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Produção in vitro de Embriões Bovinos CONCEITO / DEFINIÇÃO: A produção in vitro de embriões (PIV) é uma biotécnica que envolve os processos de maturação oocitária, fertilização e desenvolvimento embrionário inicial (cultivo) em laboratório. E posterior transferência desses embriões. Também denominada FIV (Fertilização in vitro) BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO: ClonagemTransgeniaPIVTEIA (+ usada): ordem crescente de utilização. HISTÓRICO: 1959 - Primeiro sucesso em coelhos (nascimento); 1968 - FIV em camundongos; 1978 - Louise Brown (primeiro “bebê de proveta”); 1981 - Primeiro bezerro produzido in vitro; 1994 - Primeiro bezerro produzido in vitro no Brasil. VANTAGENS / APLICAÇÕES: Maior número de descendentes (1,5 bezerro / semana); Maior aproveitamento das fêmeas (+ novas, + velhas e em gestação); Em gestação se consegue coletar oócito até 3-4 meses de gestação, período no qual o útero ainda não desceu para a cavidade abdominal. Suporte para pesquisa básica (capacitação espermática, maturação oocitária, desenvolvimento embrionário) e pesquisa aplicada (criopreservação). Base para produção de animais transgênicos e clonados. Utilizações de touros diferentes para uma mesma doadora. Doadoras TE que não respondem à superovulação; Problemas reprodutivos adquiridos (aderência). Animais acidentados. DESVANTAGENS / LIMITAÇÕES: Custo inicial para construção da infraestrutura (laboratório + condições para aspiração folicular); Tempo consumido para estabelecimento da rotina de produção (treinamento técnico e funcionalidade do laboratório); Inconsistência dos resultados (taxas e qualidade dos embriões); Problemas com a congelação convencional (baixas taxas de prenhez). ESTRUTURA LABORATORIAL: Mais complexa e cara em relação a TE; Muito mais equipamentos (fluxo laminarsuga ar para evitar a entrada de bactérias; incubadoras de CO2 (mimetiza o útero da vaca); centrífuga; balança analítica, microscópio, freezer, geladeira; sistema de purificação de água; autoclave etc); Maior rigor em relação à higiene (pelos menos 2 ambientes: preparo de meios e outro para manipulação e cultivo dos gametas e embriões); Área do laboratório afastada do curral e controlar o acesso de pessoas. PRINCIPAIS ETAPAS: Colheita dos oócitos; Maturação in vitro (MIV); Fecundação in vitro (FIV); Cultivo in vitro (CIV); Transferência ou criopreservação. ORIGEM DOS OÓCITOS: OVÁRIOS COLHIDOS EM ABATEDOUROS X PUNÇÃO FOLICULAR IN VIVO (OPU) ABATEDOURO: Vantagens e desvantagens: Maior número de oócitos (10 oócitos/ovário); Colheita simples e barata; Oócitos de pior qualidade (sazonalidade); Genética desconhecida; Propósito científico. PUNÇÃO FOLICULAR IN VIVO (OPU): Vantagens e desvantagens: Menor número de oócitos; Colheita mais laboriosa e cara (ultra-som); Oócitos de melhor qualidade; Genética conhecida (valor comercial); PROPÓSITO COMERCIAL. ABATEDOURO: Retirada dos ovários logo após o abate; Ovários lavados solução salina a 30°C; Transportados em solução salina + antibióticos a 30°C; Tempo máximo abate - laboratório: 8 h; Laboratório: verificar a temperatura, realizar lavagem dos ovários e aspiração dos folículos com tamanho entre 2 - 8 mm (seringa + agulha ou bomba de vácuo). OS: deixar o tubo decantando, pois vem líquido antral junto na aspiração e as células do cumulus oophorus e o oócito . ASPIRAÇÃO: PUNÇÃO FOLICULAR IN VIVO (OPU): Materiais: Ultra-som; Guia de aspiração; Bomba a vácuo. Higienizar a vulva fazer uma epidural localizar ovário na mão Introduzir a guia de aspiraçãoguia até o fundo do saco vaginalencostar o ovário no saco vaginalintroduzir a agulha furando o saco vaginal, e o ovário. NO LABORATÓRIO: SEDIMENTAÇÃO DOS OÓCITOS: Decantação do aspirado folicular por 10 minutos (em tubos). MATURAÇÃO IN VITRO: Seleção dos oócitos para MIV (auxílio de lupa - 20x): Avaliação das células do cumulus oophorus e do citoplasma do oócito: COMPLEXO CUMULUS-OÓCITO: QUALIDADE DOS OÓCITOS: Oócitos qualidade II e III Oócito degenerado (Grau IV) 24 horas no meio de maturação (TCM199 + Soro Fetal Bovino + FSH+ LH + estradiol) em incubadora de CO2 à 39°C e alta umidade. Depois Antes OBS: Oócito maturado: células do cumulus estão expandidas e formação de corpúsculo porlar!!! Prófase I (Vesícula Germinativa) Metáfase II. Em média, 70 - 90 % dos oócitos atingem MII. FECUNDAÇÃO in vitro: Adicionar agentes capacitadores. Sêmen congelado ou fresco; Separação dos espermatozoides viáveis: centrifugação 600g por 30 min (Percoll 45% e 90%); Lavagem dos espermatozóides viáveis; Concentração: 1.000.000 sptz/mL; Após lavagem, determinar volume do sedimento, motilidade e concentração; Diluir para ter 100.000 sptz/4µL; Inseminar microgotas; Fecundação por 18 horas em meio contendo agentes capacitores (heparina, cálcio ionóforo, etc.). CULTIVO IN VITRO: Remoção mecânica do excesso de células do cumulus; pois elas podem competir por nutrientes no meio de nutrição do zigoto; Colocação dos embriões em meios próprios para o desenvolvimento (co-cultivos ou meios quimicamente definidos) por 7 - 9 dias (Estufa CO2 a 39oC); No 2o dia, acrescentar meio novo (Feeding) e avaliar clivagem (em média, 80%); Do 7o ao 9o dia, avaliar taxa de blastocisto (30 - 50%). DIA 1 AO D4 DE CULTIVO: Corpúsculo polar e pró-núcleos vão se dividindo. DIA 5 DO CO-CULTIVO: Mórula Compacta Bom para congelar DIA 6-7 DO CO-CULTIVO: Blastocisto: Melhor fase para a transferência!! DIA 7 DO CO-CULTIVO: DIA 8 DO CO-CULTIVO: Blastocisto Expandido DIA 9 DO CO-CULTIVO: Blastocistos Eclodidos Blastocisto em Eclosão Transferir com 7 dias a maioria dos embriões eram machopassaram a fazer transferência com 9 diasas células fêmeas estão mais equilibradaschances de ter produção meio a meio de macho e fêmea. TRANSFERÊNCIA: Idem a TE (selecionar receptoras sincronizadas); Ideal a receptora dar cio no dia após a aspiração (coleta) dos oócitos!!! Os embriões estarão envasados à 37 graus, palpar a vaca, ver o lado de CL e transferir para o corno do lado aonde há o CL; Problemas com a congelação (diferença morfológica entre embriões TE e FIV). Vitrificação: método alternativo. EFICÁCIA DA METODOLOGIA DA PIV: As taxas de maturação, fecundação e clivagem são semelhantes às taxas do processo in vivo. No entanto, as taxas de cultivo (blastocisto) in vitro são significamente inferiores se comparadas às taxas in vivo. Aproximadamente 30% dos oócitos colocados em maturação atingem a fase de blastocisto. Essa taxa pode variar entre 5 e 60% dependendo da qualidade dos oócitos; do sêmen; do protocolo empregado no laboratório, da habilidade do técnico etc. IN VITRO X IN VIVO: ORIGEM DO EMBRIÃO IN VITRO IN VIVO Taxa de prenhez à fresco 54% 76% Taxa de prenhez congelados 30% 67% Mortalidade embrionária +++ + Perdas perinatais 15% 9% Peso ao nascer Aumentado: Devido ao SFB Normal Processo completo de PIV : Coleta (OPU) Maturação 24hrs Fertilização: 18hrs Cultivo: 7 a 8 dias Transferência Tempo total em torno de 10 dias
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