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Processo Civil

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2º Semestre
Direito Processual Civil III
Da prova
Conceito de prova: É um meio em que se estabelece a existência positiva ou negativa do fato probando, e é a própria certeza dessa existência. Meio legal para utilizado pela parte para conhecimento e convencimento do juiz do fato alegado.
Pelo princípio do livre conhecimento motivado das provas legais/da persuasão racional não existe peso para as provas, uma prova não vale mais que outra e quem define seus valores é o juiz devendo motivar.
- Prova está sujeita a preclusão;
- Realizadas provas orais e não orais necessárias a instrução da causa.
- Destinatário da prova será sempre o juiz, sendo a este lícito julgar segundo o alegado e provado nos autos; oque não se encontra no processo, não existe.
- Os objetos de provas são os acontecimentos cuja existência pretérita, presente ou futura possa se prestar à revelação histórica do conflito a ser solucionado.
Fontes e meio de provas
- Fonte é aquilo que se utiliza parra comprovar fato inspecionado. São elementos externos do processo e possivelmente existem antes dele, sendo representadas por coisas ou pessoas, que se formam uteis ao julgamento. 
- Meio são os modos admitidos em lei genericamente para produção da prova. Técnicas destinadas a atuar sobre fontes e delas extrair efetivamente o conhecimento dos fatos relevantes para a causa (exemplo: testemunho, confissão, perícias, inspeção judicial, prova documental, etc).
- Se o meio ou fonte for ilícita, a prova também será ilícita. 
- Prova ilícita: demonstração de fatos obtidos por modos contrários ao direito quer no tocante das fontes das provas, quer quanto ao meio probatório. Ilicitude se constitui na obtenção da fonte.
Art. 332: Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados deste código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou defesa. 
Objetos da prova
São os fatos litigiosos em que se fundam ação ou defesa. Apenas fatos relevantes devem ser provados, competindo ao juiz designar os fatos a serem alegados (art. 331, § 2º: se por qualquer motivos, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões pontuais pendentes e determinará as provas a serem produzidas (...) ).
Não dependem de provas (art. 334) os fatos notórios; afirmados por uma parte e confessados pela outra; admitidos, no processo, como incontroversos; em cujo favor milita presunção legal de existência ou veracidade. 
O sistema do código
Conforme o art. 335: Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial. 
Portanto, deve o juiz verificar se existe uma norma jurídica sobre a prova produzida, se houver, esta deverá ser aplicada, e caso não haja, formulará o juízo, segundo o livre conhecimento, mas com observâncias nas regras de experiência. 
Instrução do juiz
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Muitas vezes a verdade ou a conduta da parte influi decisivamente a prova afastando a iniciativa do juiz nesta matéria. Assim acontece quando o réu deixa de contestar a ação e esta não versa sobre direitos indisponíveis, ou, quando na contestação, deixa de impugnar os fatos ou algum fato narrado na inicial, ocorrendo a presunção legal de veracidade dos fatos que se tornaram incontroversos.
O juiz pode ordenar a produção de provas não requeridas pela parte mas não pode tornar-se um investigador ou inquisidor. 
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:
I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;
III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. (Revelia).
Ônus da prova
É a necessidade de provar para vencer a causa.
Este ônus consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz. 
O litigante assume o risco de perder a causa se não provar os fatos alegados dos quais dependem a existência do direito subjetivo que pretende resguardar através da tutela jurisdicional.
O ônus da prova pode se tornar um critério para juiz, sempre que, ao tempo da sentença, se deparar com falta ou insuficiência de prova, para retratar a veracidade dos fatos controvertidos, o juiz decidirá a causa contra a quem o sistema legal atribuir o ônus da prova, ou seja, contra o autor, se foi o fato constitutivo de seu direito o não provado, ou contra o réu, se oque faltou foi a prova do fato extintivo, impeditivo ou modificativo invocado na defesa. 
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos, no processo, como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Provas nominadas e inominadas
- Depoimento pessoal: é o depoimento pessoal da parte, onde, uma das partes buscar obter a confissão da outra. Pode o juiz, determinar o comparecimento pessoal das partes. Quando o juiz não determinar de ofício, podem as partes requerer depoimento pessoal da outra na inicial ou na contestação a fim de interroga-la; a parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunhas; O depoimento pessoal da parte é colhido em audiência de instrução enquanto o interrogatório judicial da parte pode ser colhido a qualquer momento e por quantas vezes o magistrado entender necessário, caso a pessoa se recusar a depor o juiz declarará na sentença que houve recusa a depor, mas, a parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados, a cujo respeito por estado ou profissão que deva ter sigilo (exemplo: médico, psicólogo, padres, etc), entretanto, não se aplica à ações de filiação, anulação de casamento ou de desquite. Caso a parte não compareça implicará em confissão, art. 342 a 347, CPC. 
-Confissão: Quando a parte admite a verdade de um fato, contrário a seu interesse e favorável a outra parte, sendo a confissão judicial ou extrajudicial. É uma espécie de prova. Recai sobre os fatos . Não vincula o juiz. Pode ser manifestada por qualquer das partes. 
A confissão judicial (dentro do processo) pode ser classificada quanto à 
forma (escrita foi manifestada por alguma petição) ou verbal (será reduzida a termo); 
quanto à iniciativa (espontânea ou provocada – é aquela que decorre do depoimento pessoal ou do reconhecimento jurídico do pedido);
quanto á efetiva manifestação do confitente (real diz com todas as letras o que ocorreu) e ficta ou presumida (é aquela que decorre da revelia, da falta de impugnação específica dos fatos alegados na inicial ou decorrente do não comparecimento ou recusa a responder no depoimento pessoal) e
 quanto ao conteúdo (simples quando o confitente não fizer qualquer ressalva ao fato confessado); qualificada (concorda com o fato, mas não com o efeito a ele
atribuído – quando o confitente recusa os efeitos jurídicos que o adversário atribui aos fatos narrados) e 
complexa (quando o confitente alega algum fato novo capaz de neutralizar os efeitos jurídicos do fato confessado – defesa preliminar ou de mérito (diretas ou indiretas – quando o réu alega fato novo modificativo, extintivo ou impeditivo). Art. 348 a 354, CPC.
A confissão extrajudicial – prestada fora do processo – tem somente uma classificação. O critério é quanto a forma: pode ser escrita por meio de declaração em instrumento particular ou público. Confissão extrajudicial verbal é aquela prestada a frente de algumas pessoas. A única restrição que a lei faz quanto à eficácia probatória desta confissão é que não será admitida quando o legislador exigir prova escrita do fato confessado. A confissão extrajudicial verbal em juízo se traduz em prova testemunhal.
-Exibição de documento ou coisa: quase sempre aquele que alega algum fato em juízo ele próprio é que diligencia e tenta obter acesso a elementos de convicção para demonstrar que as alegações estão verdadeiras, mas nem sempre tudo está a sua disposição então há exibição de documento ou coisa. Art. 355 a 363, CPC.
-Prova documental: não tem a carga de subjetividade que as demais provas contém. Documento é toda coisa capaz de por si mesma representar algum fato. Tudo que contiver algum tipo de símbolo ou elemento que possa demonstrar as circunstâncias pelas quais tal fato se verificou.
-Prova testemunhal: artigos 400/419 do CPC. Testemunha é toda pessoa capaz que é chamada para depor o que sabe sobe determinado fato litigioso e que não se confunda com os sujeitos do processo. 
-Inspeção Judicial: É a possibilidade que o próprio juiz analise os fatos e colhe direta e imediatamente a prova. Reflexo do princípio da imediatidade da prova.
- Pericial – artigo 420 a 439 do CPC. Tem a ver com o fato de que o juiz é técnico, mas em somente uma área do conhecimento humano que é a jurídica. Sobre o Direito o juiz não depende de parecer, mas poderá chegar a suas próprias conclusões em respeito à teses jurídicas. Sendo o perito (que tem conhecimento técnico que o juiz não tem) designado pelo juiz para apresentar laudo no período determinado pelo juiz, também se necessário a responder perguntas designadas previamente. 
- Prova documental
Documento é algo capaz de representar um fato. É a coisa representada de um fato e destinado a fixar de modo permanente e idôneo reproduzido em juízo. Algo que tenha por objetivo a fixação ou retratação material de algum acontecimento. Quando se fala em prova documental, refere-se apenas aos documentos escritos. Documento é gênero a que pertencem todos os registros materiais de fatos jurídicos. É uma oportunidade que a lei prevê que as partes juntem os documentos. O autor deve juntar na petição inicial e réu na contestação. E se a parte não apresentou o documento na primeira oportunidade porque este não existia ou não era útil naquele momento (artigo 397) após a inicial e contestação só seria possível a juntada de documentos novos, ou seja, aqueles que não existiam antes ou que for utilizado para fazer contra prova das alegações do adversário (embora existissem não foram utilizados porque não eram importantes).
- Autoria intelectual/jurídica: é aquela que diz respeito a quem foi o responsável pelas ideias contidas no documento.
- Autoria material: é onde o documento público foi feito por um autor material, como um agente estatal no exercício de suas funções. 
* Documento público: consideração de autenticidade do documento público, decorrente de atribuição de fé publica pelo autor em órgãos estatais. 
* Documento particular: elaborado por particular ou por um funcionário público na condição de particular, não ocorrendo interferência de oficial público para documentar a prática de um ato jurídico. 
- Diferença entre instrumento e documento
* Instrumento: espécie de documento/gênero, preparado pelas partes para um ato jurídico praticado com o intuito específico de produzir prova futuro do acontecimento. Pode ser público se houver intervenção de oficial público como autor material, 
* Documento: representa fato ou um ato, representa registros materiais de um fato jurídico. 
- Da admissibilidade do documento no processo: art. 396 e 397, CPC. De acordo com o art. 396, o momento adequado para ser apresentada é junto com a petição inicial o autor e na resposta o réu. Pode haver a juntada de documentos novos, sendo documentos que a parte não tinha conhecimento quando apresentou a petição inicial e a contestação, tendo que justificar a juntada tardia. 
- Do valor probante do documento público: Há presunção legal de autenticidade do documento público, entre as partes e perante 3º’s, fato decorrente da fé pública conferida aos órgãos estatais. Pode esta ser desconstituída por declaração judicial de falsidade do documento que pode ser obtido por ADI ou incidente de falsidade.
-Declaração de falsidade: só cessa a fé no documento sendo público ou particular, sendo declarada judicialmente a falsidade. Consiste o incidente de falsidade numa ADI, assim solucionando a lide deve também declarar a falsidade ou não do documento, conta-se o prazo a partir da juntada dos documentos, devendo o réu suscitar na contestação, caso seja em outro momento a parte tem 10 dias a contra da intimação da juntada, é prazo preclusivo, se não arguir é presumido como verdadeiro. 
-Prova Pericial 
-Conceito: é o meio de suprir a carência de conhecimentos técnicos de que ressente o juiz para apuração dos fatos litigioso. Consiste em exame e inspeção sobre coisas, pessoas ou documentos, para verificar fato ou circunstância que tenha interesse para a solução do litígio; haverá pericia quando for fato probando dependendo de conhecimentos técnicos.
É sempre judicial, realizado por perito nomeado por juiz, perícias extrajudiciais a pedidos da parte, são por técnicos particulares, sua força de convencimento não é a mesma de um perito, entretanto, o juiz examinará tais laudos apresentados como simples pareceres, recendo a credibilidade merecida. 
-Cabimento do art. 427: dispensa do art. 427,CPC, é casuística “juiz fica autorizado a dispensar prova pericial, quando, as partes na inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficiente”; se houver parcialidade o juiz manda fazer outra prova.
- O juiz indeferirá perícia quando: art. 420: 
I-) a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico: bastará para a apuração da verdade, que sejam ouvidas as testemunhas e compulsados documentos existentes;
II-) for a prova técnica desnecessária em vista de outras produzidas: o juiz deve impedir a realização de provas e diligências inúteis, se o fato for confessado ou não for controvertido, já está provado nos autos, não cabendo perícia.
III-) a verificação pretendida for impraticável: é o caso de eventos transitórios que não deixam vestígios materiais a examinar.
- Do perito: o perito é designado pelo juiz para servir no processo e este não é parte, e sim, auxiliar da justiça; Não pode ter relação de parentesco, amizade ou inimizade com uma ou as partes, sendo então dispensado do compromisso no processo, mas, tem as mesmas obrigações, podendo apresentar escusa de atuar no processo por ter relação com as partes, por a perícia não ser da sua técnica, por não conseguir entregar no tempo determinado ;Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento, o juiz poderá designar mais de um perito. Se apresentou falsa perícia por dolo, responderá por falsa perícia, se apenas errou não há crime. O perito deve ter nível universitário, devendo se habilitar como perito na vara. O perito apresenta laudo pericial. 
Art. 421: as partes tem 5 dias a partir da intimação para indicar assistente técnico e quesitos. 
I-) requerimento: na inicial, contestação ou especificação de provas;
II-) deferimento no saneador, nomeação do perito, quesitos
do juiz e fixação de prazo para entrega do laudo (no mesmo momento – saneador): não basta a parte ter pedido, mas é necessário que o juiz analise o pedido no momento do saneamento.
O prazo para a entrega do laudo a lei estabelece restrição: não pode ser inferior a vinte dias antes da data da audiência. Entre a entrega do laudo pericial e a data da audiência deve haver no mínimo vinte dias.
III-) as partes tem que ser intimadas do saneador e terão cinco dias para formular quesitos e, se quiserem, indicar os assistentes técnicos: há prazo de cinco dias para as partes formularem quesitos e indicar assistente técnico.
IV-) Por conta do contraditório as partes tem direito a que sejam cientificadas e intimadas sobre data, horário e local em que o perito pretende realizar a prova. Cientificarão das partes sobre o inicio da realização da prova para que as partes e assistentes técnicos possam acompanhar.
V-) o perito conclui, a princípio, sua participação através da elaboração e depósito do laudo em cartório. 
VI-) independentemente de intimação os assistentes terão dez dias a contar da entrega do laudo para apresentar seus pareceres. A parte tem direito á intimação, mas os assistentes não. Assim, intimadas as partes, os assistentes terão dez dias para apresentar os pareceres (não se intima o assistente, mas a parte que o contratou).
VII-) é possível que as partes entendam que haja necessidade de que o perito ou assistentes prestem esclarecimento sobre a prova na audiência – possibilidade de que seja requerida ou determinada a prestação de esclarecimentos pelo perito ou assistentes em audiência;
As perguntas serão formuladas por escrito na forma de quesitos para que o perito possa se preparar para apresentar respostas. O comparecimento só será obrigatório se a intimação ocorrer com cinco dias de antecedência da audiência, pelo menos.
- Do assistente técnico: indicado pela parte para auxilia-lo durante a perícia, este apresenta parecer e não está sujeito a falsa perícia; não está sujeito a dispensa, sujeição ou impedimento; a parte que indicou deve pagar diretamente, tendo direito de reembolsar este valor se a parte for vencedora da demanda estando dentro de despesas processuais.
- O juiz pode pedir segunda perícia, se caso não se convencer da primeira, por ter exatidões ou omissões, ou pode a segunda perícia ser pedida pela parte. Esta segue do mesmo modo que a primeira.
- Despesa com perícia: se o juiz ou ambas as partes requererem perícia, quem paga é o autor da demanda, ou, quem a requereu, devendo depositar o valor em juízo. A justiça gratuita a quem estiver assistindo não paga. Assim que o perito termina o laudo, faz levantamento dos valores e pode pedir o levantamento parcial.
- Proposição, deferimento, realização:
* Ordinário: na petição inicial, na contestação (até antes da fase saneadora que o juiz examinará pertinência deferindo ou indeferindo), na saneadora é deferida ou não, sendo que o laudo deve ser entregue em até 20 dias antes da audiência de instrução de julgamento. 
*Sumário: apenas na petição inicial, devendo apresentar quesitos e auxiliar, sob pena de reclusão do autor; é deferida na 1ª audiência, antes de instrução e julgamento.
- Procedimento: Ordinário: na medida em que defere e nomeia o perito, determina o prazo para entrega do laudo, deve intimar perito e determinar honorários. Depois de indicado perito, a parte tem 5 dias para indicar assistente e apresentar quesitos, tem até a apresentação do laudo para indicar quesitos complementares (ps: no novo cpc, é prazo de 15 dias), o perito deve comunicar o juízo da data em que será realizada perícia porque as partes podem comparecer; apresentado o laudo o juiz despachará a ciência das partes sobre o laudo que foi apresentado, a partir dai, os assistentes podem apresentar pareceres. São intimados as partes e os advogados para apresentar parecer no prazo de 10 dias (novo cpc são 15 dias). O assistente pode apresentar laudo depois do perito, sendo crítico ou concordante. Se o parecer for crítico o perito é intimado para responder questões em prazo fixado pelo juiz, as partes podem no prazo de 5 dias (10 no novo cpc), apresentar quesitos que serão perguntados em audiência. A partir do despacho do laudo, pode o perito pedir honorários.
- Inspeção Judicial (art. 440 e seguintes)
- É a possibilidade de o juiz analisar os fatos. É um meio de prova que consiste na percepção do juiz, é usada caso tenha dúvidas do juízo de convicção. Consiste no exame do juízo de coisas ou pessoas ou lugares relacionados com o litígio. É prova subsidiária tendo caráter complementar. Pode ocorrer em qualquer fase do processo.
* Iniciativa: pode o juiz de exx officio ou a requerimento da parte devendo ser então deferida, entretanto só será deferida se houver dúvidas de convicção do juiz, e as partes devem ser intimadas.
* Procedimento: O juiz designa audiência e tenta a conciliação, se for obtido é extinto, se não, prossegue com a inspeção, posteriormente deverá lavrar a ata. A prova deve ser feita em juízo ou devendo deslocar-se onde se encontre o objeto de prova, isso ocorre quando: julgar necessário para melhor verificação da coisa ou dos fatos que devem ser observados, quando houver dificuldades consideráveis da prova ser apresentada em juízo (ex: da máquina de sorvete) e quando determinar a reconstituição dos fatos. O juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos se julgar conveniente, sendo estes de sua escolha. As partes podem assistir sendo anteriormente designada publicação com local, hora e data, prestando esclarecimento e fazendo observações que lhes forem viáveis, caso as partes ou uma delas e seus advogados não comparecem a inspeção não sofrem sanção, mas perdem a oportunidade de pedir atenção para aquilo que lhe seja interessante. Retorna ao fórum fazendo um termo circunstanciado dizendo quem estava presente e fora do fórum deve assinar o juiz e o escrevente.
- Audiência de Instrução e Julgamento (art. 444 e seguintes)
É o ato processual em que se presta esclarecimentos ao juiz , ouvir prova oral , ouvir as partes e seus procuradores. Deve haver prova oral ou esclarecimento de peritos a serem colhidos antes da decisão do feito. A audiência é publica e deve ser feita de portas abertas, exceto em casos de segredo de justiça (art. 115). O juiz deve (art. 446): dirigir os trabalhos da audiência, proceder direta e pessoalmente à colheita das provas, exortar advogados e o órgão do MP para que possam discutir a causa com urbanidade. 
Consiste em atos preparatórios (hora e data designados, intimação das partes, depósito do roll de testemunhas em cartório em até 10 dias antes da audiência), tentativa de conciliação (quando versar sobre direitos patrimoniais privados), atos de instrução (esclarecimentos de peritos e técnicos, depoimentos pessoais, inquirição de testemunhas, acareação das partes e testemunhas) e ato de julgamento (debate oral e sentença).
* hora e lugar: será no dia e hora designados pelo juiz com prévia intimação das partes. Ocorre em regra no prédio do fórum, mas pode ocorrer fora dele como, por exemplo, numa sala de hospital ou como no exemplo da máquina de sorvete. 
* publicidade: atos públicos e de portas abertas, exceto em caso de segredo de justiça (art. 115).
*pessoas que devem estar presentes: Juiz, advogados, partes, testemunhas, escreventes, peritos, assistentes técnicos e MP, estas devem ser citadas para comparecer em audiência. Não há audiência sem o juiz, caso este não chegue, deve o advogado peticionar na sala da OAB alegando que o esperou por 30 minutos e deve protocolar. 
*São partes: aqueles que tiverem interesse no litígio.
*Qual o lugar na mesa: advogado do autor do lado direito na frente do juiz e autor atrás do advogado todos do lado direito, réu e seu advogado do lado esquerdo da mesma sequência que o réu, juiz na frente e no meio, escrevente à sua direita e testemunha a frente do escrevente. 
*A função do juiz: o juiz deve zelar pela rápida solução do litígio, indeferir diligências
inúteis ou meramente protelatórias, pode também inverter a sequência de provas se recomendada pelo art. 452. 
* Pessoas que devem ser intimadas: as partes e seus advogados, peritos para prestarem esclarecimentos.
*Adiantamento da audiência: art. 453, CPC. Pode se dar em convenção das partes, ausência justificada das partes, advogados e peritos. Só pode se dar por convenção uma vez. Sem o juiz não há audiência. Se outras pessoas faltarem injustificadamente há a audiência sem sua presença. Sendo ausente o advogado haverá audiência e dispensa das provas requeridas pela parte representada, caso falte os dois advogados, dispensa a instrução, profere julgamento conforme estado do processo ou promover colheita de provas sem a presença dos interessados. 
*Ordem dos depoimentos: art. 452.
1º peritos e assistentes técnicos para esclarecimento oral ou escrito, requeridos na forma do art. 453; 2º Depoimentos pessoais de autor e réu consecutivamente; 3º Depoimentos de testemunhas de autor e réu.
* Debates orais: Terá a palavra o advogado do autor e do réu consecutivamente com o tempo de 20 minutos podendo ser prolongado por 10 minutos, bem como ao MP; para Litisconsorte ou Terceiros o tempo é de 30 minutos; em Oposição falará primeiro o advogado deste e depois as partes por 20 minutos.
* Princípios: concentração da causa, imediatidade, oralidade e identidade física do juiz.
- Depoimento Pessoal (art. 342 a 347, CPC)
*Conceito: É um meio de prova pelo qual uma das partes busca obter a confissão da outra.
*Procedimento: É realizada na fase instrutória e somente juiz pode reperguntar; o primeiro passo é que para que haja depoimento pessoal tenha requerimento. O autor pode fazer requerimento na inicial, mas pode formular o pedido na fase de especificação de provas. Deferimento daquela prova no despacho saneador e intimação pessoal da parte (não adiante intimar o advogado, mas intimação pessoal da parte – pode se dar tanto por carta como por mandado), com a advertência de que se não comparecer ou se recusar a responder sem qualquer justificativa implicará na confissão. Vigora o princípio de que ninguém se exime do dever de contribuição com o Poder Judiciário para a solução do litígio (é somente no crime que se aplica o princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo).Por fim tem a oitiva da parte em audiência de instrução na forma prevista para os depoimentos testemunhais. Todavia testemunhas são advertidas do crime de falso testemunho, mas a parte não é compromissada. A despeito de ter o dever de falar a verdade, a parte não comete crime de falso testemunho em razão dos elementos do tipo penal. A parte não presta compromisso de dizer a verdade, mas tem o dever de fazê-lo, sob pena de litigância de má-fé. A parte é intimada para comparecer, sob pena de confissão, mas há hipóteses de inaplicabilidade desta sanção, se intimada para o fazer fora de seu domicílio. A parte não esta obrigada a prestar um depoimento pessoal fora de seu domicílio. Nesse caso será expedida precatória. Será ouvido primeiro as testemunhas do autor e posteriormente o do réu, a mesma coisa para litisconsorte. Para que haja depoimento pessoal depende de requerimento já o interrogatório pode ser determinado de ofício. O depoimento pessoal depende de requerimento enquanto o interrogatório judicial da parte pode ser determinado de ofício pelo juiz.
O depoimento pessoal da parte é colhido em audiência de instrução enquanto o interrogatório judicial da parte pode ser colhido a qualquer momento e por quantas vezes o magistrado entender necessário. A finalidade do depoimento pessoal é obter a confissão da parte contrária do adversário. Já no interrogatório judicial da parte é o esclarecimento dos fatos objetos do processo. 
Em caso de não comparecimento ou recusa a responder será dada a confissão o que não existe no interrogatório judicial da parte.
Quanto a escusa de depor, o art. 347, diz que a parte não é obrigada a depor de fatos criminosos, torpes que lhe forem imputados ou quando por sigilo de estado ou profissão deve guardar segredo, entretanto estas disposições não se aplicam a ações de filiação, desquite e anulação do casamento. 
- Confissão (art. 348 a 354 CPC)
*Conceito: é a admissão pela parte da veracidade de fatos contrários ao seu interesse e favoráveis ao adversário. 
Recai apenas sobre os fatos e não vincula juiz;
Pode ser manifestada por qualquer uma das partes;
Pode ser judicial ou extrajudicial:
* judicial: a parte ou seu representante legal admitem em juízo ou dentro do prazo um determinado fato, sendo oral reduzida a termo ou escrita por petição;
* extrajudicial: não ocorre em juízo ou dentro do processo, podendo ser escrito ou oral (exemplos: mensagens e áudios do whatsapp)
É por mandado de intimação sob pena de confesso
*Confissão ficta: se caracteriza quando fica em silêncio, se não comparecer ou por respostas evasivas. Também ocorre pela revelia, não impugnando especificamente os fatos que lhes forem alegados;
Nos contratos acima de 10 salários mínimos não se admite somente prova testemunhal portanto não há confissão extrajudicial verbal (artigo 401 do CPC – Prova testemunhal). 
*Confissão provocada: a parte comparece e presta depoimento admitindo fatos controversos a seus interesses. 
* Confissão espontânea: a parte por si só admite fatos controversos, quer confessar por si só deliberadamente, como por exemplo, num acordo. 
*Revogação de confissão: Não se admite arrependimento, não podendo por tanto, voltar atrás. Podendo ser anulada na égide de vícios de consentimento, assim poderá ser anulada se houver algum vício do consentimento como erro, dolo ou coação, através de ação anulatória (só cabe se o processo no qual a confissão foi prestada ainda estiver em curso) ou ação rescisória no prazo decadencial de 2 anos (se a sentença já transitou em julgado, sendo imprescindível demonstrar que a sentença mudaria sem a confissão – se a confissão tiver sido o único fundamento da sentença com transito em julgado). No novo CPC, não será mais anulada por dolo.
*PS: caso o Advogado esteja atuando em causa própria não pode ouvir o depoimento da outra parte, devendo então, nomear advogado para lhe representar. Enquanto o autor depõe o réu deve ficar do lado de fora.
Reconhecimento jurídico do pedido ocasiona procedência da ação, DIFERENTE da confissão que é elemento de prova.
* Novo CPC: Poderá inverter a ordem de depoimentos das partes; interrogatório vai para o capítulo de poderes instrutórios do juiz e estará no art. 139, VII NCPC/15. Advogado poderá perguntar diretamente ao depoente. O art. 452 será o art. 361, II. Na escusa de depor serão 4 incisos com risco de vida de parente sucessivo. 
- Prova testemunhal (art. 400 a 419, CPC)
* Conceito: testemunha é toda pessoa capaz (porque se não houver capacidade poderá no máximo ser ouvida como informante, como por exemplo pessoa que é vizinho, amigo, namorado) que é chamada para depor o que sabe sobe determinado fato litigioso e que não se confunda com os sujeitos do processo. Apresenta fatos em juízo de acordo com sua memória, não podendo emitir opinião. Se não tiver capacidade ou for suspeita, como por exemplo, tem vínculo de amizade, familiar ou inimizada, poderá ser no máximo, ouvida como informante. 
O artigo 400: qualquer fato pode ser provado por testemunha, salvo disposição legal em contrário (contrato de fiança só se prova por escrito, casamento só ser prova por certidão de casamento).
Ainda quando o fato já estiver provado por confissão ou documento. Se já existem provas suficientes sobre o fato não há necessidade de se admitir testemunha (artigo 400, caput, I e II).
O artigo 401, CC é repetido no artigo 227, CC: se pretende comprovar em juízo de que celebrou um contrato de valor acima de 10 salários mínimos não se admite testemunhas posto que o interesse é relevante.
* testemunhas presenciais: são aquelas que assistiram pessoalmente o fato; testemunhas de referência: não assistiram o fato, mas tem conhecimento por
intermédio de 3º; testemunhas referidas: aquelas que foram mencionadas no depoimento de outra testemunha; testemunhas judiciária: relata o fato em juízo; testemunhas instrumentárias: presenciam a assinatura do instrumento do ato judiciário. 
* O perito é estranho a lide, apenas presta esclarecimentos de ordem técnica científica, art.342, CPC.
* Menores de 18 anos não sofrem pena de falso testemunho, podendo também no NCPC serem ouvidas, entretanto na condição de informante no caso de âmbito familiar.
* Não podem ser testemunhas:
a-) o menor de 16 anos: não tem maturidade ou autodeterminação suficiente para ser ouvido de forma segura em juízo;
b-) o enfermo mental sem discernimento;
c-) o cego ou surdo: deficiente visual ou auditivo se o fato cuja prova se pretende produzir dependesse de um ou outro deste sentido.
d-) o que tiver interesse na causa; amigo íntimo ou inimigo capital da parte. 
e-) cônjuge ou companheiro, ascendente ou descendente e colaterais em até terceiro grau de qualquer das partes.
* Há julgados que afirmam que se o parentesco for comum a ambas as partes há um cancelamento da suposta parcialidade e o depoimento poderia ser tomado. Para alguns se o parentesco for comum ás partes a prova poderá ser admitida. Tanto o CPC como o CC dizem que mesmo quando se tratar de pessoas nessas situações o juiz poderá ouvi-las, mas na qualidade de informantes e não testemunhas, especialmente quando o fato não puder ser demonstrado por outro meio. Parágrafo único do artigo 228 do CC: se o juiz entender conveniente poderá colher o depoimento de tais pessoas na qualidade de informantes. A diferença é que estes não prestam compromisso de dizer a verdade.
* Obrigações/deveres da testemunha: deve depor, sendo intimado por mandado ou via postal, devendo comparecer no local e horário designados, é obrigado a falar a verdade, só está dispensada na hipótese do art. 406, quando a testemunha não é obrigada a depor de fatos que lhe acarretem danos ou a consanguíneos ou por respeito e sigilo pelo exercício da profissão ou do estado (padre, médico, psicólogo, advogado, etc), se mentir há pena de falso testemunho. É todo dever do cidadão colaborar com o Poder Judiciário na apuração da verdade, tendo o dever de comparecer em juízo, prestar depoimento e de dizer a verdade art. 405, 406, 409, 412,412 e 415 CPC -> de Direito e Deveres da testemunha.
* São pessoas egrégias aquelas mencionadas no art. 411, pessoas egrégias são aquelas que estão dispensadas de comparecer diante virtude da ocupação ou cargo que exerce, são dispensados de comparecer, devendo indicar data para depor. 
* Direitos da testemunha: tem o direito de ser tratada com urbanidade, educação e respeito independente de sua categoria social ou profissional, perguntas vexatórias são vedadas, a testemunha tem o direito de reaver as despesas que teve para se locomover até o fórum, sendo egrégio deve ser ouvido no local que indicar, tem o direito de ver suas anotações mas não ler, atualmente tem o direito de ser inquirida somente pelo juiz (NCPC juiz pode fazer perguntas antes ou depois dos advogados ou do MP), tem o direito de escusa, o depoimento é considerado serviço público, e quanto a legislação trabalhista, não pode sofrer descontos no salário nem no tempo de serviço (art. 406, 414,416 e 419, CPC).
*Valor suspeito ao patamar do art. 401 (valor que não exceda o décuplo do maior salário mínimo vigente no país), tem a prova oral complementada com a escrita. 
*art. 402 em qualquer dos casos é admitido prova testemunhal.
*Procedimento Sumário: tem início com petição inicial e réu por contestação e há preclusão; na audiência de conciliação há o deferimento ou indeferimento.
*Procedimento Ordinário: idem acima, também não há preclusão, é até o momento que o juiz diz para pedir provas e posteriormente arrolar testemunhas; 1º designa data da audiência com 10 dias de antecedência, 2º se omitido o juiz deve ser apresentado até 10 dias antes da audiência (sendo para termo inicial o 1º dia útil anterior a audiência – contagem regressiva – e termo final é o protocolo). 
*NOVO CPC: como prazo conta-se somente dias úteis e não existe contagem regressiva.
*para cada fato pode arrolar até 3 testemunhas. 
*1º inicia-se com o pregão: funcionário os convida à sala para compor audiência; 2º inicia a audiência tentando a conciliação; 3º caso não haja, segue a ordem do art. 452, e para perito e/ou assistente art. 435, não podendo fazer qualquer pergunta que não tenha antes do quesito; 4º segue com depoimento das testemunhas 1º do autor e em 2º o do réu e ouvida as testemunhas, passa aos debates; 5º caso tenha litisconsórcio ativo e/ou passivo serão 30 minutos divididos entre os advogados se tiverem advogados diferentes; 6º há o protocolo dos memoriais; 7º proferimento da sentença. 
*Contradita: é no momento de qualificação da testemunha que pode ser apresentada a impugnação ao depoimento da testemunha da parte contrária, inserida nas hipóteses do art. 405 e parágrafos deste artigo, juiz pode deferir ou indeferir cabendo agravo retido; caso seja deferida a contradita não poderá ser ouvida como testemunha. 
*Acareação: quando a parte/testemunha e/ou testemunha/testemunha, divergem em seus depoimentos, pode o juiz pedir acareação de ofício, e os acareados serão ouvidos novamente para confirmar ou se retratar , sendo designada nova audiência para isto. 
------------------------------------------Encerrada a fase instrutória que tem provas-----------------------------------------------
Fase Decisória
Da Sentença 
Arts. 458 e seguintes (NCPC ART. 489)
-Despacho: são deliberações que objetivam o trâmite processual, impulsiona o processo para o objetivo final; não tem carga decisória e não são recorríveis por isso, são prolatadas em 2 dias, no NCPC são 5 dias (expeça-se mandado, ciência, cita-se, designar audiência).; são atos do cartório.
-Decisões interlocutórias: solucionam incidentes processuais, mas, não resolvem a lide; causa prejuízo a uma das partes podendo recorrer por meio de agravo (retido (que não existe mais no NCPC), instrumental, regimental), são agraváveis e devem ser proferidas no prazo de 10 dias; NCPC são agravos de instrumento e regimental/interino; exemplo: contradita, indefere intimação de testemunhas, penhora.
-Sentença: onde soluciona a lide apresentada, prestação da tutela jurisdicional a que veio buscar (art. 267 e 269 e NCPC 485 e 487). Tem carga decisória e são recorríveis, cabendo aqui apelação no prazo de 10 dias e no NCPC prazo de 30 dias. Finaliza tal fase podendo interpor recurso/apelação iniciando nova fase, somente é extinto em satisfação dos créditos ou dívida constante dos autos.
-Acórdão: verbo acordar, de acordo. Proferida decisão por turma colegiada; desembargador julga sozinho é decisão monocrática; tem carga decisória podendo interpor recurso. 
-Requisitos da sentença (NCPC: elementos da sentença): art. 458, CPC. A inobservância dos requisitos em apreciação pode levar a nulidade da sentença. 
* Relatório: Narra parcialmente e objetivamente as partes, a suma do pedido e resposta do réu e registro das principais ocorrências no andamento do processo, o pedido inicial, tipo de defesa, fase saneadora, provas produzidas, debates e memoriais. Se não tiver relatório TEM NULIDADE ABSOLUTA, devendo ser declarada, se não surtirá seus efeitos. Sentença meramente declaratória e em caso de conciliação dispensa relatório e fundamentação. No fim tem “É O RELATÓRIO”. 
*Fundamentação/motivação: juiz deverá esclarecer o motivo pelo qual acolheu uma e rejeitou a outra, oque o levou a decidir de determinada forma, todas as decisões devem ser fundamentadas art. 93,IX, C.F. Art. 301, as preliminares/objeções processuais, objeções de mérito devem estar na fundamentação (que é a ação declaratória incidental – inexistência de relação jurídica), a decisão do juiz deve ser suficiente, não precisa ser exaustiva, ponto a ponto, somente aquilo que é necessário. Se não tiver é NULIDADE ABSOLUTA. NCPC: art. 489.
*Dispositivo: onde
o juiz vai concluir seu raciocínio a respeito do processo. “POSTO ISSO...JULGA PROCEDENTE OU IMPROCEDENTE”. Oque consta da sentença faz coisa julgada material e passível de exigência, determina a sucumbência que deve pagar. SE NÃO HOUVER É ATO INEXISTENTE, deve ter assinatura para autenticidade e caso não tenha é ato inexistente, mas, se for proferida em audiência não há problema e caso não tenha data é vício superável. 
“É O RELATÓRIO (FRASE ANTES DISSO É O RELATÓRIO), DEPOIS DESTA FRASE É A FUNDAMENTAÇÃO”. 
-Classificação da sentença: 
* Condenatória: é aquele que impõe ao réu uma condenação ou uma obrigação de fazer, não fazer, em favor do autor. Exemplo: reparação de um dano. Declara direito a parte, juiz ainda determina sanção por descumprimento da norma. Para caso de sentença em caso de dinheiro ou coisa, o autor poderá requerer a expedição de mandado de averbação junto ao cartório para que determinado bem permaneça hipotecado até a satisfação da dívida; NCPC: somente para dinheiro.
* Declaratória: é aquela que declara a existência ou a inexistência de uma relação jurídica, ou a autenticidade ou falsidade de um documento. Exemplos: a existência ou não de um crédito ou débito, a declaração de validade ou não de um contrato. Geralmente produz efeitos “ex tunc”, pois retroage para a data do ocorrido.
*Constitutiva: é aquele em que o juiz cria, modifica, ou extingue uma determinada situação ou relação jurídica, também declara e ainda cria, modifica ou extingue estado ou relação jurídica. Exemplos: anulação de casamento, anulação de um ato jurídico, separação e divórcio, a sentença que decidem uma decisão contratual. Em caso de negócio jurídico realizado por menor de idade, há vício de consentimento em caráter “ex tunc” (retroage desde o início da relação jurídica). 
-Classificação quanto à eficácia: classificação quinaria
*mandamental: juiz dá uma ordem e o réu terá que cumprir a obrigação, no dispositivo já consta (ex: mandado de segurança, retificação de assento, nunciação de obra nova). Efeito “EX TUNC”. 
*executiva “lato sensu”: É do processo de conhecimento. Conhecimento + Execução= a sentença se auto executa; não gera título executivo, a própria sentença já tem possibilidade de cumprimento (ex: ação de despejo, ação de reintegração de posse). Efeito “EX NUNC” (NÃO RETROAGE). 
- Quanto a precisão da sentença que tenha por objeto a obrigação de fazer ou não fazer: art. 461,CPC. Pág. 531 livro, ver explicativo.
- Correlação entre pedido e sentença: a sentença é a resposta ao provimento judicial e deve ter relação com o(s) pedido (s) sob pena de nulidade se for julgada diversamente ou for aquém, pelo princípio da congruência/adstrição/simetria/correlação. Deve ser decidido nos limites pretendidos pelas partes. 
-Sentença líquida: pedido certo e determinado, fixa valor ou obrigação; obrigação certa. Sentença líquida.
-Sentença ilíquida: pode ser de valor determinado ou de valor a ser posteriormente apurado, posterga para a fase de liquidação a apuração de valor devido, podem acontecer as duas. Sentença líquida ou ilíquida. 
*Art. 459: O juiz proferirá sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá de forma concisa. Parágrafo único: quando o autor tiver formulado pedido certo é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida. OBS: sentença terminativa, podendo resumir em relatório. 
*Art. 460: É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único: a sentença deve ser certa, ainda quando decidida relação jurídica condicional. OBS: juiz não pode ultrapassar os limites pedidos. 
-Sentença ultra petita: julga ALÉM DO QUE FOI PEDIDO, dando ao autor mais do que foi pleiteado (art. 460), É NULA, mas por aproveitamento dos autos é NULA APENAS NO QUE EXCEDER, NULIDADE PARCIAL. Caso transite em julgado, permanece como está, caso a outra parte não questionar/impugnar o valor, mas depende de Recurso para ser declarada nulidade, sendo julgado recurso quanto à parte prejudicada, o tribunal não anulará o todo decisório, mas apenas o que passou do pedido. 
- Sentença extra petita: julga DIVERSAMENTE DO QUE FOI PEDIDO, soluciona causa diversa da que foi proposta através do pedido, INCIDE EM NULIDADE. Não há como aproveitar os atos processuais. 
- Sentença citra petita: julgou AQUÉM DO PEDIDO, não examina todas as questões propostas pelas partes, o julgamento foi menos do que foi proferido (pedidos cumulativos), não analisou todos os pedidos.
- Fato superveniente a propositura da ação art. 462: Fatos novos devem ser considerados quando for preferir sentença. Não se pode admitir fato novo que importe a mudança da causa de pedir, o fato deve ter influência no julgamento e se referir ao mesmo fato da demanda, sendo fato constitutivo, modificativo ou extintivo. Art. 462: Se depois da propositura da ação, algum fato modificativo, extintivo ou constitutivo, fluir no julgamento da lide, o juiz deve levar em consideração, podendo ser de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença.
*Prestações periódicas: exemplo: taxa de condomínio, aluguel, mensalidade. 
*Pedido sucessivo: art. 289: é lícito ao autor formular mais de 1 pedido sucessivamente (colocar ordem de preferência), cabendo ao juiz acolher o posterior, caso não seja possível o anterior. 
*Direito intertemporal: art. 5º, XXXVI, CF: a lei não prejudicará o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. A lei processual tem aplicação imediata , logo, o NCPC terá aplicação imediata. No NCPC não terá rito sumário, logo, há regras de transição, as ações que foram ajuizadas , mas não julgadas será ainda pelo Rito Sumário. Em direito material , quanto a lei substantiva tem aplicação imediata, salvo em ato jurídico perfeito ou direito adquirido; se o processo está em andamento há aplicação, salvo em coisa julgada aplica-se idem anterior. Leis novas não alcançam direito adquirido (ex: lei que determina que deve se aposentar aos 25 anos e nova lei determina com 35, há o direito adquirido). 
*Publicação da sentença: Pode ocorrer em diário oficial ou na própria audiência, havendo sentença o juiz encerra o seu ato jurisdicional, dando ao Estado ou a parte a resposta que veio buscar. A sentença é ato público, enquanto não publicada, não será ato processual sem produzir qualquer efeito, sendo somente com a publicação da sentença de mérito é que o juiz realmente cumpre ofício ao acertamento do que lhe foi pleiteado. Nos provimentos condenatórios, embora seja vedado ao juiz alterar sentença publicada, deve continuar prestando tutela jurisdicional à parte vencedora até que se alcance o efetivo cumprimento da sentença. Quando é proferida em audiência, há a leitura da sentença estando presentes as partes ou sendo intimadas e não estão lá, são reputados intimados. Se não houver audiência, a sentença é proferida em cartório, pelo escrivão por meio de termo dos autos. É DIFERENTE PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO DA SENTENÇA, a divulgação é pela imprensa oficial não sendo ato de publicação, sendo ato de intimação que pressupõe anterior a publicação, praticada nos autos. Quando há intimação pela imprensa, a sentença já estava publicada. A intimação na imprensa tem a função de iniciar a contagem do prazo para o recurso ou aperfeiçoamento da coisa julgada. Quando proferida sentença, pode o juiz altera-los nos termos do art. 463, CPC: só poderá ser corrigido I para corrigir de ofício ou a requerimento da parte ou II por meio de embargos declaração (modalidade de recurso, no prazo de 5 dias, sanando vícios e obscuridades, contradição ou omissão da sentença, podendo ser acolhidos ou rejeitados); O juízo de retratação pode acontecer quando houver juízo de retratação quando houver indeferimento da petição inicial. Art. 296: o art. 267 o prazo para o juiz se retratar é de 48 horas; Art. 285-A, §3º: 5 dias
e no NCPC são de 5 dias para todos por meio dos embargos.
------------------------------------------------------Prova Intermediária--------------------------------------------------------------------
Da Coisa Julgada
Art. 467 à 475 e NCPC Art. 502 a 508.
-Coisa julgada: pelo art. 467, CPC, denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. Deve-se esgotar o ofício do juiz e acabar com a função jurisdicional. É imutabilidade do julgado de seus efeitos, depois que não for mais possível impugna-la com recursos. É a indisponibilidade, a indiscutibilidade dos efeitos da decisão de mérito de modo que estejam esgotados os recursos e eventualmente cabíveis, quer porque não foram oponíveis em prazo legal ou a via recursal está exaurida . Conceito do NCPC, art. 502 é insuficiente.
- art. 468: a sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. 
-Efeitos primários: efeito principal, podendo declarar, constituir (em sentença constitutiva o cartório de registro deve ser assinado com mandado averbatório), desconstituir ou condenar o réu. 
- Efeitos secundários: é o necessário para dar efetividade a sentença. 
- Coisa julgada formal: é a imutabilidade dos efeitos da sentença no próprio processo em que foi proferida; indiscutibilidade da sentença que não resolveu o mérito (art. 467/73 e 485/15 NCPC); impede a rediscussão da matéria naquele processo, mas nada impede a discussão em novo processo (exceto art. 267,V – quando juiz acolher alegação, litispendência ou coisa julgada); não se projetam para fora existindo efeitos apenas dentro do processo, se restringindo apenas ao processo em que a sentença ou acórdão foi proferido. É sentença terminativa, fazendo com que os efeitos se projetem para fora do processo.
- Coisa julgada material: está vetada a discussão da matéria dentro do processo, devendo as partes de submeter, portanto, a matéria é discutida definitivamente; tem a projeção externa dos seus efeitos, impede que a mesma ação, já discutida em caráter definitivo, volte a ser discutida em outro processo. Os efeitos se projetam para dentro de fora do processo. É sentença definitiva, há resolução do mérito, art. 295. Art. 485, IV: a sentença de mérito transitada em julgado pode rescindida quando ofender a coisa julgada. Ela impede que seja renovada a mesma ação que, por isso mesmo, precisa ser identificada. Nisso, ela guarda estreita relação com o fenômeno da litispendência, que também pressupõe a existência de duas ações idênticas, com a diferença de que, nela, ambas estão em curso, ao passo que na coisa julgada, uma delas já foi julgada em caráter definitivo. 
- A sentença que não faz coisa julgada material: muito embora tenha decisão de mérito se admite discussão: 
a-) em sentença determinativa: diferente de definitiva. Tratam de relação jurídica, se tratam de relação jurídica continuativa ou de trato sucessivo (art. 471,I: não será decidido novamente as questões já decididas, relativas a mesma lide, exceto quando se tratar de relação jurídica continuativa, sobreveio de modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá pedir a revisão – exemplo sócios);
b-) sentença continuativa: abrangem relações jurídicas que se prolatam no tempo, que no futuro precisa de alteração (exemplo: ação de alimento, ação de guarda).
c-) sem sentença de mérito: não faz coisa julgada o processo de jurisdição voluntária, onde tem o Estado como administrador (emancipação, retificação de assento, instituição de pensão alimentícia a parente não próximo); De acordo com o art. 1.111/CC, no caso de liquidação judicial, esta sentença não faz coisa julgada material, não está no NCPC/15. Há possibilidade de rediscutir e rever o valor, desde haja alteração fática. 
- Relativização da coisa julgada material: é a flexibilização da coisa julgada material, em grosso termo pode haver “abertura” da coisa julgada material. 
- Reexame obrigatório: (art. 496 NCPC) Uma outra exceção emerge do art. 475 do CPC, o qual relaciona nos seus incisos I e II, situações em que a sentença, conquanto já decorrido o prazo de interposição do competente recurso, não alcança o trânsito em julgado, e não produzirá efeito algum antes de ser reapreciada pelo Tribunal, situação que caracteriza o chamado duplo grau obrigatório de jurisdição, nominado pela doutrina de "remessa obrigatória" ou simplesmente "reexame necessário" – só alcançando as sentenças, na forma do art. 162, § 1º, do CPC (NCPC ART. 203), nunca as decisões interlocutórias; apelidado de recurso de ofício; Hipóteses de cabimento do art. 475,CPC – Art. 496 NCPC; Importante observar que o reexame necessário tem cabimento apenas diante das sentenças, não se aplicando às decisões interlocutórias ou despachos de mero expediente. Daí a conclusão de que não tem aplicação diante de tutela antecipada concedida contra a Fazenda, A exigência do reexame necessário alcança apenas as sentenças, não atingindo as decisões interlocutórias proferidas contra as pessoas jurídicas de direito público. Com efeito, não se sujeitam ao reexame necessário as decisões interlocutórias proferidas contra a Fazenda Pública; não há, pois, reexame necessário em relação à tutela antecipada proferida contra a Fazenda Pública. Mas se a decisão interlocutória resolver definitivamente parte do mérito da causa, o que é possível diante da nova redação do art. 296 do CPC, sendo apta a ficar imune pela coisa julgada material, é possível defender a necessidade de reexame compulsório pelo tribunal. 
- Limites da coisa julgada (oque – Do qual – “a quo”) e limites subjetivos da coisa julgada (a quem – “ad quem”, juiz de 2ª instância ): A sentença que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas (art. 468); O limite subjetivo é em relação as pessoas envolvidas na lide, não afetando e nem prejudicando terceiros, só podendo atingir as pessoas ali mencionadas; O limite objetivo da lide, O já estudado art. 458, CPC., em seu inciso III, impõe como requisito obrigatório da sentença o "dispositivo" (caso não tenha é nulidade absoluta), afirmando que neste o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeteram. Exatamente no dispositivo é que estão os limites objetivos da coisa julgada, os efeitos da coisa julgada, objetivamente falando, em regra, atingem somente a matéria contida na parte dispositiva. Ainda que as partes tenham feito pedidos outros, mas que não incorporem ao dispositivo, em regra, não haverá incidência dos efeitos objetivos da coisa julgada. Qualquer matéria que for esquecida na parte dispositiva não fará coisa julgada e por consequência não se sujeita aos efeitos desta. O art. 475/CPC73 é o art. 496/CPC15: estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito, senão depois de confirmada pelo tribunal a sentença. 
Teoria Geral dos Recursos
Código de Processo Civil de 2015
Art. 994,NCPC/15
Recurso: meio idôneo de provocar o reexame da decisão dentro do mesmo processo em que foi proferida, antes que se forme a coisa julgada, pela mesma autoridade judiciária que prolatou ou outro de grau hierárquico superior.
Duplo grau de jurisdição: prevê a possibilidade de a decisão ser reexaminada por órgão hierarquicamente superior, imaginando-se que uma segunda decisão, mantendo-se, anulando-se ou reformando a anterior será mais justa; decorre da possibilidade de falha humana do juiz e natural inconformismo da parte com a decisão, ademais acredita-se que o juiz sabendo que sua decisão será atribuída ao tribunal “ad quem” será mais cuidadosa ao elabora-la. 
O pedido de recurso pode ser para reformar a decisão, invalida-la ou pedir esclarecimento ou integração:
- reforma: pretende a prolação de outra decisão mais justa, que venha a substituir a anterior (a justiça tem concepção subjetiva, cada um tem seus anseios);
-invalidação: o recorrente alega VÍCIO PROCESSUAL, pretendendo
anular o cassar a decisão anterior;
-esclarecimento ou integração: ocorre quando houver omissão, obscuridade ou contradição (OOC); ocorre somente em interposição DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
- Para o Recurso ser conhecido é necessário que contenha os pressupostos processuais; CONHECIDO: passa ao mérito, podendo ser o mérito provido, parcialmente provido ou não provido; DESCONHECIDO: não há mérito.
- JUIZO ou TRIBUNAL: “A QUO” do QUAL se recorre (juiz originário, que proferiu sentença)
- TRIBUNAL : “AD QUEM” a QUEM se recorre (juiz de 2ª instância)
- Quando interposto o recurso na vara de origem, o juiz é quem verifica se há os pressupostos processuais, se estiverem ausentes não recebe o recurso de apelação, se sim, vai para o tribunal e pode recorrer ou não o recurso. 
- Pressupostos de admissibilidade recursal: (CALI)
 - Pressupostos intrínsecos: é o direito de recorrer 
 a-) cabimento: se é passível de recurso, precisando saber se é decisão (com este cabe agravo), sentença ou acórdão.
 b-)adequação: entrar com o processo adequado, correto; ligação com o princípio da fungibilidade que está ligado com o princípio do aproveitamento processual; fungibilidade recursal; princípio da unirrecorribilidade: para cada decisão cabe apenas um recurso, se houver 2 recursos ambos não serão conhecidos.
 c-)legitimidade: pode o recurso ser interposto art. 996 (CPC 73 E 15) a parte vencida, terceiro prejudicado e o Ministério Público. O Terceiro prejudicado para ter legitimidade deve demonstrar interesse jurídico, não podendo pedir nada para si, devendo apontar vício processual. O Ministério Público pode recorrer na qualidade de parte ou “custos legis”, em processo que deveria ser intimado ou intervir mas não ocorreu.
 d-) interesse: pode decorrer de sucumbente (parcial ou total); da quebra da expectativa; “amicus curicae” é o amigo da corte, apenas para defender uma tese e não tem legitimidade; advogado pode recorrer em nome próprio para sucumbência (art. 23, estatuto do Advogado). Renúncia: a parte de antemão, afirma que renuncia ao direito de recorrer, é antes do recurso; Desistência: subsequente a interposição do recurso, independente de concordância da parte contrária (na desistência da ação depende da parte contrária), ficando a decisão anterior; Aceitação: pode ser expressa – parte afirma que se conformou com a sentença – ou tácita – pratica ato incompatível com o recurso (ex: depósito de valor ). 
-Tempestividade e prazos processuais: Recurso fora do prazo é intempestivo e tempestivo aquele que praticado antes do termo inicial do prazo; Pelo NCPC;
*os prazos serão contados por dias uteis (a partir DO ART. 218, NCPC) sendo então 15 dias úteis para qualquer recurso, exceto os embargos de declaração que serão interpostos no prazo de 5 dias; 
*o prazo começa a contar da data da intimação, se for em audiência tem-se início no dia seguinte e caso seja por Diário Oficial é no dia seguinte da publicação; 
* caso na comarca em que se tenha os trabalhos advocatícios seja feriado e na comarca em que tramita o processo não seja, cabe ao advogado provar;
* em caso de processo físico que tenha a postagem por correio, e tenha greve no correio, pelo NCPC conta-se o dia da postagem;
* Art. 1.004/NCPC: Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o prazo do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação (se começar a correr o prazo houver INTERRUPÇÃO começa a CONTAR O PRAZO NOVAMENTE DESDE O INÍCIO). 
*Art. 1.005/NCPC: O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos seus interesses ou opostos seus interesses. Parágrafo único: havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor forem comuns. 
-Prazo Recursal: 
* prazo próprio: interesse da parte, que se opõe ao prazo impróprio;
* prazo peremptório: não admite preclusão (perda do prazo processual); 
* prazo em dobro: MP, defensoria pública, litisconsorte de advogados de escritórios distintos (se o processo for eletrônico, não admite prazo em dobro, se apenas um contestar não vale para o outro); caso a lei estabeleça prazo para próprio para tal coisa, não se aplica o prazo em dobro.
- Regularidade procedimental: o Recurso deve ser posto com petição escrita, não há mais no NCPC interposição por via oral ou por cota nos autos (não existe mais o agravo retido, onde este era posto em audiência oralmente). 
* quanto ao preparo: há o pagamento de custas e porte de remessa e retorno; no NCPC é preparo e não custas. Equivale a 2% do valor da causa (se for de cunho econômico) ou da condenação; se o processo é eletrônico não tem porte de remessa e retorno; caso nos preparos tenha o valor insuficiente manda-se complementar, se não pagar há recolhimento em dobro, mas, se deste recolhimento em dobro houver a insuficiência aplica a deserção; Estão dispensados de preparos o MP, a defensoria pública, fazenda, autarquia e quem for considerado hipossuficiente; Recurso para majorar (melhorar) honorários há custas por que é para o advogado e não para a parte. 
*quanto ao motivo: deve haver a justificativa do recurso, são as razões do inconformismo da parte; há a dialecidade, que é a exteriorização do conformismo; deve indicar o “error in procedendo” (vício processual que macula a decisão) e/ou “error in judiciando” (caso de injustiça), pode ser cumulativa, ou seja, pode indicar as duas; é para indicar erro na decisão, sentença ou acórdão. 
-Efeitos do Recurso: 
*efeito devolutivo: o tribunal só pode conhecer a partir daquilo que foi objeto do recurso; só pode apreciar a matéria que foi impugnada; pode ser total ao parcial; pode ser “tantun devolutum” ou “tantun apellatum”. 1º o tribunal só pode conhecer da matéria que foi alvo de recurso (desdobramento do princípio do dispositivo), 2º o recurso pode ser de toda a decisão ou de parte dela, 3º princípio da proibição da “reformatio inpejus” (a decisão do recurso não pode piorar a sentença anterior); TODOS OS RECURSO TEM EFEITO DEVOLUTIVO. Ele devolve toda matéria para reexame em instância superior, para que sentença seja anulada, reformada, ou, também, mantida. Porém os efeitos dessa sentença continuam vigentes.
*efeito translativo: é um desdobramento do devolutivo; se for questão de ordem pública pode ser conhecido em qualquer tempo e/ou grau de jurisdição. Teoria da causa madura: art. 1.013/NCPC: a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada; basta que o tribunal anule a sentença, afasta a ilegitimidade, podendo julgar o mérito; pode ser aplicada em sentença terminativa, sentença que inobservou o princípio da congruência, sentença que pronunciou prescrição e decadência, sentença anulada por falta de fundamentação; a causa deve estar madura para julgamento, por exemplo, não deve precisar de produção de provas.
*efeito suspensivo: ocorre que a sentença proferida não pode ser executada, pois o recurso “suspende” os efeitos da mesma, até que o recurso seja julgado; impede que a decisão produza seus efeitos; suspenderá a eficácia da decisão recorrida; se o recurso tiver efeito suspensivo a decisão não pode ser cumprida ou exigida. Só há em APELAÇÃO e EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; Apelação há regras e exceções no art. 1.012,§1º,CPC, no entanto o requerente pode requerer ao Relator o efeito suspensivo, devendo então provar o risco que corre. Ocorre que a sentença proferida não pode ser executada, pois o recurso “suspende” os efeitos da mesma, até que o recurso seja julgado.
Dos Recursos em Espécie
-Ações autônomas de impugnação: ocorre em processo apartado (diferente de recurso que é no mesmo processo); este segue em processo diferente; impugnação da decisão em outros autos; PS: ação rescisória não cabe em sentença de judiciário especial cível; 
- Princípios recursais:
São normas construídas pela doutrina, jurisprudência e legislação, aplicáveis a todos os recursos.
*Princípio do duplo grau de jurisdição – decorre da interpretação do art. 5º, LV e art. 92. ambos da Constituição Federal, que prevê a possibilidade de a decisão ser reexaminada pelo órgão hierarquicamente superior, imaginando-se que uma segunda decisão, mantendo, reformando ou anulando a anterior, seria mais justa. Decorre da possibilidade de falha humana do juiz, do entendimento de que, sabendo que sua decisão poderá ser reexaminada pelo Tribunal, será mais elaborada e do natural inconformismo da parte.
*Princípio da taxatividade ou da legalidade – a enumeração dos recursos está prevista na lei. A enumeração legal é taxativa, consta de numerus clausus não ficando ao livre arbítrio das partes, podendo interpor somente os recursos previstos em lei.
*Princípio da singularidade ou da unicidade ou da unirrecorribilidade - para cada decisão é cabível apenas um recurso.
*Princípio da fungibilidade – (adequação dos pressupostos intrínsecos, adequação dos recursos – deve ser o recurso correto) é possível receber um recurso por outro, desde que não haja má-fé ou erro grosseiro. Neste caso, o órgão ad quem, recebe o recurso equivocado como se tivesse sido interposto o recurso correto. A situação é explicada pelo princípio da instrumentalidade das formas, isto é, desde que o ato tenha alcançado a sua finalidade, não se deve decretar a sua nulidade. Assim, se a parte interpôs um recurso pelo outro, poderá ser conhecido, desde que não tenha havido erro grosseiro ou má-fé. Erro grosseiro – a interposição de um recurso por outro contra expressa disposição legal ou quando a situação está fora de dúvida. Má-fé – se interpõe o recurso no maior prazo, quando na verdade, na hipótese, admitir-se-ia recurso a ser interposto em menor prazo. Neste caso, se conhecido, haveria um benefício adicional para a parte, em detrimento do princípio da igualdade das partes.
*Princípio da voluntariedade – deve haver a iniciativa da parte (tal qual ocorre na petição inicial), para interposição do recurso, que também, por sua vontade, deverá delimitar o âmbito do recurso. Também cabe ao recorrente desistir do recurso interposto, sem a anuência da parte contrária – art. 1002 NCPC. 
*Princípio da proibição da reformatio in pejus- na medida em que é interposto o recurso, a matéria é devolvida ao órgão ad quem (efeito devolutivo). Assim o Tribunal, analisando a matéria com amplitude, poderia decidir a questão com agravamento da situação para o recorrente. No entanto, em decorrência deste princípio, o campo de atuação do Tribunal também é limitado, não podendo piorar a situação do recorrente. Assim, de acordo com este princípio não poderá haver agravamento da situação do recorrente. Porém, em caso de sucumbência recíproca e de recurso de ambas as partes, poderá haver piora em virtude do recurso da parte contrária.
*Princípio da dialecidade: ser objetivo, deve ser dito onde o juiz errou.
*Princípio do dispositivo: inércia da jurisdição.
-Da apelação (a partir do 1.009 NCPC)
Por inconformismo ou erro do juiz; É contra sentença terminativa, que inobservou o princípio da congruência (citra (além), ultra (diversamente) ou extra petita (aquém)), que reconheceu a nulidade da sentença por ausência de relatório ou fundamentação ou existência de prescrição e/ou decadência; pede-se a invalidação ou reforma/modificação por erro do juiz; deve apresentar razões de apelação; deve impugnar sentença (sendo terminativa ou definitiva) seja qual for a natureza jurídica da tutela jurisdicional concedida sendo de conhecimento (declaratória, constitutiva ou condenatória) ou executiva (art. 924, NCPC);
Teoria da causa madura, onde não seja necessário produzir provas ou de terceiros; 
*Requisitos: 1 sentença que inobservou o princípio da congruência (ultra, extra ou citra petita); 2 sentença nula por falta de fundamentação e/ou relatório; 3 sentença que se pronunciou prescrição e/ou decadência; 4 deve ter questão de mérito; 5 o feito deve se encontrar em termos de julgamento (teoria da causa madura); 6 retorna a origem caso não se encontre em termos; Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação: § 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões; § 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. § 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
*Subsidiariamente: suscitar questões resolvidas na fase de conhecimento do processo, mas que: não comportam impugnação por meio de agravo de instrumento (art. 1015, NCPC) e não forem cobertas pela preclusão; 
*Legitimidade: Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Parágrafo único: Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. 
*Fundamentos e pedidos da nova decisão 
 * Error in procedendo * Error in judiciando
 por vícios intrínsecos (estrutura da sentença) erro de julgamento (mal apreciação das por vícios extrínsecos (vício da sentença, quanto provas ou não interpretar corretamente
 a estrutura do processo, erro do processamento a lei, sentença deve ser reformada)
 da ação);
 PS: pode ocorrer um ou outro ou cumulativamente.
*Ampliação do escopo da apelação em virtude de extinção da regra da recorribilidade em separado das decisões interlocutórias (parágrafos do art. 1.009); 
* Ampliação das motivações da apelação e das contrarrazões, incluindo: as decisões que não foram contempladas pelo art. 1.015 (agravo de instrumento) poderão novamente ser questionadas em preliminar do recurso de apelação.
*Razões de apelação: apelante I-) Relatar a hipótese que que foi proferida decisão desfavorável ao recorrido e que não foi coberta pela preclusão; II-) Apelação “error in procedendo” e/ou “error in judiciando”; III-) Pedido de anulação e/ou reforma; Contrarrazões: apelado I-) Relatar a hipótese que que foi proferida decisão favorável ao recorrido e que não foi coberta pela preclusão; II-) A Sentença deve ser mantida; III-) Pedido;
* Do prazo e modo de interposição: interposta juízo “a quo”, escrita, prazo de 15 dias e prazo em dobro no caso do art. 229 e contrarrazões no mesmo prazo; Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. § 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. Art. 229.  Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão. § 1o O apelado
será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. § 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. § 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade; Quanto ao preparo caso há custas (2% do valor da causa) há porte de remessa e retorno (exceto em caso de processo digital) e dispensados de preparo art. 1.007,§1º; PS: o juízo “a quo” não faz verificação de pressupostos, está proibido de não receber e de não admitir a recorribilidade recursal, sendo feito integralmente pela 2ª instância; a parte pode pedir gratuidade na 2ª instância, mas deve provar. *
 *Processamento do Recurso: Em 1º grau: há o juízo de retratação em 5 dias; em preliminar deve pedir ao juiz de 1º grau que se retrate, podendo este retratar ou não; autos no tribunal são registrados e sorteado relator.
-Da ordem dos Processos no Tribunal
Art. 929. Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição. Parágrafo único: A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau.
Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único.  O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo (Relator prevento para outros recursos do mesmo processo ou ação conexa).
Art. 931.  Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restitui-los-á, com relatório, à secretaria.
*Recurso inadmissível é a ausência de pressupostos, os pressupostos de admissibilidade não estão presentes
 - Requisitos intrínsecos: (CALI) direito de recorrer, deve haver: cabimento e adequação do recurso, legitimidade, interesse que decorre da sucumbência, inexistência de fato impeditivo ou extintivo; - Requisitos intrínsecos: dizem o direito de recorrer. A pergunta que se deve fazer é: a pessoa tem direito de recorrer? Estes requisitos dizem a existência do direito de recorrer e o exercício deste direito.
  - Cabimento e adequação. Cabimento (decisão, sentença ou acórdão): sobre aquele ato judicial, cabe recurso? Se o juiz der um simples despacho, cabe recurso? Não, porque ele não está analisando nenhum mérito, é somente um ato de impulso oficial. Neste caso, não existe direito de recorrer porque o ato não é impugnável. Adequação: o recurso interposto tem que ser o mais adequado à hipótese recursal. Sobre um pedido negado de antecipação de tutela, não se pode interpor uma apelação, mas um agravo de instrumento.
             - Interesse recursal, sucumbência: “se não perdi, porque eu vou apelar?” Possibilidade de caracterização de recorribilidade para fins meramente protelatórios...
             - Legitimidade recursal: quem pode recorrer? A parte que perdeu, o terceiro interessado e o Ministério Público.
             - Inexistência de um fato extintivo ou impeditivo: o não-pagamento de uma multa, por exemplo. A súmula impeditiva de recurso estaria inserida neste campo?
- Requisitos extrínsecos: são próprios do exercício da atividade de recorrer, deve haver: tempestividade, regularidade procedimental incluindo preparo e motivação; Requisitos extrínsecos: 
             - Preparo: elementos das custas.
             - Regularidade formal: assinatura, juntada de procuração.
             - Tempestividade: tempo hábil para a interposição do recurso.
*Recurso prejudicado: fato posterior: ausência de prejuízo
*Ausência de impugnação específica: error in procedendo ou error in judiciando
Art. 932.  Incumbe ao relator: (Decisão monocrática) 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência (atos de conteúdo positivo do relator);
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Contra a decisão monocrática do Relator, cabe agravo interno: Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada; § 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado (a pessoa a favor de quem o juiz proferiu decisão) para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta; § 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno; § 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa; § 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
- Caso o relator constatar fato superveniente à decisão recorrida ou existência de questão apreciável de ofício, que ainda não foi examinada e devem ser considerados no julgamento do recurso, o juiz deverá intimar as partes para se manifestarem no prazo de 5 dias; art. 933.  Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. § 1o Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. § 2o Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhá-los ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova questão aos julgadores.
 *Julgamento da Turma julgadora: são distribuídos e sorteados o

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