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DIREITO CIVIL - Resumo - Direito Obrigacional (Contratos)

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DIREITO CIVIL – SUMÁRIO 
1 Noção Geral de Contratos
2 Formação dos Contratos
3 Classificação dos Contratos
4 Estipulação em favor de terceiro 
5 Promessa de fato de terceiro 
6 Vícios Redibitórios
7 Evicção 
8 Contrato de Compra e Venda - PERGUNTAS
9 Contrato de Seguro - PERGUNTAS
10 Contrato de Fiança - PERGUNTAS
NOÇÃO GERAL DE CONTRATOS 
Contrato é mais comum e importante fonte de obrigação, ou seja, fato que dá origem a uma obrigação. É uma espécie do negócio jurídico que depende para sua formação de duas partes, é, portanto, bilateral ou plurilateral. “Um acordo de vontade na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir resguardar transferir conservar modificar ou extinguir direitos”, ou seja, acordo de vontade para o fim de adquirira resguardar modificar ou extinguir direitos. 
De acordo com o Art. 421 “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. Tem por escopo promover a realização de uma justiça comutativa, aplainando as desigualdades substanciais entre os contraentes. Serve como um parâmetro para o Princípio da Autonomia da vontade qual tal autonomia esteja em confronto com o interesse social, o ultimo deverá prevalecer, ainda que essa limitação atinja a liberdade de contratar ou não contratar, como nos casos de contrato obrigatório. A Clausula geral que proclama a função social do contrato exige um comportamento condizente com a probidade e a boa-fé objetiva (CC, Art. 422). Como a função social é clausula geral o juiz poderá preencher os claros que significa essa “função social” com valores jurídicos, econômicos, sociais e morais. A solução se dará no caso concreto. Pode ocorrer a inexistência do contrato por falta de objeto, declarar sua nulidade por fraude a lei imperativa determinar a indenização da parte que desatendeu a função social do contrato etc. O juiz pode ajustar o contrato e dar-lhe a sua própria noção de equilíbrio sem ser tachado de arbitrário. O contrato cumprirá sua função social respeitando a sua função econômica que é a de promover a circulação de riquezas ou a manutenção das trocas econômicas, na qual o elemento ganho ou lucro jamais poderá ser desprezado, tolhido ou ignorado, tratando-se de uma economia de mercado. 
CDC – O consumidor é a parte vulnerável das relações de consumo o Código pretende restabelecer o equilíbrio entre as partes da relação. Portanto a vulnerabilidade do consumidor deve ser protegida. O CDC estabeleceu Princípios Gerais de Proteção que pela sua amplitude passaram a ser aplicados também aos contratos em geral não só de consumo.
 
CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO 
DE ORDEM GERAL: Comuns a todos os atos e negócios jurídicos como a capacidade do agente, o objeto licito, possível, determinado ou determinável e a forma prescrita ou não defesa em lei;
ORDEM ESPECIAL: Especifico dos contratos, consentimento reciproco ou acordo de vontades. 
REQUISITOS SUBJETIVOS – MCAC
1 - MANIFESTAÇÃO DE DUAS OU MAIS VONTADES; 
2 - CAPACIDADE GENÉRICA DOS CONTRAENTES – O contrato é nulo ou anulável se a incapacidade absoluta ou relativa, não for suprida pela representação ou pela assistência. A capacidade exigida nada mais é do que a capacidade de agir em geral que pode inexistir em razão de menoridade relativa ou absoluta, falta do necessário discernimento ou de causa transitória, ou ser reduzida em caso de menoridade relativa, embriaguez habitual, dependência de tóxicos, discernimento reduzido ou prodigo. 
3 - APTIDÃO ESPECIFICA PARA CONTRATAR – É uma capacidade mais intensa que a capacidade genérica. Como ocorre na doação, na transação, na alienação onerosa, que exigem a capacidade ou poder de disposição das coisas ou dos direitos que são objeto do contrato. Ou na outorga uxória que deve haver o consentimento dos descendentes e do cônjuge do alienante (para a venda a outros descendentes). Não diz respeito a capacidade geral, mas a falta de legitimação ou impedimento para a realização de certos negócios. 
4 - CONSENTIMENTO RECIPROCO OU ACORDO DE VONTADES – Deve abranger três aspectos: 
A) acordo sobre a EXISTENCIA E NATUREZA DO CONTRATO – Se um quer vender e o outro quer receber como doação pura, não haverá contrato.
B) Acordo sobre o OBJETO do contrato 
C) Acordo sobre as CLAUSULAS QUE O COMPÕE – Se recai sobre ponto substancial não poderá ter eficácia o contrato. 
O Consentimento deve ser livre e espontâneo, não pode haver defeito do negócio jurídico (Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude). A manifestação de vontade nos contratos pode ser tácita quando a lei não exigir que seja expressa, sendo esta a exteriorizada verbalmente, por escrito, gesto mimica. Se a lei não exige que seja expressa como no contrato de sublocação valerá a manifestação tácita que se infere na conduta do agente, nas doações puras por exemplo o comportamento (uso, posse, guarda) demonstra aceitação. 
REQUISITOS OBJETIVOS
Dizem respeito ao OBJETO do contrato que deve ser LICITO, POSSIVEL, DETERMINADO OU DETERMINAVEL (CC, Art. 104, II). 
OBJETO LICITO – é que atenta contra a lei a moral ou os bons costumes. O Objeto Imediato é sempre uma conduta humana se denomina prestação, portanto dar fazer ou não fazer. Objeto Mediato – são os bens ou prestações sobre os quais incide a relação jurídica obrigacional. 
POSSIBILIDADE FISICA OU JURIDICA DO OBJETO – Quando impossível o negócio é nulo. A impossibilidade pode ser física ou jurídica. Física é que emana das leis da física ou naturais, deve ser absoluta, isto é, alcançar a todos sem distinção. (Tocar a Lua sem tirar os dedos da Terra) A relativa que atinge o devedor, mas não outras pessoas. A impossibilidade é jurídica quando o ordenamento jurídico proíbe expressamente negócio a respeito de determinado bem, como a herança de pessoa viva (CC, Art. 426) de alguns bens fora do comercio, como os gravados com a clausula de inalienabilidade etc. 
Determinação de ser objeto – Deve ser determinado ou determinável (indeterminado relativamente ou suscetível de determinação no momento da execução). Admite-se assim a venda de coisa incerta indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (CC, Art. 243) que será determinada pela escolha bem como a venda alternativa. 
O Objeto do contrato deve ter algum valor econômico – Um grão de areia por exemplo não interessa ao ordenamento jurídico por não ser suscetível de apreciação econômica. 
REQUISITOS FORMAIS (FORMA)
CONSENSUALISMO - LIBERDADE DE FORMA
FORMALISMO – FORMA OBRIGATORIA. 
A forma no direito brasileiro é em regra livre. As partes podem celebrar o contrato por escrito, público ou particular, ou verbalmente a não ser nos casos em que a lei para dar maior segurança e seriedade ao negócio, exija a forma escrita, pública ou particular. O Consensualismo é regra e o formalismo é exceção. É nulo o negócio jurídico quando não revestir a forma prescrita em lei ou for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a validade contratual. Em alguns casos a lei reclama também a publicidade mediante o sistema de Registros Públicos.
A forma é LIVRE quando há qualquer meio de manifestação da vontade, não obrigatória por lei, por exemplo na compra e venda à vista. É a predominante no direito brasileiro. 
A forma ESPECIAL OU SOLENE é a exigida, determinada pela lei como requisito de validade de determinados negócios jurídicos. Tem por finalidade assegurar a autenticidade dos negócios, garantir a livre manifestação da vontade, demonstrar a seriedade do ato e facilitar sua prova. Pode ser ÚNICA ou MULTIPLA (PLURAL). A forma ÚNICA é a que por lei não pode ser substituída por outra. A forma MULTIPLA, quando o ato não é solene, mas a lei permite a formalização do negócio por diversos modos, podendo o interessado optar validamente por um deles. 
A forma CONTRATUAL é a convencionada pelas partes. O Art. 109 do CC dispõe que “No negócio jurídico celebrado com a clausula de não valer sem instrumento público, este é da substancia do ato”. Ou seja, as partes podem determinar mediante acordo que o instrumentopúblico se torne necessário para a validade do negócio. 
Lembrando que forma é MEIO para EXPRIMIR A VONTADE e PROVA É MEIO PARA DEMONSTRAR A SUA EXISTENCIA. 
Princípios Fundamentais do Direito Contratual
Princípio da Autonomia da Vontade 
Desde o direito romano, as pessoas são livres para contratar. Essa liberdade abrange o direito de contratar se quiserem, com quem quiserem e sobre o que quiserem, ou seja o direito de contratar e de não contratar, de escolher a pessoa com quem quer faze-lo e de estabelecer o conteúdo do contrato. Esse princípio se alicerça basicamente na ampla liberdade contratual no poder dos contratantes de disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica. Tem as partes a faculdade de celebrar ou não contratos sem qualquer interferência do Estado. Podem fazer contratos inominados ou realizar contratos nominados. Serve de fundamento para a celebração de contratos atípicos que consiste no “Poder reconhecido aos particulares de auto-regulamentação dos seus interesses de autogoverno da sua esfera jurídica”. Contrato atípico é o que resulta de um acordo de vontades não regulado no ordenamento jurídico, mas gerado pelas necessidades e interesses das partes. Ao contrário do contrato típico este deve ter muitas clausulas minudenciando todos os direitos e obrigações que o compõe. Mas este princípio representa certas limitações atualmente: 
1 – FACULDADE DE CONTRATAR E DE NÃO CONTRATAR – Mostra-se atualmente relativa pois a vida em sociedade obriga as pessoas a realizar frequentemente contratos de toda espécie, como de transporte, compra de alimentos, aquisição de jornais, fornecimento de bens e serviços públicos (força, agua, luz, telefone) 
2 – LIBERDADE DE ESCOLHA DO OUTRO CONTRAENTE (CONTRATAR COM QUEM QUISER) – Sofre hoje restrições como nos casos de serviços públicos concedidos sob regime de monopólio e nos contratos submetidos ao CDC
3 – CONTEUDO DO CONTRATO – Sofre também limitações determinadas pelas clausulas gerais, especialmente as que tratam da função social do contrato e da boa-fé objetiva. 
Princípio da Supremacia da Ordem Publica
O princípio da Autonomia da vontade é limitado pelo Princípio da Supremacia da ordem pública. Visto que essa ampla liberdade de contratar provocava desequilíbrio e a exploração do economicamente mais fraco. Não havia igualdade econômica, então o Estado interviu para reestabelecer e assegurar a igualdade dos contraentes. Começaram a ser editadas leis destinadas a garantir em setores de muita importância a supremacia da ordem pública, da moral e dos bons costumes, podendo ser lembradas o CDC entre outras. A ideia de ordem pública é constituída por aquele conjunto de interesses jurídicos e morais que incumbe a sociedade preservar. Logo, não pode ser alterado por convenção entre os particulares. Determina que o Código Civil que nada pode contrariar os preceitos de ordem pública, tais como os previstos no Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. A ordem pública é a ordem indispensável a organização estatal, constituindo-se no estado de coisas sem o qual não existiria a sociedade, assim como normatizada pelo sistema jurídico. É de ordem pública dentre outras a organização da família, as que estabelecem a ordem de vocação hereditária sucessão testamentaria, organização política e administrativa do Estado etc. Também deve-se observar que se exerça os bons costumes, que é decorrente de sentimentos morais da época para definir o comportamento das pessoas. São, portanto, condições de moralidade social que mudam de época a época e de lugar a lugar. Em suma a noção de ordem pública e o respeito aos bons costumes constituem freios e limites a liberdade contratual. 
Princípio do Consensualismo.
Basta para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades. Decorre da ideia de que o contrato resulta do consenso, do acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa. A compra e venda pura torna-se perfeita e obrigatória desde que as partes acordem no objeto e no preço. O pagamento e a entrega constituem outra fase, a do cumprimento das obrigações assumidas pelos contratantes (Art. 481). Os contratos são em regra consensuais. Alguns poucos são reais (Res = Coisa) porque somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, subsequente do acordo de vontades. Este por si só não basta. O contrato de deposito por exemplo só se aperfeiçoa depois do consenso e da entrega do bem ao depositário. 
Princípio da Relatividade dos Efeitos do Contrato. 
Os efeitos do contrato só produzem efeitos entre as partes. Não afetando terceiros nem seu patrimônio. A obrigação não sendo personalíssima operava somente entre as partes e seus sucessores à título universal ou singular. Só a obrigação personalíssima não vinculava os sucessores. É prevista algumas exceções expressas na lei permitindo estipulações em favor de terceiros reguladas nos arts. 436 a 438 e convenções coletivas do trabalho em que acordos feitos pelos sindicatos beneficiam toda a categoria. Atualmente os contratos não é apenas um instrumento de satisfação de interesses pessoais dos contraentes mas tem uma função social. Isso tem como consequência possibilitar que terceiros que não são propriamente partes do contrato possam nele influir em virtude de serem direta ou indiretamente por ele atingidos. Esse princípio foi bastante atenuado pelo reconhecimento de que as cláusulas gerais por conterem normas de ordem pública, não se destinam a proteger unicamente os direitos individuais das partes, mas tutelar o interesse da coletividade que deve prevalecer em caso de conflito. A nova concepção da função social do contrato representa, se não ruptura pelo menos abrandamento do princípio da relatividade dos efeitos do contrato, visto que o coletivo e sobressai do particular quando em conflito com este. 
Princípio da Obrigatoriedade dos contratos – Irreversibilidade da palavra empenhada.
Tem por fundamentos: A) A necessidade de segurança nos negócios que não existiria se os contraentes pudessem não cumprir com sua palavra gerando caos e bagunça. B) A intangibilidade ou imutabilidade do contrato. O acordo de vontade faz lei entre as partes, pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos) não podendo ser alterado nem pelo juiz. Qualquer modificação ou revogação terá também de ser bilateral. A parte que não cumprir o contrato poderá sofrer pelo instrumento judiciário a obrigação de cumprir o contrato ou indenizar pelas perdas e danos sob pena de execução patrimonial (CC, Art. 389). A única limitação é a escusa por caso fortuito ou força maior. É possível porem a intervenção judicial do contrato em seus conteúdos para corrigir rigores excessivos ante o desequilíbrio de prestações. A suavização desse princípio não significa seu desaparecimento. Ainda é imprescindível que haja segurança nas relações jurídicas e seu descumprimento acarretara ao inadimplente a responsabilidade não só por perdas e danos, mas também juros, atualização monetária e honorários advocatícios. O que não se permite mais é que haja desigualdade, disparidade entre as partes do contrato acarretando prejuízo ou mal para uma das partes. 
Princípio da Revisão dos Contratos ou da onerosidade excessiva.
Permite aos contraentes recorrer ao Judiciário para obterem alteração da convenção e condições mais humanas, em determinadas situações. Pois, fatores esternos podem gerar no momento da execução do contrato uma situação muito diversa da que existia no momento da celebração onerando excessivamente o devedor. “Rebus Sic Standibus” – Consiste em presumir nos contratos comutativos de trato sucessivo e de execução diferida a existência implícita (não expressa) de uma clausula pela diferida, a existência implícita (não expressa) de uma clausula pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Se a situação se altera, modifica em razão de acontecimentos extraordinários, que tornem excessivamente oneroso parao devedor o seu adimplemento, poderá este requerer ao juiz que o isente da obrigação parcial ou totalmente. Também chamada TEORIA DA IMPREVISÃO não é necessário somente um fato extraordinário, mas também imprevisível. Inflação por exemplo não é considerado imprevisível. Portanto deve ocorrer um evento IMPREVISIVEL e EXTRAORDINARIO, a prestação de uma das partes torna-se exageradamente onerosa. O Art. 478 assim determinou: “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão a data da citação”
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Ou seja, as modificações supervenientes que atingem o contrato podem ensejar pedido judicial de revisão do negócio jurídico, se ainda possível manter o vínculo com modificações nas prestações (Art. 317 e 479) ou de resolução (Art. 478). Se houver modificação da base do negócio que signifique quebra insuportável da equivalência ou a frustação definitiva da finalidade contratual objetiva. 
Princípio da boa-fé e da probidade Art. 422
Exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas como também durante a formação e o cumprimento do contrato. Ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. A má fé deve ser provada por quem a alega a boa-fé se presume. As cláusulas gerais que o juiz deve rigorosamente aplicar no julgamento das relações obrigacionais são: A boa fé objetiva, o fim social do contrato e a ordem pública. 
A boa fé subjetiva denota estado de consciência ou convencionamento individual da parte ao agir em conformidade ao direito sendo aplicável em regra ao campo dos direitos reais especialmente em matéria possessória. Deve-se considerar a intenção do sujeito da relação jurídica o seu estado psicológico ou interna convicção. 
Boa fé objetiva constitui em uma norma jurídica fundada em um princípio geral do direito, segundo todos devem comportar-se de boa-fé nas suas relações reciprocas. É regra de conduta. É fonte de direito e de obrigações. Esta fundada na honestidade da retidão na lealdade e na consideração com o outro contraente especialmente em não sonegar informações relevantes a respeito do objeto e conteúdo. A boa fé é tanto, forma de conduta (subjetiva), como norma de comportamento (objetiva).
Venire contra factum propium – Vedação do comportamento contraditório 
Protege uma parte contra aquela que pretende agir em desconformidade com o comportamento assumido anteriormente. Quebra de lealdade e confiança se ocorrer. Havendo dois comportamentos onde, o segundo quebra, com a confiança, gerada pelo comportamento não é admissível dar eficácia a segunda conduta. 
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS.
Analisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Apurar a vontade concreta das partes, a vontade objetiva, o conteúdo as normas que nascem de sua declaração.
Não havendo entendimento entre as partes, que são as principais interessadas a interpretação caberá ao judiciário, juiz. 
Pode ser declaratório, construtiva ou integrativa. 
É declaratória quando somente quer que se faça entender a vontade das partes no momento da celebração do contrato. 
Construtiva ou Integrativa – Quando o contrato possui lacunas e aproveita-se mediante o suprimento dessas lacunas e pontos omissos. Nesse caso recorre-se a lei, a analogia, aos costumes e aos princípios gerais do direito ou a equidade, visando criar norma supletiva ao contrato. 
Princípios Básicos. 
O Art. 112 determina que se determinada clausula for obscura e passível de dúvida, mas as partes entenderem está se atendera mais a intenção nelas do que no sentido literal da linguagem. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
Os processos e as técnicas de fixação do sentido da lei como os processos literal, histórico, sociológico sistemático e logico. São utilizados além de outros na interpretação contratual em que também se atende a finalidade econômica da operação a boa-fé presumida e ao comportamento passado das partes, ao conteúdo real do ato, independentemente da terminologia utilizada, as circunstancias peculiares do caso aos usos sociais e locais e a equidade. 
Presume-se que os contratantes agem com lealdade e que tanto a proposta como a aceitação foram formuladas dentro do que podiam e deviam eles entender razoavelmente. 
 As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor: 
Verificar qual o modo que vinham executando o contrato de comum acordo.
Deve-se interpretar na dúvida de maneira menos onerosa para o devedor. 
As cláusulas contratuais devem ser interpretadas juntamente com as demais jamais isoladamente. 
Quem podia ser claro e não foi quando redigiu o contrato é imputado a este. 
Quando houver dois significados deverá e interpretar ao que pode ser exequível (ou seja produzir algum efeito) 
Contrato de Adesão
Quando houver clausulas ambíguas ou contraditórias devesse adotar a mais favorável ao aderente. Será ambígua se dá mesma clausula for possível a extração de mais de um sentido. Por exemplo: Dois pneus de dois carros (serviço), seriam dois pneus década carro (quatro) ou um de cada carro (dois). Justamente por este tipo de contrato ser determinado unilateralmente, cabendo ao outro aderir ou não ao contrato. Exatamente pela impossibilidade da discussão acerca das cláusulas e influir em seu conteúdo é determinado pelo CC que se a clausula for ambígua ou contraditória devera observar-se a que é mais favorável a ele (aderente). 
Pactos Sucessórios 
Determina o CC que não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Se for feito contrato a respeito desse assunto o contrato é nulo. Só é permitido duas formas de sucessão causa mortis: a legitima e testamentaria. Não sendo possível a sucessão contratual. No entanto a duas exceções: Podem as nubentes fazerem doações antenupciais dispondo a respeito da reciproca e futura sucessão, desde que não excedam a metade dos bens. Podem os pais por ato entre vivos partilhar o patrimônio entre os descendentes. 
Da Formação dos Contratos
A manifestação da vontade é o primeiro e mais importante requisito de existência do negócio jurídico. A vontade é subjetiva, interior, psicologia e objetivo, momento no qual a vontade se revela por meio da declaração. A declaração da vontade que constitui requisito de existência dos negócios jurídicos e contratos.
Tem por fim criar modificar ou extinguir direitos. Pode ser expressa ou tácita, será tácita quando a lei não exigir por escrito vale a manifestação tácita que se infere na conduta do agente. 
O silencio pode ser considerado como manifestação tácita da vontade quando a lei assim autorizar e não for necessária a declaração expressa. 
Negociações Preliminares – Fase da Puntuação.
1º - Proposta (Oferta, poli citação, oblação/sacrifício oferta que se oferece a um deus)
2º - Aceitação
As negociações preliminares não geram obrigações para as partes, mas sim deveres jurídicos como lealdade e correção informação proteção cuidado e sigilo. A violação desses deveres durante as negociações é que gera a responsabilidade dos contraentes celebrado ou não o contrato. 
Se um deles induzir no outro a crença que o contrato será celebrado levando-o a despesas ou a não contratarcom terceiro etc. e depois recuar causando-lhe dano. 
É anulável quem abandona inesperadamente as negociações já em adiantado estagio, depois de criar expectativa na outra parte. Pode haver indenização por existir uma relação obrigacional, independente do contrato fundada na boa-fé. 
A Proposta 
A declaração de vontade dirigida a uma outra pessoa com a intenção de provocar uma adesão do destinatário a proposta. 
Ou seja, uma declaração reptícia de vontade dirigida por uma pessoa a outra com quem pretende celebrar um contrato, por força da qual a pessoa aceita vincular-se se a outra parte aceitar. Se houver acordo de vontades.
As negociações preliminares, diferente da proposta não tem esse caráter e não passam de estudos e sondagens sem força obrigatória. Por isso vincula as partes que responde se sair do negócio injustificadamente. 
A proposta deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto, como preço quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento etc. Deve ser seria e consciente pois vincula o proponente.
Deve ser clara completa, inequívoca, linguagem simples, compreensível a quem vai contratar, a quem recebera a oferta – Não equivale ao contrato. 
Não perde o caráter de negócio jurídico reptício se for endereçado as várias pessoas como oferta aberta ao público em vitrines etc. Bem como em licitações e tomadas de preços para contratação de serviços e obras. 
Desde que seria e consciente a proposta vincula o proponente. A morte ou a interdição do policitante respondem respectivamente os herdeiros e o curador do incapaz pelas consequências jurídicas do ato. A proposta transmite aos herdeiros como qualquer outra obrigação. 
A proposta não será obrigatória se houver clausula que verse a respeito (expressa). ‘Proposta sujeita a confirmação’ ou ‘não vale como proposta’. Em razão da natureza do negócio por exemplo proposta aberta ao público, não tem efeito obrigatório. De acordo com o Art. 428: A proposta deixa de ser obrigatória: 
I. Se feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. Se é ‘pegar ou largar’ e o oblato não responde logo a proposta caduca. 
II. Se feita sem prazo a pessoa ausente, tiver ocorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. 
III. Se feita a pessoa ausente não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado
IV. Se antes dela ou simultaneamente chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 
Considera-se pessoa presente aquela que conversa diretamente com o policitante ainda que estejam em países diferentes. Se a comunicação é feita pela internet simultaneamente merece o mesmo tratamento jurídico. Torna-se obrigatória a policitação se for imediatamente aceita. O mesmo não ocorre com quem conversa por e-mail, pois não é simultâneo. 
Portanto pessoa ausente é aquela que inexiste contrato direto, para os fins legais são considerados ausentes os que negociam mediante troca de correspondência ou intercambio de documentos. Quando não há diálogo direto entre as pessoas. Ocorre em tempos diferentes. 
O art. 35 do CDC determina que se o fornecedor recusar do cumprimento a sua oferta o consumidor poderá exigir, alternativamente o cumprimento forçado da obrigação, um produto equivalente ou ainda a rescisão do contrato com perdas e danos. 
Aceitação ou Oblação - Concordância com a proposta. 
Na formulação da vontade concordante do oblato feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral a proposta recebida. Se for fora do prazo. Com adição, restrições ou modificações importara nova proposta Art. 431 – A contraproposta: 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta
Pode ser expressa declaração escrito, falado ou tácita revela seu consentimento por uma ou mais condutas. 
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. 
Aceitação tácita – quando não é de costume a aceitação expressa ou quando o proponente a tiver dispensando. No primeiro caso o comerciante, compra todo mês e paga boleto referente ao pedido, sem confirma-lo. Se quiser interromper terá de avisar previamente o fornecedor para evitar prejuízos. No segundo caso a pessoa manda um e-mail reservando quarto em determinado hotel, dia e hora, se não receber aviso em contrário, reputar-se-á concluído o contrato. 
EU aceito tardiamente por imprevisto o proponente deve me avisar “Olha é tarde demais” sob pena de perdas e danos. (Art. 430) Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. 
Se embora expedido no prazo a aceitação chegou tarde ao conhecimento do policitante, quando este já havia celebrado com outra pessoa a circunstância deverá ser sob pena de responder por perdas e danos imediatamente comunicada ao aceitante que pode supor concluído o contrato. 
Se antes de aceitar ou juntamente no momento de a aceitação a pessoa mudar de ideia, houver retratação a aceitação desfez-se e não houve conclusão do contrato. Aceitação inexiste. 
Contrato entre Presentes
Deve haver prazo desde que não estabelecido, deve ser manifestado sob pena de deixar de obrigar, perder a força vinculativa. 
No momento que o oblato aceitar a proposta do proponente caracterizou-se um acordo reciproco de vontades e a partir dele o contrato começara a produzir efeitos jurídicos. 
Contrato entre ausentes
Para a teoria da INFORMAÇÃO ou da COGNIÇÃO é o da chegada da resposta ao conhecimento do policitante que se inteira de seu teor. Ele deve tomar conhecimento do teor da resposta. 
DECLARAÇÃO OU AGNIÇÃO – Declaração propriamente dita, expedição, recepção. 
Para a declaração propriamente dita o instante da conclusão coincide com o da redação.
Para a teoria da expedição não basta a redação é preciso que esta seja expedida, saído do alcance e controle do oblato. 
Para a teoria da Recepção além de escrita e expedida a resposta tem que ser entregue ao destinatário e este tenha aberto e tomado conhecimento de seu teor. 
O CC no art. 434 acolheu a TEORIA DA EXPEDIÇÃO. Se a resposta não chegar ao conhecimento do proponente no prazo, na realidade o referido diploma filiou-se a teoria da recepção e não da expedição pois não basta que ela tenha sido enviada, deve haver conhecimento do teor. E se a resposta não chegou no prazo determinado não houve aceitação acordo, e sem ele não há contrato. 
Lugar da celebração – Reputasse celebrado o contrato no lugar em que foi proposto, ou seja, no local em que a proposta foi feita. As partes do contrato podem eleger o foro competente e a lei aplicável a espécie ou considerar o local que reside o proponente. 
Classificação dos Contratos
	Quanto aos Efeitos
	Unilaterais; bilaterais e Plurilaterais. Gratuitos e onerosos, comutativos e aleatórios (Por natureza ou acidentalmente)
	Quanto a Formação
	Paritários, de Adesão e Contrato-Tipo
	Quanto ao Momento de sua Execução
	Instantânea, Diferida, de trato sucessivo, ou prestações
	Quanto ao agente
	Personalíssimo (intuito personae) e impessoais, individuais e coletivos.
	Quanto ao modo porque existem
	Principais, acessórios, ou Adjetos e Derivados (subcontratos)
	Quanto à forma
	Solenes (Formais), não solenes (de forma livre), Consensuais e reais.
	Quanto ao objeto
	Preliminares (Pacto de Contrahendo) e definitivos
	Quanto a designação
	Nominados, Inominados, típicos e atípicos mistos coligados e União de contratos.
Quanto Aos Efeitos
Unilaterais – Criam obrigações unicamente para uma das partes, como a doação pura por exemplo. O Mutuo, o comodato, deposito, mandato, fiança etc. 
Bilaterais – Geram obrigações para ambos os contraentes como a compra e venda, locação, transporte. São sinalagmáticosdeve haver reciprocidade de prestações. 
Plurilaterais – Contém mais de duas partes. Contrato de sociedade, nos contratos de consorcio. Há rotatividade de membros. 
A exceção de não adimplemento do contrato (Exceptio non adimpleti contractus) e a clausula resolutiva tácita somente ocorrem no contrato bilateral. A teoria dos riscos também só é aplicável ao contrato bilateral. 
No contrato bilateral pode uma das partes recusar-se a prestação que incumbe se depois de concluído o contrato sobrevier ao outro contratante, diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou. 
Há também bilateral imperfeito que por circunstancia acidental, ocorrida no curso da execução gera alguma obrigação para o contratante que não se comprometera, mas também é unilateral porque a contraprestação não nasce com a avença, mas de fato eventual posterior a formação. 
Gratuitos/ Benéficos – Apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem como doação, comodato, reconhecimento de filha etc. 
Onerosos – Ambos obtêm proveito ao qual corresponde um sacrifício. Como compra e venda, locação empreitada. Ambos buscam um proveito que se corresponde ao sacrifício que no caso é fazer dar ou não fazer algo. 
EM geral todo contrato oneroso é bilateral e todo unilateral é gratuito. Porém não é regra. 
Os contratos ONEROSOS podem ser COMUTATIVOS E ALEATORIOS (POR NATUREZA OU ACIDENTALMENTE)
Comutativos – Prestação certas e determinadas geralmente as vantagens e os sacrifícios se equivalem. É oneroso e bilateral em que ao receber prestação do outro pode observar de imediato essa equivalência. 
Aleatórios por natureza – É bilateral e oneroso, mas incerto, para ambas as partes. A perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível. Aleatório vem da palavra ALEA = Sorte risco, acaso. Como por exemplo contrato de jogo, aposta, seguro.
Acidentalmente aleatórios – São de duas espécies: Venda de coisa futura e venda de coisa existente, mas exposta ao risco. No primeiro caso o risco pode referir-se a própria existência da coisa e sua quantidade.
Emptio Spei = Venda da Esperança 	Emptio Rei Speratae = Venda de coisa esperada. 
Quanto a Formação 
Paritários – As partes discutem as condições igualmente, livremente. Há negociações preliminares, há uma proposta a aceitação etc.
Adesão – Não há liberdade de estipular as cláusulas do contrato pois estas já são pré-determinadas. A parte adere a um contrato previamente confeccionado. Ou você aceita por completo, ou nega totalmente. É pegar ou largar. 
Contrato-Tipo/ Contrato de massa/ Contrato em serie ou por formulários – É apresentado para um dos contraentes em impresso ou datilografado ao outro que se limita a subscreve-lo mas dele difere da adesão pois não é essencial a desigualdade econômica dos contratantes bem como porque admite discussão sobre o seu conteúdo. As cláusulas são apenas pré redigidas. 
Momento de sua Execução. 
Execução Instantânea/ Imediata – Os que se consumam apenas num só ato sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração como compra e venda à vista. A solução é uma só vez, por prestação única. 
Execução Diferida/ Retardada – Devem ser cumpridos em um só ato, mas em um momento futuro. Como a entrega em determinada data do objeto alienado, por exemplo contrato de compra e venda de apartamento na planta. 
Trato Sucessivo / Execução Continuada – São atos reiterados como na compra e venda a prazo, prestação permanente de serviços e locação entre outros.
A teoria da imprevisão que permite a resolução do contrato por onerosidade excessiva só se aplica aos contratos de execução diferida e continuada. O Princípio da simultaneidade das prestações só se aplica aos de execução instantânea. Se a parte deve cumprir primeiro o acordo do contrato, não pode alegar que a outra parte não cumpriu a parte dela, em contrato diferido ou continuado. 
Quanto ao Agente
Personalíssimo – Qualidade pessoal de uma pessoa, que não pode fazer-se substituir por outrem. Geralmente são obrigações de fazer, é infungível não pode ser feito por outro. Por exemplo apresentação de uma banda em um festival. 
Impessoais – A prestação pode ser cumprida independentemente pelo obrigado ou por terceiro. O importante é ser executada independentemente por quem o fara. 
Os Contratos Personalíssimos são intransmissíveis os sucessores não podem executar o serviço se houver essa substituição, no entanto, haverá NOVO CONTRATO. São anuláveis se houver erro essencial sobre a pessoa do contratante. 
Podem ser ainda INDIVIDUAIS E COLETIVOS, são mais aplicáveis ao campo do D. Trabalho. 
Sendo que individuais como o nome já diz, as vontades são consideradas separadamente. Coletivos São acordo de vontade entre duas pessoas jurídicas de direito privado, convenções coletivas por exemplo. É nesse caso um acordo normativo, não um contrato. 
O contrato individual cria direitos e obrigações para as pessoas que dele participam. O contrato coletivo uma vez homologado regularmente gera deliberações normativas que poderão estender-se a todas as pessoas pertencentes a uma determinada categoria profissional, independente de terem participado ou não da assembleia que votou a aprovação de suas clausulas. 
Quanto ao Modo porque existem 
Principais – Tem existência própria, autônoma não dependem de qualquer outro como a compra e venda, locação por exemplo.
Acessórios – Tem sua existência subordinada a do contrato principal como a clausula penal, fiança. A função predominante é garantir o cumprimento de obrigações contraídas em contrato principal. Tem como pressuposto outro contrato. 
O Acessório segue o principal. Se o contrato principal for nulo, o acessório também será. O contrário porem não ocorre se o contrato principal é rescindido ou caduca o acessório é ineficaz (termina locação termina fiança).
Os contratos acessórios podem ser PREPARATÓRIOS como o mandato, INTEGRATIVOS como a aceitação de terceiro na estipulação em seu favor, COMPLEMENTARES como a adesão a um contrato aberto. 
SUBCONTRATOS/DERIVADOS São os que tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato denominado básico ou principal. Tem em comum com os acessórios que ambos dependem de outro. Mas este participa da própria natureza do direito versado. Dá lugar ao nascimento de um direito novo, embora do mesmo conteúdo e de extensão não maior que o contrato básico. Os contratos personalíssimos, não admitem subcontratos. 
Quanto à Forma
Solenes/ Formais – Devem obedecer a forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando a forma é exigida como condição de validade do negócio, este é solene. Como escritura pública pacto antenupcial, testamento público etc. Se não observada o contrato é nulo. Dizem-se solenes os contratos que só se aperfeiçoam quando o consentimento é expresso pela forma prescrita na lei.
Não solenes/ Forma livre: Basta o consentimento para a sua formação, a lei nada determina a respeito, portanto pode ser por escrito particular ou verbalmente. Em regra, os contratos têm forma livre, salvo exceções.
Consensuais – Se formam unicamente pelo acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. São considerados não solenes. Os contratos consensuais são a regra. 
Reais – Existem além do consentimento a entrega (traditio) da coisa que lhe serve de objeto como os de deposito comodato mutuo. A entrega do objeto não é fase executória porem requisito da própria constituição do ato. 
Quanto ao Objeto
Preliminar (pactum de contrahendo). Tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. Ostenta um único objeto. Denominado também PRÉ CONTRATO ou CONTRATO PROVISÓRIO.
Preparatório, no qual prometem complementar o ajuste, celebrando o definitivo. 
Definitivo – Tem objetos diversos de acordo com a natureza de cada avença. 
Quando a Designação 
Nominados – Tem designação própria, estão determinados na lei. Como compra e venda, doação locação, empréstimo. São também contratos TIPICOS.
Inominados – Não tem designação própria são relaçõesjurídicas não previstas e não deduzidas no CC ou em leis especiais. Não tem denominação própria, ou seja, não tem um nome. São também contratos ATIPICOS, que resultam de um acordo de vontades não tendo porem as suas características e requisitos definidos e regulados na lei. Para que seja valido basta que as partes sejam livres e capazes seu objeto licito (não contrariando a lei e os bons costumes), possível, determinado ou determinável e suscetível de apreciação econômica. 
MISTO – Um contrato típico nominado e clausulas criadas pelas partes. Reúne elementos de dois ou mais negócios, total ou parcialmente regulados na lei. 
COLIGADO – Embora distintos estão ligados por uma clausula acessória implícita ou explicita. São os que se encontram ligados por um nexo funcional podendo ser bilateral (venda de automóvel e fornecimento de gasolina) unilateral (compra o automóvel e arrenda a garagem, ficando o arrendamento subordinado a compra e venda) alternativa (compra a casa na praia, ou locação). Como as empresas de petróleo com os exploradores de postos de gasolina que existem várias avenças interligadas como fornecimento de combustível arrendamento de bomba locação de prédios, financiamento etc.
União de Contratos – Contratos distintos e autônomos que são realizados ao mesmo tempo ou no mesmo documento. 
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO
Conceito: 
É instituto comum de encontrar no seguro de vida onde a convenção beneficia quem não participa da avença e também nas separações judiciais consensuais nas quais se inserem clausulas em favor dos filhos do casal, nas convenções coletivas de trabalho, em que as decisões entre sindicato beneficiam toda uma categoria. Uma pessoa ESTIPULANTE convenciona com outra PROMITENTE que concedera vantagem ou benéfico em favor de terceiro que não é parte do contrato BENEFICIARIO. 
Portanto o contrato é celebrado entre o estipulante e o promitente que convenciona que a vantagem resultante do ajuste reverterá em benefício de terceiro alheio a formação do vínculo contratual, o beneficiário. Este torna-se credor do PROMITENTE. Mas também pode recusar a estipulação em seu favor. 
É um contrato porem sui generes pelo fato de a prestação não ser realizada em favor do próprio estipulante, como seria natural, mas em benefício de outrem que não participa da avença. É também consensual e de forma livre. O terceiro basta ser determinável podendo mesmo ser futuro. 
O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. O terceiro também pode exigir ficando, todavia, sujeito as condições e normas do contrato, se a ele anuir e o estipulante não o inovar. 
Natureza Jurídica:
Tem natureza jurídica contratualista aceita pela doutrina e legislação brasileira, no exemplo de seguro, o segurado (estipulante) convenciona com o segurador (promitente) pagar ao beneficiário (terceiro) o valor ajustado em caso de sinistro. 
Promessa de Fato de Terceiro
Conceito: 
“Aquele que tiver prometido fato de terceiro respondera por perdas e danos quando este o não executar”.
O único vinculado é o que promete, assumindo obrigação de fazer que não sendo executada resolve-se em perdas e danos. Isto porque ninguém pode vincular terceiro a uma obrigação. Porem aquele que promete fato de terceiro assemelha-se ao fiador, que assegura a prestação prometida. 
Se alguém promete levar um cantor de renome a um evento sem que o cantor tenha anuído com este contrato responderá este que prometeu, por perdas e danos perante os promotores do evento. No entanto se a banda tivesse concordado e não fosse nesse caso não haveria obrigação para quem fez a promessa, mas sim para quem prometeu e não cumpriu. A esse respeito determina o CC:
Art. 440 “Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este depois de ser obrigado, faltar a prestação”
O Art. 439. Parágrafo único determina que a responsabilidade não existira se o terceiro for o cônjuge do promitente dependendo de seu consentimento para o ato ser praticado e desde que pelo casamento a indenização de algum modo venha a recair sobre os seus bens.
Requisitos: 
Ou seja, os requisitos para a exclusão da responsabilidade por fato de terceiro é: I – Ser cônjuge II – Depender de sua anuência e III – Houver confusão patrimonial. 
Por exemplo, o marido promete obter a anuência da mulher na concessão de uma fiança, tendo esta recusado a presta-la. A recusa sujeitaria o marido (promitente) a responder por perdas e danos que iriam sair do patrimônio do casal. Para tanto evitar o conflito familiar o legislador tira eficácia da promessa. Ademais a fiança dada pelo marido sem a anuência da mulher pode ser por esta anulada. 
Vícios Redibitórios
Esse é um instituto que permite que no momento que se celebra um contrato, caso, o objeto a coisa que foi contratada tenha um defeito oculto, é permitido que o contrato seja redibido por força desse instituto. Redibir significa essencialmente, terminar, rescindir, resolver o contrato devida a presença desse defeito no objeto. 
“Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a torna impropria ao uso a que se destina, ou lhe diminuem o valor. A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo adquirente mediante devolução do preço e se o alienante conhecia o defeito, com satisfação de perdas e danos” in verbis, Carlos Roberto G. 
Art. 441 CC “A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas”
Enjeitado = extirpada, resolvido o contrato. 
VICIO – característica intrínseca e inerente ao produto, ou seja, algo que já o acompanha.
DEFEITO – característica extrínseca ao produto ou serviço e que causa um dano maior, do que este mal funcionamento. 
Estando presente o defeito ou o vicio, e sendo estes ocultos vai ser possível por meio desse instituto que o contrato seja redibido. Além disso é facultado ao contratante que foi lesionado por este defeito, ou vicio a respeito da coisa que contratou, que ele obtenha um abatimento do preço que ele pagou, e fique assim com este objeto. O ordenamento jurídico vai conferir a possibilidade no âmbito das relações negociais que haja uma maior autonomia das partes para deliberar sobre os rumos daquilo que contratou. A maior proteção desse instituto que o Código tutela é justamente em relação aquela pessoa que pode se sentir lesionada porque adquiriu um objeto estipulado em contrato que possua um vício ou defeito oculto. 
Art. 442. “Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. ”
Importa para o vício redibitório que a pessoa que vendeu, alienou a parte que entregou essa coisa defeituosa ou com defeito oculto, sabia desse defeito ou vicio. Isso importa no sentido de que, se este sabia ainda ira arcar com perdas e danos além da restituição. (PERDAS E DANOS É UMA RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL, SE TRATA DE UM ATO ILICITO DE MÁ FÉ.)
Se este não sabia ele será responsabilizado apenas pelo valor e as despesas contratuais. O ordenamento posiciona-se no sentido de não deixar que a parte lesada em seu direito, saia em desvantagem, tome um prejuízo ainda maior com este problema. EM prestigio a boa fé deste vendedor que não sabia que estava entregando algo viciado ou defeituoso não sera a ele imputado a indenização por perdas e danos. 
Pressupostos fundamentais: 
Deve ser um contrato comutativo – Prestações certas e determinadas. As partes sabem as vantagens e sacrifícios que geralmente se equivalem, decorrentes da sua celebração, não envolve nenhum risco. 
Doação onerosa, modal, com encargo ou gravada – Aquela em que o doador impõe ao donatário uma incumbência ou dever. Ex. Eu doei 150 mil para meu filho, desde que este trabalhe como voluntario em entidade assistencial todo Sábado.
Doação Remuneratória – Doação feita em retribuição de um serviço prestado ou feito,cujo pagamento não pode ser exigido pelo donatário (quem executou a tarefa) 
ONUS – O Vicio redibitório só é possível de ser alegado se a parte que recebeu o produto defeituoso ou viciado a recebeu na condição onerosamente. (Contratos Onerosos ou Gratuitos com Encargos)
O Defeito ou Vicio deve ser OCULTO – A tutela deste instituto é justamente para aquela pessoa que recebeu o produto, objeto, a coisa e que descobriu que aquilo não poderia ter a utilidade que desejava ou não tinha o valor pelo qual efetivamente pagou. Preservar e determinar a responsabilidade de quem vendeu.
O defeito deve ser desconhecido pelo adquirente - Se o adquirente sabia da condição (defeito ou vicio) do objeto, então em algum grau ela anuiu com aquele defeito, e desejou celebrar o contrato mesmo com essa condição. 
Que os defeitos sejam graves – Apenas aquele que prejudicar o uso da coisa ou diminuir-lhe o valor pode ser arguido nas ações redibitórias, não os de somenos importância. Por exemplo – Máquina de lavar com vazamento devido a furo interno, touro adquirido como reprodutor, estéril etc.
O Defeito tem que existir no momento da celebração do contrato – A responsabilidade de quem alienou ela subsiste mesmo depois que o contrato se aperfeiçoou. Mesmo após a tradição (entrega) da coisa havendo um vício preexiste a esse momento, a responsabilidade vai subsistir. 
Art. 444 “ A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. “
Não causou apenas uma diminuição da coisa, mas perecimento. Se pereceu e por conta de um vício oculto que já existia no momento da tradição, em que o contrato se aperfeiçoou, e o contrato deve se oneroso, a responsabilidade do alienante (quem vende, quem entrega a coisa) vai subsistir. 
Ações Cabíveis 
O art. 442 do CC, determina que o adquirente pode rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago mediante a ação redibitória, ou conservá-la, mesmo com defeito reclamando porem abatimento no preço pela ação quanti minoris ou Estimatória. No entanto se houver perecimento somente poderá ser proposta ação redibitória. (Art. 444)
Os meios para se combater isso são conhecidas pelo ordenamento e são chamadas de AÇÕES EDILICIAS (do direito romano) – Aquelas que são aptas a lidar justamente com questões pertinentes ao vicio redibitório. Elas podem ser consideradas como se fosse um gênero de duas ações: 
1 - Ação Redibitória – Cujo objeto, o pedido basicamente versa justamente sobre esta extinção do contrato, essa resolução essa redibição do contrato por conta da presença de defeito ou vício oculto. Ou seja, o adquirente rejeita a coisa, rescinde o contrato e pede devolução do preço pago. Como preleciona com clareza Messineo “A ação redibitória é uma ação de resolução do contrato, mas com a finalidade especifica d defender o adquirente dos vícios da coisa que a tornem impropria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam sensivelmente o valor e não sejam facilmente perceptíveis. Não é, pois, um remédio legal como é a ação resolutória. Esta ação redibitória pode dar lugar a resolução do contrato, mas com base em um pressuposto muito particular: o cumprimento imperfeito da obrigação no tocante ao objeto que se apresenta com defeitos ou vícios. Por outro lado, a ação resolutória de caráter geral pressupõe o próprio inadimplemento, ou seja a falta de cumprimento ou pelo menos, o atraso no cumprimento. ” 
2 - Ação Estimatória/Quanti Minoris – Ação que tem por sua vez, o objetivo de estimar, de avaliar o valor do bem, apurar eventualmente aquilo que vai ser objeto de restituição por parte do alienante. 
Pode o adquirente lesado, em qualquer caso, mesmo no de venda feita compulsoriamente por autoridade da justiça, propor tanto a ação redibitória quando a quanti minoris, se a coisa arrematada contiver vicio redibitório. 
Prazos Decadenciais 
Art. 445. “O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria”.
Existem prazos decadenciais para as ações Edilícias – que são para os bens moveis 30 dias e os bens imóveis um ano. É comum em compra de veículos por exemplo a empresa estabelecer um prazo de garantia de dois ou três anos, porem o prazo para denunciar o defeito é 30 dias, sob pena de decadência do direito. Mesmo que ainda haja mais alguns anos pela garantia da loja fornecedor etc. Qual o momento da contagem desse prazo? O início da contagem do prazo? É a contagem de extrema relevância uma vez que se trata de algo que é oculto, desconhecido. Para a contagem do prazo é relevante o conhecimento, se a pessoa estava ou não estava na posse daquele bem no momento em que celebrou o contrato. Se ela não se encontrava na posse, a contagem vai se iniciar no momento em que o objeto está em sua posse efetivamente. O ordenamento entende que se você não estava na posse, no momento em que esse objeto foi entregue, há a possibilidade do conhecimento dos vícios que incidissem nas hipóteses desse instituto são muito diminutas e por conta disso, determina-se que prazo decadencial para as ações edilícias considerando que a pessoa não detém a posse no momento da entrega, ocorrera a partir de sua posse da tradição. Se ele já estava na posse, aí sim, o prazo ira ser contado a partir da alienação efetiva desse bem. Ele já estava na posse, nesse caso o prazo será reduzido à metade. 
Somente começa a contagem do prazo decadencial a partir da ciência do defeito ou vicio, se este não estava na posse – 180 dias para bens moveis e 1 ano para bens imóveis. 
Vicio redibitório para contrato oneroso sobre animal - Vale o que lei especial dispor sobre os contratos animais na ausência será aplicado os usos locais naquilo que couber e também as disposições gerais do instituto. 
Art. 503 “Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas. ”
O defeito oculto de um deles, não autoriza a rejeição de todos eles. Comprei uma coleção de livros, e um veio com defeito, ou vício oculto, e que enseja a aplicação do instituto do vício redibitório. Nesse caso não está autorizado a todos, mas somente ao que contém o defeito. 
A entrega de coisa diversa da contratada não configura vicio redibitório, mas sim inadimplemento contratual, respondendo o devedor por perdas e danos (art. 389), em caso de inexecução do contrato assiste ao lesado o direito de exigir seu cumprimento ou pedir a resolução com perdas e danos. O INADIMPLEMENTO CONTRATUAL NÃO RESULTA DE IMPERFEIÇÃO DA COISA ADQUIRIDA, MAS DE ENTREGA DE UMA COISA POR OUTRA.
Não configura vicio redibitório também o erro quanto as qualidades essenciais do objeto, que é de natureza subjetiva, pois residem na manifestação da vontade (CC, art. 139, I), mas é possível ação anulatória do negócio jurídico no prazo decadencial de quatro anos. O vicio redibitório é erro objetivo sobre a coisa, que contém um defeito oculto. 
Por exemplo, eu compro um relógio que funciona perfeitamente, mas não é de ouro, como eu imaginava (e somente por isso o comprei) trata-se de erro q qualidade ESSENCIAL do objeto. Porem se eu comprei o relógio, ele é de ouro e não funciona por causa do defeito de uma peça interna a hipótese é de vicio redibitório por é uma qualidade OBJETIVA, ou seja, ele funcionar. No caso de vicio redibitório ele deseja adquirir exatamente a coisa comprada,mas não imagina que ela apresenta uma imperfeição não comum entre seus congêneres e não perceptível em um simples e rápido exame exterior. Não é o caso de erro em que eu queria comprar um relógio de ouro, mas a adquiri sem este requisito que imaginava ter. Nesse caso, eu compro supondo que ele tem uma qualidade especial que na realidade não possui, portanto, há apenas DIFERENÇA DE QUALIDADE e não vicio ou defeito no produto. 
Fundamento Jurídico
Teoria do Erro – Tudo não passa de mera consequência da ignorância do adquirente, não faz nenhuma distinção, esta teoria entre defeitos óculos e erro sobre as qualidades essenciais do objeto. 
Teoria do Inadimplemento Contratual – Violação do princípio da garantia que onera todo alienante e o faz responsável pelo perfeito estado da coisa, em condições de uso a que se destina. A teoria mais aceita e certa é a do INADIMPLEMENTO CONTRATUAL, que aponta o fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitório no princípio de garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar ao adquirente a título oneroso o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada. O alienante (quem vende) é garante dos vícios redibitórios e cumpre-lhe fazer boa a coisa vendida.
Teoria dos Riscos – O alienante responde pelos vícios redibitórios porque tem a obrigação de aceitar os riscos da coisa alienada. É subteoria da acima transcrita. 
Teoria da Equidade – Necessidade de se manter justo equilíbrio entre as prestações dos contratantes. 
CDC 
Quando a pessoa adquire um bem do comerciante o negócio será regulado pelas normas do CDC. Este considera vícios redibitórios tanto os defeitos ocultos como também os aparentes ou de fácil constatação. 
Este estatuto e mais rigoroso na defesa do hipossuficiente, responsabilizando civilmente o fabricante pelos defeitos de fabricação e impondo a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso e a restituição imediata da quantia paga, devidamente corrigida, além das perdas e danos, ou ainda abatimento no preço. 
Prazos quanto ao CDC: 
Produto não durável – 30 dias
Produto durável – 90 dias, contados a partir da entrega efetiva do produto ou do termino da execução dos serviços. 
Em se tratando de vícios ocultos os prazos são os mesmos, mas a sua contagem somente se inicia no momento em que ficarem evidenciados os vícios ou defeitos ocultos. 
Os fornecedores têm o prazo máximo de 30 dias para sanar os defeitos, ou vícios. Não o fazendo o prazo fica suspensão da reclamação e volta a correr pelo período restante podendo o consumidor exigir alternativamente: A substituição do produto; A restituição da quantia paga atualizada sem prejuízo de eventuais perdas e danos; Abatimento proporcional do preço. O prazo pode ser convencionado entre no mínimo sete dias e no máximo 180 dias. 
Evicção 
Perda da coisa em virtude de sentença judicial, que atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. Ou seja, perda da coisa adquirida onerosamente por conta de decisão judicial ou administrativa que confere posse ou propriedade, no todo ou em parte, a terceiro. O Adquirente vem a perder total ou parcialmente, a coisa por sentença fundamentada em motivo jurídico anterior. 
O DEVER DO ALIENANTE é não só entregar a coisa alienada ao adquirente, como também garantir-lhe o uso e gozo. O dever do alienante é, portanto, de proteger o adquirente dos defeitos ocultos. Não só, portanto deve o alienante fazer boa a coisa vendida no sentido de que ela possa ser usada para os fins a que se destina, como também no de resguardar o adquirente ou evicto contra eventuais pretensões de terceiro e o risco de vir a ser privado da coisa ou de sua posse e uso pacifico, pela reivindicação promovida com sucesso por terceiro, devendo ressarci-lo se a evicção for consumada. Cumpre ao alienante, por conseguinte assistir o adquirente em sua defesa entre ações de terceiros, como decorrência de obrigação nos contratos onerosos. 
Aparece nos contratos de: Compra e venda, entre outros comutativos e onerosos, mas não somente nestes. Não ocorre em contratos gratuitos salvo se for doação modal (onerosa ou gravada de encargo).
João adquiriu de Pedro um bem imóvel. Contrato de compra e venda. João pagou para Pedro. Passa um tempo e descobre-se que havia um possuidor de boa-fé, chamado Paulo, que possui todos os requisitos, esse terceiro que tem direito subjetivo a requerer usucapião e assim o faz, e por decisão judicial há o reconhecimento que o legitimo proprietário a esse bem que foi vendido por João a Pedro é na verdade de Paulo. (Legitimo proprietário) 
Alienante – Aquele que vende o bem (João) – Responde pelos riscos da evicção;
Adquirente, Evicto - Aquele que adquire o imóvel, mas o perde (Pedro) – Comprou, mas não levou. – Que foi vencido na demanda movida por terceiro;
Terceiro, Evictor ou Eviscente – Terceiro que por decisão judicial é o possuidor do bem. Reivindicante e vencedor da ação. (Paulo)
A grande preocupação do ordenamento jurídico é de poupar o Evicto, ressarci-lo, recompô-lo, poupa-lo por eventuais gastos que ele teve com o imóvel. Ele vai sofrer consequências por algo que ele não deu causa. O ordenamento também se preocupa com a pessoa do alienante que vendeu algo, mas não conseguiu entregar perfeitamente este algo, porque perdeu a propriedade. O alienante percebeu vantagens no momento em que celebrou esse contrato que é ONEROSO.
O Alienante responde pela Evicção nos contratos onerosos, ainda que venha de hasta pública. O alienante será obrigado a resguardar a evicto, adquirente dos riscos pela perda da coisa para terceiro, por força de decisão judicial em que fique reconhecido que aquele não era legitimo titular do direito que convencionou transmitir. A evicção deriva do latim que significa, ser vencido, num pleito relativo a coisa adquirida de terceiro. 
Art. 447. “Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública”
Art. 448 “Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. ”
Mesmo que o contrato não verse a respeito da evicção é clausula implícita em todo contrato ONEROSO pelo qual se transfere o DOMINIO, POSSE OU USO. 
Ocorrendo a perda da coisa em ação movida por Paulo, nesse exemplo pode Pedro voltar-se contra o alienante (João) para ser ressarcido do prejuízo. Tem direito a garantia, portanto não só o proprietário como o possuidor e o usuário. Somente será excluída a responsabilidade do alienante se houver clausula expressa no contrato – Pactum de non praestanda evictione. Podem como determina o art. 448 reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Porem a responsabilidade do alienante superar o prejuízo do adquirente, constituindo um lucro ao invés de indenização. Também não é permitido que se segure uma coisa por mais de seu valor ou pelo seu todo, mais de uma vez. 
Se não há a clausula de exclusão de garantia, se a evicção ocorrer tem direito ao evicto recobrar “o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção ou, dele informado, não o assumiu”. Portanto é necessário que o evicto tenha sido informado do risco da evicção e o assumido, renunciando a garantia, para que não tenha de restituir o preço recebido. 
Ocorre em todo contrato oneroso em que se transfere o domínio posse ou uso. 
A clausula que dispensa a garantia, não é absoluta. Para que opere integralmente deve somar-se ao conhecimento do risco especifico da evicção pelo evicto, informado pelo alienante da existência de terceiros que disputam o uso, posse ou domínio da coisa, tendo aquele assumido tal risco, renunciando a garantia, sabendo duvidoso o direito do alienante sujeita-se a um contrato aleatório. Se a clausula excludente de responsabilidade for genérica sem que o adquirente saiba da ameaça especifica que recai sobre a coisa, ou se dela informado não assumiu o risco, não se exonera o alienante da obrigação de restituir o preço recebido.Requisitos para Evicção: 
Perda total ou parcial da propriedade posse ou uso da coisa alienada – Recebimento da coisa pelo adquirente em condições de perfeito uso devido à ausência de qualquer defeito oculto e a sua posterior perda total ou parcial, conforme se veja dela despojado na sua integridade ou apenas parcialmente, ficando privado do domínio da posse ou do uso. 
Onerosidade da aquisição – O contrato deve ser oneroso. Não há responsabilidade pela evicção nos contatos gratuitos, exceto para doações modais (onerosas ou gravadas de encargo) porque assemelha-se ao contrato oneroso por ter um encargo imposto ao donatário. 
Ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa – Se ele sabia que a coisa era alheia ou litigiosa presume-se ter assumido o risco de a decisão ser desfavorável ao alienante. Porem se quem adquiriu sabia que a coisa era alheia ou litigiosa não há responsabilidade para o alienante.
Anterioridade do direito do Evictor – O alienante só responde pela perda decorrente de causa já existente ao tempo da alienação. A causa da perda surgiu após a transmissão do direito. A causa da perda é anterior ao contrato e o adquirente não tinha meios de evita-la. Não cabe ressarcimento do alienante para o adquirente se o imóvel adquirido está na posse de terceiro que o adquiriu pela usucapião, porque competia ao adquirente evitar isso a menos que ocorresse em data tão próxima da alienação que se tornasse impossível ao evicto impedi-la. 
Denunciação da lide ao alienante – Somente após a ação do terceiro contra o adquirente é que este poderá agir contra aquele. Por meio desta denunciação da lide o alienante vem a coadjuvar o réu-denunciante na defesa do direito. Por meio desta instaura-se uma lide secundaria entre o adquirente e alienante no mesmo processo da lide principal travada entre o reivindicante e o primeiro. 
Verbas devidas 
Ocorrendo a perda da coisa adquirida por contrato oneroso em ação movida por terceiro fundada em direito anterior o adquirente tem o direito de voltar-se contra o alienante. Determina o Art. 450: Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - À indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - À indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial
Esse ressarcimento deve ser amplo e completo incluindo lavratura, registo de escritura, juros e correção monetária. As perdas e danos abrangem o dano emergente e o lucro cessante. O alienante (quem vendeu) responde pela Plus valia que é a diferença maior entre o preço de aquisição e o seu valor ao tempo em que se venceu. Se a evicção vem priva-lo da coisa no estado atual, o alienante tem o dever de recompor o seu patrimônio transferindo-lhe soma pecuniária equivalente a estimativa da valorização, se ao contrato estiver depreciada a aplicação pura e simples do disposto no art. 450 desautoriza leva-la em consideração pois que constrange o alienante a efetuar a restituição integral do preço e não obsta uma possível alegação de a menor-valia corre a conta de negligencia do adquirente. 
Ainda que com correção monetária e devolução do que foi pago não constitui reparação completa, portanto há de ser indenizado com importância que lhe propicie adquirir outro equivalente. Como decidiu o STJ.
Exceto em caso de dolo do adquirente (quem adquiriu do alienante) subsiste para o alienante a obrigação de restituir ainda que deteriorada a coisa. Ou seja, Art. 451 Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Todavia se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações serão elas deduzidas da verba a receber. A não ser que tenha sido condenado a indenizar o terceiro reivindicante. 
As benfeitorias necessárias ou uteis não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. A finalidade da regra é evitar o enriquecimento sem causa do evicto impedindo que embolse o pagamento efetuado pelo reivindicante de benfeitorias feitas pelo alienante. 
Evicção parcial 
O EVICTO PERDE APENAS PARTE, OU FRAÇÃO DA COISA ADQUIRIDA EM VIRTUDE DE CONTRATO ONEROSO. Se a evicção for parcial, mas com perda de parte considerável da coisa poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável caberá somente a indenização, pois não se justifica o desfazimento de um negócio jurídico perfeito por causa de uma diferença irrelevante. Por exemplo o evicto (adquirente) adquiriu 100 alqueires de terra e perdeu 60 pode optar por rescindir o contrato ou ficar com os 40 que sobrou e pedir restituição do valor dos 60 alqueires que perdeu.
Considera pela doutrina em geral PARTE CONSIDERAVEL – é aquela que sem a qual o contrato não se faria. Então é presumido que se a pessoa soubesse a verdadeira situação o contrato não se aperfeiçoaria. Não versa somente pela quantidade, mas também pela qualidade por exemplo alguém adquire uma propriedade rural e perde uma pequena fração dela, mas esta é aquela em que está situada a casa sede, ou o manancial de agua, pode ser considerado PARTE CONSIDERAVEL pelo que foi dito anteriormente. (Atinge a finalidade econômica do objeto).
O cálculo para eventual indenização seja total ou parcial a evicção será o do valor da coisa na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido no caso de evicção parcial.
CONTRATO DE COMPRA E VENDA 
1 – Qual a natureza jurídica do contrato de compra e venda? Exemplifique e relacione.
Em regra, é Sinalagmáticos ou bilateral perfeito, uma vez que gera obrigações reciprocas, para o empregador de pagar o preço em dinheiro para o vendedor de transferir o domínio de certa coisa. É em regra, CONSENSUAL porque se aperfeiçoa com o acordo de vontade independentemente da entrega da coisa. Em alguns casos tem caráter SOLENE quando além do consentimento a lei exige uma forma para sua celebração, como sucede na compra e venda de imóveis, em que deve haver escritura pública e registro. É ONEROSO – Pois ambos os contraentes obtêm proveito ao qual corresponde um sacrifício. Faz-se, portanto, por interesse e utilidade reciproca de ambas as partes. É em regra COMUTATIVO porquê de imediato se apresenta certo o conteúdo das prestações reciprocas. As prestações são certas e as partes podem antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, pode ser também ALEATORIO – quando tem por objeto coisas futuras ou coisas existentes mas sujeito a risco. 
2 – Descreva os elementos da compra e venda de modo resumido. (Consentimento preço e coisa)
O consentimento pressupõe a capacidade das partes para vender e comprar e deve ser livre e espontâneo, podendo ser anulável. Sera também anulável se houver erro sobre o objeto principal (objeto diverso daquele que o agente tina em mente) no momento da declaração ou suas qualidades essenciais (relógio de ouro que não é de ouro por exemplo). Deve haver a capacidade especifica para alienar, deve haver poder sobre o objeto que esta alienando, as incapacidades generias não impedem a realização de negócios jurídicos pois este podem ser representados ou assistidos e por autorização judicial. Dev haver legitimidade, é anuelavel por exemplo venda de ascendente a descendente, sem que os demais descendentes e o cônjuge expressamente o consistam. 
O preço é o segundo elemento essencial da compra e venda, sem sua fixação o negocio é nulo. Se não for determinado deve ser ao menos determinável. É inadimissivel a indeterminação absoluta como na clausula “pagaras o que quiseres”. È possível a fixação do preço a taxa do mercardo ou de bolsa, em certo e determinado lugar. A fixação do preço pode ser deixadaao orbitrio de terceiro, que os contraentes definir ou prometer defniri. Se o terceiro não aceitar desginar o preço ficara sem efeito o contrato salvo se acordarem designar outra pessoa O preço pode ser fixado também em função de índices ou parâmetros desde que suscetíveis de objetiva determinação. O preço deve ser pago em dinheiro, mas se for pago parte em dinheiro e parte em outra espécie a compra e venda se transmudara em permuta. (Se a outra espécie for maior quantia que o dinheiro). O preço deve ser também serio e real. Não pode haver erro nem lesão, que se configura quando uma pessoa sob premente necessidade ou inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da assumida pela outra parte. 
A coisa é também chamada na relação de consumo como porudto significando qualquer bem móvel ou imóvel material ou imaterial. A coisa deve atender a determinados requisitos quais sejam os de existência, individuação e disponibilidade. A coisa deve ser existente ou poder vir a existir que é caracterizada pela venda de esperança (Emptio spei). São sucetiveis de venda coisas existentes (atuais) e as futuras corpóreas ou incorporeas. O objeto da compra e venda há de ser determinado ou determinável no momento de sua execução, pois resulta na obrigação de dar, entregar. A coisa incerta deve ser indicada ao menos pelo gênero e quantidade que sera determinada pela escolha, bem como a venda alternativa, cuja indeterminação cessa com a concentração. Pode ser portanto especifica ou generenéricaoisa deve encontra-se disponível isto é não estar fora do comercio. Ou seja não estar insuscetível de apropriação os legalmente inalienáveis sejam estas indisponíveis por força de lei ou devido a clausula de inalienabilidade colocada em doação ou testamento. A disponibilidade alcança a coisa litigiosa que impede o adquirente de demandar pela evicção se sabia da litigiosidade, quando adquiriu a coisa, pois assumiu voluntariamente o risco de o alienante sucumbir. Não pode ser transferida ao comprador coisa que já lhe pertence ainda que não saiba. 
3 – Quais são as limitações a compra e venda? Exemplifique. 
Venda de ascendente a descendente: A vedação da compra e venda entre descendentes não se refere apenas a pais e filhos, mas também a avôs netos, bisnetos, trinetos, etc. Esta proibição tem por objetivo a doação disfarçada em prejuízo dos demais herdeiros. Assim, de acordo com o código civil, é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor: Algumas pessoas pelas mais variadas circunstâncias cuidam ou administram os bens de terceiros. Além da cessão de crédito, pelo código, sob pena de nulidade, não podem ser adquiridos ou comprados, ainda que em hasta pública:  I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;  II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;  III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; 
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Venda da parte indivisa em condomínio: Outro impedimento é que não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de decadência. 
Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.  Para o exercício do direito de preferência, presentes deverão estar os seguintes requisitos:
a) que a coisa comum seja indivisível;
b) que o consorte não comunicado da venda, deposite o preço pago pelo estranho, tanto por tanto;
c) que o requeira, no prazo de 180 dias, sob pena de decadência.
Havendo mais de um condômino interessado na aquisição da coisa, terá preferência àquele que tiver feito benfeitoria de maior valor. Já na hipótese de nenhum ter feito benfeitoria, será dada a preferência ao que tiver maior parte ou quinhão 
Venda entre cônjuges: A alienação de bens imóveis entre cônjuges, somente com a autorização ou consentimento mútuo. Esta regra não se aplica os cônjuges são casados com separação absoluta de bens. Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão. 
Destacamos ainda que em relação aos bens excluídos da comunhão, sua negociação entre cônjuges casados no regime da comunhão universal, mesmo permitida, não teria nenhum efeito, haja vista que mesmo após a venda, permaneceria na mesma comunhão, tanto o dinheiro da venda quanto o bem vendido, continuando assim pertencendo a ambos. 
4 - Conceitue: Retrovenda, Preempção ou Preferencia e venda com reserva de domínio. 
RETROVENDA – constitui um pacto adjeto pelo qual o vendedor reserva-se o direito de reaver o imóvel que esta sendo alienado em certo prazo “restituindo o preço” mais as “despesas” feitas pelo comprador “inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita ou para a realização de benfeitorias necessárias” Portanto, Retrovenda é uma cláusula especial num contrato de compra e venda na qual se estipula que o vendedor poderá resgatar a coisa vendida, dentro de um prazo determinado, pagando o mesmo preço ou diverso, previamente convencionado (incluindo, por exemplo, as despesas investidas na melhoria do imóvel).
PREEMPÇÃO/ PREFERENCIA - É o pacto adjeto a compra e venda, pelo qual o comprador de uma coisa, móvel ou imóvel, se obriga a oferece-la ao vendedor na hipótese de pretender futuramente vende-la ou dá-la em pagamento para que este use do seu direito de prelação em igualdade de condições. Ou seja, o direito atribuído ao vendedor de se substituir ao terceiro nos mesmos termos e condições em que este iria adquirir a coisa. É o direito de preferência que tem o vendedor de um bem, no caso do comprador querer vendê-lo após a sua aquisição. 
VENDA COM RESERVA DE DOMINIO – É modalidade especial de venda de coisa móvel em que o vendedor tem a própria coisa vendida como garantia do recebimento do preço. A través da compra e venda com reserva de domínio, não se transfere a plena propriedade da coisa ao comprador, pois ao vendedor fica reservado o direito ao domínio da coisa em função da cláusula pactum reservati dominii. O comprador possui tão somente a posse da coisa, continuando o domínio reservado ao vendedor até o pagamento integral do preço da coisa ou bem objeto do contrato. Só haverá transferência de domínio ao comprador após o pagamento integral do preço.
CONTRATO DE FIANÇA
1 - Natureza jurídica da fiança. Explique.
É ACESSÓRIA, ela existe como garantia de cumprimento da obrigação de outrem, é muito comum em relação a contratos de locação. Tem também natureza SUBSIDIARIA porque depende da existência do contrato principal e tem sua execução subordinada ao não-cumprimento deste, pelo devedor. Nula a obrigação principal a fiança desaparece.É um contrato unilateral porque gera obrigações, depois de ultimado unicamente para o fiador. Parte da doutrina considera-o como bilateral imperfeito. É SOLENE depende de forma escrita imposta pela lei, por instrumento publico ou particular no próprio corpo do contrato principal ou em separado. Fiança não se presume, portanto é formal. É

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