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Aula 3 - Enferm - Sensação e Percepção

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13/05/2015
1
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Aula 3
Sandro H. V. Almeida
Psicologia Aplicada Enfermagem
2015.1
SENSAÇÕES
�Constituem a fonte básica dos nossos 
conhecimentos referentes ao mundo 
exterior e ao nosso próprio corpo. 
Representam os principais canais por 
onde a informação relativa aos 
fenômenos do mundo exterior e ao estado 
do organismo chegam ao cérebro, 
permitindo ao indivíduo compreender o 
meio ambiente e o seu próprio corpo
� As sensações permitem ao sujeito perceber os sinais e 
refletir as propriedades e os indícios dos objetos do 
mundo exterior e dos estados do organismo. Elas ligam o 
sujeito ao mundo exterior e representam a fonte 
principal do conhecimento assim como a condição 
fundamental do desenvolvimento psíquico do indivíduo.
� As sensações têm caráter ativo e a participação de 
componentes motores na sensação pode ser efetuada em 
nível variado, ocorrendo, às vezes, como processo refletor 
elementar (como por exemplo, na redução dos vasos ou 
das tensões musculares que surgem em resposta a cada 
excitação sentida), e às vezes como um complicado 
processo de atividade receptora intensa (por exemplo, 
durante a palpação ativa do objeto ou a contemplação de 
uma imagem complexa).
� Enfim, tem caráter ativo (motor e muscular) e seletivo 
(uso de um ou mais sentidos).
� Classificação pode ser feita pelo menos segundo dois 
princípios básicos:
1. o princípio sistemático, ou em outros termos, pelo 
princípio da modalidade
�Interoceptivas
�Proprioceptivas
�Exteroceptivas (ou Extraceptivas)
�Contato - paladar, tato
�Distância - olfato, visão, audição
�Sensações Intermediárias ou Intermodais
� sensibilidade vibrátil
�Tipos Não Específicos de Sensação
� fotossensibilidade da pele
� sentido de distância
�Sinestesia
2. o princípio genético ou princípio da complexidade (nível 
de sua construção)
�Protopáticas
�Epicríticas
MODALIDADE OU TIPOLOGIA DAS SENSAÇÕES: 
SENSAÇÕES INTEROCEPTIVAS, PROPRIOCEPTIVAS E
EXTEROCEPTIVAS
� Sensações Interoceptivas – reúnem os sinais que nos chegam do meio 
interior do organismo e garantem a regulação das inclinações 
elementares. Produzem sinais acerca do estado dos processos internos 
do organismo, fazem chegar ao cérebro as excitações procedentes das 
paredes do intestino e do estômago, do coração e do sistema 
sanguíneo, bem como de outros órgãos viscerais. Elas estão entre as 
formas menos conscientes e mais difusas e sempre conservam sua 
semelhança com os estados emocionais,
� Sensações Proprioceptivas – garantem a informação sobre o corpo no 
espaço e a posição do aparelho de apoio e movimento, assegurando a 
regulação dos nossos movimentos. São elas que asseguram os sinais 
referentes à posição do corpo no espaço e, em primeiro lugar, à posição 
do aparelho de apoio e movimento no espaço. Elas representam a base 
aferente dos movimentos do homem e desempenham papel decisivo na 
regulação destes.
� É o grupo de sensações, que indica a posição do corpo no espaço, tem 
entre seus componentes uma modalidade especial de sensibilidade, 
denominada sensação de equilíbrio ou sensação estática
� Sensações Exteroceptivas – constituem o maior grupo e asseguram a 
recepção de sinais do mundo exterior, criando a base do nosso 
comportamento consciente. Estas fazem chegar ao homem a 
informação procedente do mundo exterior e são o principal grupo de 
sensações que colocam o homem em contato com o meio exterior. É 
justamente entre esse grupo que se situa o olfato, o paladar, o tato, a 
visão e a audição.
� Convencionou-se dividir todo o grupo de sensações exteroceptivas em 
dois subgrupos: as sensações de contato e distância.
� Entre as sensações de contato, situam-se aquelas nas quais a ação 
que provoca a sensação deve ser aplicada imediatamente à superfície 
de um corpo e ao respectivo órgão perceptivo. O exemplo típico da 
sensação de contato pode ser visto no tato e no paladar. É 
perfeitamente compreensível que os dois tipos de sensação possam 
ser provocados por ações à distância.
� Entre as sensações de distância, ao contrário, situam-se aquelas nas 
quais o estímulo provoca' sensações que atuam sobre os órgãos dos 
sentidos a partir de certa, distância. A estas pertencem o olfato, e 
especialmente a visão e a audição. O estímulo situado às vezes à 
grande distância do sujeito (p.e., o som de uma campainha, a luz de 
uma lâmpada) pode provocar sensações mesmo que a fonte destas 
esteja distante e as respectivas ações (por exemplo, ondas sonoras ou 
luminosas) devam percorrer uma grande distância antes de que 
possam atuar sobre os respectivos órgãos dos sentidos.
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� Cabe acrescentar a essa relação duas categorias: as 
sensações intermediárias ou intermodais e os tipos não 
específicos de sensação. que as sensações que percebem 
essas vibrações são denominadas sensibilidade vibrátil.
� Forma não específica de sensibilidade. Essa 
"sensibilidade não específica" pode ser constituída pela 
fotossensibilidade da pele, que é a capacidade de 
percepção dos matizes de cor pela pele da mão ou das 
pontas dos dedos
� Interação das sensações e o fenômeno da sinestesia -
algumas sensações podem influenciar-se mutuamente, 
sendo que o funcionamento de um órgão do sentido 
pode estimular ou reprimir o funcionamento de outro 
órgão do sentido. Por outro lado, existem formas mais 
profundas de interação sob as quais os órgãos dos 
sentidos trabalham em conjunto, condicionando uma 
nova modalidade de sensibilidade que em Psicologia 
recebeu a denominação de Sinestesia.
O PRINCÍPIO GENÉTICO OU PRINCÍPIO DA COMPLEXIDADE –
NÍVEL DE CONSTRUÇÃO DAS SENSAÇÕES
� Sensações protopâticas = formas mais antigas de 
sensação que ainda não têm caráter objetivo diferenciado 
= são separáveis dos estados emocionais e não refletem 
com a devida precisão os objetos concretos do mundo 
exterior = têm caráter imediato = estão distante do 
pensamento e não podem ser divididas em categorias 
precisas que se possam designar com certos termos 
genéricos = as sensações interoceptivas são o exemplo 
mais nítido dessa sensibilidade.
� Sensações epicríticas = tipos superiores de sensação que 
não têm caráter subjetivo = estão separados dos estados 
emocionais = apresentam estrutura diferenciada, 
refletem as coisas objetivas do mundo exterior = estão 
bem mais próximos dos complexos processos intelectuais. 
Esse tipo de sensação tem como exemplo mais patente as 
sensações visuais.
LIMIARES DA SENSAÇÃO
� Limiares de sensação – limites de estimulação para 
que este seja detectado
� Limiares: absoluto (estimulação mínima), relativo 
(estimulação máxima) e subliminar (sensação não 
consciente) – absoluto – subliminar = limiar de 
diferença
� Variação da sensibilidade = dependente de condições 
do meio exterior como de uma série de condições 
interiores (fisiológicas e psicofisiológicas) = 
Distinguem-se em duas formas básicas de mudanças:
� Adaptação
� Sensibilização 
PERCEPÇÃO
�Unificação e síntese de um conjunto de
sensações que nos possibilita
passarmos do reflexos de indícios
isolados para o reflexo de objetos ou
situações inteiras.
� Tem relação com a linguagem, pois designamos o
que percebemos por meio da palavra.
� Exige:
1) a discriminação de elementos essenciais do objeto
2) a abstração dos elementos acessórios
3) a unificação desses dois tipos de sensação
4) a comparação com o conhecimento prévio e dessa
comparação.
5) constância e correção (de acordo com a
experiência)
6) Móvel e dirigível
� A percepção pode ser analisada sob três aspectos:
� Física: impossibilidade ou dificuldade de
perceber sem auxílio de instrumentos.
� Fisiológica
� Psicológica: experiência, emoção, cansaço
� Percepção tátil: simples (pressão, posição no
espaço, contato) e complexas (apalpar), por
informações sucessivas.
�Percepção auditiva: sucessão de irritações que
ocorrem no tempo
� Percepção visual: informações sentidas
simultaneamente, que possibilita perceber o
objeto na sua forma integral e estruturada.
� Tem capacidade adaptativa e predisposição
perceptiva (acreditar no que vê).
� Tendência a dar um padrão para os objetos
(mesmo quando não há).
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MODOS DE PERCEPÇÃO
1. Percepção do objeto (figura) em detrimento de suas 
partes (fundo)
2. Agrupamento, que implica na organização 
dos objetos que pode ser por:
PROXIMIDADE 
SEMELHANÇA
UNIFICAÇÃO
CONTINUIDADE
FECHAMENTO
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3. Percepção de profundidade: distância entre o
objeto e o sujeito, composto de bases inatas
(aparelho vestibular e músculos dos olhos)
aprimoradas pela experiência. Também depende de:
� Tamanho relativo: o que está projetado na retina
como menor é o mais distante.
� Interposição: o que bloqueia outro objeto parece que
está mais perto
� Claridade relativa
� O fenômeno perceptivo reflete a experiência cultural,
por isso percebemos o mundo não apenas como ele é,
mas também como nós somos.

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