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Liberalização Financeira

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Liberalização Financeira
Performance econômica e estabilidade macroeconômica no Brasil : uma avaliação do período 1994 – 2007
Grupo : Domingos Borralho
 Isaias Silva
 Laraíny Caetano
 Matheus Maia
Conta Capital e Financeira
Conta Capital
registra as transferências unilaterais de capital: transferências de patrimônio resultantes de imigração ou emigração; bens não financeiros não produzidos, que compreende a compra e venda de direitos de propriedade, tais como marcas e patentes.
Conta Financeira
registra fluxos decorrentes de transações com ativos e passivos financeiros entre residentes e não-residentes no que se refere a investimento direto, investimento em carteira, derivativos financeiros e outros investimentos.
 
Liberalização Financeira
Conceito:
A liberalização financeira refere-se a uma maior flexibilidade sobre os investimentos em carteira.
Critérios para a liberalização:
mercados financeiros domésticos bem desenvolvidos e regulados
 
patamares mínimos em termos de desenvolvimento econômico e institucional
governança das políticas macroeconômicas e integração comercial
Benefícios da Liberalização
 
maior acesso ao know-how tecnológico e ao conhecimento de outros países através do investimento direto estrangeiro (transferência de tecnologia).
à maior especialização da produção, levando ao aumento na produtividade, devido ao melhor gerenciamento de risco.
Efeitos da integração financeira internacional
Integração financeira Internacional
Canais indiretos
Promoção da especialização
Estimulo para melhores políticas
Fortalecimento dos fluxos de capitais através de boas políticas
 Canais Diretos
Aumento da poupança doméstica
Menor custo do capital à melhor alocação do risco
Desenvolvimento do sistema financeiro
Maior crescimento econômico
Pérsio Arida
Foi um dos idealizadores do plano real e presidente do Banco Central em 1995, é um economista brasileiro nascido no dia 1° de março de 1952 conhecido por percorrer fluentemente entre o governo, o setor privado e a academia. Arida defende que a consolidação da estabilidade macroeconômica no Brasil requer uma moeda plenamente conversível. De acordo com o economista, a plena conversibilidade resultaria em menores taxas de juros em dólares dos títulos de longo prazo no exterior e, como resultado, menores taxas em reais, em atribuição a relação positiva entre prêmio de risco e controle de capitais. 
Hipótese Central de Arida 
A hipótese central de Arida gira em torno de que as restrições às transações com moeda estrangeira, aumentam as taxas de juros interna e externa, graças ao seu efeito sobre o prêmio de risco. E o prêmio de risco depende, entre outros fatores, do regime da conversibilidade da moeda doméstica. Os efeitos da conversibilidade restrita sobre as reais taxas de juros se dão de duas formas interdependentes:
Efeito sobre o prêmio de risco externo em que a manutenção de um regime de conversibilidade restrita sinaliza para os credores externos a possibilidade de o Banco Central suspender ou contingenciar os pagamentos ao exterior no futuro.
Efeito sobre o prêmio de risco interno em que a manutenção de um regime de conversibilidade restrita sinalizaria para os credores internos a pouca confiança que o próprio Tesouro tem na sua capacidade de honrar os compromissos financeiros devidos à dívida interna. Essa sinalização tem o efeito de aumentar a incerteza sobre os títulos da dívida interna, fazendo com que a taxa de juros interna também se eleve.
Crítica à hipótese de Arida 
Críticos da proposta de Arida mantém a posição de que o argumento sustentado pelo economista em relação as restrições administrativas às transações com moeda estrangeira, de que aumentam as taxas de juros interna e externa, não tem suporte empírico.
Segundo a literatura internacional a relação entre os efeitos da liberalização financeira e o crescimento econômico não tem sido conclusiva.
E ainda, os críticos argumentam que a excessiva volatilidade da taxa de câmbio tem efeitos prejudiciais sobre as decisões de investimento e, consequentemente, sobre o crescimento econômico.
. 
Estudos empíricos sobre a liberalização da conta capital e financeira, proposta por Arida, no período de implantação do plano real.
Oreiro
Vann der Laan
Ono
Goldfajn e Minella
Realiza os primeiros estudos no ano de 2004.
Analisa:
Conversibilidade do real, levantando dados de 94-00
Variáveis:
divida pública; PIB; variação do risco país e dois índices de controles capitais.
Conclusão:
 Os efeitos são irrelevantes, assim não existe relação entre os controles administrativos e a conversibilidade da moeda.
Estudo produzido no ano de 2005.
Avalia a validade empírica dos argumentos de Arida utilizando a metodologia VAR, com dados do período 90-01.
Variáveis:
PIB per capita, taxa de alfabetização, expectativa de vida, investimento, poupança, e consumo do governo.
Conclusão:
Ao contrario, os resultados mostraram que os controles de capitais podem atenuar a volatilidade da taxa de cambio e reduz a taxa de juros.
Análise elaborada no ano de 2005.
Avalia
a relação entre liberalização da conta de capital e volatilidade macroeconômica no Brasil, no período recente, 92-03.
Variáveis:
Produção industrial, conta capital privada, taxa de cambio real, taxa SELIC.
Conclusão:
Os estudos mostram que os efeitos do câmbio flutuante e abertura das contas trouxeram benefícios do risco pais e na volatilidade macroeconômica
Testado no ano de 2007.
Analisa
o processo de liberação da conta capital e o crescimento econômico entre 90-05,
utiliza o método VAR.
Variáveis:
Índice de jure, índice de facto, índice de abertura financeira.
Conclusão:
Os resultados não permitiram estabelecer uma relação positiva entre liberalização financeira (tanto de jure quanto de facto) e crescimento econômico para o período analisado.
Conclusão dos estudos empíricos analisados pelo autores
Os testes realizados sobre a conversibilidade do real proposto por Arida, três mostraram evidências de que a liberalização financeira não teve resultados sobre o crescimento econômico e apenas um mostra resultados benéficos relacionados à redução da volatilidade macroeconômica.
Legislação sobre o controle de capitais no Brasil
Três pilares básicos que restringiram a mobilidade de capitais no Brasil.
Dois decretos da década de 1930: estabeleceram monopólio do Banco do Brasil na compra de divisas.
Lei 4131/62 estabeleceu que somente poderiam retornar ao exterior capitais que ao ingressar no país, houvessem sido registrados no Banco Central do Brasil.
Limitação das instituições para as posições comprada e vendida de cambio, a que configurava praticamente restrições quantitativa.
Queda dos três pilares
Já nos anos 90 essas proibições e entraves foram eliminados.
Em 1991 foi permitido aos investidores institucionais estrangeiros negociar títulos e ações emitidos domesticamente.
No ano seguinte o BCB autorizou ampla liberalização à saída de capitais.
Após a crise de 1999 ( desvalorização do real) e adoção do regime de cambio flutuante as autoridades econômicas implementaram uma série de normas cambiais que resultou na consolidação e no aprofundamento das mudanças efetuadas na década de 1990, tais como:
- Unificação dos mercados existentes (livre e flutuante) na década de 2000.
- Eliminação da necessidade de maturidade mínima para empréstimos externos e exclusão do imposto sobre entrada de capitais.
- Simplificação dos procedimentos relacionados à remessa de capitais para outros países entre outros.
Conclusão
Os resultados obtidos não permitem validar a hipótese de Arida, assim como não há evidências de que a liberalização financeira tenha gerado efeitos positivos sobre um conjunto de variáveis macroeconômicas.
Em linha os resultados adquiridos em outros estudos da literatura internacional e nacional, os resultados alcançados neste artigo parecem dar suporte aos críticos da liberalização financeira, que afirmam
que os efeitos instáveis predominam sobre os potencias benefícios (pelo menos é isso que parece revelar o caso brasileiro recente).

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