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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde – UACS Graduação em Enfermagem Disciplina: Fisiologia Discentes: Dandara Medeiros Gleicy Karine Nascimento Iago Vieira Gomes Larissa dos Santos Sousa Marlene Laís Jácome Mychelle Oliveira Porto Sistema excito-condutor do coração FISIOLOGIA O coração é dotado de um sistema especial para gerar impulsos elétricos rítmicos que causam contrações rítmicas do miocárdio conduzindo esses impulsos rapidamente por todo o coração. Outra característica desse sistema é que ele faz com que diferentes porções do ventrículo se contraiam quase que simultaneamente, o que é essencial para gerar pressão, com eficiência máxima, nas câmaras ventriculares. CAMARAS CARDÍACAS NODO SINUSAL (SINOATRIAL) O nodo sinusal é uma faixa achada de m. cardíaco especializado, situado na parede póstero - lateral superior do AD, logo após a desembocadura da Veia Cava Superior, que tem capacidade de autoexcitação, controlando a frequência de batimentos de todo o coração. É também denominado de marcapasso cardíaco, pois sua descarga é muito mais rápida que a autoexcitação de qualquer outra porção do coração, sendo que suas fibras se conectam diretamente às fibras musculares atriais, de modo que qualquer potencial de ação que se inicie no nodo sinusal se difunde de imediato para a parede do m. atrial. RITMICIDADE ELÉTRICA O que garante ao coração a capacidade de gerar o impulso elétrico é a capacidade de auto-excitação, processo que produz descarga e contração rítmica automáticas das fibras cardíacas do sistema especializado de condução. O nodo sinusal apresenta maior grau de auto-excitação, por isso normalmente controla essa descarga elétrica e consequentemente a frequência cardíaca. As fibras sinusais se conectam com as fibras musculares atriais vizinhas e com vias internodais, propagando o impulso elétrico gerado. MECANISMO DE RITMICIDADE DO NODO SINUSAL Nesta figura mostra potenciais de ação registrados no interior de uma fibra do nodo sinusal de três batimentos cardíacos e apenas um potencial de ação de fibra muscular ventricular. A explicação para essa menor negatividade é que as membranas celulares das fibras sinusais são, por natureza, mais permeáveis ao cálcio e ao sódio, as cargas positivas desses íons que cruzam a membrana neutralizam boa parte da atividade intracelular. O potencial de ação nodal atrial ocorre mais lentamente que o potencial de ação do músculo ventricular. Além disso, depois de ocorrer o potencial de ação, a volta do potencial para seu estado negativo também ocorre lentamente, diferentemente do retorno abrupto nas fibras ventriculares. AUTO-EXCITAÇÃO DAS FIBRAS DO NODO SINUSAL Em virtude da alta concentração de íons sódio no liquido extracelular, por fora da fibra nodal, além do numero razoável de canais de sódio já abertos, os íons positivos de sódio tendem a vazar para o interior dessas células. É por isso que, entre os batimentos cardíacos o fluxo do sódio, positivamente carregado, provoca lento aumento do potencial de membrana de repouso, em direção aos valores positivos. As fibras não permanecem continuamente despolarizadas porque os canais de sódio-cálcio se inativam e grande numero de canais de potássio se abre. Portanto, todo o processo se reinicia: a auto-excitação causa o potencial de ação, a recuperação do potencial de ação, a elevação do potencial “de repouso” até o disparo e, finalmente, a reexcitação que deflagra mais um ciclo. Esse processo continua indefinidamente durante a vida de cada pessoa. CONDUÇÃO DO IMPULSO DOS ÁTRIOS PARA OS VENTRÍCULOS O sistema condutor atrial é organizado de tal modo que o impulso cardíaco não se propague dos átrios aos ventrículos muito rapidamente. Os átrios se contraem e esvaziam seu conteúdo antes que comece a contração ventricular A condução lenta e devido as fibras transicionais, nodais e do feixe penetrante A-V, que possuem reduzido número de junções comunicantes SISTEMA DE PURKINJE VENTRICULAR A condução do nodo A-V pelo feixe A-V, para os ventrículos e feita pelas fibras de Purkinje especializadas. Essas fibras tem transmissão rápida dos potenciais de ação que é creditada a permeabilidade muito alta das junções comunicantes nos discos intercalares, entre as sucessivas células que constituem essa fibra. DISPERSÃO DO IMPULSO CARDÍACO Os números da figura representam os intervalos de tempo, em frações de segundos, entre a origem do estímulo, no nodo sinusal, e sua chegada em cada ponto respectivo do coração. Uma vez atingido esse ponto ele se espalha rapidamente por meio das fibras de Purkinje, para toda superfície endocárdica dos ventrículos. Em seguida o impulso mais uma vez se espalha com menor rapidez.
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