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Fundamentos de Direito Empresarial 
A disciplina Fundamentos de Direito Empresarial fundamenta todos os 
ramos do conhecimento das Ciências Sociais e Econômicas ao oferecer o 
aparelhamento teórico-prático necessário à atuação do profissional no 
mercado de trabalho, ou seja, atuando nos embates forenses, seja 
prestando consultoria empresarial ou seguindo a carreira acadêmica. 
 
Aula 1 – Introdução aos Fundamentos do Direito 
Ai final desta aula, você será capaz de : 
 Descrever e identificar a importância da norma jurídica para o 
estudo da disciplina Direito Empresarial. 
Nesta aula, você estudará conceitos de Direito e Moral, Direito Objetivo e 
Subjetivo, Público e Privado, bem como as fontes do Direito: primárias e 
secundárias. Além disso, identificará os conceitos de Integração da Norma 
Jurídica: Analogia e Equidade, Ramos do Direito e Direito Empresarial. 
 
Você sabe qual é a origem do termo Direito? 
 
O termo Direito provém da palavra latina directum, que significa reto. 
 
O Direito tem sua definição nominal etimológica como sendo a qualidade 
daquilo que é regra. 
 
O Direito pode ser definido como aquilo que é mais adequado para o 
indivíduo que, vivendo em sociedade, tal direito deve compreender 
fundamentalmente o interesse da coletividade. 
 
Do interesse da coletividade estar compreendido no Direito, surgem 
longas discussões que se travam ao logo dos tempos. 
 
Essas longas discussões obrigam os conceitos do certo ou errado, do 
direito e do não direito a se adaptarem às novas realidades geográficas, 
religiosas, humanísticas e históricas, para descrever apenas algumas 
questões que interferem na evolução e adequação do direito a ser 
aplicado. 
 
 
Flávia Leal Vilanova afirma que, diante da realidade social em que 
vivemos, de inseguranças e incertezas, onde a fronteira entre o que é 
moralmente correto ou incorreto não pode ser avistada com clareza, 
talvez seja o momento de repensar sobre a razão e como esta deve ser 
aplicada às questões que a sociedade enfrenta. 
 
Chegou a hora de percebermos que SER HUMANO é a melhor das nossas 
faculdades para compreender e solucionar problemas tão simplesmente 
humanos. 
 
Temos que reconstruir os valores humanos, para que associados às 
evoluções do campo da ciência, possam contribuir para as relações sociais 
serem harmoniosas e pacíficas, recuperando a capacidade de viver em 
coletividade e em prol de um bem estar comum. 
 
Para que a coletividade viva num bem estar comum, devem ser 
estabelecidas normas jurídicas que estejam para além do mero 
formalismo, que atuem em simbiose com a realidade socioeconômica e 
que correspondam aos anseios sociais de justiça, de equilíbrio 
socioeconômico e de dignidade. 
 
Mas em quais princípios estas normas estariam baseadas? 
 
Nos princípios da Ética 
 
Ética é um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a 
respeito do comportamento humano moral. É a teoria ou ciência do 
comportamento moral do homem em sociedade. 
 
Vamos conhecer as diferenças entre Ética e Moral? 
Ética 
Parte de uma série de práticas morais e busca determinar a essência da 
moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as 
fontes de justificação desses juízos e o princípio que rege a mudança e a 
sucessão de diferentes sistemas morais. 
 
 
Moral 
A moral não é estática. É um fato histórico mutável e dinâmico que 
acompanha as mudanças políticas, econômicas e sociais e onde a 
existência de princípios absolutos se torna impossível. 
 
O Direito nasce para harmonizar não só os conflitos sociais e políticos do 
homem, mas também para compor, juntamente com a moral, o seu 
comportamento ético perante seus pares. 
 
Vamos estudar agora o Direito Empresarial? 
 A empresa compõe o cenário de atuação de um ramo do Direito 
designado Direito Empresarial. 
 
 O Direito Empresarial desdobra-se num dos ramos do Direito 
Privado e se estrutura por meio de um conjunto de normas, cujo 
objetivo é harmonia nas relações empresariais. 
 
 A aplicação da Teoria da Empresa foi inserida no sistema jurídico 
brasileiro com o advento do Código Civil de 2002. 
 
 Longe de parecer somente uma mudança de vocábulo, a Teoria da 
Empresa consagra o que há muito tempo os tribunais já aplicavam: 
a relevância da atividade economicamente organizada. 
 
Obs: Afasta-se com isso a antiga figura do comerciante – antes, 
titular de atos de comércio - para darmos início ao estudo do 
empresário, realizador de atos de empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 02 – Teoria da Empresa e Conceito de Empresário 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 identificar a ampliação do antigo conceito de comerciante para a 
nova designação de empresário diante do implemento da Teoria da 
Empresa. 
Nesta aula, você conhecerá a Teoria da Empresa: Evolução Conceito de 
Empresário X Comerciante. 
Estudará, também, as atividades excluídas do contexto empresarial e os 
pressupostos para a atividade regular de empresário, identificando suas 
obrigações. 
Você conhece o significado da palavra Empresário para o Direito 
Empresarial? 
Segundo a Teoria da Empresa, é considerado empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
O empresário pode ser pessoa natural(empresário individual) ou 
jurídica(sociedade empresária). Veja os requisitos para a atividade 
empresarial. 
 
 
 
Profissionalismo 
O empresário deve exercer sua atividade de forma habitual e não 
esporádica. 
Exercício da Atividade 
O empresário exerce uma atividade, que é a própria empresa. 
Economia 
A busca do lucro na exploração da empresa. 
Organização 
Segundo Fábio Ulhoa Coelho, os fatores presentes na empresa são: o 
capital, a mão-de-obra, os insumos e a tecnologia. 
Produção 
A fabricação de mercadorias ou a prestação de serviços. 
Circulação 
A intermediação de mercadorias ou de serviços. 
 
Agora que você já sabe o que representa o empresário, vamos conhecer 
um pouco mais sobre os temas do Direito Empresarial? 
A pessoa natural que opta em abrir o seu próprio negócio 
individualmente, sem a constituição de sociedade com amigos ou 
conhecidos, é chamado de empresário individual. 
Até o advento do novo Código Civil, sob a orientação da teoria dos atos de 
comércio, seu conceito técnico-jurídico era de comerciante(Para nós, as 
leis e normas aplicáveis à pratica mercantil eram exclusivas de quem 
realizava atos de intermediação das mercadorias com habitualidade, 
finalidade de lucro e em nome próprio, ficando ausentes do conceito as 
atividades oriundas da cadeia de produção, bem como as de prestação de 
serviço.). 
Hoje, independentemente do negócio ser relacionado à produção, 
circulação de bens ou serviços, o que importa é que a atividade fim tenha 
se concretizado por meio de uma atividade economicamente organizada. 
Mas o que significa uma atividade economicamente organizada? 
As ciências econômicas classificam a atividade economicamente 
organizada como empresa. 
É realizada sob o comando do seu dono, agregando valores de produção 
para a realização da atividade final. 
Algumas atividades permaneceram excluídas da nova conceituação de 
Empresário. 
Os pressupostos para regular o exercício da atividade empresarial estão 
estabelecidos no Artigo 972 do CC. 
“Art. 966 do Código Civil (...) Parágrafo único. 
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissãoconstituir 
elemento de empresa.” 
Um menor de idade pode ser um empresário? 
Em princípio, por não ter adquirido a capacidade civil plena, o menor não 
poderá exercer regularmente a atividade de empresário individual, exceto 
duas exceções. 
 
Na emancipação, o menor com 16 anos completos pode adquirir a 
 capacidade civil plena nas hipóteses previstas na Lei Civil. 
Existe algum impedimento nas sociedades entre marido e mulher? 
Há um impedimento chamado relativo. Pela Lei Civil, no seu artigo 
977CC, ele determina que marido e mulher podem contratar sociedade 
entre si, desde que o regime de casamento não seja o da comunhão total 
ou da separação de bens obrigatória. 
 
 
Veja agora os tipos de sociedade formados e regidos pela Lei Civil. 
 
Vamos observar uma situação? 
O que ocorre com a empresa que funciona mesmo existindo um 
impedimento legal? 
 
O Artigo 973 do Código Civil determina que aquele que exercer atividade 
empresarial violando o impedimento legal para tal, responderá pelas 
obrigações contraídas. 
Para cumprir as suas obrigações, o empresário deve registrar-se na Junta 
Comercial(É o órgão oficial encarregado da execução e administração dos 
serviços de registro), manter escrituração regular de seus negócios e 
levantar demonstrações contábeis periódicas. 
Vamos estudar agora as regras para escrituração dos livros e a 
contabilidade? 
O empresário e a sociedade empresária deverão adotar um sistema de 
contabilidade, mecanizando ou não, com base na escrituração uniforme 
de seus livros, de acordo com a documentação respectiva, devendo 
levantar, anualmente, o balanço patrimonial e o de resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03 – Estabelecimento Empresarial, Nome Empresarial 
e Direito Societário 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 conceituar o instituto do Estabelecimento Empresarial; 
 identificar os elementos formadores do Estabelecimento 
Empresarial; 
 definir a estrutura do Direito Societário no Sistema Jurídico 
Brasileiro. 
Nesta aula, você estudará o conceito e os elementos formadores do 
Estabelecimento Empresarial. Além, disso você conhecerá como é 
estruturado o Direito Societário no Sistema Judiciário Brasileiro. 
Você sabe o que é um Estabelecimento Empresarial? 
Estabelecimento Empresarial é a reunião organizada dos bens 
corpóreos(balcões, mercadorias, maquinários etc) e incorpóreos(ponto, n 
ome, marca etc) para o exercício da empresa, por empresário ou por 
sociedade empresária. 
Antes da Teoria da Empresa, este instituto era conhecido como Fundo de 
Comércio. Após o Código Civil, com a previsão no seu artigo 1.142CC, 
passou a ser classificado como Estabelecimento Empresarial ou Fundo de 
Empresa. 
Agora que você já sabe o que é um Estabelecimento Empresarial, veja no 
que consiste o seu trespasse. 
O trespasse consiste na venda do estabelecimento empresarial. Não 
podemos confundi-lo com a venda do ponto empresarial. 
Veja o motivo, observando a diferença entre trespasse e venda. 
 No trespasse há alienação(transferência) de todo o complexo de 
bens. 
 Na venda do ponto, subentende-se que a empresa somente mudará 
o local de exercício da sua atividade empresarial. 
Conheça agora os elementos do estabelecimento empresarial. 
Bens Corpóreos 
São bens materiais como: mercadoria, maquinários, frota, utensílios, entre 
outros. 
Bens Incorpóreos 
Também conhecidos como Imateriais, são bens como: nome e título do 
estabelecimento, bem como a marca do produto utilizado pelo 
empresário. 
Ponto e Locação Empresarial 
É o espaço físico, fixo ou não, onde o empresário se estabelece, 
constituindo um dos elementos incorpóreos do estabelecimento 
comercial. 
Em virtude dos investimentos pelo empresário despendidos para sua 
organização, o ponto gozará de proteção decorrente da Lei do Inquilinato 
(8.245/91). 
Nome Empresarial 
É a identificação do sujeito para o exercício da empresa (art. 1.155, CC). 
 Não se confunde com a marca, pois esta representa um sinal de 
identificação perante o público consumidor de seus produtos ou 
serviços. 
 
 Não se confunde com o nome fantasia, também chamado de título 
do estabelecimento, que identifica o local em que a atividade é 
exercida. 
Marcas dos Produtos 
Apresenta uma proteção em lei especial conhecida como Lei de 
Propriedade Industrial, que disciplina a invenção, o modelo de utilidade, o 
desenho industrial e a marca. 
 
Vamos entender a atividade empresarial no Direito Societário? 
Veja que a atividade empresarial poderá ser exercida de duas formas. 
Pelo empresário, individualmente. 
Apresenta a tranquilidade na lucratividade individual, porém, tem-se o 
fantasma da responsabilidade ilimitada do empresário, que exerce sua 
atividade em nome próprio, respondendo com todo o seu patrimônio 
pelas dívidas contraídas. 
Pela constituição de uma sociedade. 
É uma pessoa jurídica do direito privado que atende aos interesses de 
seus membros, atuando com objetivo de lucro, exercendo atividade 
economicamente organizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 - Ato Constitutivo da Sociedade e Agentes Societários 
Ao final desta aula você será capaz de: 
 Enumerar os elementos de validade do contrato social; 
 Identificar os agentes econômicos atuantes na sociedade; 
 Diferenciar os pontos relevantes que diferenciam sócio do 
administrador; 
 Definir o grau de responsabilidade do sócio e do administrador da 
sociedade. 
Nesta aula, você estudará os agentes econômicos atuantes na esfera do 
direito societário. 
Além disso, verá que a importância e a necessidade do tema estão 
baseadas nas atribuições distintas dos sócios e dos administradores da 
sociedade. 
 
Você sabe o significado de contrato social? 
Sua elaboração deve obedecer as normas legais, contendo cláusulas que 
são essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial como, por 
exemplo, o nome da sociedade, qualificação dos sócios, indicação da sede, 
dentre outros. 
A doutrina estabelece elementos de validade para o contrato social e os 
classifica em elementos gerais e elementos específicos. 
Observação: Sua elaboração deve obedecer as normas legais, contendo 
cláusulas que são essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial 
como, por exemplo, o nome da sociedade, qualificação dos sócios, 
indicação da sede, dentre outros. 
Vamos conhecer os elementos comuns do contrato social? 
Veja os elementos comuns a qualquer ato jurídico. 
 Capacidade 
 Objeto Lícito 
 Forma prescrita ou não defesa em lei 
Veja agora os elementos específicos do contrato social, que são chamados 
assim por tratarem de questões próprias do Direito Societário. 
 
Veja agora os direitos e as obrigações dos agentes societários atuantes na 
sociedade. 
Direitos 
 Participação nos lucros. 
 Assumir a função de sócio administrador. 
 Fiscalizar os administradores das sociedades. 
 Ter acesso aos dados contábeis. 
 Ter direito de retirada. 
Obrigações 
 Integralizar o Capital Social. 
 Participar das perdas. 
 Respeita as cláusulas pactuadas no Contrato Social. 
 Prestar contas quando assumir a função de sócio administrador. 
Veremos agora como ocorre à desclassificação da qualidade de sócio. 
Quando um sócio deixa de ser sócio? 
 Pela morte do sócio. 
 De forma voluntária (Por meio do exercício do direito de retirada). 
 Cessão de suas quotas a terceiros. 
 Exclusão (Obrigatória). 
A Terminologia técnica usada para a desclassificação é resolução de um 
sócio perante a sociedade. (Jáque o vocábulo “resolução” consiste na 
quebra do pacto estabelecido no contrato social por um dos sócios). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 – Tipos Societários no Sistema Jurídico Brasileiro 
Ao final desta aula você será capaz de: 
 Explicar a nova estrutura dos tipos societários por conta da modificação 
do Código Civil; 
 
 Contrastar as sociedades em desuso com as mais constituídas entre os 
sócios; 
 Diferenciar as sociedades e o grau de responsabilidade patrimonial 
dos seus sócios. 
Nesta aula, você estudará a nova construção societária trazida pelo Código 
Civil, desde de 2002. 
Além disso, você verificará que as sociedades estão separadas em dois 
grandes grupos: 
Sociedades não personificadas e sociedades personificadas. 
Vamos conhecer os tipos de sociedade? As sociedades são classificadas 
como simples ou empresárias. 
Sociedades Simples 
Exercem uma atividade econômica ou não, porém, não organizada e 
adquirem personalidade jurídica quando fazem inscrição no Cartório de 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas de sua sede. 
Sociedades Empresárias 
Têm por objeto o exercício da empresa e adquirem personalidade jurídica 
com o registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial. 
As sociedades não personificadas são divididas em dois grupos. Veja 
quais são. 
Sociedade Comum (Juntas comerciais ou Cartórios de Pessoas Jurídicas). 
 Não tem seus atos constitutivos inscritos no registro competente. 
 Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os 
sócios são titulares em comum, ainda que irregular. 
 A responsabilidade dos sócios será solidária e ilimitada pelas 
obrigações sociais. 
Sociedade em Conta de Participação 
 Não tem seus atos constitutivos inscritos no registro competente. 
 
 Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os 
sócios são titulares em comum, ainda que irregular. 
 A responsabilidade dos sócios será solidária e ilimitada pelas 
obrigações sociais. 
 Não tem personalidade jurídica, não possui firma social, nem se 
revela publicamente a terceiros. 
 Nela, figuram duas categorias de sócio: Ostensivo (Contrata em 
nome da sociedade, possuindo responsabilidade solidária e 
ilimitada pelas obrigações sociais.) e participante (Não contrata em 
nome da sociedade, de sorte que não possui responsabilidade pelas 
obrigações sociais, porém, ficará limitado aos investimentos 
empregados na sociedade pelo sócio ostensivo, nos termos do 
contrato social). 
Vamos conhecer a Sociedade Personificada Simples? 
A Sociedade Simples será constituída mediante contrato por escrito, 
devendo conter, além das cláusulas livremente pactuadas entre os sócios, 
alguns itens. Veja quais são. 
 Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios 
(Se pessoas físicas). 
 Firma ou denominação, nacionalidade e sede dos sócios (se pessoas 
jurídicas). 
 Denominação, objeto social, sede e prazo de duração da sociedade. 
 Capital social em moeda corrente; a quota-parte de cada sócio no 
capital social e sua forma de integralização. 
 As prestações de cada sócio no capital social, cuja contribuição 
refira-se a serviços. 
 A administração da sociedade e os poderes e atribuições de cada 
sócio. 
 A participação de cada sócio nos lucros e perdas. 
 A forma de responsabilidade dos sócios (subsidiárias ou não). 
Veremos agora as características da Sociedade Personificada Empresária. 
A sociedade empresária, como já mencionada, é a pessoa jurídica que 
explora a empresa. É uma atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Veja como ela pode ser classificada. 
Quanto à Responsabilidade dos Sócios 
A responsabilidade dos sócios poderá ser: 
 Ilimitada: respondem de forma solidária e ilimitada pelas 
obrigações sociais (ex.: sociedade em nome coletivo); 
 
 Limitada: respondem até certo limite da contribuição para o capital 
social (ex.: sociedade por ações e limitadas). 
 
 Mista: alguns sócios respondem de forma ilimitada pelas obrigações 
da sociedade; outros de forma limitada (ex.: sociedade em 
comandita simples). 
Quanto à Forma de Constituição e Dissolução 
Poderá ser: 
 Contratual: sociedade constituída e regulamentada a partir de um 
contrato social ( ex: sociedades em nome coletivo, em comandita 
simples e limitada). 
 
 Institucional: regulamentada a partir de um estatuto social (ex: 
sociedades em comandita por ações e anônimas). 
 
Responsabilidade dos sócios 
Uma vez personificada a sociedade, os sócios, via de regra, não 
respondem pelas obrigações da sociedade enquanto não exaurido o 
patrimônio social. 
Falaremos agora da Sociedade em Nome Coletivo e da Sociedade em 
Comandita Simples. 
Sociedade em Nome Coletivo é uma típica sociedade de pessoas, na qual 
todos os sócios(A administração compete aos sócios, não admitindo 
delegação de poderes a terceiros) têm responsabilidade, solidária e 
ilimitada, pelas obrigações sociais. Somente pessoas físicas podem 
participar, sejam empresárias ou não. 
Na Sociedade em Comandita Simples há duas categorias de sócios: 
Os comanditados - pessoas físicas com responsabilidade solidária e 
ilimitada pelas obrigações sociais. 
Os Comanditários – Pessoas físicas ou jurídicas com responsabilidade 
limitada ao valor de sua quota (art. 1.045, CC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 – Sociedade Limitada e Sociedade Anônima 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 Descrever as novas normas para a sociedade limitada e anônima; 
 
 Definir a responsabilidade dos sócios na sociedade limitada e nas 
sociedades por ações; 
 Explicar as características das sociedades por quotas e das 
sociedades por ações, a alienação e penhora da quotas, a 
deliberação dos sócios na sociedade limitada e nas sociedades 
anônimas. 
Nesta aula, verificará a importância das Sociedades Limitada e Anônima 
no mundo empresarial. Verá desde as estruturas de menor complexidade 
das Sociedades Limitadas, até as de maior complexidade das sociedades 
por ações. 
Iniciaremos nossa aula estudando a Sociedade Limitada. 
A Sociedade Limitada é considerada uma das sociedades mais usuais no 
Direito Brasileiro, já que a responsabilidade dos sócios está restrita ao 
valor de suas quotas, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio 
pessoal dos sócios, que não podem ser atingidos pelas obrigações. 
Seu capital social é a contribuição inicial dos sócios para a formação da 
sociedade. 
O ato inicial para a contribuição do capital social representa uma 
manifestação de vontade em tornar-se sócio da sociedade, podendo a 
subscrição ocorrer de imediato ou em até 180 dias. 
 
 
 
Veja agora como são as normas relacionadas às responsabilidades dos 
sócios. 
Limitada 
Cada sócio responde pelo valor de sua quota-parte, mas todos são 
solidários pela integralização total do capital social. 
Ilimitada 
O patrimônio dos sócios não pode se alcançado por dívidas contraídas 
pela sociedade. 
Subsidiária 
Enquanto não esgotado o patrimônio social, não pode a execução recair 
sobre bens particulares dos sócios. 
Vamos conhecer os direitos e deveres dos sócios nas Sociedades 
Limitadas? 
Direitos 
 Participar no resultado social. 
 Contribuir para as deliberações sociais. 
 Fiscalizar a administração. 
 Retirar-se da sociedade. 
Deveres 
 Integralização do capital social. 
 Lealdade 
 Sigilo 
 Informação 
A Administração da Sociedade Limitada compete aos sócios determinadospelo contrato social ou a terceiros estranhos à sociedade. Assim, o 
administrador da sociedade limitada poderá ser sócio ou não, nomeado 
em contrato ou ato separado. 
 
As deliberações dos sócios serão computadas conforme a participação 
destes na sociedade, podendo ser realizadas em assembléia ou reunião de 
sócios. 
Vamos estudar agora a Sociedade Anônima? 
É regida pela Lei 6.404/76, usualmente utilizada para constituição de 
sociedade que necessita de grandes investimentos. Por disposição legal, 
será sempre mercantil, independentemente de seu objeto social. 
Seu Capital Social divide-se em ações, as quais representam valores 
mobiliários, que limitam a responsabilidade do acionista. 
O limite desta é o preço de emissão (subscrição). 
Veja como a Sociedade Anônima é classificada. 
Sociedade Anônima Aberta e Sociedade Anônima Fechada 
Na Sociedade anônima aberta, os valores mobiliários estão em negociação 
no mercado de valores mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou das 
bolsas de valores. Já na fechada, seus valores mobiliários não estão em 
negociação nesses mercados. 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por supervisionar 
e controlar o mercado de capitais no Brasil. É uma autarquia federal, 
regulada pela Lei 6.385/76. 
Veja como é classificado o mercado de capitais da Sociedade Anônima. 
Mercado Primário 
Opera a subscrição de valores mobiliários emitidos pela companhia. 
Mercado Secundário 
Opera a compra e venda de ações por intermédio das bolsas de valores. 
Mercado de Balção 
Opera emissão de valores mobiliários de companhia aberta, perante 
terceiros, por meio de um banco. Integra tanto o mercado primário como 
o secundário. 
Bolsa de Valores 
Pessoa jurídica de direito privado cuja função é ampliar o volume de 
negócios nos mercados de capitais, operando a compra e venda de ações 
ou de outros valores mobiliários. 
A Sociedade Anônima poderá ser constituída por escritura pública ou 
particular, devendo em ambos os casos atender a certos requisitos. Veja 
quais são. 
 Subscrição, de pelo menos, duas pessoas de todas as ações em que 
se divide o capital social. 
 
 Realização inicial de 10%, do preço de emissão das ações subscritas 
em dinheiro. 
 
 Efetivação do depósito da parte do capital em dinheiro no Banco do 
Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM. 
(O valor da efetivação em dinheiro poderá variar conforme objeto 
da companhia). 
As ações representam uma parcela do capital social da companhia. 
Aquele que adquirir uma ação será considerado acionista. 
As ações possuem valores mobiliários, emitidos pela própria companhia 
com a finalidade de captar investidores. 
 
 
 
Aula 07 – Empresa e Relação com Consumidor 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 Identificar os conceitos de fornecedor e consumidor no 
ordenamento jurídico brasileiro; 
 
 Definir a relação de consumo, mercadoria e prestação de serviços; 
 
 
 Identificar o agente responsável pelos danos ao consumidor; 
 
 Explicitar as técnicas de oferta e publicidade e cláusulas abusivas 
nos contratos de consumo. 
Nesta aula, você estudará novo perfil da empresa contemporânea diante 
das adaptações necessárias impostas pela lei consumerista. 
 
 
 
Vamos iniciar a aula conhecendo alguns conceitos? 
Consumidor – É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
Consumidor por Equiparação – A lei o equipara ao conceito de 
consumidor, podendo com isso o agente se valer das proteções das regras 
consumeristas. 
Fornecedor – É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional 
ou estrangeira e os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades 
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de 
serviços. 
A palavra atividade do art.3º traduz o significado de que todo produto ou 
serviço prestado deverá ser efetivado de forma habitual, de forma 
profissional ou comercial. 
Produto – É qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
Serviço – É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária. 
A relação de consumo é constituída pela relação jurídica composta pelos 
dois agentes atuantes nas relações de consumo: de um lado o consumidor 
e do outro a figura do fornecedor. 
Não haverá relação de consumo e, por via indireta, não haverá proteção 
do Código de Defesa do Consumidor, se não houver a formação da ponte 
jurídica entre o consumidor e o fornecedor, quer na aquisição de um 
produto, quer na prestação de um serviço. 
A Política Nacional de Relações de Consumo está lastreada em 
determinados princípios. Vamos conhecê-los? 
 
Responsabilidade Fato e Vício do Produto ou Serviço 
Vamos entender agora as questões relacionadas às Responsabilidades 
Civis e Subjetivas do Fornecedor? 
Ao diferenciar obrigação de responsabilidade, constatamos que, em toda 
obrigação há um dever jurídico originário; já na responsabilidade há um 
dever jurídico sucessivo. 
O Código de Defesa do Consumidor estabeleceu obrigações para o justo 
equilíbrio na relação de consumo, imputando responsabilidades na 
hipótese de descumprimento das obrigações consignadas na legislação 
consumerista. 
E quais são os impactos para quem não cumpre as Responsabilidades 
pelo Fato do Produto e do Serviço? 
O Código do Consumidor atribui a quem fornece um produto ou serviço 
defeituoso a obrigação de reparação dos danos causados aos 
consumidores. 
É a chamada responsabilidade objetiva, que o art.12 e art.14 do CDC. 
expressam o dever do fornecedor em indenizar “independentemente da 
existência de culpa”. 
Vamos estudar agora o Contrato nas Relações de Consumo. 
Instrumento pacificador de conflitos 
Apesar do Código de Defesa do Consumidor não tipificar os contratos, 
norteia princípios para a boa condução de um contrato entre consumidor 
e o fornecedor. 
O contrato de adesão, por exemplo, é definido expressamente na lei do 
consumidor, no art. 54 in verbis: “Contrato de adesão é aquele cujas 
cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou 
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, 
sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu 
conteúdo.” 
O termo cláusulas abusivas do contrato concretiza as interpretações dos 
Tribunais acerca das cláusulas leoninas. 
Veja as práticas empresariais de consumo. 
Oferta - A evolução das relações de consumo conduziu à necessidade de 
novo tratamento atinente à oferta e publicidade. 
Propaganda Enganosa - leva o consumidor ao erro ou ao engano na 
aquisição do produto ou do serviço. 
Propaganda Abusiva – Anuncia o produto por meios de ferramentas que 
venham a agredir os bons costumes ou incitam a discriminação racial, a 
violência, a inocência das crianças, dentre outros mecanismos. 
 
 
 
Aula 08- Títulos de Créditos 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 Definir o conceito e características dos títulos de crédito; 
 
 Enumerar os atributos dos títulos de créditos; 
 
 Identificar os agentes cambiários atuantes nas relações cambiárias; 
 
 Diferenciar os instrumentos cambiários nas diversas modalidades 
de títulos de crédito. 
Nesta aula, você estudará os atributos, as características e os institutos 
cambiários dos títulos de crédito. 
Você sabe o que significa Título de Crédito? 
Seu conceito clássico foi trazido pelo professor e jurista CesareVivante, 
que afirma ser o título de crédito todo documento necessário para o 
exercício de um direito literal e autônomo nele contido. 
Título de Crédito é todo documento que o portador necessita ter em mãos 
para poder exigir ou provar o seu direito de crédito contra aquele que 
assinou o título, dentro dos limites dos valores, datas e segurança de 
vícios contidos nesse título. 
Os atributos do Título de Crédito são: literalidade (Somente será 
considerado o que nele estiver escrito), cartularidade (É o documento por 
uma cártula (papel). Para o possuidor exercitar os direitos decorrentes 
do crédito, é necessária sua apresentação) e autonomia (Representa 
uma independência nas relações obrigacionais que se firmam no próprio 
título.). 
Veja como os títulos são classificados. 
Quanto ao modelo 
Livres: não existe um padrão definido para sua confecção, podendo ser 
emitidos de forma livre, observado os requisitos da lei. Exemplos: nota 
promissória e letra de câmbio. 
Vinculados: a lei atribuiu um padrão específico, não permitindo sua livre 
confecção. Exemplos: cheque e duplicata. 
Quanto a Estrutura 
Promessa de Pagamento: o título apresenta duas relações jurídicas, o 
emitente – sacador – e o beneficiário – tomador. Exemplo: nota 
promissória. 
Ordem de Pagamento: título em que há três relações jurídicas: a do 
sacador – que dá a ordem; a do sacado – destinatário da ordem; e a do 
tomador – beneficiário da ordem. Exemplos: cheque e duplicata. 
Quanto à emissão 
Não causais: títulos cuja criação independe de uma origem específica. 
Exemplos: nota promissória e cheque. 
 
Causais: necessitam de uma origem para sua criação. Exemplo: duplicata 
mercantil. 
Quanto a Circulação 
Ao portador: títulos em que o emitente não identifica seu beneficiário. 
Estão praticamente abolidos desde o início dos anos 90. 
Nominativos: títulos em que o emitente identifica o beneficiário, 
registrando-o em livro próprio. Exemplo: ações nominativas das S/A. 
À ordem: títulos passíveis de endosso, em branco (lança-se a assinatura 
sem indicar a favor de quem se endossa) ou em preto (endosso com 
indicação do nome do beneficiário). 
Vamos estudar agora os Agentes Cambiários. 
Agentes Cambiários são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias 
que, de acordo com a sua posição, apresentam direitos e obrigações 
diferenciadas. 
Sacador – aquele titular que emite o título de crédito. 
Sacado - quem é indicado a pagar o título. 
Aceitante – o sacado que aceita a indicação de pagar o título. 
Avalista – terceiro que garante o pagamento daquele obrigado a pagar o 
título. 
Endossante – aquele que transfere os direitos contidos no título para um 
endossatário. 
Beneficiário ou Tomador – aquele que recebe a quantia estabelecida no 
título. 
 
 
 
 
Conheça os Institutos Cambiários. 
 
Veja agora as modalidades de títulos de Crédito. 
1. Letra de Câmbio – É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela 
qual o sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada 
importância a uma terceira pessoa. 
2. Nota Promissória – É uma promessa direta de pagamento dada pelo 
devedor em favor do credor. 
3. Cheque – É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um 
banco, mediante fundos disponíveis do emitente, em poder do sacado, 
proveniente de depósito ou de contrato de abertura de crédito. 
4. Duplicata – é um título de crédito de origem brasileira que tem a 
finalidade de documentar as operações mercantis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 09 – Contratos Empresariais 
 
Ao final desta aula você será capaz de: 
 Diferenciar os agentes atuantes nas relações contratuais, seus 
direitos e deveres; 
 Conceituar as modalidades de contratos tradicionais; 
 Identificar os novos contratos empresariais: conceito e 
características. 
Nesta aula, você estudará os eixos econômicos e jurídicos dos contratos 
contemporâneos que atuam nas relações jurídicas das empresas. 
Os contratos empresariais, como o próprio nome sugere, referem-se a 
contratos que envolvem relação entre empresários. 
Os contratos entre particulares, exceto os do trabalho, se submetem a 
dois regimes: civil e de tutela de consumidores. Os contratos empresariais 
especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja 
vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como 
as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias. 
Eles possuem as características de acordo com o seu tipo de pacto. 
Os contratos são norteados por vários princípios. 
Por meio deles, conseguimos atuar no mundo jurídico sem que nenhuma 
das partes seja lesionada pelo pacto firmado. Conheça os princípios dos 
contratos. 
 Princípio da Liberdade de Contratar 
 Princípio da Relatividade Contratual 
 Princípio da Força do Contrato 
 Princípio da Boa Fé 
 Principio da Igualdade entre as Partes 
 
 
Veja como os Contratos Empresariais são classificados. 
 
Veja agora as modalidades de Contratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 10- Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência da 
Empresa 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 Definir os conceitos dos novos institutos de recuperação da 
empresa e a falência; 
 Diferenciar a recuperação judicial, extrajudicial e falência; 
 Enumerar as fases de desenvolvimento do processo de recuperação 
judicial, extrajudicial e falência; 
 Relacionar os órgãos de atuação na recuperação judicial, 
extrajudicial e falência; 
 Identificar pontos positivos e negativos da recuperação judicial, 
extrajudicial e da falência. 
Nesta aula, você estudará o novo perfil da empresa contemporânea, sua 
função social e a necessidade de sua superação organizacional diante de 
uma crise econômico-financeira por meio do processo de recuperação 
judicial, extrajudicial e falência. 
Com a promulgação da Lei 11.101/05, o Brasil passa a adotar duas formas 
de evitar a falência do devedor em crise. 
 Recuperação Judicial. 
 Recuperação Extrajudicial. 
O empresário e a sociedade empresária estão sujeitos à recuperação 
judicial, a recuperação extrajudicial e a falência. 
Algumas sociedades, embora empresárias, estão excluídas total ou 
parcialmente da falência, ou excluídas totalmente da recuperação (art. 2). 
Vamos entender agora o perfil de dois atores envolvidos nas relações 
judiciais e extrajudiciais. 
Administrador Judicial 
Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, 
administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada. 
Comitê de Credores 
Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência 
somente se justifica nas empresas com grande complexidade 
organizacional. 
Só poderá ser Administrador ou membro do Comitê a pessoa que não é 
legalmente impedida. 
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação judicial? 
A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a 
superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de 
permitir a manutenção da fonte produtora, do empregado e dos 
interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua 
função social e o estímulo à atividade econômica. 
 O Empresário 
 A Sociedade Empresária 
 O Cônjuge Sobrevivente 
 Os Herdeiros 
 O Inventariante 
 O Sócio Remanescente 
 
 
Quais são os requisitos para requerer a recuperação judicial? 
 Exercer atividade regular há mais de dois anos. 
 Não ser falido e, se o foi, estarem extintas suas responsabilidades. 
 Não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação 
judicial;sendo o devedor micro ou empresário de pequeno porte, o 
prazo é ampliado para oito anos. 
 Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio 
controlador, pessoa condenada por crime falimentar. 
Vamos estudar agora os conceitos relacionados ao microempresário e 
empresário de pequeno porte. 
Considera-se microempresário aquele que atinge faturamento bruto anual 
de R$ 244.000,00 e empresário de pequeno porte aquele cujo 
faturamento bruto anual varie entre R$ 244.000,01 e R$ 1.200.000,00. 
Os microempresários e os empresários de pequeno porte poderão 
apresentar um plano especial de recuperação judicial. 
Recuperação 
O plano de recuperação limitar-se-á a algumas condições (art. 71). 
 Abrangerá exclusivamente os créditos quirografários. 
 Preverá parcelamento em até 36 parcelas iguais e sucessivas, 
corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. 
 Preverá o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 
dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial. 
 Estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, depois de ouvido 
o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor 
aumentar despesas ou contratar empregados. 
 
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação extrajudicial? 
Nem todos os credores serão atingidos pelo plano recuperação 
extrajudicial. Veja. 
 Credores Trabalhistas 
 Credores Tributários 
 Credores Titulares de posição de proprietário fiduciário de bens 
móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietários ou 
promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos 
contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade e de 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio. 
 Credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para a 
exportação. 
O empresário e a sociedade empresária, para requerer a homologação do 
acordo de recuperação extrajudicial, deverão preencher os requisitos 
previstos no art. 161. 
Requisitos 
Se o devedor encontrar uma saída para a crise que enfrenta em 
conformidade com os credores, não precisará atender a nenhum dos 
requisitos previstos na lei. Assim, quando a lei impõe requisitos, está se 
referindo ao devedor que pretender levar seu acordo à homologação 
judicial. 
Obs.: após a distribuição do pedido de homologação, os credores que 
aderiram ao plano não podem mais desistir da adesão, salvo com a 
anuência dos demais signatários. 
Vamos estudar agora a Falência? Você sabe o seu significado? 
A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor, 
empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para 
uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os 
credores. 
Quem está sujeito à falência? 
A falência atinge o empresário e a sociedade empresária, bem como o 
espólio do devedor empresário e aqueles que, embora expressamente 
proibidos, exercem atividades empresariais. 
Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor 
apresente-se insolvente. No Brasil, a insolvência presume alguns 
elementos. Veja. 
 Impontualidade 
 Execução Frustrada 
 Prática de Atos de Falência

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