gerais).
Foram excluídas as penas de morte, as penas relativas aos escravos, as penas galés e penas perpétuas.
Novo código penal – privação de liberdade, incluindo prisão para os capoeiras e trabalhos vadios e prisão disciplinar para menores.
Proibia o espiritismo e o curandeirismo.
Estabelecia diferença à violência carnal praticada contra mulher honesta ou prostituta. Contra uma prostituta era um mal menor, por isso a pena também era menor.
Condenava a retirada de uma mulher de casa sem o consentimento do pai, ferindo o pátrio poder.
A prostituição e o adultério (para garantir o pátrio poder e defender a propriedade privada, inclusive evitando herdeiros bastardos), eram considerados crimes.
Criminalização do aborto e do infanticídio.
1891 – A constituição brasileira foi promulgada nesse ano. A primeira constituição republicana do País, foi redigida à semelhança dos princípios fundamentais da carta norte-americana.
Decretou o regime republicano federalista e transformou as antigas províncias em estados.
Passou a se chamar Estados Unidos do Brasil.
Separação entre Igreja e Estado e o fim do padroado.
Criação de cartórios e a secularização dos cemitérios.
Executivo – Presidente da República (voto direto e mandato de 4 anos)
Legislativo – Câmara dos Deputados e Senado Federal – mandatode 9 anos, não mais vitalício.
Judiciário – Supremo Tribunal Federal – órgão máximo – Juízes
Os tribunais federais não chegaram a ser criados durante a República velha.
1898 – Surgiram os primeiros Juízes Federais
Tribunais de relação das províncias – Tribunais de Justiça dos Estados.
A constituição legalizou a fraude eleitoral – voto aberto e masculino.
1916 - O Código Civil brasileiro demorou a ser promulgado porque a parte civil das ordenações filipinas permaneceu por muito tempo.
Elaborado para uma sociedade agrária, o Código foi publicado e passou a vigorar em uma sociedade que começava a se industrializar.
A existência do homem enquanto pessoa natural, começava no nascimento e se extinguia com a morte.
Incapacidade de menores entre 16 e 21 anos.
Pátrio poder (poder dos pais sobre os filhos)
A mulher estava sob constante tutela, primeiro do pai, depois, do marido e depois, dos filhos.
Casamento nulo ou anulável – erro de pessoa (mulher não virgem, parceiro impotente ou com outra orientação sexual)
Direitos e deveres do marido – sustento da casa.
O Código Civil estabeleceu quatro regimes de casamento:
- comunhão universal dos bens;
- comunhão parcial dos bens;
- separação de bens;
- regime dotal.
Apesar de todas as suas definições o Código Civil de 1916 já estava ultrapassado. 
A última tentativa de atualização do Código Civil ocorreu em 1967, por Miguel Reale e uma equipe de juristas. Ficou pronto em 1975. Passou por atualizações e à nova Constituição de 1988, foi promulgado em 1988 e entrando em vigor em 2003.

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