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Resumo do capítulo 6 - HISTÓRIA DO CAPITALISMO- 1500 AOS NOSSOS DIAS (Beaud M.)

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RESUMO DO LIVRO DE MICHEL BEAUD – HISTÓRIA DO CAPITALISMO 1500 AOS NOSSOS DIAS
Capítulo 6: O GRANDE BOOM DO CAPITALISMO (1945-1978)
(...) a Segunda Guerra Mundial, a reconstrução e o período de prosperidade que a seguiu, a descolonização, a internacionalização do capital e as novas industrializações do Terceiro Mundo marcam um novo surto do capitalismo em escala Mundial (p 301).
DA GUERRA À CRISE
“A riqueza e o poder dos Estados Unidos são um quarto da riqueza e do poder do globo”. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos são a primeira potência do mundo; mas é em seu território que eles desdobram sua expansão e sobre as Américas que eles estendem seu poder. Ao fim da Segunda Guerra, os Estados Unidos constituem uma enorme potência industrial, monetária e militar (...) (p 302).
Assim se organizam — economia, moeda, defesa — dois mundos frente a frente: o mundo capitalista, ontem hegemônico, descobre hoje que a terra já não lhe pertence, que matérias-primas e mercados já não lhe são acessíveis, que existe outro mundo de acumulação e de industrialização, fundamentado sobre a apropriação coletiva dos meios de produção, sobre o planejamento, sobre a direção e a coação do Estado. Ao mesmo tempo, nasce outro mundo: O Terceiro Mundo. Nasce principalmente através do poderoso movimento de descolonização engendrado através da guerra, pelo fortalecimento, aqui de novas burguesias, e ali da intelectualidade, pela conscientização do caráter insuportável e não inelutável da dominação colonial, pela vontade de independência (o mais das vezes sob a forma de independência nacional) (p 304, 305).
Antes mesmo que acabe a descolonização política em todo o globo, novos Estados independentes procuram reconquistar o domínio de suas riquezas naturais (nacionalização do petróleo iraniano em 1951) ou de seus trunfos econômicos (nacionalização do canal de Suez pelo Egito em 1956). Os chefes de Estados do Terceiro Mundo se encontram e procuram constituir uma força que pese nos destinos do planeta (...) (p 305).
UMA PROSPERIDADE EXCEPCIONAL
Após a reconstrução, o elenco dos países capitalistas conhece um notável período de crescimento. Jamais o mundo conhecera um tamanho progresso simultâneo da produção industrial e do comércio mundial (p 311).
Nesse movimento geral, o peso do mundo capitalista desenvolvido continua predominante: três quintos da produção industrial e dois terços do comércio mundial; e o dos Estados Unidos domina: um terço da produção industrial mundial (p 311).
Enfim, nesse movimento geral de crescimento se acentua a desigualdade em escala mundial; mesmo quando as taxas de crescimento superiores indicam o início de um processo de alcançamento, alarga-se a diferença em valor absoluto entre o produto per capita nos países capitalistas desenvolvidos e no Terceiro Mundo (p 313).
O aumento da produtividade foi obtido através dos diferentes modos de coação ao sobre trabalho, aperfeiçoados pelo capitalismo no decorrer de seu desenvolvimento: são as várias pressões exercidas através da submissão indireta ao capital sobre o conjunto dos agricultores... De artesãos e de pequenos comerciantes (...) (p 314, 315).
(...) são, quando a automatização não é muito possível, os velhos métodos de trabalho por tarefa, do trabalho a domicílio (...) (p 315).
(...) é a subempreitada, que permite a uma grande empresa que preza a sua reputação exigir baixos preços de custo de um pequeno empresário  ... (p 315).
(...) é a instalação de novos equipamentos, com maior capacidade, maior velocidade, beneficiando-se dos progressos da automatização, modificando a natureza do trabalho (...) (p 315).
(...) em todos os lugares onde eram pouco desenvolvidos, notadamente na Europa e no Japão, e toda vez que o podem ser, são os procedimentos doravante "clássicos" de organização do trabalho que são introduzidos: Taylorismo, Fordismo, sistemas de trabalho que incitam à produção  (...) (p 315).
(...) é também, para rentabilizar melhor os equipamentos, cada vez mais caros, o desenvolvimento do trabalho por turnos, trabalho em equipe que permite produzir catorze, dezesseis ou vinte e quatro horas por dia  (...) (p 315).
(...) enfim, é a intensificação do trabalho nos escritórios, nos bancos, e companhias de seguro, no correio, etc (...) (p 316).
Portanto, é através de um processo diversificado de coação ao sobretrabalho e com base num considerável esforço de acumulação que permite a instalação de materiais modernos que foi obtido o aumento da produtividade nos anos 1950-1960 (p 316).
Este crescimento se traduz por um aumento da construção de habitações e por um novo surto da urbanização; por um desenvolvimento das redes de estrada e de auto-estradas; pela extensão das saídas de fim de semana e dos grandes êxodos das férias anuais; por um ampliamento das despesas com a saúde; pela generalização do recurso ao crédito; não somente para o acesso à propriedade da habitação, mas também para a compra de automóveis e de bens duráveis (p 319, 320).
UMA NOVA GRANDE CRISE
Anos 60: a crise parecia inconcebível. Anos 70: a crise chegou, com seu cortejo de conseqüências, incontrolável, indomável (p 321).
Arrefecimento do crescimento, ascensão do desemprego, acentuamento da inflação, baixa do poder de compra dos trabalhadores; incerteza, inquietação, angústia latente; progresso da direita na Europa e nos Estados Unidos. Ameaça, temor, após a Primeira Guerra que seguiu a primeira "grande  depressão" e a Segunda Guerra que foi engendrada pela segunda  grande crise mundial", de que esta terceira "grande crise" resulte numa Terceira Guerra Mundial (p 322).
Na produção, é em seguida e, sobretudo o aumento da recusa de certa forma de organização do trabalho: recusa do trabalho desqualificado, parcelizado, repetitivo; revoltas contra as "cadências infernais", contra os ritmos da linha de montagem que desgastam os nervos e provocam as estafas ou acidentes (p 323).
Desinteresse pelo trabalho falta de cuidados, defeitos de fabricação: como o explica Gary Bryner, sindicalista americano, a monotonia, o tédio, o cansaço ajudando, a um dado momento o trabalhador chega a ponto de se dizer: "Ah, merda, também é só uma banheira!" (...) e deixa passar um automóvel. “Se alguma coisa não foi soldada, ou instalada, alguém arrumará isso — tomara” (p 323, 324).
Ademais, os movimentos de consumidores denunciam os produtos que estragam muito depressa; são muitos os compradores atentos à qualidade e à vida útil do produto que compram (p 324).
Para cada capitalismo nacional, o esforço para a exportação parece que deve servir ao menos como paliativo à saturação progressiva dos mercados internos (...) (p 325).
Isto quer dizer que se intensifica a concorrência entre os produtores industriais de cada país com os produtores estrangeiros (...) (p 325).
Para vender, aumenta cada vez mais a necessidade de estar presente no país; nele efetuar as montagens, até mesmo produções. Então, desenvolve-se o que continuará até aqui uma forma excepcional de internacionalização do capital: a implantação de filiais ou a tomada de controle de empresas no estrangeiro (p 326).
Introdução de tecnologias de maiores desempenhos e de aparelhagens mais caras, acirramento da competição, pesquisa e conquista de mercados externos, internacionalização da produção: o conjunto desses processos é acompanhado pelo fortalecimento da concentração (p 326).
(...) são enormes potências financeiras e industriais americanas que dominam a produção e a comercialização do petróleo (Standard Oil, Móbil, Texaco, Gulf), o automóvel (General Motors, Ford, Chrysler), a construção elétrica (General Electric, Western Electric), a informática (IBM); as tele transmissões (ITT), etc. (p 327, 328).
Na França, eleva-se o número de fusões após 1960, especialmente a partir de 1963; oitocentas e cinqüenta fusões entre 1950 e 1960, mais de duas mil entre 1961 e 1971 (p 328).
Na República Federal da Alemanha, a concentração propriamente dita é dobrada"pela forte concentração dos poderes no centro dos conselhos de administração dos grandes bancos e das principais empresas (...) (p 328)
CRISE DO SMI E SURTO DO TERCEIRO MUNDO
Nesse combate de titãs, os grupos americanos dispõem de uma vantagem que desequilibra consideravelmente o jogo: a moeda americana, o dólar, é na verdade a moeda do mundo (p 329).
Mas, à medida que vão se reconstituindo e se modernizando as economias dos principais países capitalistas, suas trocas se restabelecem, suas moedas se afirmam, suas contas melhoram, seus pesos relativos aumentam em relação aos Estados Unidos (p 330).
(...) um duplo movimento que vai dar origem à crise do dólar: — o crescimento dos haveres em dólares dos parceiros dos Estados Unidos; — a queda do estoque de ouro americano (p 332).
Forte, o dólar era um meio de dominação; desvalorizado, ele facilita a competição comercial (p 332).
Entretanto, paradoxalmente, há, nesse momento, convergência de interesses das sociedades americanas com os países produtores de petróleo (p 334).
(...) acrescentando-se à desvalorização do dólar, a elevação do preço do petróleo mundial contribui também para melhorar a situação dos industriais americanos em relação a seus concorrentes da Europa e do Japão (p 334).
Alta do preço do petróleo e do ouro; desarranjo do sistema monetário internacional levando à adoção das taxas de câmbio flutuantes; enfraquecimento do dólar, cuja força principal reside no fato de que nenhuma moeda está capacitada para substituí-lo na função de moeda internacional; aceleramento do processo da criação monetária, com cada grande banco estando em condições de conceder créditos em diferentes moedas e, portanto, de contribuir para a criação dessas moedas sem escala mundial; especulação internacional; inflações nacionais e mundiais; empresas ou setores pegos no turbilhão da crise; desemprego, inquietação, medo do futuro (...) (p 335).
A NOVA MUTAÇÃO DO CAPITALISMO
O mundo tende cada vez mais a ser cortado em dois: o campo capitalista e o campo coletivista. Com duas superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética; e dois grupos de potências intermediárias; e dois conjuntos de países pouco desenvolvidos e dominados (p 338).
EXPLOSÃO DO TERCEIRO MUNDO
Durante o período de prosperidade, o desenvolvimento nos países industrializados acarretara o "desenvolvimento do subdesenvolvimento" nos países dominados. No decorrer da crise, as disparidades, as desigualdades se acentuaram mais na escala do mundo, mas também na do Terceiro Mundo (p 340).
Entre os países mais ricos e os mais pobres aparecem, na Europa do Sul, na América Latina, na África e na Ásia, grupos de país ou de países onde se eleva a renda média (p 341).
Desde o fim da colonização, capitalismo ou coletivismo, formam-se novas zonas de industrialização na Ásia do Leste e do Sudeste, em torno da bacia mediterrânea e em alguns países da África. E a industrialização desses países prossegue, até se acentua no período atual da crise (p 343).
sabe-se que esses crescimentos são largamente determinados pelas implantações ou pelos comandos dos grandes grupos industriais ocidentais... e japoneses. O que não impede que haja formação de novas burguesias (p 344).
Durante o mesmo período (1970-1977) o crescimento industrial também é elevado em diferentes países da América Latina (...) (p 344).
Zona oprimida pela dominação americana, países já ricos de revoluções, de lutas camponesas e operárias, de conquistas populares e de inesperados desenvolvimentos da democracia (p 344).
 Na crise atual, a rivalidade entre os principais países capitalistas teve seu quinhão: concorrência internacional se exacerbando com a progressiva saturação dos mercados nacionais; acentuamento das exportações e dos investimentos no exterior — em grande parte recíproca; recusa da liderança absoluta que os Estados Unidos haviam assegurado após a guerra; questionamento de um sistema monetário internacional fundamentado no dólar... (p 346).
Mas nenhum país é candidato a assumir o posto (...) (p 346).
A única rival dos Estados Unidos é a União Soviética; sua ambição, hoje, é de fazer recuar, de abocanhar aos poucos a esfera de influência americana. Assim, o campo capitalista vai continuar dominado pelos Estados Unidos (p 346).
Cada um dos capitalismos desenvolvidos deve, se quiser continuar no grupo dominante, não se deixar distanciar no interior do conjunto, e, em certas áreas, tomar a dianteira (p 348).
Aos olhos das classes dirigentes dos países imperialistas, a condição para isto é a reestruturação das atividades produtivas para uma melhor competitividade e, logo, fechamento de empresas e a liquidação total ou parcial de setores produtivos; é também um acréscimo de pressão sobre o mundo do trabalho para ajudar as empresas a reconstituírem sua rentabilidade (p 348).
UM NOVO MODELO DE ACUMULAÇÃO
Já se pode perceber quais serão os principais componentes desse novo modelo de acumulação: — novas indústrias de sustentação; — novas mutações no processo de trabalho; — uma grande reviravolta do modo de vida que reativará um "novo consumo em massa"; — uma diversificação mais acrescida das formas de mobilização dos trabalhadores (p 349, 350).
As novas indústrias de sustentação serão: — as novas energias (nuclear, solar, etc.) (...)  as novas técnicas de fabricação dos materiais, das substâncias e dos elementos (...) as aplicações da eletrônica (...)  (p 351).
Com essas novas tecnologias, especialmente as tele transmissões e a eletrônica, o processo direto de produção, o processo de trabalho vão ser profundamente transformados, na indústria, claro, mas também nos escritórios, nos correios e telefônicas e nos bancos, nos sistemas educativos e de saúde, na agricultura, etc.  (p 351).
(...) é uma profunda renovação do modo de vida que vai se operar, acarretando a difusão progressiva, depois maciça dos produtos eletrônicos (...) (p 355).
Auxílio econômico e militar, socorros alimentares, empréstimos, doações, investimentos industriais ou comerciais, trocas de mercadorias, presença cultural e militar: tantos laços que se atam, e reforçam a dependência (p 359).
O sistema permite, antes de tudo, evitar que muitos países pendam para o campo coletivista. Ele também constitui um formidável sistema de recolhimento do valor produzido em escala mundial (p 360).
Esse recolhimento se efetua em primeiro lugar através do pagamento dos juros e dos encargos da dívida externa. O endividamento dos países dominados se tornou realmente maciço no curso do período recente e constitui um novo "acorrentamento", uma nova forma de dependência (p 360).
... a força de trabalho do Terceiro Mundo, comprada a preço baixo e aproveitada nos segmentos produtivos integrados num processo produtivo multinacional dominado pelos grupos industriais e financeiros, lhes permite se beneficiar de uma parte do valor produzido no Terceiro Mundo ... (p 363).
E várias centenas de milhões de camponeses estão se proletarizando: expulsos de suas terras, de suas cidadezinhas, e obrigados a venderem sua força de trabalho para viver (...) (p 363, 364).
Além da disparidade dos povos, das culturas, das línguas, das religiões, das maneiras de viver e de morrer, o que faz sua unidade é uma rede múltipla de laços: laços econômicos (intercâmbios comerciais, empréstimos, doações, "auxílios" ou "assistências" variados...), mas também alianças de classes em escala mundial — as classes dirigentes dos países imperialistas  se apoiando sobre classes ou forças organizadas (exército, polícia) dos países pontos de apoio e dos países dominados (daí a importância da ajuda militar, da assistência policial, da presença e da intervenção dos serviços secretos, etc.) (p 365).
E essas disparidades criam novas "solidariedades": as famílias dirigentes do Terceiro Mundo aplicam suas riquezas nos países "seguros" da esfera imperialista (Estados Unidos, Suíça, paraísos fiscais, etc.); elas assumem participações nos grupos industriaisou bancários dos países dominantes (...) (p 366).
Enfim, essa unidade do sistema imperialista é sustentada por conflitos, rivalidades, relações de forças (p 366).
... a unidade do imperialismo é largamente fundamentada sobre o enfrentamento, a rivalidade, a tensão perante o bloco coletivista de Estado dominado pela União Soviética (p 370).
(...) desde 1950, "o poder destrutivo total nos arsenais mundiais se multiplicam por vários milhões (...). O aumento atual das despesas militares sobrevém num momento em que um bilhão e meio de indivíduos não têm acesso a serviços médicos adequados, em que 570 milhões dentre eles estão gravemente subalimentados, em que três bilhões de homens não contam com água salubre...". Assim, aí está o mundo preso numa espiral de terror e de devastação: de um lado, acumulam-se os meios de destruição, que permitiriam destruir várias vezes nosso planeta; do outro, quinhentos milhões de humanos estão ameaçados de morrer de fome no curso dos anos 1980;46 uma crise econômica que, por causa do enorme endividamento internacional, dos fatores nacionais em jogo e da especulação, é indominável, e novos progressos tecnológicos que vêm reforçar ainda mais o poder dos poderosos e o esmagamento dos fracos... (p 371, 372).
Como negar a fascinante criatividade desse sistema que, em alguns séculos, fez os teares mecânicos movidos pela água ou a vapor passarem aos robôs industriais capazes de realizarem uma seqüência de operações complexas, da impressão a tele transmissão, da descoberta da América à exploração do espaço? (p 373, 374).
E, do mesmo modo que o capitalismo, o coletivismo de Estado encontra a realidade nacional e se combina com ela: a potência russa, exaltada pela ideologia do socialismo e encontrando apoios no vigor das lutas antiimperialistas, pode através do coletivismo de Estado se dotar do aparelho econômico e militar que faz dela a segunda do mundo (p 375).
(...) Em cada época, o capitalismo funcionou ao mesmo tempo em escala nacional/regional/local e em escala mundial (...) (p 376).
Em cada época, o capitalismo foi ao mesmo tempo fator de unificação, até de uniformização, e fator de acentuamento das diferenças, das disparidades e das desigualdades  (...) (p 376).
Em cada época, o capitalismo foi ao mesmo tempo criador e destruidor; mas hoje, é a própria existência do planeta e da humanidade que está em jogo (p 376).
Nos países do Terceiro Mundo, nos países dominados, tudo está por fazer. Combater ao mesmo tempo as dominações imbricadas do imperialismo (...) pequenas produções, má alimentação, má saúde, mortalidade, analfabetismo. A reconquista de uma independência nacional ou "continental" — parece necessária; e não se trata de se libertar de uma dominação para cair noutra: a construção de um amplo elenco de países não-alinhados é fundamental para isto (p 377).

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