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A CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Prof. Adj. Cassiano Merussi Neiva COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP ? CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DE COENZIMAS – NADH E FADH2 AS COENZIMAS SÃO PREVIAMENTE REDUZIDAS NO CICLO DE KREBS E NA BETA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS (principalmente) NA SÍNTESE DE ATP ESTÃO ENVOLVIDAS A CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E A ENZIMA ATP SINTASE AMBOS LOCALIZADOS NA MEMBRANA INTERNA DA MITOCÔNDRIA A CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E A ENZIMA ATP SINTASE ESTAO LOCALIZADAS NA MEMBRANA INTERNA DA MITOCÔNDRIA 2 um de comprimento e 5 um de diametro. Eugene Kennedy and Albert Lehninger: complexos respiratórios e enzimas do Ciclo de Krebs e Oxidacao dos Acidos Graxos. Membrana externa contem porina e membrana interna e altamente impermeavel. O Ciclo de Krebs e a oxidacao de acidos graxos só funciona em AEROBIOSE Isto porque o Oxigênio é necessário para oxidar os substratos e isso liberará os ions H que formarão as Coenzimas NADH e FADH2 l Os átomos de H+ são continuamente arrancados dos substratatos nutrientes (glicídicos, lipídicos e protéicos) durante o metabolismo energético. l Durante esse fenômeno (oxidação celular) os átomos de H+ não são simplesmente despejados no plasmas celulares, mas sim a liberação desses átmos é catalizadas por enzimas-dehidrogenases altamente específicas l Os elétrons do H+ são captados (aceitos) pela parte coenzima da desidrogenase que habitualmente é a coenzima que contém vitamina B3 (ác. nicotínico ou niacina): nicotinamida adenina dinucleotídeo = NAD+. Esse aceptor ganhará um hidrogênio de dois elétrons sendo reduzida para NADH; o outro H+ surge do plasma celular, formando NADH+H+. l O outro aceptor habitual de H+ (derivado de outra vitamina - a riboflavina B2) é a Flavina Adenina Nucleotídeo (FAD) l Esta coenzima de igual forma também cataliza a reação de liberação de 2 H+, porém difere do NAD por aceitar ambos os hidrogênios, formando FADH2 Beta-oxidação de ácidos graxos • Tiólise • Desidrogenação • Hidratação • Oxidação FADH2 NADH O transporte de elétrons por moléculas carreadoras específicas constitui a CADEIA Respiratória A Oxidação das Coenzimas é feita pela CADEIA DE TRANSPORTE H+ DE ELÉTRONS, localizada na membrana interna da Mitocôndria l O NADH e o FADH2 são moléculas ricas em energia pois carreiam elétrons que possuem alto-potencial em transferir energia. No espaço intermembranas das cristas mitocondriais os eletrons transportados pelos aceptores são transferidos como numa “fila de baldeação” por uma série de carreadores de elétrons ferro-proteinas: os citocromos Na cadeia respiratoria, os eletrons fluem dos componentes com potencial de oxido- reducao mais negativo para aqueles mais postivos. Um agente redutor forte (como o NADH) tem a tendencia de doar eletrons e tem um potencial de reducao negativo, enquanto um agente oxidante forte (como o O2) esta pronto para aceitar eletrons e tem um potencial de reducao positivo. Ferro férrico e ferro ferroso:– transferencia sucessiva de elétrns entre os citocromos. l A parte do ferro de cada citocromo pode existir em seu estado oxidado ou reduzido como ion férrico (Fe3+) ou ferroso (Fe2+), respectivamente. l Ao aceitar um elétron a porção férrica de um citocromo específico sofre redução para sua forma ferrosa. Por sua vez o ion ferroso doará seu elétron ao próximo citocromo e assim sucessivamente os citocromos transferem elétrons COMPONENTES DA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS - NADH:Q oxidorredutase (I) * - Succinato: Q-oxidorredutase (II) - Q:citocromo c oxidorredutase (III) * - Citocromo c oxidase (IV) * - ATP-sintase CADEIA RESPIRATORIA: 3 bombas de protons COMPLEXO I: NADH-coenzima Q redutase Contém cerca de 34 subunidades e massa de 880 kd NADH + H+ + Coenzima Q (ox) NAD+ + Coenzima QH2 Primeira porta de entrada de elétrons na cadeia - NADH O complexo I contem uma molecula de FMN que aceita dois átomos de hidrogênio. Contém também os centros ferro-enxofre, necessarios para a tranferencia de hidrogenios para a ubiquinona. O fluxo de dois eletrons pelo complexo I leva ao bombeamento de 4 H+ para for a da mitocondria. COMPLEXO II – denominado Succinato Coenzima Q oxidorredutase Contém 4 subunidades e massa de 140 kd Segunda porta de entrada de elétrons na cadeia – FADH2 FADH2 + Coenzima Q (ox) FAD + Coenzima Q(red) O complexo II e o elo fisico entre o ciclo de Krebs e a cadeia respiratoria. O complexo II nao bombea protons para o espaco entre membranas. COMPLEXO III –Coenzima Q- citocromo c oxidorredutase É um dimero e cada monomero contem 11 subunidades e massa de 250 kd Coenzima QH2 + Citocromo c (ox) Coenzima Q (ox) + Citocromo c (red) O fluxo de dois eletrons pelo complexo III leva ao bombeamento de 4 H+ para fora da mitocondria. O complexo III contem os citocromos b, c1 e c. Cada citocromo contem um grupo heme. O complexo III contem tambem centros ferro-enxofre. Ubiquinona ou Coenzima Q Isoprenóide não polar que se movimenta na membrana da mitocôndria transportando elétrons Coenzyme Q can exist in three oxidation states: the fully reduced ubiquinol form (CoQH2), the radical semiquinone intermediate (CoQH·), and the fully oxidized ubiquinone form (CoQ). Coenzyme Q can exist in three oxidation states: the fully reduced ubiquinol form (CoQH2), the radical semiquinone intermediate (CoQH·), and the fully oxidized ubiquinone form (CoQ). 2H+ 2e+ A coenzima Q é ubiqua nos sistemas biologicos. Ela pode aceitar hidrogenios tanto do FADH2 como da NADH- desidrogenase (complexo I) Complexo IV – Citocromo c oxidase, Contém cerca de 13 subunidades e massa de 160 kd Citocromo c (red) + Citocromo a (ox) Citocromo c (ox) + Citocromo a (red) Citocromo a (red) + Citocromo a3 (ox) Citocromo a3(red) + Citocromo a (ox) Citocromo a3(red) + OXIGÊNIO Citocromo a3(ox) + H2O O complexo IV contem os citocromos a e a3 e contem tambem tres ions cobre O fluxo de dois eletrons pelo complexo IV leva ao bombeamento de 4 H+ para fora da mitocondria. ATP-sintase A fosforilação oxidativa é o processo complementar e acoplado à cadeia transportadora de elétrons, pelo qual é sintetizado ATP, a partir do refluxo de prótons para a matriz mitocondrial onde reagirão com oxigênio moleucar ATP SINTASE Formada por dois componentes: Fo – Canal por onde passam os prótons e F1 – Porção onde ocorre a catálise ATP SINTASE Peter Mitchel, 1961 – formulou a hipotese quimiosmotica, na qual a oxidacao e fosforilacao estao acopladas por um gradiente de protons. C A D E I A ATP SINTASE Síntese de ATP Os prótons bombeados para fora da membrana interna da mitocôndria, VOLTAM para dentro da mitocôndria através de um canal representado pela ATP sintase Ao voltar para dentro, ocorre liberação de energia que é utilizada pela ATP sintase para a síntese de ATP Fosforilação oxidativa ADP + Pi ATP ATP sintase C A D E I A ATP sai da mitocôndria para o citoplasma através de um transportador Transportador de ATP Na passagem dos elétrons pelos transportadores da cadeia, prótons sãobombeados para fora da membrana interna da mitocôndria CONTROLE RESPIRATÓRIO O transporte de elétrons e a síntese de ATP são processos intimamente acoplados Só há oxidação das coenzimas se houver síntese de ATP ADP atinge concentrações limitantes na célula. É o regulador dos dois processos Quando ATP é consumido, ADP aumenta e há um estímulo dos dois processos. Quando há muito ATP, há pouco ADP e os dois processos são mais lentos. Derivados toxicos do oxigenio molecular podem ser formados na ultima etapa da Cadeia Respiratoria. Formas reativas do oxigenio (ROS, reactive oxygen species), como o anion (ou anionte) superoxido e o peroxido de hidrogenio sao formadas em quantidades pequenas. ROS podem desencadear cascatas de oxidacao nas celulas, resultando em mutacoes e no aparecimento de doencas. Os ROS sao destruidos pela superoxido dismutase e pelas catalases. Anti-oxidantes naturais incluem ainda as vitaminas E e C. Rendimento Energético Para 1 mol de NADH oxidado, a variação de energia livre permite sintetizar 3 moles de ATP Para 1 mol de FADH2 oxidado, a variação de energia livre permite sintetizar 2 moles de ATP A Oxidação completa de 1 mol de GLICOSE a CO2 e H2O produz 38 moles de ATPs IV- 10NADH e 2FADH2 pela cadeia e PO – 34 ATP I – Glicose a 2 piruvatos – 2NADH, 2ATP II- 2 piruvato a 2 Acetil-CoA – 2NADH III- 2 Acetil-CoA pelo ciclo de Krebs – 6NADH, 2FADH2, 2GTP 10NADH, 2FADH2 ,2ATP, 2GTP Glicose + 6O2 + 38 ADP + 38Pi 6CO2 + 6H2O + 38 ATP Inibidores da Cadeia de transporte de elétrons Complexo I – Rotenona (inseticida), Barbitúricos (hipnóticos, Amital) Complexo II - Malonato Ubiquinona (Coenzima Q) – não conhecido Complexo III – Antimicina A Citocromo c – não conhecido Complexo IV – Cianeto, Monóxido de Carbono, Azida sódica, Ácido sulfídrico Estes compostos param o funcionamento da cadeia, não há síntese de ATP e são potencialmente letais Complexo 2 Inibidores da cadeia de transporte de elétrons Rotenona Amital Malonato Antimicina A CN, CO, Azida O bloqueio da Cadeia termina bloqueando a síntese de ATP Oligomicina – Liga-se a Fo e inibe a síntese de ATP Oligomicina Desacopladores Dissocia o transporte de elétrons do processo de síntese de ATP DNP composto hidrofóbico que atravessa a membrana interna da mitocôndria e transporta prótons Os prótons deixam de passar pela ATP sintase e pára a síntese de ATP No passado, DNP usado como agente emagrecedor UCP – Un-Cupling Proteins *Proteínas intramatriciais que se estabelecem na membrana interna e desacoplando o bombeamento (reinfusão) de protons (H+) da síntese de APT nas subnidades F0 e F1 do complexo 5; *Têm sido muito estudadas na última década; Existem em grande quantidade no TAM; Podem ter sua expressao gênica e atividade elavada com o treinamento de alta intensidade. l Valeu Moçada l Prof. Cassiano – cmn@fc.unesp.br
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