Buscar

Fotoinibição da Fotossíntese

Prévia do material em texto

DISCIPLINA: ECOFISIOLOGIA VEGETAL 
PROFª DRª PATRÍCIA MONQUERO 
 
 
ALUNA: TATIANY APARECIDA TEIXEIRA SORATTO 
RA: 376418 
 
 Fotoinibição 
 
 
 ARAÚJO, Saulo Alberto do Carmo; 
DEMINICIS, Bruno Borges. 
 
 R. BRAS. BIOCI., PORTO ALEGRE, V. 
7, N. 4, P. 463-472, OUT./DEZ. 2009. 
 
Fotoinição da 
fotossíntese 
Introdução 
 
 Luz – é a fonte primária de energia da biosfera no nosso 
planeta. energia química via fotossíntese. 
 
 Existem evidências que o excesso de luz pode afetar o 
crescimento vegetal e levar à redução da produtividade. 
 
 Fotoinibição – um complexo conjunto de processos 
moleculares que promovem a inibição de fotossíntese 
através do excesso de luz. 
 Fotoinibição - pode ser causado pela luz ultra-violeta 
(UV), visível (V) e combinações UV-V. 
 
 A absorção de fótons é diretamente proporcional à 
densidade do fluxo de fótons, resultando em uma 
resposta linear. 
 
 Utilização desses fótons pela fotossíntese resposta 
hiperbólica a partir de determinada densidade 
ocorre a saturação da fotossíntese. 
 Baixa intensidade luminosa (menor que 100 μmol. 
m-2s-1), 80% do quantum absorvido é usado na 
fotossíntese. 
 
 1000 μmol.m-2s-1 (cerca de metade do valor da luz 
solar), menos de 25% do quantum absorvido é 
usado. 
 
 luz solar plena, a utilização reduz para 
aproximadamente 10%. 
Mecanismos de Ação da Fotoinibição 
 Muitos dos efeitos do excesso de luz estão localizados no PSII, 
 Locais inibidores tanto no lado doador quanto no receptor. 
 Esta inibição é reversível nos primeiros estágios. 
 Em estágios posteriores de inibição resultam em danos para o sistema, 
centro de reação do PSII precisa ser desmontado e consertado. 
 Principal local de dano é a proteína D1 que faz parte do centro de reação 
do PSII. 
 Esta proteína é facilmente danificada através do excesso de luz e então 
deve ser removida da membrana e substituída por uma cópia 
recentemente sintetizada. 
 As outras partes do centro de reação do PSII são projetadas para serem 
recicladas, assim a proteína D1 é o único componente que precisa ser 
sintetizado. 
 Dois tipos de fotoinibição: dinâmica e crônica. 
 Dinâmica: sob excesso de luz moderado, a eficiência 
quântica decresce, mas a taxa fotossintética máxima 
permanece inalterada. É causada pelo desvio da energia 
luminosa, absorvida em direção a dissipação de calor. Por 
isso, o decréscimo em eficiência quântica. Tal decréscimo é 
temporário e a eficiência quântica pode retornar ao seu valor 
inicial mais alto, quando o fluxo fotônico decresce abaixo dos 
níveis de saturação. 
 Crônica: resulta da exposição a altos níveis de luz, que 
danificam o sistema fotossintético e diminuem a eficiência 
quântica e a taxa fotossintética máxima. Está associada ao 
dano e substituição da proteína D1 do centro de reação do 
PSII. Tais efeitos têm duração relativamente longa, 
persistindo por semanas ou meses. 
Avaliação da Fotoinibição 
 A fluorescência da clorofila permite verificar a 
atividade do transporte de elétrons da fotossíntese 
da folha, fornecendo uma análise detalhada da 
inibição da fotossíntese induzida pelo estresse. 
 A fluorescência da clorofila dá informação sobre o 
estado do PSII. 
 Esta medida pode mostrar a que ponto o PSII está 
utilizando a energia absorvida pela clorofila e a 
extensão que ele está sendo danificado pelo excesso 
de luz. 
 A relação entre a fluorescência variável com a fluorescência máxima 
(Fv/Fm) é uma medida da eficiência intrínseca ou máxima do PSII, 
ou seja, a eficiência quântica de todos os centros do PSII quando 
estão abertos. 
 
 O valor Fv/Fm é usado como indicador sensível da performance 
fotossintética da planta. 
 
 A relação Fv/Fm pode variar numa faixa de 0,75 a 0,85 em plantas 
em condições ambientais ótimas. 
 
 Fv/Fm é um indicador de efeito fotoinibitório (plantas submetidas 
a qualquer tipo de estresse) - regulação fotoprotetora reversível ou 
uma inativação irreversível do PSII. 
 
DIAS, Daniela Pereira; MARENCO, Ricardo 
Antonio. 
 
PESQ. AGROPEC. 
BRAS. VOL.42 NO.3 BRASÍLIA MAR. 2007. 
 
Fotossíntese e fotoinibição em 
mogno e acariquara em função da 
luminosidade e temperatura foliar 
Objetivo 
 O objetivo deste trabalho foi determinar os efeitos da 
luminosidade e temperatura na fotossíntese e na 
recuperação da fotoinibição sob baixa irradiância em 
mogno (Swietenia macrophylla King) e acariquara 
(Minquartia guianensis Aubl.). 
Material e métodos 
 Plantas jovens de acariquara (Minquartia guianensisAubl. 
– Olacaceae) e de mogno (Swietenia macrophylla King – 
Meliaceae). 
 
 Sacos de plástico de 3 L contendo solo da floresta (20 cm). 
As plantas foram selecionadas de acordo com o tamanho 
(30 cm de altura). Durante o crescimento, 1 e 3 anos para 
mogno e acariquara, respectivamente, as plantas foram 
acondicionadas, à sombra natural de árvores adultas, em uma 
pequena floresta. 
 
 O delineamento experimental utilizado foi inteiramente 
casualizado, com três tratamentos por espécie e de três a seis 
plantas por tratamento (repetições). 
Resultados 
 A maior fixação de carbono 
em mogno provavelmente 
foi decorrente do fato do 
mogno ser uma espécie 
tolerante à luz. 
 A acariquara, espécie 
tolerante à sombra, 
apresenta naturalmente 
taxas fotossintéticas baixas 
e crescimento lento. 
 A redução da taxa 
fotossintética em mogno com 
o tempo de exposição à 
luminosidade e temperatura 
altas pode ser atribuída a 
aumentos no deficit de 
pressão de vapor (DPV), sem 
descartar um eventual efeito 
da diminuição do potencial 
hídrico foliar no fechamento 
dos estômatos. 
 A temperatura pode reduzir a 
assimilação de carbono 
devido ao seu efeito em 
processos fotoquímicos ou 
pelo aumento na 
fotorrespiração. 
Conclusões 
 Uma hora de exposição à alta temperatura (38ºC) e alta 
irradiância causa diminuição na taxa de assimilação de 
carbono, sobretudo em mogno, em parte, em razão da 
diminuição da condutância estomática. 
 
 Em temperaturas de até 38°C, a alta irradiância é o fator 
determinante na severidade da fotoinibição da fotossíntese. 
 
 A exposição à luz solar plena causa variações na fluorescência 
inicial da clorofila. 
 
 Ocorre aumentos nos valores de Fo em irradiâncias e 
temperaturas moderadas durante a recuperação da 
fotoinibição, o que está associado à recuperação mais rápida 
da fotoinibição. 
 
Bibliografia 
 ARAÚJO, Saulo Alberto do Carmo; DEMINICIS, Bruno 
Borges. Fotoinibição da Fotossíntese. R. Bras. Bioci., Porto 
Alegre, V. 7, N. 4, P. 463-472, Out./Dez. 2009. 
 
 DIAS, Daniela Pereira; MARENCO, Ricardo Antonio. 
Fotossíntese e fotoinibição em mogno e acariquara em 
função da luminosidade e temperatura foliar. Pesq. 
agropec. bras., Brasília, v.42, n.3, p.305-311, mar. 2007. 
 
 LEMOS-FILHO, José Pires de. Fotoinibição em três 
espécies do cerrado (Annona crassifolia, Eugenia 
dysenterica e Campomanesia adamantium) na estação seca 
e na chuvosa. Rev. Brasil. Bot., São Paulo, V.23, n.1, p.45-
50, mar. 2000.

Outros materiais