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CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 UGO SANTANA AR CONDICIONADO O condicionamento de ar está ligado ao estabelecimento de condições de conforto de usuários ou de características do ar para determinadas funções específicas. Os pontos acima são os principais itens controlados pelos sistemas de ar condicionado. Movimentação Direção, sentido e velocidade Temperatura Resfriamento ou aquecimento Umidade Umidificação ou desumidificação Grau de limpeza Presença de partículas e micro-organismos Pureza Proporção de substâncias AR CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA EDIFICAÇÕES CONDICIONADAS ARTIFICIALMENTE CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Deve-se ter em mente que espaços projetados para o uso do ar-condicionado devem ser diferentes de espaços projetados para ventilação natural. Enquanto os espaços para ventilação precisam promover a o aumento da circulação do ar, os espaços condicionados devem limitar o volume de ar utilizado e evitar ganhos de calor desnecessários. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Maior volume de ar Maiores aberturas Menor volume de ar Menores aberturas VENTILAÇÃO AR CONDICIONADO Vale ressaltar que os ambientes com ventilação natural podem utilizar transmitâncias mais altas devido a perda do calor interno através dos elementos de vedação. No caso de ambientes com ar-condicionado, o projeto deve tentar atingir a situação em que o interior não varie sua temperatura de acordo com o exterior. Paredes ! Transmitância elevada Coberta ! Transmitância reduzida CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA VENTILAÇÃO AR CONDICIONADO Paredes ! Transmitância reduzida Coberta ! Transmitância reduzida Outro ponto importante deve ser evitar situações que existam troca de massas de ar com diferentes temperaturas. Dependendo do volume de ar que será resfriado, espaços totalmente condicionados têm maior desempenho e gastam menos energia. CONDICIONADO VENTILAÇÃO CONDICIONADO CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Redução da eficiência do equipamento Apesar das máquinas externas dos ar condicionados serem preparadas para intempéries, quanto mais protegida do calor e em local com ventilação adequada, mais eficiente será o sistema. Proteção contra radiação Facilidade de ventilação Exposição à radiação Dificuldade de ventilação CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA MENOS EFICIENTE MAIS EFICIENTE SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Existem diversos tipos de sistemas de refrigeração desenvolvidos ao redor do mundo para atividades específicas e condições ambientais determinadas. Acima estão os tipos mais utilizados no Brasil e mais especificamente no Ceará. Vale ressaltar que projetos especiais requerem análises mais aprofundadas sobre a solução necessária. 1. Unidades de janela (janeleiro) 2. Unidades tipo split 3. Unidades de gabinete (self-contained) 4. Centrais de ar CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA O funcionamento dos sistemas de ar condicionados é muito semelhante. A movimentação de um fluido frigorífico por dentro de uma serpentina reduz sua temperatura. A serpentina por sua vez, ganha calor do ambiente resfriando o ar com o qual entra em contato. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA COMPRESSOR EVAPORADOR CONDENSADOR VÁLVULA DE EXPANSÃO AR QUENTE AR FRIO CONDENSADOR Contato com o exterior do ambiente EVAPORADOR Contato com o interior do ambiente (Resfria o fluido) AR DO AMBIENTE AR DO EXTERIOR Ganha calor e esfria o ar Perde calor e esfria o fluido (Move o fluido) Serpentina fria Serpentina quente Existem dois sistemas de expansão: o de expansão direta e o de expansão indireta. O primeiro, o ar entra em contato com a serpentina do evaporador e resfria. No segundo, o ar do ambiente não entra em contato com a serpentina: a serpentina resfria um segundo fluído, normalmente água, que é distribuído pelo edifício até uma segunda máquina que tem contato com o ar da sala. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA EVAPORADOR EVAPORADOR EXPANSÃO DIRETA EXPANSÃO INDIRETA Água fria Água quente AR FRIO AR FRIO AR FRIO AR DO AMBIENTE AR DO AMBIENTE Não entra em contato com o ar do ambiente. Entra em contato com o ar do ambiente. SEGUNDO EQUIPAMENTO SEGUNDO EQUIPAMENTO Unidades de janela (Janeleiro) Também conhecidos como janeleiros, eram até pouco tempo a principal solução para pequenas aplicações. Possui todos os componentes necessários para o funcionamento em uma só unidade. Além do baixo custo de aquisição e manutenção, podem ser facilmente instalados. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Apesar das vantagens citadas, geram muito ruído e consomem mais energia que os outros sistemas. Distribuem de forma ineficaz o ar no interior do recinto, por estarem localizados nas fachadas. Além disso, a geração de água no processo de resfriamento, não é considerado em diversos edifícios. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Ar condicionado de janela CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Ar condicionado de janela CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Unidades tipo split Split significa divido em inglês. Possui essa nomenclatura porque a principal característica dessas unidades é a separação dos componentes em duas máquinas, uma para ser instalada no interior do ambiente, o evaporador, e outra no exterior, o condensador. Consome menos energia que a unidade de janela e é mais silencioso. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Além de uma maior flexibilidade de localização para a máquina externa, esse tipo de equipamento permite a instalação da máquina interna no local mais adequado para a refrigeração e a movimentação de ar. Permitem ainda o controle da água produzida no processo por meio de dutos que se conectam às instalações de águas pluviais. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA E C Comparado ao tipo anterior, possui preço mais elevado e necessita de mão de obra especializada para sua instalação. Em compensação consome bem menos energia que um ar condicionado de janela. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Ar condicionado tipo split CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Ar condicionado tipo split, com máquina externa protegida contra a radiação. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA C E E E E C C C C HI WALL Fixação na parede Altura elevada TETO Fixação no teto Próximo ao forro PISO/TETO Fixação piso/teto Altura variável CASSETE Fixação na parede Associado ao forro A máquina interna, ou seja, o evaporador tem várias configurações dependendo do local de instalação, que pode ser na parede, desde o próximo ao piso até próximo ao forro; como também fixado no teto. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Máquina interna tipo cassete. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Máquina interna tipo cassete aplicado no forro de uma sala de estar. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Esses sistemas permitem ainda o chamado “multi split” que é existência de apenas uma máquina externa, o condensador, ligada a diversas máquinas internas. O multi split tem valor de compra econsome menos energia se comparado aos condensadores individuais. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA C E E E E MULTI SPLIT Uma máquina externa (condensador) ligada a várias internas (evaporador) As maquinas internas podem ser diferentes e são independentes Unidades de gabinete (self-contained) É um tipo de máquina bem versátil. Existem modelos em que todos os componentes necessários para o funcionamento estão em uma só unidade, mas podem ser conectados a outras unidades externas para um melhor funcionamento. Podem ainda ser utilizados diretamente dentro do ambiente ou em outro ambiente com a utilização de dutos. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Pela dimensão e complexidade necessitam de mão de obra especializada, porém consomem menos energia que os sistemas anteriores. Outro fator importante é que impede a seleção de temperaturas de ar diferentes para cada ambiente o qual está ligado. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA A máquina pode estar dentro do ambiente que será refrigerado A máquina pode estar em outro ambiente com dutos de entrada e saída de ar CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Grandes espaços como cinemas, são a aplicação ideal desse sistema. Centrais de ar São sistemas complexos de refrigeração que possuem grande capacidade de refrigeração e grandes volumes de ar. Porém, ocupam muito espaço nos edifícios e devem ser analisados durante o desenvolvimento do projeto de arquitetura. Se forem projetados corretamente podem consumir menos energia que os sistemas anteriores. Possuem alto custo de instalação e manutenção. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Chiller e Fancoil É um sistema muito comum de central de ar. O Chiller é um equipamento de expansão indireta, ou seja, não resfria o ar do ambiente, mas sim um volume de água que é distribuído pelo edifício até chegar em um segundo equipamento chamado de Fancoil. O Fancoil por sua vez, resfria o ar dos ambientes a partir do contato do ar com a tubulação de água gelada. CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA C F F F CAPACIDADES CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Apesar de ser comum a utilização da unidade BTU/h, ou seja, British Thermal Unit, a unidade adotada pelo Sistema Internacional de Unidades é a TR, ou seja, Tonelada de Refrigeração. O primeiro se tornou comum por ser adotado no marketing dos equipamentos para consumidores comuns. 12.000 BTU/h = 1 TR CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Apesar de espaços complexo necessitarem de cálculos rigorosos dos ganhos e perdas de calor do ambiente para o projeto da capacidade de refrigeração, existem tabelas para a estimativa dos valores. Acima está uma tabela que indica a quantidade de área para cada TR do equipamento. Residências 22,0 m2 / TR Espaços para trabalho leve 20,0 m2 / TR Trabalho leve com muito vidro 17,5 m2 / TR Espaços para trabalho pesado 15,0 m2 / TR Reuniões 12,5 m2 / TR Auditórios e salas de aula 10,0 m2 / TR Hospitais e clínicas 12,5 m2 / TR ESTIMATIVA DE CARGAS CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA Apesar de espaços complexo necessitarem de cálculos rigorosos dos ganhos e perdas de calor do ambiente para o projeto da capacidade de refrigeração, existem tabelas para a estimativa dos valores. Acima está uma tabela que indica a quantidade de área para cada TR do equipamento. Unidade de janela ≤ 2 TR ≤ 24000 BTU Unidade split ≤ 5 TR ≤ 60000 BTU Unidade de gabinete ≤ 60 TR ≤ 720000 BTU Centrais de ar ≥ 10 TR ≥ 120000 BTU CAPACIDADES DOS SISTEMAS CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1 ! UGO SANTANA
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