A Soberania como pressuposto de existência do Estado

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Universidade Salgado de Oliveira
A Soberania como pressuposto de existência do Estado
Igor de Carvalho Silva
Paulina dos Anjos Teixeira
Rafael de Souza Ferraz 
Turma: Direiro N2 / 2° Período
. O termo soberania: do latim super omnia ou superanus 
. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora define o conceito de soberania como sendo a autoridade suprema do poder público e como a alteza ou excelência não superada em qualquer ordem imaterial, inerentes ao Estado
.Para a política, a soberania é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais representativos
. Para muitos, é a verdadeira diferença específica do Estado, a característica racional e histórica que distingue o poder político
. Objetivamente, a soberania se resume num elemento complexo
. No sentido material, é o poder da coletividade humana de se organizar jurídica e politicamente, fazendo-se valer em seu território suas decisões
. No sentido substantivo, a soberania é concebida politicamente como elemento de expressão plena e última do poder
. Diversas concepções (Política, Jurídica e Cultural ) de Soberania
. È considerada como pressuposto fundamental do Estado: poder de império, de dominação sobre a pátria
. È poder máximo do Estado, e efetiva- se na organização política social e jurídica de um Estado
. O conceito de soberania está relacionado ao conceito de Estado perfeito, como qualidade inerente ao Estado soberano
. Âmbitos: interno (caracterização institucional) e externo (projeção no cenário internacional)
. Teoria teocráticas direta: direito divino sobrenatural 
.Teoria teocráticas indiretas: direito divino providencial
.Teoria Democrática: reconhecem a indiscutível efetividade do povo
.Características da Soberania: 
Una: dentro do Estado só vigora um poder soberano, que se sobrepõe aos demais
Indivisível: o mesmo poder se aplica a todos os fatos ocorridos dentro do Estado
Inalienável: aquele que a detém desaparece quando fica sem ela
Imprescritível: se tivesse curta duração, um poder não seria supremo, máximo.
. Outras características: supremo, ilimitado, incondicionado e intangível.
 Análise à luz dos clássicos:
Dallari: É uma característica essencial do poder do Estado (Jellinek). 
Só o poder do Estado é soberano e não há Estado sem poder soberano. É a qualidade que torna o poder do Estado supremo internamente. Externamente, a soberania significa que o Estado é igual e independente em relação aos demais.
Ranelletti permite uma visão de soberania como poder, sendo elemento essencial de caracterização do Estado e como qualidade inerente ao Estado. Este ensina que o território é o espaço no qual se encontra o Estado e onde este exerce seu poder de império
Kelsen reconhece a necessidade delimitação territorial, porém não a vislumbra como sendo um componente do Estado entende a soberania como expressão da unidade de uma ordem.
 Jellinek afirmou a inexistência de uma relação de domínio, uma vez que o domínio exercido pelo Estado expressa o poder do império que, por sua vez, recai diretamente sobre os indivíduos
. A Soberania e a Globalização
Na realidade, a globalização nada mais é do que uma forma moderna de neocolonialismo, onde as nações mais ricas (G-8) implantam uma estratégia de dominação sub-reptícia, com o emprego do ardil de necessidade de maior integração, para que possam continuar a utilizar os recursos naturais e riquezas dos países periféricos, de forma a beneficiar seus respectivos povos. 
A soberania caracteriza-se pela manutenção da intangibilidade da nação, assegurada a capacidade de autodeterminação e de convivência com as demais nações em termos de igualdade de direitos, não aceitando qualquer forma de intervenção em seus assuntos internos, nem participação em atos dessa natureza em relação a outras nações. A soberania significa também a supremacia da ordem jurídica do Estado em todo o território nacional.
Conclusão:
 Soberania não é o poder, mas sim qualidade do essencial do poder do Estado. É expressão do poder máximo, mas não do poder absoluto, pois tem regras e limites para o seu exercício.