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CURSO PERITO

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urso C Perito
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doúConte 
 
Peritos .................................................................................................................. Pág. 8 
Histórico ............................................................................................................... Pág. 9 
Tipos de Perícia ................................................................................................... Pág. 10 
Função ................................................................................................................. Pág. 12 
O que é um Laudo ............................................................................................... Pág. 13 
Perito Assistente Técnico ..................................................................................... Pág. 15 
Nomeação do Perito ............................................................................................ Pág. 17 
Formulação de Quesitos ...................................................................................... Pág. 19 
Proposta de Honorários ....................................................................................... Pág. 22 
Assistência Jurídica Gratuita ................................................................................ Pág. 24 
Diligências ............................................................................................................ Pág. 26 
Responsabilidades ............................................................................................... Pág. 27 
Modalidade: Ambiental ......................................................................................... Pág. 29 
Modalidade: Contábil ........................................................................................... Pág. 33 
Modalidade: Grafotécnica .................................................................................... Pág. 35 
Documentoscopia ................................................................................................ Pág. 39 
Pericia Médica ...................................................................................................... Pág. 41 
Tipos de Foros ..................................................................................................... Pág. 42 
Noções Básicas ................................................................................................... Pág. 43 
O Juiz e a Pericia ................................................................................................. Pág. 64 
Deveres do Perito ................................................................................................ Pág. 65 
Direito dos Peritos ................................................................................................ Pág. 66 
A Prova Pericial .................................................................................................... Pág. 68 
Proposição e Admissão da Pericia ....................................................................... Pág. 69 
O Perito ................................................................................................................ Pág. 71 
Produção da Pericia ............................................................................................. Pág. 73 
Pedido de Indicação de Assistente Técnico e Apresentação de Quesitos ........... Pág. 74 
Incidente de Falsidade Documental ..................................................................... Pág. 75 
Modelo Laudo Ambiental...................................................................................... Pág. 77 
Laudo Pericial Contábil ........................................................................................ Pág. 79 
Modelo de Petição de Honorários Periciais .......................................................... Pág. 81
 
7 
CAPITULO I: INTRODUÇÃO 
 
 
 
PERITO JUDICIAL 
 
Para ser perito judicial é necessário estar vinculado ao conselho regional da 
sua categoria de formação. Conhecer bem a sua área de formação. 
 
ATENÇÃO: Podem ser peritos: 
 
 Aposentados 
 
 Recém-formados 
 
 Profissionais liberais 
 
NÃO É NECESSARIO: 
 
Podem ser peritos: os aposentados, os profissionais liberais, os funcionários 
públicos e os empregados de empresas em geral, desde que suas 
profissões sejam de curso superior na área de perícia a ser realizada, como 
as dos: administradores, contadores, economistas, engenheiros, médicos, 
profissionais ligados ao meio ambiente, profissionais da área de informática, 
químicos, agrônomos, biólogos arquitetos, entre outras. 
 
 
O QUE É PERICIA? 
 
É todo trabalho de natureza específica, de notória especialização, que pode 
haver em qualquer área do conhecimento humano. 
É aplicada sempre que existirem controvérsias, feita com o objetivo de obter 
prova ou opinião técnico-científica, por meio de exame de documentos, 
investigação, diligências e depoimentos testemunhais; examinando-se seus 
contornos e origens, com respectiva emissão de parecer, laudo pericial, ou 
relatório, devidamente fundamentados, mostrando a verdade, de forma 
imparcial e merecedora de fé, a fim de orientar uma autoridade formal, no 
julgamento de um fato. 
 
Sua origem é no interesse público, com o mais elevado fim de prover justiça 
acerca de um julgamento. 
 
8 
CAPITULO II: PERITOS 
 
 
 
O perito é o responsável por localizar as provas técnicas, e analisar os 
vestígios do delito. 
 
 Perito Criminal (Cível ou federal) – São funcionários públicos que 
trabalham na policia, mas não são policiais. 
 Perito Judicial – Nomeado pelo Juiz para cada processo, deve possuir 
formação e habilidades comprovadas. Embora seja considerado um 
cargo de confiança, não é funcionário público. O perito judicial é 
apenas designação como tal, logo o profissional está perito judicial e 
não é perito judicial. Deve ter conhecimento técnico, muita 
experiência profissional e conhecimento notório e apresentar uma 
série de documentos comprobatórios da sua qualificação para compor 
o prontuário no Fórum. É na maioria das vezes um profissional liberal 
que atua em outras atividades. Não pode ter envolvimentos com 
Juízes do Fórum em que atua, assim como as partes do processo. 
 Assistente Técnico – É nomeado pelas partes nos processos judiciais 
para que acompanhem o trabalho do perito judicial. São responsáveis 
pela elaboração dos laudos críticos. De uma forma geral o trabalho do 
assistente técnico provoca suspeita, pois na maioria das vezes o 
assistente técnico atua em favor do cliente manipulando a técnica em 
benefício do interesse comercial em vez de contribuir com o perito 
judicial na busca da verdade. Aqui há uma controvérsia sobre o papel 
desse profissional. 
 Perito Extrajudicial – Responsável pela elaboração de laudos 
técnicos, normalmente utilizados em processos para o que chamam 
de produção antecipada de provas. Geralmente termina atuando 
posteriormente como assistente técnico. O Juiz na maioria das vezes 
não acata o laudo desse profissional e indica o perito judicial de sua 
confiança. 
 
 
 
 
9 
CAPITULO III: HISTORICO 
 
 
 
 
 
Há indícios de execução de perícias desde os primórdios da civilização, 
entre os homens primitivos, o líder era juiz, legislador e executor. 
 
Registros na Índia comprovam o surgimento do árbitro eleito pelas partes, 
que desempenhava o papel do perito e do juiz ao mesmo tempo. 
 
Também há registros de perícias nos antigos registros da Grécia e do Egito, 
com o surgimento das instituições jurídicas, área em que, já naquela época, 
se recorria aos conhecimentos de pessoas especializadas, para auxílio na 
resolução de pendengas entre partes divergentes. Porém,a figura do perito, 
ainda que associada à do árbitro, fica definida no Direito Romano primitivo, 
no qual o laudo do perito constituía a própria sentença. 
 
Depois da Idade Média, com o desenvolvimento jurídico ocidental, a figura 
do perito desvinculou-se da do árbitro. A partir do século XVII, criou-se a 
figura do perito como auxiliar da justiça, e o perito extrajudicial, permitindo 
assim a especialidade do trabalho pericial. 
 
No Brasil, a Perícia Judicial foi introduzida pelo Código de Processo Civil 
(CPC), em 1939, regulando o trabalho pericial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
CAPITULO IV: TIPOS DE PERICIA 
 
 
 
PERÍCIA ADMINISTRATIVA - É o exame decisivo de uma situação de 
contas, mais comum quando o administrador não confia em atos de seus 
subordinados, normalmente motivados por irregularidades, fraudes ou 
simulações supostas ou ainda manifestadas por erros ou vícios funcionais. 
 
PERÍCIA ARBITRAL – É realizada por um perito, e, embora não seja 
judicialmente determinada, tem valor de perícia judicial, mas natureza 
extrajudicial, pois as partes litigantes escolhem as regras que serão 
aplicadas na arbitragem. A arbitragem é, portanto, um método extrajudicial 
para solução de conflitos, cujo árbitro desempenha função semelhante à do 
juiz estatal. 
 
PERÍCIA EXTRAJUDICIAL – É aquela realizada fora do Judiciário, neste 
tipo de perícia o profissional desempenha papel de informante e consultor, 
por vontade das partes. Seu objetivo poderá discriminar interesses de cada 
pessoa envolvida em matéria conflituosa; sendo a questão resolvida, tendo 
por base o laudo do perito. 
 
PERÍCIA JUDICIAL – Ocorre nos processos do Poder Judiciário, a solução 
das questões é requerida através da justiça. A perícia judicial assume forma 
solene e é determinada por um magistrado e sujeita-se a ritos judiciais 
estabelecidos em lei. Assim, o Juiz nomeia o perito que cumprirá o encargo 
num compromisso de bem servir e apresentar o resultado de seu trabalho, 
por meio de um laudo, elaborado de acordo com os quesitos formulados ou 
aprovados pela autoridade judicial. 
 
 
OUTROS 
 
 Perito Engenheiro 
 
 Perito Administrador 
 
 Perito Contador 
 
 Perito Economista 
 
 Perito em Informática 
 
 Perito em Meio Ambiente 
 
 Perito Médico 
 
 
11 
 Perito - Avaliações de Imóveis 
 O Engenheiro Avaliador 
 Perito: Segurança do Trabalho 
 Perito: Prevenção acidentes 
 Árbitros e mediadores 
 Perito: regulação de sinistros 
 Perito grafotécnico 
 Outros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
CAPITULO V: A FUNÇÃO 
 
 
 
 
A função pericial objetiva gerar informações fidedignas. 
Origina-se da discriminação e definição de interesses e de controvérsias 
entre litigantes, é requisitada pelas partes interessadas ou autoridades 
judiciárias. 
Esta função é revestida de aspectos da discriminação de interesses, 
requisitos técnicos, legais, psicológicos, sociais e profissionais. 
A perícia no campo técnico contempla o integral conhecimento da matéria, 
cujo exame e relato baseiam se nos princípios da disciplina de formação e 
conhecimentos relacionados a outras áreas do conhecimento humano, tais 
como: matemática, especialmente a financeira, lógica, administração, direito, 
economia e até mesmo psicologia, mas principalmente da língua portuguesa 
entre outros conhecimentos complementares necessários. 
Em termos psicológicos, tem efeito de um juiz arbitral que, tendo 
fundamentos em princípios técnicos e, pelo critério da imparcialidade, acaba 
sendo atacado pelas partes interessadas e pelo julgador do litígio. A perícia 
em relação à função social está ligada a valiosa contribuição na 
administração da justiça. 
Analisando sob o aspecto profissional, considera-se o grau de formação 
exigido, pois nele encontram-se os mais sólidos conhecimentos da disciplina 
e a orientação ética, dando assim, a necessária autoridade técnica para 
acatamento de sua atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
CAPITULO VI: O QUE É UM LAUDO 
 
 
 
 
 
"É julgamento, ou pronunciamento, baseado nos conhecimentos que tem o 
profissional da área, em face de eventos ou fatos que são submetidos à sua 
apreciação". (Sá, 1994). 
 
Terminadas as operações de averiguações e coleta das informações, dos 
documentos necessários, é chegado o momento de elaboração do laudo 
pericial. 
 
O planejamento, a execução e a redação são de responsabilidade exclusiva 
do perito. 
 
O laudo pericial é produto final da perícia, é a materialização do trabalho 
pericial desenvolvido pelo perito e, tem por objetivo auxiliar as partes no 
entendimento, na industrialização do juízo, do magistrado em seu momento 
de sentenciamento de um processo, ou trata-se ainda, da oportunidade da 
feitura da justiça, pois constitui a própria prova judicial. 
 
O laudo pericial deverá conter, no mínimo: 
 
 Cabeçalho - com identificação das partes, juízo se for o caso, e do 
processo; 
 Metodologia - formato no desenvolvimento dos trabalhos; 
 Quesitos - questionamentos oferecidos pelo juízo e/ou pelas partes, e 
as respectivas respostas, de forma objetiva, clara, para não deixar 
dúvidas quanto à matéria, evitando-se, contudo, respostas diretas, 
com "sim" e "não"; 
 Conclusão técnica, sempre que possível; 
 Anexos - ilustram as respostas oferecidas aos quesitos, com o 
propósito de evitar que se tornem prolixas ou, então, para que 
reforcem o julgamento. Deve fazer isso de forma parcimônia, nunca 
no sentido de "inchar" o laudo pericial, admitindo-se a juntada de 
apenas alguns exemplares de vários documentos; 
 Pareceres (se houver) - parecerem de outros especialistas ou de 
notáveis pode ser requerido para efeito de reforçada opinião do perito 
ou até para suplementá-la e, nesse caso, apensos ficam ao laudo 
pericial. 
 
 
 
14 
A apresentação do laudo deverá ser feita dentro do prazo pré-estipulado. 
Entre as qualidades atribuídas ao perito, ressalta-se a importância de 
cumprimento fiel dos prazos legais fixados. 
 
A pontualidade na entrega do laudo pericial propiciará o andamento normal 
do processo, não ensejando oportunidade ou interesse em reter, retardar ou 
procrastinar o andamento dos trabalhos. 
 
O trabalho pericial tem cunho eminentemente pessoal, o perito deve manter-
se independente tanto do ponto de vista técnico como legal e moral. 
 
Além da necessidade de ser especializado no trabalho a ser executado e da 
habilitação legal, deve observar as demais condições estabelecidas pela lei 
civil e processual civil. 
Não há norma (ABNT, por exemplo) para a elaboração do Laudo Pericial, 
mas na prática observa-se que deverá possuir um conteúdo mínimo, como: 
 
 Cabeçalho contendo os dados processuais; 
 Relato das diligências realizadas e da metodologia empregada na 
execução dos trabalhos; 
 Transcrição e resposta aos quesitos formulados pelas partes 
Requerentes e Requeridos, nesta ordem. 
 
A resposta aos quesitos deverá ser de forma clara e objetiva e jamais de 
forma monossilábica (―sim.‖ ou ―não.‖). A ética pericial preceitua que o Perito 
não deve ficar adstrito aos quesitos, mas ao objeto pericial como um todo. O 
Perito poderá escusar-se de responder a alguns quesitos, caso entenda que 
não guardam relação direta com a lide. Em tese, deveriam ter sido 
indeferidos pelo Juiz (art. 426, inciso I do CPC), mas isso dificilmente ocorre 
na prática, pelo desconhecimento da matéria especializada da perícia. 
 
 Síntese conclusiva dos trabalhos realizados. Observe-se que tal 
conclusão não se confunde com juízo de valor, que caberá 
exclusivamente ao Magistrado. Trata-se, portanto, de mera opinião 
técnica emitida pelo Perito nomeado do Juízo a respeito do caso emquestão. 
 O Laudo poderá conter tabelas, documentos anexados, fotografias, 
enfim, tudo o que o Perito achar necessário para auxiliar na formação do 
juízo de valor do Magistrado. 
 
Caso necessário, o Laudo Pericial poderá ser enviado pelo correio ao 
cartório, com aviso de recebimento (AR). 
Por fim, a decisão judicial jamais estará vinculada ao conteúdo do Laudo 
Pericial, que tem somente cunho auxiliador na formação de seu juízo de 
valor acerca da lide posta. A propósito, o art. 436 do CPC dispõe: 
 
O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção 
com outros elementos ou fatos provados nos autos. 
 
 
 
15 
CAPITULO VII: PERITO ASSISTENTE TÉCNICO 
 
 
 
 
A participação do Perito Judicial como auxiliar da justiça (art. 139 do CPC – 
Código de Processo Civil) é de grande importância na prestação jurisdicional 
quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico (art. 
145 do CPC). 
Da mesma importância do mister atribuído ao Perito Oficial, nomeado pelo 
Juízo, reveste-se a função do Perito Assistente, o qual possibilita que se 
instaure o contraditório na matéria técnica, para que não reine absoluto o 
entendimento do Perito nomeado pelo Juízo, que deve ter a mesma postura 
de imparcialidade do Juiz que o nomeou. 
O Perito Oficial é ser humano, sujeito a falhas por diferentes motivos, como 
se pode ver em outro artigo de nossa autoria dedicada exclusivamente aos 
Peritos Oficiais. 
A indicação de Assistente Técnico é de fundamental importância para dar 
segurança e eficiência à produção da prova pericial, cabendo-lhe fazer a 
interface de comunicação com o Perito Oficial já que, como é sabido, o 
Perito Oficial tem em princípio resistência em manter contato diretamente 
com as partes ou seus procuradores, os quais são parciais em relação às 
suas pretensões. 
O principal trabalho do Perito Assistente não é como acham muitos, elaborar 
um laudo divergente ou uma crítica ao laudo oficial, mas sim diligenciar 
durante a realização da perícia no sentido de evidenciar junto ao Perito 
Oficial os aspectos de interesse ao esclarecimento da matéria fática sob 
uma ótica geral e mais especificamente sob a ótica da parte que o contratou. 
 
Em alteração ocorrida no CPC retirou-se do texto a possibilidade de se 
questionar a suspeição do Perito Assistente Técnico. Nada mais correto, 
pois se o Perito Assistente é indicado pela parte, é óbvio que tem interesse 
que a parte que o contratou tenha sucesso. Diga-se bem claro, o Perito 
Assistente deve defender o interesse da parte que o contratou para o 
deslinde do processo da forma mais favorável possível, dentro dos limites da 
legalidade e da razoabilidade. 
A sua função é acompanhar o desenrolar da prova pericial, apresentar 
sugestões, criticar o laudo do Perito Oficial e apresentar as hipóteses 
 
 
16 
possíveis, desde que técnica e juridicamente sustentáveis. Havendo 
quesitos fora da área de especialização, o Perito Assistente deve esquivar-
se de dar parecer técnico, emitindo apenas, caso se considere conhecedor 
do assunto, parecer de cunho pessoal, deixando claro que a questão deverá 
ser definitivamente avaliada e decidida pelo Juiz da causa. 
Ao Perito Assistente cabe diligenciar criteriosamente no sentido de verificar 
as diferentes hipóteses de abordagem da matéria técnica objeto da prova 
pericial, tentando fazer com que o Perito Oficial perceba as diferentes 
interpretações da matéria fática sobre estudo, para que não seja o seu 
cliente prejudicado com visões unilaterais, distorcidas da realidade ou que 
não sejam suficientemente abrangentes para dar ao Juiz da causa subsídios 
completos para o esclarecimento da matéria fática sob exame. 
Não há que se falar em imparcialidade absoluta do perito Assistente 
Técnico, diferentemente do perito nomeado pelo Juízo, pois a sua 
contratação pela parte objetiva precipuamente que acompanhe o trabalho 
técnico a ser desenvolvido pelo Perito Oficial com os olhos voltados para as 
alternativas que melhor esclareçam a matéria de fato sob o ponto de vista da 
parte que o contratou, dando assim ao Juízo condições de tranquilamente 
decidir a questão sub judice. Qualquer argumentação no sentido de inquinar 
de vício o trabalho do Assistente Técnico cai por terra, pois assim como a 
parte que o contratou exerceu o direito de estabelecer o contraditório 
técnico, também à parte contrária pode exercer este direito, cabendo, a final, 
ao Juízo, analisando o laudo oficial e os pareceres dos Assistentes Técnicos 
das partes, formar seu livre convencimento. Ressalte-se que o Juízo tem 
ampla liberdade de formar seu convencimento, não se vinculando nem 
mesmo à prova pericial produzida pelo Perito Oficial (Art. 436 do CPC). 
Para que o Assistente Técnico possa desempenhar com perfeição o seu 
mister é importante que procure acompanhar todas as diligências realizadas 
pelo Perito Oficial, ou na pior das hipóteses, antes que o laudo seja 
finalizado, pedir o prazo necessário ao Perito Oficial para examinar as peças 
do processo e ter claro em mente quais são as teses jurídicas da parte que o 
contratou e da parte contrária, para que possa melhor assessorar a parte, 
através de seu procurador, na condução da prova técnica. Fato inconteste é 
que após apresentado o laudo com imperfeições, torna-se mais difícil a sua 
retificação. 
 
Antes mesmo do início dos trabalhos e também durante a produção da prova 
pericial, deve o Perito Assistente Técnico avaliar cuidadosamente a eventual 
necessidade de apresentação de quesitos suplementares para melhor 
esclarecer a matéria, os quais somente poderão ser apresentados antes de 
protocolado o laudo em juízo. 
Após a entrega do laudo somente cabem esclarecimentos em audiência, nos 
termos do art. 435 do CPC. Como o Perito Oficial deve ater-se aos quesitos 
formulados e não emitir juízo de valor sobre a questão examinada, cabe ao 
Assistente Técnico, em seu parecer, aprofundar o estudo técnico da prova, 
extraindo conclusões sobre a prova produzida de modo a municiar o 
procurador da parte de elementos para o pedido de esclarecimentos a ser 
feito ao Expert Oficial. 
 
 
 
17 
CAPITULO VIII: NOMEAÇÃO DO PERITO 
 
 
 
 
 
O ART. 145 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL PRECEITUA: 
 
Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o 
juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421. 
 
O Perito é nomeado quando o Juiz deferir a prova pericial, caso não seja 
verificado nenhum dos pressupostos elencados nos incisos do parágrafo 
único do art. 420, do CPC. 
Isso geralmente ocorre, no rito ordinário, na etapa de saneamento do 
processo (art. 331 do CPC). Ato contínuo, fixará de imediato o prazo para a 
entrega do laudo (caput do art. 421, CPC). 
 
De acordo com o art. 145, parágrafos 1º, 2º e 3º do CPC, os experts são 
pessoas da confiança do Juízo escolhidos entre profissionais de nível 
universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente e que 
comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, 
mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos, 
entretanto nas localidades onde não houver profissionais qualificados que 
preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos 
será de livre escolha do juiz. 
Cabe ressaltar que podem ser nomeados dois Peritos em cautelares de 
busca e apreensão ou mais em perícias ditas complexas, a teor do art. 431-
B do CPC. 
 
Não há obrigatoriedade alguma das partes aceitarem tal nomeação, 
podendo arguir impedimento ou suspeição do Perito, na primeira 
oportunidade após o conhecimento da nomeação, requerendo ao Juiz a sua 
substituição. O Perito também poderá ser substituído quando ocorreram às 
situações previstas nos incisos I e II do art. 424, do CPC, quais sejam, 
quando carecer de conhecimento técnico ou científicoou sem motivo 
legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. 
 
 
O Perito também não é obrigado a aceitar o encargo. 
 
 
 
18 
Segundo consta dos arts. 146, parágrafo único e 423, ambos do CPC, a 
escusa deverá ser apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da 
intimação ou do impedimento superveniente, através de petição endereçada 
ao Juízo que o havia nomeado, sob pena de se reputar renunciado o direito 
a alegá-la. 
 
Aceitando o encargo, terá o Perito 5 (cinco) dias, contados da intimação 
(geralmente realizada pelo cartório) ou da juntada do Aviso de Recebimento 
(AR) nos autos, para apresentar a sua proposta de honorários. 
 
Os Peritos independem de termo de compromisso, ao contrário das 
testemunhas arroladas, por exemplo, que deverão assinar o termo perante o 
Juízo de dizerem a verdade, sob as penas da lei (art. 422 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
CAPITULO IX: FORMULAÇÃO DE QUESITOS 
 
 
 
O Juiz facultará às partes litigantes a formulação de quesitos (perguntas, 
duvidas), que deverão ser pertinentes, oportunos, bem como guardar 
relação com o caso posto. 
Caso contrário, poderá o Juiz indeferir, pela base do art. 426 do CPC, 
indeferir quesitos impertinentes e formular os que entenderem necessários 
ao esclarecimento da causa. 
OS QUESITOS, PORTANTO, NÃO SÃO OBRIGATÓRIOS. 
Ressalte-se que no rito sumário os quesitos serão formulados pela parte 
Autora na inicial, conforme dispõe o art. 276 do CPC. A Requerida, na 
própria audiência (art. 278 do CPC). 
 
Os Advogados das partes poderão ser auxiliados pelos respectivos 
Assistentes Técnicos para a formulação dos quesitos, em matérias técnicas, 
como as de nossa área de atuação (Informática, Telecomunicações e 
Eletrônica). 
Os quesitos deverão constar do Laudo Pericial e o Perito deverá respondê-
los de forma clara e objetiva. 
 
 
 
20 
Após o depósito do Laudo em cartório, as partes serão intimadas para que 
os seus Assistentes Técnicos ofereçam seus pareceres, no prazo comum de 
10 (dez) dias (art. 433, parágrafo único), manifestando-se em relação ao 
conteúdo do Laudo Pericial. 
As partes poderão, então, formular QUESITOS SUPLEMENTARES, 
conforme reza o art. 425 do CPC. 
 
O Perito deverá elucidar os pontos duvidosos, de modo a não mais haver 
controvérsias sobre o Laudo. Poderá haver mais quesitos suplementares, 
caso as partes entendam que o tópico indigitado ainda clama por 
esclarecimentos. O Juiz, entretanto, poderá indeferi-los, lançando mão do 
texto do art. 426, inciso I, do CPC, como também poderá formular quesitos 
que entender relevantes para o deslinde da controvérsia posta (inciso II). 
Entendemos que os quesitos suplementares possuem caráter 
complementar e, portanto, deverão abranger matéria já questionada na 
ocasião da formulação dos quesitos, não podendo ampliar o objeto pericial. 
 
Art. 435 do CPC: 
A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, 
requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando 
desde logo as perguntas, sob forma de quesitos. 
 
A obrigatoriedade do Perito (e também do Assistente Técnico) em prestar 
esclarecimentos em audiência está estampada no parágrafo único do 
mencionado artigo: 
 
O perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar os 
esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) dias 
antes da audiência. 
 
 
 
 
21 
EXEMPLOS DE QUESITOS 
 Especificar se os problemas foram ocasionados por defeito do 
equipamento utilizado pela autora. 
 
 
 Os serviços prestados pela ré à autora se enquadram no padrão de 
normas técnicas definido pela ANATEL em seu Regulamento do 
Serviço Telefônico Fixo Comutado e pela Lei 9472/1997? 
 
 
 Em que situação e fase da obra iniciada pela ré as referidas empresas 
a assumiram? 
 
 O Sr. Perito concorda com a metodologia técnico-científica 
empregada no parecer do especialista de fls. 220 a 250, para 
comparação entre simuladores empresariais? Havendo divergências 
quanto à metodologia, solicita-se que estas sejam apontadas e 
esclarecidas pelo Sr. Perito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
CAPITULO X: PROPOSTA DE HONORÁRIOS 
 
 
 
Deve-se considerar a natureza, a complexidade e o grau de dificuldade dos 
trabalhos periciais, arbitrando-se um determinado número de horas. 
O valor unitário da hora trabalhada deve ser revelado, que multiplicado pelas 
horas arbitradas perfazem a estimativa dos honorários periciais, sempre de 
modo razoável e coerente com a atuação do Perito no encargo a que foi 
nomeado. 
Ressalte-se que não é possível estimar o valor dos honorários periciais de 
forma absolutamente exata. Ademais, o Código de Processo Civil prevê a 
possibilidade das partes formularem quesitos complementares (art. 425), 
bem como o comparecimento do Perito a audiências (art. 435), podendo 
tornar o trabalho pericial mais oneroso do que em princípio possa parecer. 
Embora sem embasamento legal, há a possibilidade da concordância do 
Perito com o parcelamento dos honorários periciais, quando solicitado pela 
parte Autora, dando início aos trabalhos assim que o montante estiver 
depositado na sua integralidade. 
Também há situações em que as partes postulam redução dos honorários, 
por entender que são excessivos. Caso haja impasse em relação aos 
honorários, poderá o Juiz fixá-los de ofício em valor que entender ser 
adequado ao caso posto, em observância ao princípio da razoabilidade. O 
Perito, por sua vez, poderá declinar, requerendo seja substituído, caso 
entenda que tal quantia se revele insuficiente para a sua contraprestação. 
 
 
23 
O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos 
honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa 
remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo 
e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do 
laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária. 
Conforme preleciona o parágrafo único do art. 33, do CPC, o Juiz poderá 
determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do 
Perito deposite em Juízo o valor correspondente a essa remuneração. O 
numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção 
monetária, será entregue ao Perito após a apresentação do laudo, facultada 
a sua liberação parcial, quando necessária, como, por exemplo, nos casos 
de diligências em outras localidades, que demandarão custos de 
deslocamento, alimentação e hospedagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
CAPITULO XI: ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
 
 O artigo 3º da Lei nº 1.060, de O5. 02.1950 elenca as taxas judiciárias que o 
beneficiário estará isento de recolher: 
Art. 3º. A assistência judiciária compreende as seguintes isenções: 
 
I – das taxas judiciárias e dos selos; 
II – dos emolumentos e custas devidos aos Juízes, órgãos do Ministério 
Público e serventuários da justiça; 
III – das despesas com as publicações indispensáveis no jornal encarregado 
da divulgação dos atos oficiais; 
IV – das indenizações devidas às testemunhas que, quando empregados, 
receberão do empregador salário integral, como se em serviço estivessem, 
ressalvado o direito regressivo contra o poder público federal, no Distrito 
Federal e nos Territórios; ou contra o poder público estadual, nos Estados; 
V – dos honorários de advogado e peritos. 
 
VI – das despesas com a realizaçãodo exame de código genético – DNA 
que for requisitado pela autoridade judiciária nas ações de investigação de 
paternidade ou maternidade. (Inciso incluído pela Lei nº 10.317, de 
6.12.2001). 
 
25 
Parágrafo único. A publicação de edital em jornal encarregado de divulgação 
de atos oficiais, na forma do inciso III, dispensa a publicação em outro jornal. 
(Incluído pela Lei nº 7.288, de 18/12/84). 
O art. 11 desse mesmo diploma legal disciplina que: 
Art. 11. Os honorários de advogados e peritos, as custas do processo, as 
taxas e selos judiciários serão pagos pelo vencido, quando o beneficiário de 
assistência for vencedor na causa. 
 
§ 1º Os honorários do advogado serão arbitrados pelo juiz até o máximo de 
15% (quinze por cento) sobre o líquido apurado na execução da sentença. 
§ 2º A parte vencida poderá acionar a vencedora para reaver as despesas 
do processo, inclusive honorários do advogado, desde que prove ter a última 
perdido a condição legal de necessitada. 
A jurisprudência de nossos Tribunais trilha o mesmo entendimento, 
decidindo que: 
A assistência judiciária compreende isenção dos honorários de perito (Lei nº 
1.060-50, art. 3º – V): é integral e gratuita. Desse modo, o seu beneficiário 
não se acha obrigado a depositar quantia alguma, respondendo pela 
remuneração a não-beneficiário, se vencido, ou o Estado, ao qual incumbe a 
prestação da assistência. Recurso especial conhecido e provido. (REsp. 
5.529, 11.2.92, 3ª T STJ, Rel. Min. NILSON NAVES, in DJU 9.3.92, p. 2578) 
Na prática, os Juízes estabelecem uma espécie de rodízio com os Peritos 
cadastrados no Juízo a fim de que desempenhem o encargo sem o 
percebimento de honorários. Aquele que se recusar, certamente receberá 
como sanção o descadastramento e não mais será nomeado por aquele 
Juízo. Trata-se de labor de caráter assistencial aos necessitados, caso 
obviamente a parte sucumbente seja beneficiária da Assistência Judiciária 
Gratuita. 
Para detalhes veja o link: 
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L1060.htm 
 
 
26 
CAPITULO XII: DILIGÊNCIAS 
 
 
Art.. 429 do CPC: 
 
Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos 
utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo 
informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em 
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, 
fotografias e outras quaisquer peças. 
 
Caso necessário a realização de vistoria ou mesmo reunião para 
esclarecimentos complementares com as partes litigantes, deverá o Perito 
informar a data e local, conforme ditame legal do art. 431-A do CPC. 
Os Peritos poderão ser acompanhados de Oficiais de Justiça, caso 
necessário. Há situações em que os Oficiais devem franquear o acesso do 
Perito às dependências de uma empresa, por exemplo, no caso de busca e 
apreensão em ações cautelares de produção antecipada de provas, de vez 
que revestem o ato de fé pública. Caso contrário seria extremamente difícil 
somente o Perito adentrar a essa empresa e proceder à necessária vistoria. 
 
 
 
 
27 
CAPITULO XIII: RESPONSABILIDADES 
 
 
O artigo 186 do Código Civil dispõe: 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
O art. 927 desse mesmo diploma legal, por sua vez, estabelece: 
Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
 Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para 
os direitos de outrem. 
Para a reparação do dano, o Juiz poderá, com base no parágrafo único do 
art. 424, do CPC, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da 
causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo. 
Os artigos 342 e 343 do Código Penal merecem especial atenção no tocante 
à responsabilidade penal do Perito (os destaques não constam da lei 
original): 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou 
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei 
nº 10.268, de 28.8.2001). 
 
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
 
28 
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado 
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a 
produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte 
entidade da administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei 
nº 10.268, de 28.8.2001). 
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que 
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada 
pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001). 
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem à 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação 
falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução 
ou interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) 
 
Pena – reclusão, de três a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
10.268, de 28.8.2001). 
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime 
é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em 
processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da 
administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, 
de 28.8.2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
CAPITULO XIV: MODALIDADE: AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
A Perícia ambiental é um meio de prova utilizado em processos judiciais, 
sujeita à mesma regulamentação prevista pelo CPC - Código de Processo 
Civil, com a mesma prática forense, mas que irá atender a demandas 
específicas advindas das questões ambientais, onde o principal objeto é o 
dano ambiental ocorrido, ou o risco da sua ocorrência. (Portugal,G. 2005). 
 
 
 IMPACTO AMBIENTAL é definido como qualquer alteração das 
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, 
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: 
 
 A saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
 
 As atividades sociais e econômicas; 
 
 
 A biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
 
 A qualidade dos recursos ambientais. 
 
 
 DANO AMBIENTAL é a lesão resultante de acidente ou evento 
adverso, que altera o meio natural. Também sendo definido como a 
intensidade das perdas humanas, materiais ou ambientais induzidas 
às pessoas, comunidades, instituições, instalações e/ou 
ecossistemas, como consequência de um desastre. 
 
 GEOPROCESSAMENTO é o conjunto de tecnologias de coleta, 
tratamento, desenvolvimento e uso de informações 
georreferenciadas. 
 
30 
Neste sentido, o geoprocessamento tem se mostrado uma ferramenta eficaz 
quando se fala em Estudos Ambientais. O campo de aplicações dos 
Sistemas de Informações Geográficas é extenso e variado, abrangendo 
áreas como geografia, agricultura, meio ambiente, hidrologia, geologia, 
agrimensura, planejamento urbano e regional, engenharia florestal, entre 
outros. 
Existem vários casos em que o uso da tecnologia dos sistemas de 
informação geográfica tem obtido resultados de impacto, no que diz respeito 
à área ambiental, São eles: 
 Mapeamento Temático 
 Diagnóstico Ambiental 
 Avaliação de Impacto Ambiental 
 Ordenamento Territorial 
 Prognósticos Ambientais. 
 
HISTORICO: 
 
 Antes e Depois da Lei Federal 9.605/98 – (Lei de Crimes Ambientais) 
– Diversas Infrações administrativas, ou que constavam como 
contravenções penais, passam a ser crimes. (ex: soltar balões, 
transportar madeira irregular, utilizar motosserra sem autorização 
etc...) 
 Lei 9.605/98 - O crime ambiental pode ser contra a administração 
ambiental, a flora, a fauna, o ordenamento urbano, o patrimônio 
cultural, por ações poluentes e outros casos específicos. 
 Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) – Diversos artigos prevendo a 
necessidade da Perícia. 
 Artigo 17 – ―as condições a serem impostas pelo juiz, deverão 
relacionar-se com a proteção do meio ambiente‖. 
 Artigo 19 – ―A perícia de constatação do dano, sempre que possível, 
fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de 
fiança e cálculo de multa‖. 
 Artigo 20 – ―A sentença penal condenatória, sempre que possível, 
fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados pela 
infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo 
Meio Ambiente‖. 
 
TECNICAS - PROVA PERICIAL 
 
 Processos eletroquímicos: pH, condutividade, potencial de REDOX, 
potenciometria (eletrodos seletivos), polarografia. 
 
31 
 Processos espectométricos: espectrometria UV/VIS, espectrometria 
infra vermelho(IR), espectrometria de fluorescência, espectrometria 
de absorção atómica (AAS), espectrometria de emissão. 
 Processos cromatográficos: cromatografia gasosa (GC), líquida de 
alta performance (HPLC), em camada delgada(CCD). 
 Processos físicos atômicos: espectrometria de massa, análise com 
raio X, medidas de radioatividade. 
 Teste de crescimento de vegetais: redução de produtividade. 
 Teste de bactérias luminosas: redução da capacidade de 
luminosidade. 
 Reprodução de bactérias: bloqueio da reprodução de células. 
 Testes de uréase: bloqueio uréase. 
 Teste de bloqueio de reprodução: algas. 
 Reconhecimento da vegetação local. 
 Mapeamento de danos da vegetação. 
 Mapeamento de liquens. 
 Análise de substâncias nocivas de amostra de plantas e minhocas. 
 Análise de colônias de besouros. 
 Carbono orgânico total. 
 Carbono orgânico dissolvido. 
 Carbono orgânico volátil. 
 DBO. 
 DQO. 
 Outros. 
 
LAUDO PERICIAL 
 
Pode ser definido como o resultado da perícia, apresentado em um 
documento contendo conclusões fundamentadas, apontando os fatos, 
circunstâncias, princípios e parecer objetivos sobre a matéria examinada 
O laudo será compostos pelas respostas aos quesito, quesão perguntas 
relacionadas aos fatos formuladas ao perito, que constitui o objetivo da 
pericia. 
1. Descrever, de forma compreensível ao leigo. 
2. Exames devem seguir critérios rigorosamente técnico-criminalísticos e 
serem respaldados nas leis da ciência. 
3. Conclusão flui naturalmente, de acordo com as constatações. 
4. Respaldo das conclusões nos vestígios materiais. 
5. Conclusão categórica, somente se não existir possibilidade sob o 
ponto de vista científico. 
32 
6. Discussão técnica de cada possibilidade, probabilidade estatística 
(sem atribuir valores) de ocorrência para cada uma delas, sem 
concluir-se por nenhuma. 
7. Exclusão de possibilidades, (ex: Carvão não ser de madeira 
plantada). 
 
 
Não há formato na Legislação. 
 
I – Preâmbulo. 
II – Histórico – (fato). 
III – Objetivos. 
IV – Dos documentos constantes dos autos. 
V – Da data e hora da vistoria. 
VI – Do auxílio à perícia. 
VII – Do material utilizado. 
VIII – Do Material Apreendido constante dos autos– (se houver) 
IX – Da legislação em vigor – (referenciar – sem entrar em detalhes de 
discussão). 
XI – Da metodologia. 
XII – Do Local (Exame) – Localização da área (mapa, coordenadas, situação 
legal – pública, privada – destinação, utilização atual). 
XIV - Da constatação – Diagnóstico ambiental da área, relacionado ao meio 
físico, biológico e sócio econômico. 
Descrever os impactos esperados, em virtude dos problemas 
constatados. 
XV – De outros elementos – informações adicionais, depoimentos etc...) 
XVI – Das medidas mitigadoras – (ações para minimizar os impactos no 
local). 
XVIII – Do encerramento – nada mais havendo a lavrar, deu-se por 
encerrado o presente laudo, que relatado pelo perito ... E achado de acordo 
segue devidamente assinado. 
- Nomes profissões – nº profissional – 
- Figuras – parte ilustrativa – com legenda – (texto referencial). 
 
 
 
PARA MAIORES DETALHES: VEJA O CURSO DE PERICIA AMBIENTAL 
DO IPED 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
CAPITULO XV: 
MODALIDADE: CONTABIL 
 
 
 
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE- 
NBC-T-13 
Reformulada pela Resolução do CFC, nº 858 de 21/10/1999 
13.1.1 - A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e 
científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova 
necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial 
contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas 
jurídicas e profissionais, e a legislação especifica no que for pertinente‖. 
 
 
 ―13.1.4 - A presente Norma aplica-se ao perito-contador nomeado em 
Juízo, ao contratado pelas partes para a perícia extrajudicial ou ao 
escolhido na arbitragem; e, ainda, ao perito-contador assistente 
indicado ou contratado pelas partes‖. 
 
 Para a execução do seu trabalho, o perito contábil deve inteirar-se 
sobre o objeto do trabalho a ser realizado, conhecendo o conteúdo 
dos autos, antes de planejar e organizar o trabalho pericial. 
 
PROCEDIMENTOS 
 
1. Exame – a análise de livros e documentos. 
2. Vistoria ou diligência – que objetiva a verificação e a constatação de 
situação, coisa ou fato, de forma circunstancial. 
3. Indagação – a obtenção de testemunho de conhecedores do objeto 
da perícia. 
4. Investigação – a pesquisa que busca trazer ao laudo o que está 
oculto, por meio de critério técnico. 
5. Arbitramento – a determinação de valores ou solução de controvérsia, 
por constatação e conformidade das despesas e receitas. 
34 
6. Avaliação – a determinação de valor para as coisas, bens, direitos, 
obrigações, despesas e receitas. 
7. Certificação – a informação evidenciada e trazida ao laudo pelo perito 
contábil, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública 
atribuída ao profissional. 
 
O LAUDO DO PERITO CONTÁBIL DEVE: 
 
1. Conter as observações e estudos realizados. 
2. Expor, de forma clara e objetiva, a síntese do objeto da perícia e os 
critérios adotados. 
3. Deixar de forma clara a ―verdade formal‖ evidenciada. 
4. Os ―quesitos‖ devem ser transcritos e respondidos na sequência em 
que foram formulados. 
5. As respostas aos ―quesitos‖ devem ter bases sólidas, não sendo 
recomendadas as do tipo "sim" ou "não". 
6. As conclusões do perito. 
 Concluída as diligências, o perito do juízo e os peritos assistentes 
devem discutir o laudo e, havendo unanimidade, o primeiro redigirá o 
laudo, que será subscrito por todos. 
 Se houver divergências não substanciais, poderá ser elaborado laudo 
único, também redigido pelo perito contábil do juízo, que nele fará 
constar as ressalvas dos peritos assistentes indicados pelas partes, 
assinados por todos. 
 Havendo divergências substanciais, o perito e os assistentes redigirão 
laudo em separado, dando suas razões. 
 
PARA MAIORES DETALHES VEJA O CURSO DE PERICIA CONTÁBIL 
DO IPED 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
CAPITULO XVI: MODALIDADE: GRAFOTECNICA 
 
 
 
 
 
A perícia grafotécnica tem por fim verificar a autenticidade ou falsidade 
material de texto ou assinatura, baseando-se na comparação de um ou mais 
escritoquestionado com outro ou outros que se tenha certeza de serem 
autênticos denominados padrões. Estes podem ser de duas categorias: 
padrões pré-existentes e padrões coletados pelo perito. 
 
É comum também usar o nome de perícia grafotécnica para abranger 
também a perícia documental, cujo objetivo é verificar eventual falsificação 
do suporte da escrita (papel, madeira, pano, etc.). 
O leigo costuma concluir que um escrito é verdadeiro quando o desenho das 
letras é semelhante. Nada mais incorreto, pois a primeira coisa que o falsário 
procura imitar é o aspecto visual da escrita. Existe mesmo um postulado a 
respeito de identidade de assinaturas, que afirma: ―Se duas assinaturas são 
exatamente iguais, uma, pelo menos é falsa e provavelmente produzida por 
decalque.‖ 
O perito grafotécnico não se atém simplesmente à morfologia: ele atentará, 
sobretudo, à morfodinâmica. Ou seja: o objetivo da comparação não é só, 
nem principalmente a forma, mas sim os movimentos e forças utilizados no 
gesto de escrever, os hábitos de escrita e a avaliação do significado das 
respectivas semelhanças, variações ou diferenças, para identificação da 
autoria. 
O ato de escrever é um gesto humano que se origina no cérebro, onde se 
formou a imagem das letras e demais símbolos utilizados na escrita. É o 
cérebro que comanda o sistema motor composto por ossos, músculos e 
nervos, cuja tonicidade controle varia de pessoa para pessoa. 
Quando se inicia o aprendizado da escrita, o aprendiz é exercitado para 
reproduzir forma caligráfica usual. Mas, com o decorrer do tempo e a prática, 
aquele modelo escolar vai se alterando, devido a outros fatores, como 
educação, treino, gosto pessoal, floreios, habilidade artística, tônus 
muscular, etc. Essas alterações acabam se cristalizando na medida em que 
o a escrita vai se tornando um hábito automático. 
 
A escrita é produzida por duas forças básicas: uma vertical ou oblíqua, 
pressionando o instrumento escritor (lápis, caneta, etc) contra o suporte 
(geralmente papel) e outra horizontal (deslocamento), arrastando o 
instrumento escritor, sobre o suporte, em movimentos retilíneos ou 
 
36 
circulares. Os vetores dessas forças (intensidade, direção e sentido), 
dependerão muito das características individuais de cada pessoa. 
 
Em 1927, SOLANGE PELLAT deu a público o livro Les lois de l´écriture, 
formulando o que denominou de leis da escrita, a primeira das quais diz que 
―O gesto gráfico está submetido à influência imediata do cérebro. O órgão 
que escreve não modifica sua forma quando funciona normalmente, estando 
adaptado à sua função.‖ Após a segunda grande guerra mundial se 
observou que pessoas cuja mão ou braço tinham sido amputados e que 
desenvolveram a habilidade de escrever, segurando o lápis ou caneta com 
outro órgão, como a boca ou o pé, mantiveram as mesmas características 
individualizaras da sua escrita. 
 
Como não existem duas pessoas com cérebro idêntico ou com idênticos 
músculos, ossos e nervos, também não existem duas pessoas com idêntica 
escrita. JOE NICKELL, em seu livro Detecting Forgery, refere que o United 
States Postal Laboratory desenvolveu um projeto com 500 grupos de 
gêmeos idênticos para testar a similaridade da respectiva escrita e se 
verificou que nada os diferenciava do geral da população. 
 
Outra lei da escrita, formulada por SOLANGE PELLAT, diz que ―Cada 
indivíduo possui uma escrita que lhe é própria e difere da escrita dos 
demais‖ , o que também foi constatado por CREPIEUX-JAMIN, que 
escreveu, em 1930: ―Nenhuma escrita é idêntica a outra. Cada indivíduo 
possui uma escrita característica, que se diferencia das demais e que é 
possível reconhecer". No mesmo sentido, escreveu FEDERICO 
CARBONEL: ―Assim como não existem duas pessoas com exata fisionomia, 
também não existem dois escritos traçados por distintas mãos com idêntica 
ou exata fisionomia.‖ 
 
A conclusão pericial sobre a autoria gráfica se baseia no fato de que 
ninguém consegue imitar, ao mesmo tempo, todas as características 
individuais de outro escritor, principalmente as forças de pressão e 
deslocamento. Já afirmava ROBERT SAUDEK, nas primeiras décadas do 
século XX, que ―Ninguém é capaz de imitar, ao mesmo tempo, estes cinco 
elementos do grafismo: riqueza e variedade de formas, dimensão, enlaces, 
inclinação e pressão.‖ 
 
FATO INTERESSANTE: O CASO LINDBERGH 
 
 Charles Augustus Lindbergh ficou famoso por ter sido o primeiro 
aviador a sobrevoar o oceano Atlântico sem escala, partindo de Nova 
Iorque nomonomotor Spiritof St. Louis e chegando a Paris, 33 horas 
depois, em 21 de Maio de 1927. 
 
 Quase cinco anos depois, os jornais voltavam a falar de Lindbergh, 
mas, desta vez, em razão de um triste e terrível acontecimento: o 
sequestro do seu filho, Charles, de vinte meses de idade. 
37 
 Entre oito e dez horas da noite do dia 1º. de março de 1932, a criança 
foi sequestrada do seu quarto no segundo andar. O sequestrador 
deixou um bilhete exigindo resgate de 50 000 dólares e, próximo à 
casa uma escada artesanal, de madeira, e um cinzel. 
 
 O bilhete dizia ―Dear Sir! Have 50,000$ redy 2500$ in 20$ bills 1 
5000$ in 10$ bills and 10000$ in 5$ bills. After 2-4 days we will inform 
you were to deliver the Mony. We warn you for making anyding public 
or for the polise the child is in gut care. Indication for all letters are 
signature and 3 holes.‖ 
 
 Os erros de ortografia, indicavam que o autor do bilhete não dominava 
bem o idioma inglês e a palavra ―gut‖ ao invés de ―good‖ já era uma 
primeira indicação de que poderia ter sido escrito por alguém que 
falava alemão. 
 
 O resgate foi pago, em notas marcadas, por intermédio de um 
professor chamado John Condon, acompanhado de Lindbergh, 
ocasião em que o raptor entregou um bilhete dizendo que a criança 
se encontrava a bordo de um navio, em Massachusetts. 
 
 Lindbergh sobrevoou a área, nos dias seguintes, sem conseguir 
localizar tal navio. Em 12 de Maio de 1932, decorridos mais de dois 
meses, o cadáver da criança foi encontrado a algumas milhas da casa 
de Lindbergh, verificando-se que morrera em consequência de 
traumatismo craniano. 
 
 Ao fim de mais de dois anos, rastreando a distribuição das notas 
marcadas, a polícia chegou a um suspeito, Bruno Richard 
Hauptmann, carpinteiro de naturalidade alemã, residente no Bronx, 
em cujo poder foram encontrados 14 000 dólares do dinheiro do 
resgate, escondidos na garagem de sua casa. 
 
 Mais tarde, descobriu-se que a escada, encontrada na residência dos 
Lindbergh, teria sido feita com a madeira do sótão de Hauptmann e o 
Prof. Condon, o reconheceu como a figura a com sotaque alemão a 
quem teria entregue o resgate. 
 
38 
 Os bilhetes com pedido de resgate foram apresentados no tribunal. O 
perito indicado pela defesa, não convenceu e a acusação apresentou 
sete peritos que apontaram fortes semelhanças gramaticais, 
ortográficas e caligráficas com manuscritos de Hauptmann. 
 
 Condenado à morte, Bruno Richard Hauptmann foi executado na 
cadeira eléctrica no dia 3 de Abril de 1936, sem jamais ter admitido a 
autoria do crime. Até hoje muitos peritos questionam os laudos 
grafotécnicos que incriminaram Hauptmann e defendem sua 
inocência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
CAPITULO XVII: DOCUMENTOSCOPIA 
 
 
 
A Documentoscopia forense é a ciência que estuda analisa e identifica os 
diversos tipos de falsificações e adulterações em documentos, moedas, 
selos, cartões de credito, cheques, contratos, procurações, certidões de 
nascimento, óbito etc.. 
Normalmente o estelionatário quando tenta efetuar determinado tipo de 
falsificação, utilizam objetos que são facilmente encontrados em casa ouem 
estabelecimentos comerciais comuns de qualquer bairro, desta forma ele 
transforma objetos inofensivos como estilete, cola, lixas de unhas, laminas 
de barbear, agulhas, etc. em verdadeiras armas a serviço do crime. 
 
Porem nos casos de contrafação, os equipamentos e técnicas utilizadas 
sempre será os mais modernos possíveis, pois contrafação é fazer outro 
documento ou até mesmo objeto (principalmente nos casos de produtos 
contrafeitos, vulgarmente conhecidos como Piratas) o mais parecido 
possível com o original, um bom exemplo de contrafação são as notas de 
Real, dólar e Euro falsificadas que são encontradas todos os dias no 
comércio de diversos países. 
 
Dentro das possíveis adulterações não podemos deixar de citar as efetuadas 
através de raspagens, colagens e também de lavagem química, muito 
utilizada, por exemplo, em cheques que após serem passados no comercio 
varejista, tem o seu valor alterado, causando grandes prejuízos ao titular da 
conta. 
 
Em relação às duplicações temos as notas, tíquetes e vales, que apesar de 
serem falsificados em grande quantidade possuem a característica de serem 
exatamente iguais ao original inclusive com um mesmo numero de serie que 
é igual em todas as duplicatas. 
 
Assim como os equipamentos utilizados pelos falsários são os mais 
modernos possíveis, os equipamentos Periciais também tem que ser de alta 
tecnologia, e no arsenal dos Peritos utilizado no combate ao crime podemos 
ver: equipamentos de iluminação composto de luzes ultravioleta e 
infravermelha, documentoscópios, câmeras de alta resolução, microscópios 
esterioscópicos, negatoscópios, aparelhos de medição de peso e espessura, 
ampliadores ópticos, reagentes químicos, etc. estes e muitos outras 
 
40 
equipamentos fazem parte dos laboratórios de renomados Peritos que 
dedicam as suas vidas ao combate do crime e ao esclarecimento da 
verdade. 
 
O Perito em Documentoscopia forense, necessita além do uso de 
equipamentos, ser um grande estudioso da matéria, conhecendo 
profundamente os dispositivos gráficos de segurança como talho doce, micro 
letras, fundos numismáticos, rosáceas, imagens latentes etc. e tintas 
especiais, sem contar no notório conhecimento das fases de produção 
gráfica e fotografia, devendo estar sempre atento a novas técnicas de 
falsificações, deverá também ter uma percepção fora do comum e uma 
capacidade de observar detalhes que normalmente escapam ao olho 
comum, detectando a fraude por menor e mais bem feita que seja, mesmo 
que somente uma letra ou um pequeno numero tenha sido adulterado. Outra 
característica marcante em um perito é a vontade de revelar a verdade, pois 
grande parte de seu tempo é dedicado a este mister. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
CAPITULO XVIII: PERICIA MÉDICA 
 
 
 
 
A atividade de médico perito exige que o profissional tenha determinados 
conhecimentos nas áreas de legislação, saúde ocupacional e outras, 
indispensáveis à realização de um bom trabalho. 
Quando mais preparado nestas áreas, o profissional terá também chances 
de ingressar nos quadros de peritos, seja no INSS ou nos Institutos de 
Medicina Legal e Juntas Médicas do serviço público. 
A atividade Médico Pericial é especialmente particular, pois difere 
frontalmente da atividade da medicina assistencial, nesta há necessidade de 
um estreito vínculo médico-usuário, naquela é o papel de juiz. 
Cabe ao Médico Perito, neste papel, manter um equilíbrio adequado entre as 
postulações desejadas e as possibilidades das leis vigentes que exigem do 
profissional a permanente atualização do conhecimento das mesmas, como 
cumpri-las e assegurar o direito devido ao cidadão, através dos diversos 
dados dispensáveis ao julgamento. 
É mister de sua função estar preparado para reconhecer o direito, 
concedendo o que deva ser concedido e indeferir as pretensões ilegítimas, 
sempre livres de qualquer forma de pressão que por acaso ocorra no 
desempenho das suas atividades. 
É fundamental a análise dos documentos apresentados pelo cidadão 
(segurado ou não), avaliar o conteúdo e evitar oferecer considerações 
desabonáveis para com outros colegas de profissão (médicos da 
assistência, ou especialistas ou mesmo peritos). A informação das decisões 
sim, poderá ser feita, sempre, no momento adequado de caráter unicamente 
explicável, mesmo quando desfavoráveis aos interesses do indivíduo. 
 
O Médico Perito tem e deve ter os conhecimentos necessários das leis, 
normas, portarias, ao desempenho das suas funções como também de 
plenos conhecimentos de profissiografia. A associação da(s) patologia(s) à 
atividade do indivíduo, sua idade e fatores diversos, todos devem ser 
avaliados para a decisão da capacidade laborativa do cidadão, uma das 
suas fundamentais funções. 
 
 
 
 
 
 
 
42 
CAPITULO XIX: TIPOS DE FOROS 
 
 
 
Campos das pericias: Cível 
 
 Eleitoral 
 
 Criminal 
 
 Trabalho 
 
 
 
 
 Temos a justiça Federal, Estadual e do Trabalho 
 
 A justiça Estadual é denomina: Justiça comum 
 
 
 Na vara de família surgem as avaliações de imóveis e benfeitorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
CAPITULO XX: NOÇÕES BASICAS 
 
Fonte: Associação dos Juízes Federais do Brasil (www.ajufe.org.br) 
 
 
 
 
 
 
 Juízo a quo é aquele de cuja decisão se recorre. Dies a quo é o dia 
em que começa a correr um prazo. 
 
 Abandono de processo 
 
Ocorre quando o processo fica paralisado por mais de um ano, em 
virtude de negligência de ambas as partes (art. 267, II), ou por mais 
de trinta dias, por negligência do autor (art. 267, III). 
 
 Absolvição sumária 
 
Absolvição antecipada que ocorre na fase inicial nos crimes de 
competência do Tribunal do Júri quando o juiz deixa de oferecer 
pronúncia por reconhecer que o réu ou agiu em legítima defesa, ou 
em estado de necessidade, ou no exercício regular de direito, ou 
mesmo em estrito cumprimento de seu dever legal, ou, ainda, se ficar 
provado que era inimputável. 
 
 Ação 
 
Direito subjetivo público da parte interessada de deduzir em juízo uma 
pretensão para que o Estado lhe dê a prestação jurisdicional. 
 
 
 
 
 
44 
 Ação cautelar 
 
É a destinada à proteção urgente e provisória de um direito. Tem a 
finalidade de assegurar direito. Não dá razão a ninguém, pois 
qualquer das partes poderá ganhar o processo subsequente, 
chamado de "principal". A cautelar pode ser nominada (arresto, 
sequestro, busca e apreensão) e inominada, ou seja, a que o Código 
não atribui nome, mas, sim, o proponente da medida (cautelar 
inominada de sustação de protesto, por exemplo). Pode ser 
preparatória, quando antecede a propositura da ação principal, e 
incidental, proposta no curso da ação principal, como incidente da 
própria ação. 
 
 Ação cível 
 
É toda aquela em que se pleiteia em juízo um direito de natureza civil, 
ou seja, não criminal. 
 
 Ação civil pública 
 
Meio atribuído ao Ministério Público, e dado a pessoas jurídicas 
públicas e particulares, para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, 
objetivando fixar responsabilidade pelos danos a eles causados. 
 
 Ação cominatória 
 
Visa à condenação do réu a fazer ou não fazer alguma coisa, sob 
pena de pagar multa diária (arts. 287, 644 e 645, CPC). 
 
 Ação constitutiva 
 
Tem por finalidade criar, modificar ou extinguir um estado ou relaçãojurídica. 
 
 Ação criminal ou penal 
 
Procedimento judicial que visa à aplicação da lei penal ao agente ou 
agentes de ato ou omissão, nela definidos como crime ou 
contravenção. Pode ser de natureza pública ou privada. 
 
 Ação de conhecimento 
 
Tem como finalidade reconhecer o direito do autor. 
 
 Ação de execução 
 
Visa ao cumprimento forçado de um direito já reconhecido. 
 
45 
 Ação declaratória 
 
Aquela que visa à declaração judicial da existência ou inexistência de 
relação jurídica, ou à declaração da autenticidade ou falsidade de 
documento. 
 
 Ação declaratória de constitucionalidade 
 
Ação que tem por objeto principal a declaração da constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal. Entretanto, se julgada improcedente, a 
Corte declarará a inconstitucionalidade da norma ou do ato. É 
proposta perante o Supremo Tribunal Federal. Somente podem 
propô-la o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a 
Mesa da Câmara dos Deputados ou o Procurador-Geral da República. 
 
 Ação declaratória incidental 
 
Serve para pedir que se julgue uma questão prejudicial referida no 
processo. Questão prejudicial é a questão que não está em 
julgamento, nem faz parte do mérito, mas se coloca como 
antecedente lógico da decisão a ser proferida e que poderá, por si só, 
ser objeto de um processo autônomo (arts. 5.0 e 325, CPC). 
 
 Ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) 
 
Ação que tem por objeto principal a declaração de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Será proposta perante o 
Supremo Tribunal Federal quando se tratar de inconstitucionalidade 
de norma ou ato normativo federal ou estadual perante a Constituição 
Federal. Ou será proposta perante os Tribunais de Justiça dos 
Estados quando se tratar de inconstitucionalidade de norma ou ato 
normativo estadual ou municipal perante as Constituições Estaduais. 
Entretanto, se julgada improcedente, a Corte declarará a 
constitucionalidade da norma ou do ato. A Constituição Federal de 
1988 e a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 1989 
ampliaram o rol dos que possuem a titularidade para a propositura 
dessas ações. 
 
 Ação dúplice 
 
É uma ação cumulativa em que as partes são, concomitantemente, 
autor e réu. 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 Ação monitória 
 
Ação própria para reclamar pagamento em dinheiro, ou entrega de 
coisa móvel ou fungível, aquilo que é suscetível de substituição por 
bem da mesma espécie, quantidade ou qualidade. 
 
 Ação penal 
 
É aquela de titularidade do Ministério Público, quando incondicionada, 
com a finalidade de processar e julgar os autores de delitos penais. 
 
 Ação popular 
 
É aquela que visa a anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou 
de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, podendo ser 
proposta por qualquer cidadão (art. 5º, LXXIII, da CF L. 4717, de 
29.6.65). Meio processual, de assento constitucional, que legitima 
qualquer cidadão a promover a anulação de ato lesivo ao patrimônio 
público, ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor popular, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
 Ação rescisória 
 
Destinada a desconstituir ou revogar acórdão ou sentença de mérito 
transitada em julgado (art. 485, CPC). 0 prazo para a sua interposição 
é de dois anos (art. 495, CPC). É aquela que visa a rescindir ("abrir") 
uma decisão judicial transitada em julgado, substituindo-a por outra, 
que reapreciará objeto da ação anterior, quando aquela foi proferida 
com vício ou ilegalidade. 
 
 Ações ordinárias 
 
São aquelas que observam um procedimento corriqueiro, comum a 
todas, sem qualquer cautela diferenciada ou alguma forma especial 
de sequência, prova ou atuação das partes. 
 
 Acórdão 
 
Decisão proferida por tribunal (art. 163, CPC). Designação dos 
julgamentos proferidos por tribunal, nos feitos de sua competência 
originária ou recursal, por um dos seus órgãos colegiados. Cada vez 
mais a lei delega ao relator poderes para julgar isoladamente, mas 
tais atos não são acórdãos, e, sim, decisões. 
 
 
 
47 
 Ad judicia 
 
Para fins judiciais. Procuração ad judicia. 
 
 Aditamento 
 
Acréscimo lançado, quando possível, num documento no sentido de 
completá-lo ou esclarecê-lo. 
 
 Adjudicação 
 
Ato judicial em que o credor recebe a coisa penhorada em pagamento 
de seu crédito. Só cabe se na praça ou leilão não houve nenhum 
licitante (arts. 708 e 714, CPC). 
 
 Administração direta 
 
Conjunto de órgãos ligados diretamente aos governos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 Administração indireta 
 
São os órgãos dotados de personalidade jurídica própria e criados 
para a consecução de um objetivo específico do Estado, como as 
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista. 
 
 Advogado constituído 
 
Aquele que é contratado por alguém para defender seus interesses. 
 
 Advogado dativo ou assistente judiciário 
 
Advogado nomeado pelo juiz para propor ou contestar ação civil, 
mediante pedido formal da parte interessada que não possui 
condições de pagar as custas do processo ou os honorários do 
advogado. Na esfera penal, é o nomeado ao acusado que não tem 
defensor, ou quando, tendo-o, este não comparecer a qualquer ato do 
processo. 
 
 Agravo 
 
Recurso contra decisão interlocutória ou contra despacho de juiz ou 
membro de tribunal agindo singularmente. 
 
 
 
 
 
48 
 Alvará 
 
É a autorização administrativa ou judiciária, para que seja feito ou 
praticado algum ato, que é fiscalizado pela Administração Pública ou 
só pode ser praticado mediante autorização judicial. 
 
 Apelação 
 
Recurso contra a sentença proferida em 1º grau, que extingue o 
processo, com ou sem julgamento do mérito, a fim de submeter ao 
grau superior o reexame de todas as questões suscitadas na causa e 
nos limites do próprio recurso. Recurso que cabe da sentença, ou 
seja, do ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não 
o mérito da causa (art. 513, CPC). O prazo é de 15 dias (art. 508, 
CPC) a apelação ex officio, chamada de reexame necessário, é 
aquela na qual o juiz, por força de lei, já na sentença submete a 
mesma a reexame do tribunal. 
 
 Arresto 
 
Medida acautelatória dos direitos do credor, para não ter prejuízo na 
eventualidade de ser vencedor em ação contra o proprietário do bem 
que possa ser subtraído de sua disponibilidade, assim evitando seja 
ocultado, danificado, dilapidado ou alienado. 
 
 Audiência 
 
Reunião solene, presidida pelo juiz, para a realização de atos 
processuais. 
 
 Audiência de instrução 
 
Mais precisamente: audiência de instrução e julgamento. Momento 
culminante do processo de conhecimento quando, em reunião pública 
e solene do juiz com as partes, produzem-se ou completam-se as 
provas, enseja-se a conciliação e é proferida a sentença. 
 
 Autarquia 
 
É uma entidade de direito público, com personalidade jurídica e 
patrimônio próprios, destinada à execução de atividades destacadas 
da administração direta. Exemplo: INSS, BACEN. 
 
 Autos 
 
Conjunto ordenado das peças de um processo judicial. 
 
 
 
49 
 Autuação 
 
Formação dos "autos" pelo escrivão, com a colocação da petição 
inicial numa capa de cartolina, que conterá também todas as demais 
peças subsequentes além do termo lavrado nessa capa contendo o 
nome das partes, juízo, espécie de ação etc. 
 
 Averbação 
 
Registro de alguma anotação à margem de alguma outra. Por 
exemplo, anotação de sentença de divórcio no Livrode Registro de 
Casamento e de Imóveis. 
 
 Baixa dos autos 
 
Expressão simbólica significando a volta dos autos do grau superior 
para o juízo originário, após julgamento do último recurso cabível e 
interposto ou medida administrativa após solução da lide. 
 
 Busca e apreensão 
 
Medida preventiva ou preparatória, que consiste no ato de investigar e 
procurar, segundo o de apoderamento da coisa ou pessoa que é 
objeto de diligência judicial ou policial. 
 
 Caducar 
 
Perder a validade ou a força de um direito, em decorrência do tempo 
superado o prazo legal, o titular do direito não mais poderá exercê-lo. 
 
 Câmaras 
 
O Tribunal de Justiça atua em órgãos plenário - o Órgão Especial - e 
fracionários. Estes dividem-se em Grupos e Câmaras. Estas são 
compostas por quatro desembargadores, dos quais apenas três 
participam do julgamento, sendo presididas. 
 
 Carta de citação 
 
Meio que serve para citar alguém por via postal. 
 
 Carta de sentença 
 
É uma coletânea de peças de um processo, que habilita a parte a 
executar provisoriamente a sentença e que só é formada porque os 
autos principais subirão à instância superior para conhecimento do 
recurso da parte vencida, recurso esse que não é dotado de efeito 
suspensivo. 
 
50 
 Carta precatória 
 
É o expediente pelo qual o juiz se dirige ao titular de outra jurisdição 
que não a sua, de categoria igual ou superior à de que se reveste, 
para solicitar-lhe seja feita determinada diligência que só pode ter 
lugar no território cuja jurisdição lhe está afeta. 0 juiz que expede a 
precatória é chamado de deprecante e o que recebe denomina-se 
deprecado. A precatória, ordinariamente, é expedida por carta, mas, 
quando a parte o preferir, por telegrama, radiograma, telefone e fax, 
ou em mãos do procurador. 
 
 Carta rogatória 
 
Solicitação de diligência a autoridade judiciária estrangeira (art. 201, 
CPC). 
 
 Carta testemunhável 
 
É o recurso cabível, em matéria penal, contra decisão que denega 
recurso, ou da que, embora o admitindo, obste a sua expedição e 
seguimento para o juízo de instância superior. Modalidade de recurso, 
cabível contra as decisões em que o juiz denegue recurso em ação 
criminal, ou da decisão que obstar à sua expedição e seguimento 
para o Tribunal. 
 
 Cartório ou Vara judicial 
 
É o local onde são praticados os atos judiciais relativos ao 
processamento e procedimento dos feitos civis e criminais. 
 
 Caução judicial 
 
É a garantia real (sobre bens) ou fidejussória (baseada "na palavra", 
compromisso de pessoas, que é a fiança) de que de um ato judicial, 
que uma das partes quer praticar, resultará indenizada a parte 
contrária pode ser requerida pelo interessado, mas, às vezes é a 
própria lei que determina que alguém, para fazer algo, ou para 
promover determinada ação, preste caução. Exemplo: o Código Civil, 
no art. 555, diz que o proprietário tem direito de exigir do dono do 
prédio vizinho a demolição, ou reparação necessária, quando este 
ameace ruína, bem como preste caução pelo dano iminente. 
 
 Certidão de objeto e pé (ou de breve relato). 
 
Certidão que retrata o andamento do processo, elaborada pela 
secretaria do cartório judicial a pedido de parte interessada. 
 
 
 
51 
 Circunscrição 
 
É a delimitação territorial para efeitos de divisão administrativa de 
trabalho, definindo a área de atuação de agentes públicos. 
 
 Citação 
 
Ato processual escrito pelo qual se chama, por ordem da autoridade 
competente, o réu, ou o interessado, para defender-se em juízo. Pode 
ser feita por mandado, se o réu ou interessado estiver no território 
sujeito à jurisdição do juiz que a ordenou por precatória, se estiver 
fora da jurisdição do magistrado processante por rogatória, se a 
citação tiver de ser feita em outro país, e por edital, se o réu estiver 
em local inacessível ou se a pessoa que tiver de ser citada for incerta. 
 
 Código 
 
Conjunto de disposições legais sistematizadas, relativas a um ramo 
do Direito. 
 
 Coisa julgada 
 
Qualidade que a sentença adquire, de ser imutável, depois que dela 
não couber mais recurso. 
 
 Comarca 
 
Território ou circunscrição territorial abrangido por um juízo, 
compreendendo um ou mais municípios, e onde atuam um ou mais 
juízes. 
 
 Competência recursal 
 
É a competência para admitir o recurso, no 1º grau, do juiz prolator da 
decisão, e, no 2º grau, do órgão julgador coletivo ou colegiado para 
conhecer, ou não, da matéria posta sub examine. 
 
 Comutar 
 
Permutar uma pena mais grave por outra mais branda (não se 
confunde com os institutos do perdão, do indulto e da graça, nos 
quais se libera toda a pena). 
 
 Conselho da Magistratura 
 
É o órgão maior de inspeção e disciplina na 1ª instância e de 
planejamento da organização e da administração judiciárias em 1ª e 
2ª instâncias. 
 
52 
 Contestação 
 
Resposta do réu com a exposição das razões de fato e de direito com 
que se defende da pretensão do autor. A contestação tem de ser 
especificada, abrangendo todos os fatos alegados pelo autor, com 
referência a cada um deles (art. 302 do CPC). 
 
 Contumácia 
 
Omissão da parte no processo recusa da parte para comparecer em 
juízo. 
 
 Corpo de delito 
 
Conjunto de elementos materiais ou de vestígios que indicam a 
existência de um crime. Ex.: vítima, armas, pegadas. 
 
 Corregedoria-Geral da Justiça 
 
Órgão de fiscalização, disciplina e orientação administrativa, com 
jurisdição em todo o Estado. Exercida por um desembargador com o 
título de Corregedor-Geral. 
 
 Curador 
 
O que é nomeado para defender certos interesses, ou para assistir, 
representar ou defender certas pessoas. 
 
 Decisão 
 
Denominação genérica dos atos do juízo, provocada por petições das 
partes ou do julgamento do pedido. Em sentido estrito, 
pronunciamento do juiz que resolve questão incidente. 
 
 Defensoria Pública 
 
Instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbida da 
orientação jurídica e da defesa em todos os graus, dos necessitados 
ou desprovidos de recursos. É de responsabilidade do Poder 
Executivo. 
 
 Depositário 
 
É a pessoa física ou jurídica que recebe alguma coisa em contrato de 
depósito, ou como encargo legal (depositário legal ou judicial) o 
depositário tem o dever de restituir a coisa, sempre que esta lhe for 
pedida pelo depositante 
 
 
53 
 Deserção 
 
Perecimento ou não seguimento de um recurso, por falta de preparo, 
ou seja, por falta de pagamento das custas abandono do recurso (art. 
519 do CPC). 
 
 Despacho 
 
Na definição legal, são todos os atos do juiz que não sejam sentença 
nem decisões interlocutórias, praticados no processo, de ofício ou a 
requerimento da parte. Atos de impulso processual. 
 
 Dilação 
 
Na linguagem forense é expressão usada para se pleitear a 
prorrogação de prazos processuais. 
 
 Direito adquirido 
 
É o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à 
personalidade do seu titular, de modo que nem a lei nem um fato 
posterior pode alterar tal situação jurídica, pois há direito concreto, ou 
seja, subjetivo, e não direito potencial ou abstrato. Consiste, portanto, 
na possibilidade de se extrair efeitos de um ato contrário ao previsto 
pela lei vigente, ou seja, é aquele que continua a gozar dos efeitos de 
uma norma pretérita mesmo depois de já ter sido ela revogada. 
 
 Distribuição 
 
Ato administrativo pelo qual se registram e repartem entre os juízes 
processos apresentados em cada juízo ou tribunal, obedecendo aos 
princípios de publicidade, alternatividade e sorteio. 
 
 Dolo 
 
1. (Direito Civil) Vício de consentimento caracterizado na intenção de 
prejudicar ou fraudar outrem. 2. (Direito Penal) Intenção de

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