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Resumo TEP AV2

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Medidas de inteligência
Inteligência é o conjunto de aptidões em função das quais os indivíduos aprendem mais rapidamente novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e aproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados por meio de aprendizados anteriores.
Para Jean Piaget, para quem a inteligência é uma qualidade que se expressa pela maneira como o indivíduo se adapta ao meio, implicando tal adaptação processos de assimilação e acomodação.
Spearman definiu a inteligência, no começo do século XX, como a capacidade de fazer deduções a partir de relações e correlações.
Spearman apresentou a teoria os dois fatores da inteligência, conhecido por teoria bi-fatorial, um relacionado ao nível de inteligência geral, e outro, às habilidades específicas exigidas em cada teste.
Thurstone propõe sete aptidões diferenciadas, também chamadas de capacidades primárias: Compreensão verbal, Fluência verbal, Aptidão numérica, Velocidade perceptiva, Aptidão espacial, Memória, Raciocínio.
Cattell analisou as correlações entre as capacidades primárias de Thurstone e a teoria bi – fatorial de Spearman e constatou a existência de dois fatores gerais, designados por Horn inteligência fluida e cristalizada. A inteligência fluída está associada a componentes não verbais e pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos são as operações mentais utilizadas para a realização de tarefas novas. A inteligência cristalizada é a capacidade de solucionar a maioria dos problemas cotidianos e seria desenvolvida com base em experiências culturais e educacionais.
Carroll utilizando a análise fatorial para examinar mais de 460 conjuntos de dados relativos a testes para avaliar capacidades cognitivas, propôs uma teoria ou modelo que explica a inteligência por meio de uma estrutura hierárquica: a teoria das três camadas. A teoria das três camadas postula que na camada mais alta (III) está um fator geral, chamado g. A segunda camada influencia uma grande variedade de comportamentos, sendo composta por fatores gerais. Na camada I há vários fatores de primeira ordem que, dispostos abaixo dos fatores da camada II, representam especializações das capacidades, refletindo os efeitos da experiência e da aprendizagem.
MacGrew (1997) conseguiu sintetizar as perspectivas da teoria da inteligência fluida e cristalizada, empregando a análise fatorial confirmatório (CFA) para testar os modelos alternativos que poderiam integrar as três ideias, dando origem ao último modelo de inteligência, mais conhecido como teoria de Cattell –Horn – Carroll (CHC).
MacGrew faz a representação das capacidades cognitivas em três camadas: A camada três relativa a uma única capacidade geral. A camada dois composta por fatores gerais da inteligência, sendo eles: raciocínio fluído, raciocínio quantitativo, inteligência cristalizada, memória de curto prazo, processamento visual, processamento auditivo, armazenamento e recuperação associativa de longo prazo, velocidade de processamento cognitivo, velocidade de decisão, leitura e escrita. Na camada um os fatores específicos: velocidade de raciocínio, memória de trabalho, análise espacial, fluência de palavras, facilidade para nomear, capacidade ortográfica dentre outros.
A exclusão do fator geral da teoria das capacidades cognitivas de Cattell-Horn- Carroll não está relacionada à negação de sua existência, mas à constatação de que este fator não tem uma importância prática. 
A teoria CHC decompõe conceitos clássicos (como a capacidade verbal, por exemplo) nos seus elementos mais básicos (como o desenvolvimento da linguagem, o conhecimento léxico, a capacidade de informação geral, a capacidade de comunicação e a sensibilidade gramatical), facilitando o delineamento daquilo que deverá ser avaliado e, consequentemente, proporcionando a elaboração de instrumentos de medida que permitam uma compreensão mais precisa dos resultados.
Com esse novo modelo, vários testes de inteligência sofreram alterações, sendo um deles a versão mais atualizada do Wisc III, para o Wisc IV, que foi padronizado no Brasil recentemente. Nesta nova versão os QIs verbal e de execução, permaneceram mais próximos ao modelo C.H.C.
O significado de um QI: Frequentemente é usado para denominar inteligência. Um QI é uma expressão do nível de habilidade de um indivíduo em um determinado momento do tempo. O QI é tanto um reflexo da realização educacional anterior como um preditor do desempenho educacional subsequente.
Até a revisão de 1960 o QI era calculado dividindo-se a idade mental da criança pela sua idade cronológica, multiplicado por 100. IM = 10 IC = 9 anos ==== QI = 10/9 x 100. Este resultado só indicava se uma criança era crescida ou pequena para a sua idade. Explicando algo sobre seu índice de crescimento mental em relação ao momento em que foi testada.
O QI não é o índice supremo de capacidade intelectual como se supõe. O QI não é um método apropriado para descrever a inteligência adulta. O que o QI realmente nos diz é a quantos desvios-padrões, acima ou abaixo da média a pessoa está.
Os testes de inteligência, assim como qualquer outro tipo de teste, não devem ser usados para rotular as pessoas, e sim para compreendê-las. Outra questão é que a inteligência não é uma habilidade única, unitária, mas um composto de várias funções.
Questões importantes
A VALIDADE e a FIDEDIGNIDADE são condições (qualidades) primárias para qualquer instrumento de avaliação psicológica. Ou seja, são a base para que se possa confiar nos resultados daquele instrumento.
FIDEDIGNIDADE: A fidedignidade ou a precisão de um teste refere-se à consistência de resultados obtidos pelos mesmos sujeitos em diferentes ocasiões ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes. A fidedignidade é a confiabilidade ou precisão de um teste que diz respeito à característica de medir sem erros. A fidedignidade do teste indica até que ponto as diferenças individuais são explicáveis por diferenças reais nas características consideradas (precisão) e até que ponto são explicáveis por erros de mensuração (imprecisão). 
VALIDADE: O instrumento deve realmente medir aquilo a que se propõe. O objetivo da validade é verificar o grau de correlação entre o teste e o seu critério (ponto de referência que tenha um grau conhecido de certeza ex. testes já existentes). OBS: A validade do teste varia de acordo com o fim que é usado e de acordo com o grupo que é aplicado. 
A questão essencial é: PARA QUEM E PARA QUE é válido o teste? Assim, deve ser validado na situação específica em que vai ser usado. A fidedignidade é fundamental para a validade - o teste pode ser fidedigno e não ser validado, mas não pode ser válido sem ser fidedigno. - Se um teste tem fidedignidade baixa vai afetar a validade do que se está estudando. A fidedignidade é condição necessária, mas não suficiente para que um instrumento seja válido. Uma coisa muito importante para a fidedignidade e a validade é a instrução dos testes. 
MEDIDAS DE APTIDÃO: O desenvolvimento das baterias de aptidões múltiplas foi estimulado por ter ficado claro que nos testes de inteligência, certas áreas, como de aptidões mecânicas, normalmente não eram tocadas, exceto em algumas escalas de desempenho. Na medida em que estas limitações dos testes de inteligência ficaram evidentes, começou-se a qualificar o termo inteligência, tipo acadêmica e prática, ou abstrata e mecânica ou social.
Testes de aptidões especiais foram construídos para suplementar os de inteligência, mas análises mostraram que os testes de inteligência podiam ser considerados capazes de medir uma certa combinação de aptidões especiais, tais como as habilidades verbais e numéricas. 
ACONTECIMENTOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O CRESCENTE INTERESSE PELOS TESTES DE APTIDÕES: O reconhecimento da variação intra-individual no desempenho em testes de inteligência; Gradativa compreensão de que os denominados testes de inteligência são, na realidade, menos gerais do que se supunha (alguns são apenas de compreensão verbal); Pela crescente atividade no aconselhamentovocacional, assim como na seleção e classificação de pessoal; 
A aplicação da análise fatorial para o estudo da organização de traços apresentou base para a construção de baterias de aptidões múltiplas. Através dessas técnicas fatoriais, as diferentes capacidades, imprecisamente agrupadas sob o nome de “inteligência”, puderam ser mais sistematicamente classificadas, separadas e definidas. O objetivo da análise fatorial é simplificar a descrição dos dados, através da redução do número de dimensões ou variáveis necessárias.
Os testes de aptidões contribuem para fornecer informações de natureza prática quanto ao domínio e conhecimento que o candidato possui das tarefas inerentes ao cargo. Normalmente é o período experimental que irá revelar o nível de conhecimento, desenvoltura e comprometimento com as tarefas e responsabilidades.
Os testes por si só não determinam a competência do candidato. Deverão levar em conta as informações obtidas na entrevista, para avaliação.
APTIDÕES ESPECÍFICAS: Funções sensoriais, funções motoras (mecânica, espacial), serviços de escritório, aptidões musicais, criatividade.
MEDIDAS DE INTERESSE: Segundo Anastasi (1977), a natureza e a força dos interesses e das atitudes de uma pessoa representam um aspecto importante da personalidade. Estas características afetam materialmente a realização educacional e ocupacional, as relações interpessoais, o prazer que a pessoa deriva de atividades de lazer e outras fases importantes da vida cotidiana.
Um questionário destinado a avaliar a força dos interesses em ocupações investigativas, artísticas ou convencionais também as atitudes do indivíduo em relação à ciência pura, à arte por amor a arte, às tarefas práticas e assim por diante. Os valores também estão claramente relacionados com as escolhas de vida e são freqüentemente discutidos em conjunção com interesses, atitudes e preferências.
O estudo dos interesses recebeu seu ímpeto mais forte da avaliação educacional e vocacional e, em menor extensão, foi estimulado pela seleção e classificação ocupacional. Do ponto de vista do trabalhador e do empregador, é de grande significado prático a consideração dos interesses do indivíduo 
INVENTÁRIO DE INTERESSE DE STRONG SVIB SII: Para construir o teste: 1. Selecionar centenas de itens que poderiam, na medida do possível, diferenciar os interesses de uma pessoa pela sua ocupação. 2. Administrar esse rascunho do teste a várias centenas de pessoas selecionadas como representativas de certas ocupações ou profissões. 3. Classificar os itens que demonstraram ser o interesse das pessoas por grupo educacional. 4. Construir uma versão final do teste que produza pontuações descrevendo como o padrão de interesse do examinando correspondia ao de pessoas atualmente empregadas em várias ocupações e profissões.
MEDIDAS DE ATITUDE: As escalas de atitude apresentam, tipicamente, um resultado total que indica a direção e a intensidade da atitude do sujeito avaliado. As escalas de atitude têm sido muito utilizadas para fins de: Pesquisa de opinião pública; Pesquisas de mercado; Mensuração da moral e atitudes do empregado; Pesquisa em Psicologia Social. 
O LUGAR DOS INTERESSES NA TEORIA DA PERSONALIDADE: Para Anastasi (1977), a mensuração dos interesses começou como um processo relativamente específico, secundário e tangencial ao estudo da personalidade. Muitos estudos revelam associações significativas entre interesses vocacionais medidos e outros aspectos da personalidade.
Inventários de Auto Relato Avaliação da personalidade: Segundo Cronbach (1996), cada pessoa conhece bastante o seu próprio comportamento. Os questionários - frequentemente chamados de "inventários" - são usados para obter auto-descrições.
Compreender os problemas inerentes a estes instrumentos, tais como a fraude e a desejabilidade social. Além de conhecer os procedimentos adequados para minimizar ou resolver os problemas de fraude e desejabilidade social. A construção e uso dos inventários de personalidade possuem dificuldades especiais que vão além dos problemas comuns encontrados em todos os testes psicológicos. 
A questão da simulação e fraude é muito mais séria na mensuração de personalidade do que no teste de aptidão. O comportamento medido pelos testes de personalidade é também muito mais mutável do que o medido pelos testes de capacidade. 
No caso dos inventários de auto-relato o sujeito estará respondendo algo a seu próprio respeito, o que poderá gerar dificuldade em responder de maneira honesta e coerente.
Problemas comuns dos inventários de auto-relato:
A simulação e fraude são muito mais sérias do que nos testes de aptidão.
Os inventários de auto-relato estão especialmente sujeitos à possibilidade de respostas incorretas deliberadas, pois a maioria dos itens tem uma resposta que é reconhecida como socialmente mais desejável ou mais aceitável.
Os respondentes podem ‘fingir’ para causar uma má/boa impressão, parecendo mais perturbados psicologicamente do que na verdade são.
Outro problema é a maior especificidade de resposta (um indivíduo pode ser muito mais sociável e extrovertido no escritório do que em situações formais / um estudante que cola na prova pode ser muito escrupuloso em questões de dinheiro).
Esta tendência não indica necessariamente uma fraude por parte do respondente. Estudos apontam que a desejabilidade social - para os que desejam causar boa impressão – está relacionada com a necessidade de autoproteção, de evitação de críticas, de conformidade social e aprovação social. 
Para os que escolhem itens desfavoráveis podem estar motivados por uma necessidade de atenção, simpatia ou ajuda em seus problemas pessoas. As que buscam psicoterapia provavelmente vão apresentar-se como mais desajustadas do que são.
O comportamento medido é muito mais mutável do que os dos testes de capacidade, tornando complexa a precisão do teste (devido a flutuações temporais).
Vários procedimentos foram seguidos para resolver o problema da fraude e das tendências:
construção de itens sutis;
o estabelecimento do rapport deve motivar o testando a responder francamente;
construção de escalas especiais para este fim (como a de Edwards) com itens direcionados a averiguar a tendenciosidade e a desejabilidade.
Embora certos testes de personalidade sejam usados como instrumentos de triagem grupal, a maioria encontra sua principal aplicação em ambientes clínicos e de aconselhamento.
A década de 90 testemunhou o ressurgimento da pesquisa voltada para as complexidades da avaliação da personalidade, em busca de soluções inovadoras para estes problemas.
Período que caracteriza avanços teóricos e metodológicos significativos. Porem precisamos estar atentos ao perigo de, no zelo de erradicar ideias falaciosas, perder também conceitos sólidos e úteis.
O diagnóstico não precisa implicar a rotulação das pessoas com o uso de categorias diagnósticas tradicionais ou a aplicação do modelo médico de doença.
A testagem diagnóstica deve ser usada como um auxílio para descrever e compreender o indivíduo, identificar seus problemas e chegar a decisões sobre ação mais apropriada.
Da mesma forma, os comportamentos precisam ser classificados para que possamos lidar com eles. 
A amplitude da categoria vai variar de acordo com o objetivo específico da avaliação. (Em determinadas circunstâncias, traços mais amplos servirão melhor, em outras, precisam ser avaliados comportamento restritos, bem definidos).
AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
A psicologia da personalidade é o estudo cientifico das forças psicológicas que tornam as pessoas únicas.
Personalidade é o conjunto as características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoa baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir.
Para a psicanálise – Psicose, Neurose e Perversão. 
Os testes de personalidade medem as características de personalidade propriamente ditas, que não se referem aos aspectos cognitivos da conduta. Ex: estabilidade emocional,atitude, sociabilidade, características emocionais de motivação etc.
Os testes de personalidade podem ser divididos de acordo com o objetivo:
Sintéticos = medem a estrutura geral;
Analíticos = avaliam traços isolados.
Podem ser subdivididos de acordo com o processo:
Psicométricos = provas objetivas (normas quantitativas);
Projetivos = indagam sobre a estrutura da personalidade (qualitativos).
Teorias da Personalidade no desenvolvimento de Testes
Geralmente, as teorias de personalidade nasceram em situações clínicas e variam de um sistema teórico para outro. A quantidade de verificação experimental à qual elas foram submetidas posteriormente varia de um sistema teórico para outro. 
Independentemente da extensão dessa verificação objetiva, foram construídos inúmeros testes de personalidade dentro das diferentes estruturas das teorias da personalidade.
Histórico teoria da Personalidade BIG FIVE:
Tem origem em um grande grupo de pesquisas na área da personalidade, envolvendo especialmente as teorias fatoriais e de traços. McDougall primeira vez apresentou uma explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores.
Thurstone foi inspirado por esse trabalho para desenvolver a pesquisa para verificar empiricamente a adequação do modelo, constatando em 1930 a sua viabilidade.
A descoberta dos 5 fatores foi acidental e constitui-se em uma generalização empírica. 
O modelo inicial foi desenvolvido por Ernest Tupes e Raymond Christal em 1961, que não conseguiu relevante importância no mundo acadêmico até os anos 1980. 
Em 1990, L.M. Digman avançou em seu modelo de cinco fatores de personalidade, e que Goldberg estendeu a um nível mais elevado de organização.
Esses cinco domínios amplos continham e resumiam a maioria dos traços de personalidade conhecidos e representavam a estrutura básica por trás de todos os demais traços de personalidade.
Costa e McCrae argumentaram que em contexto clínico os cinco fatores são úteis para a identificação da demandas de tratamento ou a identificação de importantes sintomas de transtorno de personalidade. 
Avaliam estilos emocionais, interpessoais e motivacionais que podem ser de interesses clínicos.
Oferecem um panorama compreensível do indivíduo, que não pode ser obtido com outros instrumentos. 
Fornecem informações suplementares que podem ser úteis na seleção de tratamento e prognóstico dos casos. 
BFP: Baseado no modelo de cinco fatores da personalidade CGF (Big Five):
Extroversão
Socialização
Realização
Neuroticismo 
Abertura
 
Extroversão
Relacionado às formas como as pessoas interagem com os demais e que indica o quanto elas são comunicativas, falantes, ativas, assertivas, responsivas e gregárias. 
Escores altos – são sociáveis, ativas, falantes, otimistas e afetuosas. 
Escores baixos – reservados, sóbrios, indiferentes, independentes e quietos.
Facetas Extroversão
E1 - Nível de Comunicação descreve o quão comunicativas e expansivas as pessoas acreditam que são.
E2 - Altivez descreve a percepção que as pessoas têm sobre sua capacidade e valor.
E3 – Dinamismo é composta por itens que indicam o quanto as pessoas tomam a iniciativa em situações variadas, quão facilmente julgam que colocam suas ideias em prática e seu nível de atividade.
E4 - Interações Sociais descreve o desejo e necessidade por interações sociais, indicando o quanto as pessoas buscam ativamente situações que permitam tais interações, como festas, atividades em grupo, entre outras.
Socialização
Descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos e se relaciona aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo, que se estende da compaixão e empatia ao antagonismos
Escores altos : generosas, bondosas, afáveis, prestativas e altruístas. 
Escores baixos: cínicos, não cooperativos, irritáveis, podem ser pessoas manipuladores, vingativas e implacáveis. 
Descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos e se relaciona aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo, que se estende da compaixão e empatia ao antagonismos
Escores altos : generosas, bondosas, afáveis, prestativas e altruístas. 
Escores baixos: cínicos, não cooperativos, irritáveis, podem ser pessoas manipuladores, vingativas e implacáveis. 
Facetas Socialização
S1 – Amabilidade: agrupa itens que descrevem o quão atenciosas, compreensivas e empáticas as pessoas procuram ser com as demais.
S2 - Pró-sociabilidade : agrupa itens que descrevem comportamentos de risco, concordância ou confronto com leis e regras sociais, moralidade, agressividade, e padrões de consumo de bebidas alcoólicas.
S3 – Confiança agrupa itens que descrevem o quanto as pessoas confiam nos outros e acreditam que eles não as
prejudicarão.
Neuroticismo
O mais associado às características emocionais das pessoas. Refere-se ao nível crônico de ajustamento e instabilidade emocional dos indivíduos; também representa as diferenças individuais que ocorrem quando pessoas experienciam padrões emocionais associados a desconforto emocional. 
Escore alto – vivenciar mais intensamente sofrimento emocional. Ansiedade excessiva, dificuldade para tolerar frustração. Depressão.
Escore baixo: calmos, relaxados estáveis e menos agitados. 
Alto ou baixo – dificuldade de adaptação.
Facetas Neuroticismo
N1 – Vulnerabilidade: avalia o quão frágeis as pessoas são, emocionalmente 
N2 - Instabilidade : avalia o quanto as pessoas descrevem-se como irritáveis, nervosas, e com grandes variações de humor
N3 – Passividade: avalia o nível de atividade das pessoas e seu empenho para resolver situações rapidamente. Tal faceta também se relaciona à velocidade de decisão. 
N4 – Depressão avalia os padrões de interpretações que os indivíduos apresentam em relação aos eventos que ocorrem ao longo de suas vidas, mais especificamente a percepção que possuem sobre as expectativas de futuro e sua capacidade para lidar com dificuldades que possam ocorrer em suas vidas.
Realização
Descreve características como o grau de organização, persistência, controle e motivação que tipicamente as pessoas apresentam. 
Escores altos: tendem a ser confiáveis, organizadas, trabalhadoras, decididas, pontuais, escrupulosas, ambiciosas e perseverantes. Muito altos TOC.
Escores baixos: não têm objetivos claros, tendem a ter pouco comprometimento e responsabilidade diante de tarefas e geralmente são descritas como preguiçosas, descuidadas, negligentes. Muito baixos podem se relacionar ao transtorno de personalidade antissocial. 
Facetas Realização
R1 – Competência indica o quão ativamente as pessoas buscam atingir seus objetivos, bem como a predisposição para fazer sacrifícios pessoais para tanto.
R2 - Ponderação é composta por itens que descrevem situações que envolvem o cuidado com a forma para expressar opiniões ou defender interesses, bem como a avaliação das possíveis consequências de ações.
R3 – Empenho descrevem o quão detalhistas são as pessoas na realização de trabalhos e seu nível de exigência pessoal com a qualidade das tarefas realizadas. 
Abertura
O fator abertura se refere aos comportamentos exploratórios e ao reconhecimento da importância de ter novas experiências.
Escores altos: curiosos, imaginativos, criativos, divertem-se com novas ideias observam valores não convencionais. 
Escores baixos: convencionais, rígidas nas suas crenças e atitudes, conservadores nas suas preferências e menos respondidas emocionalmente. 
Facetas Abertura
A1 - Abertura a ideias descrevem abertura para novos conceitos ou ideias, que podem incluir interesse por questões filosóficas, arte, fotografia, estilos musicais e diferentes expressões culturais. Os itens também indicam o padrão de uso da imaginação e da fantasia.
A2 - Liberalismo descreve a forma como as pessoas lidam com diferentes valores morais e sociais e a noção que estes podem ser relativizados, que podem mudar ao longo do tempo e ser diferentes em variadas culturas e regiões.
A3 - Busca por novidades indica o quanto as pessoasgostam e buscam vivenciar novos eventos e ações, bem como a forma como lidam com a rotina
LAUDO, COMO ELABORAR?
O laudo psicológico é um importante instrumento de trabalho para o profissional de Psicologia que utiliza o laudo como uma conclusão sobre uma avaliação realizada. 
Objetivo = apresentar um resultado conclusivo de acordo com os objetivos propostos, seguindo as normas de um documento técnico.
Do ponto de vista técnico, o laudo é um instrumento de registro dos dados colhidos na avaliação psicológica e deverá ser arquivado junto aos protocolos dos instrumentos utilizados.
Do ponto de vista de conteúdo, a redação deve conter uma análise descritiva dos eventos ou situações sob sua investigação
Deve conter os seguintes elementos:
Dados de identificação;
Motivo ou objetivo da avaliação;
Técnicas utilizadas;
Sumário dos resultados quantitativos e qualitativos (fatores de desempenho e dinâmica da personalidade);
Conclusão (diagnóstico, se for o caso, usando o CID-10 e o DSM-IV);
Identificação do profissional (registro no CRP);
Como elaborar um Laudo Psicológico?
O laudo é uma peça escrita (deve-se evitar a devolução oral, porque pode ser facilmente distorcida) na qual peritos expõem observações e conclusões a que chegaram.
Trata-se de um parecer técnico de avaliação psicológica que visa subsidiar profissionais e tomar decisões.
Assim, ele constitui a última etapa de uma avaliação psicológica. O laudo deve ser congruente com os objetivos.
O Laudo:
- definição = devolução ou comunicação dos resultados da avaliação ao sujeito ou responsável;
- solicitante = sujeito, médico, professor, DRH, juiz, dono da empresa...;
- objetivo = deve dar uma visão dinâmica do indivíduo naquele momento. Não se permite inferências
sobre o sujeito (todos os comentários devem ser feitos com base nos dados obtidos.
- erros a evitar = excesso de termos técnicos, cientificismos, resultado sem uma visão integrada dos
dados, sentenças abreviadas, inferências.
- conteúdo = o laudo deve equilibrar os dados com a teoria psicológica, ilustrando os resultados com
comportamentos observados.

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