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DIREITO COSNTITUCIONAL 3 PARTE 2 RESUMÃO AULAS 10 A 12 (Este material destinase EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de aula,para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional e legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.) TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO INTRODUÇÃO ORIGEM: Onde há vida em sociedade, há também os conflitos de interesses. "Ubi societas, ubi jus". Necessidade do regramento jurídico. A construção da sociedade e dos sistemas de governos na idade média levou a busca pela administração da Receita Pública. No início os ingressos patrimoniais estavam atrelados ao patrimônio da monarquia e não se separa os bens estatais. Após a formação do Estado Liberal o tributo passa a ter relevância para a formação do dinheiro público (erário) e, tornase o principal elemento de manutenção das despesas públicas. ERÁRIO (Aerarium): É o produto dos valores monetários que integram o Tesouro Público. A formação do Tesouro Público se dá de duas formas: 1. terceiros (externo): Empréstimos 2. própria (interno): Receita Pública As entradas internas (próprias) para os cofres públicos compõem a "Receita Pública", esta pode ser classificada como: a) ORIGINÁRIA Produzida pelo próprio Estado, tais como, aluguel ou venda de bens públicos, etc. b) DERIVADA Produzido pelo exercício do poder do Estado sobre as pessoas, tais como Impostos, taxas, etc. TRIBUTO DEFINIÇÃO: É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou em valor que se possa exprimir que não constitua sanção de ato ilícito, instituída por lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. (art. 3º CTN Lei 5172/66) ELEMENTOS DO TRIBUTO: 1) Prestação pecuniária É uma obrigação que vincula o credor (Estado) e o devedor (contribuinte). 2) Compulsoriedade Independe da vontade do contribuinte ou responsável pelo pagamento. è sempre uma obrigação decorrente da lei. 3) Prestação em dinheiro ou valor equivalente O tributo deve ser pago em dinheiro, porém o art. 156, XI do CTN permite a dação em pagamento. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I o pagamento; II a compensação; III a transação; IV remissão; V a prescrição e a decadência; VI a conversão de depósito em renda; VII o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 1 IX a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela LC nº 104, de 10.1.2001) 4) Não caracteriza sanção A tributação não tem caráter de sanção. Este elemento torna o Tributo diferente da Multa. Atenção: Não obstante as decisões judiciais, a doutrina discute a redução de tributo como benefício para contribuinte que não cometa infração, no caso do pagamento de IPVA, através de alíquotas menores. Aumentar ou reduzir tributo com intenção de beneficiar ou punir é uma extrafisclidade vinculada com natureza de sanção premial. 5) Legalidade É um elemento primordial do Tributo, eis que, possui a natureza compulsória. A regra é a lei Ordinária, entretanto a CF/88 exige Lei Complementar nos casos dos art. 148 Empréstimo Compulsório; Art. 153, VII I.G.F. Imposto sobre Grandes Fortunas; art. 154, I Impostos Novos e Art. 95, § 1º C.S.S. Contribuição da Seguridade Social. Atenção: Ver art. 62, § 2º da CF/88 6) Necessidade de atividade administrativa vinculada: A exigência do Tributo tem por origem a pessoa do Direito Público (art. 7º do CTN). A Competência tributária é indelegável. CONCLUSÃO: A exação que reunir os seis elementos é considerada tributo, independente do nome jurídico atribuído. Atenção: Segundo a doutrina existem situações excepcionais como o caso do F.G.T.S. que apesar de apresentar os elementos conceituais do tributo, não é considerado como tal. Pois o FGTS não integra a receita pública, mas sim, o patrimônio do trabalhador. Cobrança do Tributo: Administração Tributária Função da administração tributária: ARRECADAR; FISCALIZAR; EXIGIR. Atenção: A única função que pode ser delegada por pessoa jurídica não integrante do direito público é a arrecadação. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: REGRA BÁSICA: TRICOTOMIA: Segundo a CF/88 art. 145 e o CTN art. 5º a ideia de tributo é um produto da tricotomia: Imposto; Taxa; Contribuição de melhoria. * Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I impostos; II taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 2 * Art. 5º (CTN) Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. A doutrina que acompanha a teoria trocotômica considera o "fato gerador" como o único elemento capaz de qualificar os tributos. FATOS GERADORES: 1. Não vinculação da ação estatal com a pessoa do contribuinte. 2. Vinculação da ação estatal à prestação do serviço público ou decorrente do exercício do poder de polícia. 3. Vinculação a valorização imobiliária em face de obra pública Art. 4º (CTN) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificála: I a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II a destinação legal do produto da sua arrecadação. Os defensores da tricotomia, entendem que a destinação legal do produto da arrecadação não é relevante para definir um tributo. Este, inclusive é o elemento que diferencia os tributos dos empréstimos compulsórios, tomandopor base a teoria tricotômica (TRIPARTITE). REGRAS ESPECIAIS: 1. QUATRIPARTITE: Os defensores da Teoria Quatripartite sustentam a existência de quatro tributos: a) Impostos; b) Taxas; c) Contribuições especiais (contribuições de melhoria e a parafiscais); d) Empréstimos Compulsórios. Os defensores desta corrente entendem que os empréstimos compulsórios são tributos restituíveis, alguns chamam de "impostos restituíveis". A teoria quatripartite não se prende somente ao fato gerador. 2. QUINQUIPARTITE: a) Impostos; b) Taxas; c) Contribuições de melhoria; d) Contribuições parafiscais; e) Empréstimos Compulsórios. Esta teoria tem obtido sucesso após a Constituição Federal de 1988, tanto na doutrina, quanto na jurisprudência. Para esta corrente as Contribuições parafiscais e os Empréstimos Compulsórios se utilizam do fato gerador das taxas e dos impostos, sendo na destinação legal do produto da arrecadação que, segundo a lei seria irrelevante (art. 4º inciso II do CTN). As contribuições parafiscais servem de instrumento para atuação no campo social e na intervenção no domínio econômico. ATENÇÃO: O aparecimento do Estado Social e do Estado Democrático de Direito (Séc. XX) quebrou a ideia dos tributos serem apenas Impostos, a atividade do Estado como agente na conquista social do povo, fez surgir novas espécies tributárias. CONCLUSÃO: Sendo assim, podemos reconhecer como tributos cinco espécies tributárias, duas em razão da destinação legal do produto da arrecadação e três em face do fato gerador. LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR art. 150 da CF/88 DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR AS LIMITAÇÕES PODEM SER: A) GENÉRICAS 3 B) ESPECÍFICAS A)LIMITAÇÕES GENÉRICAS: Atinge todas as entidades da federação, tais como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. (art. 150 CF). Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: * A criação de imunidade tributária é própria da CF, enquanto que a isenção tributária é matéria para ser tratada por lei. Senda assim a lei pode criar isenção tributária, sem invadir a competência do Poder Constituinte Derivado. I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; * Não viola a CF a definição de alíquotas do Imposto de Importação e do IPI por ato normativo do Poder Executivo Art. 153,§ 1º da CF, desde que obedecidos os limite legais. II instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; * Observância do Princípio da Isonomia. III cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) IV utilizar tributo, com efeito, de confisco; * A multa como sanção pelo não cumprimento da obrigação tributária não pode ser em valor que inviabilize o recolhimento do próprio tributo,sob pena de produzir efeito confiscatório. V estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; VI instituir impostos sobre: * A imunidade tributária contida neste dispositivo, diz respeito apenas aos Impostos e não, por exemplo às contribuições sindicais. a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; * Imunidade recíproca Ex.: Alcança também máquinas e insumos destinados a confecção dos jornais. b) templos de qualquer culto; * Segundo o STF a "Maçonaria" não se enquadra no conceito de templo de qualquer culto. * Os Cemitérios são considerados como extensões de entidades de caráter religioso e gozam de imunidade. c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. * A imunidade alcança os filmes e papéis necessários à publicação dos jornais e periódicos (Súm. 657). § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. § 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 4 § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fatogerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) *Substituição Tributária: REGRAS: 1. Norma tributária impositiva relação entre o contribuinte e o fisco. 2. Norma de substituição tributária atribuindo o dever de recolher o tributo em lugar do contribuinte. Ex.: Compra de tintas por um estabelecimento para revenda em outro lugar. A indústria pagará por si e pelo seu adquirente. B) ESPECÍFICAS: Atinge apenas determinados entes da federação, conforme a CF/88. B.1) UNIÃO: Art. 151. É vedado à União: I instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócioeconômico entre as diferentes regiões do País; Princípio da Uniformidade: Princípio que proíbe o tratamento diferenciado (art. 151, I) Atenção: possibilidade de incentivos fiscais manutenção do equilíbrio econômico e social, obedecendo aos objetivos fundamentais da República (art. 151, I, "in fine"). Ex.: Zona Franca de Manaus art.40 c/c art. 92 do ADCT prorroga por mais dez anos os benefícios da Zona Franca de Manaus. II tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; III instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. * A União não pode estabelecer isenção em tributo que não é da sua competência. * O art. 13 do CTN não foi recepcionado. Art. 13. ... Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º. B.2) Estados, ao Distrito Federal e Municípios: Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. * Princípio da NãoDifirenciação Tributária decorrente do Princípio da Uniformidade, mas aplicado aos entes regionais. DIFERENÇA BÁSICAS ENTRE ISENÇÃO E IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: a) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: 1. Prevista na Constituição Federal. 2. Exclui o fato gerador. b) ISENÇÃO TRIBUTÁRIA: 1. Prevista na Lei específica. 2. Exclui o crédito tributário, mas não a obrigação. Bibliografia indicada: 1. BALEEIRO, Aliomar; atualizado por MIsabel Abreu Machado Derzi. Direito Tributário. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. 2. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. 17.ed.atu. Rio de Janeiro: Renovar, 2010. 3. Amaro, Luciano, Direito Tributário Brasileiro, Ed. Saraiva. 4. Beltrão, Irapuã, Resumo De Direito Tributário, Ed. Impetus. 5. Borba, Cláudio, Direito Tributário, Ed. Impetus 6. Constituição Federal E Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66). ORDEM ECONÔMICA E FINACEIRA (Art. 170/192) INTRODUÇÃO: 5 1. Na Constiuição Brasileira o tratamento da ordem econômica tem incío na Constituição de 1934, inspirada pela Carta Alemã de 1917 (Weimar). Entretanto, na Constituição do Império (1824) havia normas sobre o direito de propriedade em sua plenitude, mas não regulou a ordem econômica. 2. O tratamento da ordem Econômica ganha impulso após o estabelecimento do Estado Social de Direito como uma espécie de cokplemento ao Estado Liberal de Direito. 3. A necessidade de harmonizar as ideias do estado liberal com o estado social, tem como produto a criação de princípios e fundamentos para a ordem social. 4. O estado brasileiro é capitalista, mas não abandonou a economia social e sutentável estabelecendo a possibilidade do Estado atuar como interventor para reduzir possíveis injustiças econômicas e soicais na sociedade. 5. A CF/1988 permite a intervenção do Estado (poder) na ordem econômica privada visando a dignidade da pessoa humana e a justiça social. FUNDAMENTOS, FINALIDADE E PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA 1. FUNDAMENTOS: Valorização do trabalho humano Livre iniciativa 2. FINALIDADE: Assegurar a todos existência digna 3. PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA I soberania nacional; II propriedade privada; III função social da propriedade; IV livre concorrência; V defesa do consumidor; VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII redução das desigualdades regionais e sociais; VIII busca do pleno emprego; IX tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I soberania nacional; II propriedade privada; III função social da propriedade; IV livre concorrência; V defesa do consumidor; VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) VII redução das desigualdades regionais e sociais; VIII busca do pleno emprego; IX tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO: 1. Todos os cidadãos brasielrios têm garantia constitucional de livre exercício da atividade econômica, desde que previamente autorizados pelos órgãos públicos. (_____) 6 2. O trabalho é um fundamento da ordem econômica, mas não se adequa como fundamento na ordem social. (_____) GABARITOS: 1. ERRADA O art. 170, Parágrafoúnico dispõe que independe de autorização de órgão público, salvo situações especiais previstas em lei. 2. ERRADA O trabalho é fundamento na ordem econômica e também na ordem social (art. 170 e 193). INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ORDEM ECONÔMICA A CF/88 assegurou a livre inciativa e a proteçã a propriedadeprivada, desde que respeitada a sua função social. Todavia permite que Oestado atue como interventor no domínio econômico com as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, atuando como agente normativo e regulador da atividade econômica (Art. 174 da CF/88). Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. § 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento. § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. § 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômicosocial dos garimpeiros. § 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei. O Estado pode atuar no domínio econômico de duas formas: 1. AGENTE NORMATIVO E REGULADOR: fiscalização, incentivo e planejamento. (Art. 174) * Atenção: Os serviços públicos poderão ser concedidos ou permitidos, na forma da lei (Art.175 da CF) ** Atenção: O proprietário do solo tem direito ao resultado da exploração (Art. 176, § 2º da CF) 2. ADMINISTRADOR DIRETO DA ATIVIDADE ECONÔMICA: monopólio (Art. 177) e necessidade de segurança nacional ou relevente interesse coletivo (Art. 173) * Atenção: Flexibilização do do monopólio: possibilidade de contratar emrpesas privadas para realização de certas atividades (Art. 177, § 1º da CF) EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO: 3. No exercício do planejamento a atuação do Estado será determinante para o setor privado e indicativo para o setor público. (______) 4. (Procurador da Fazenda 2006/Esaf) Certas atividades que constituem monopólio da União só podem ser realizadas por empresas estatais. (_____) GABARITOS: 3. ERRADA Ocorre o inverso. 4. CERTA O Art. 177 determina que algumas (certas) atividades só podem ser desenvolvidas pela União, exercendo um monópolio estatal. POLÍTICA URBANA E RURAL O tema também foi aborado no título que trata da Ordem econômica e Financeira, especificamente nos art. 182 ao 191 da CF/88 Devemos dar atenção expecial aos Art. 183 e 191 Usucapião Constitucional * Atenção: art. 243 alterado epla EC/81 2014 7 "Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei." (NR) SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL A EC/40 2003 alterou e simplificou o Sistema Financeiro Nacional, revogando todos os incisos e parágrafos do art. 192 e estabelecendo que a matéria será rwegulada por Leis Complementares. Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003) EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO: 1. Os imóveis públicos, segundo a Constituição Federal, não se submetem a prescrição aquisitiva de direitos relativos a propriedade. (_____) 2. A desapropriaçãosanção aplicada pelo Muinicípio, em face do imóvel urbano não estar cumprindo a sua função social, será paga previamente em dinheiro. (_____) 3. Ainda que ocorra desapropriação para Reforma Agrária, determinados bens deverão ser indenizados em dinheiro. (_____) GABARITO: 1. CERTA Bens públicos são inuscapíveis. (art. 183, § 3º e art. 191, parágrafoúnico da CF) 2. ERRADA Serão pagas em T.D.P. (art. 182 , § 3º, inciso III da CF) 3. CERTA Benfeitorias uteis e necessárias (Art. 184, § 1º da CF). FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 8 9 10
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