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Política econômica do Plano Real, Cruzado e Atual

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PLANO CRUZADO
Quando José Sarney assumiu a presidência da República o Brasil vivia um grande estado de euforia: grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos etc. 
O plano Cruzado tinha como principais objetivos: controlar a inflação e reorientar a economia trazendo de volta a confiança na sociedade em si própria e no País. De modo geral o plano procurava conciliar o combate à inflação com a manutenção do crescimento econômico e do poder aquisitivo do salário. 
Suas principais mediadas foram: 
- A moeda corrente brasileira que era o Cruzeiro foi transformada em Cruzado, seguido de sua valorização (O cruzado valia 1000 vezes mais);
- Antecipação do salário mínimo (O governo garantia a antecipação de parte do salário mínimo visando assim estimular o consumo);
- Correção automática do salário para acompanhar a inflação. 
- Congelamento de preços entre bens e serviços, os quais eram fiscalizados por cidadãos comuns (fiscais do Sarney);
- Congelamento da taxa de câmbio durante um ano;
- Extinção da indexação; etc. 
Enquanto funcionou o Cruzado conseguiu sacudir a população. Sua reação foi uma explosão de consumo devido: ao “estrangulamento” da inflação por 9 meses; as baixas taxas de juros e ao congelamento dos preços. 
Inúmeras foram as razões para o seu fracasso, dentre elas: 
- Característica fortemente heterodoxa do plano – três aspectos difíceis de conciliar;
- Administração inexperiente, amadora, incompetente e ingênua que:
a) superestimou a racionalidade do poupador;
b) imaginou que a curto prazo o capital especulativo se reconverteria em investimentos produtivos. 
-Congelamento dos preços e a baixa taxa de juros, quando a necessidade era de estimulo a poupança;
- Emissão irresponsável de papel moeda;
- Falta de controle nos gastos públicos; etc. 
O plano deveria ter estimulado e mantido atrativa a poupança, as exportações e contido o consumo com medidas administrativas, politicas, monetárias e fiscais. 
PLANO REAL 
Ao assumir interinamente a Presidência da República, Itamar Franco se deparava com uma inflação, em 12 meses, de 1119% e com uma população sem confiança alguma nos planos econômicos que poderiam ser propostos. A economia vinha em ritmo recessivo, o Estado não tinha arrecadação suficiente para cobrir suas despesas e, desta forma, imprimia mais dinheiro para fazer frente às despesas.
A inflação crescente deteriorava o sistema monetário e comprometia a capacidade produtiva, devido à dificuldade de calcular lucros futuros, desestimulando a produção, estimulando o consumo e piorando ainda mais os efeitos da inflação. 
O Plano Real teve como precípua a estabilização econômica do país através de um combate rigoroso a inflação, que já durava aproximadamente trinta anos. Além de outros objetivos como: o combate à pobreza, retomada do crescimento econômico etc. 
O Plano passou por três fases: O Programa de Ação Imediata, a criação da URV (Unidade Real de Valor) e a implementação da nova moeda, o Real. 
O “PAI” consistia em um programa de ajuste fiscal através da contenção gastos e aumento da arrecadação.
A URV destinou-se a promover a promover o alinhamento de preços, valores e contratos; com valores atualizados diariamente. Promoveu dessa forma a desindexação econômica. 
O Real veio para ser uma moeda forte e de poder aquisitivo estável. Após a implantação total do plano Real, a inflação passou de 47,43% em junho daquele ano para 1,71% em dezembro. 
A taxa de juros se mantinham oscilando, porém em média, ou seja, sem grandes altas e baixas.
O câmbio flexível foi utilizado com forma de combate à inflação.
O plano real em geral foi benéfico para o país como um todo, para a população em geral, destacando: as camadas mais pobres; as grandes empresas e os profissionais liberais. Porém, sua política econômica acarretou um aumento considerável nas importações prejudicando, assim, os exportadores e chegando a provocar a falência de industrias e empresas e, portanto, contribuindo para o desemprego. 
POLITICA ECONÔMICA ATUAL 
É inegável que, atualmente, vivemos uma situação crítica no Brasil. Segundo a percepção de economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central e analistas consultados pelo G1, as previsões que, no início de 2015, indicavam um ajuste mais rápido para controle da inflação, para as contas públicas e nível de atividade, agora mostram que esse processo deve demorar bem mais tempo – podendo abranger o segundo mandato inteiro da presidente Dilma Rousseff. 
A taxa de juros básica da economia atualmente se encontra em 14,25% ao ano, com grandes e constantes possibilidades de crescimento; o mercado já vê o dólar acima de R$ 4, o PIB médio negativo para o segundo mandato de Dilma, e inflação maior, acima, pela média, de 6,3% – com novo crescimento em relação aos quatro anos anteriores. Além disso, foi divulgada a elevação da taxa de desemprego para 8,3% no 2º trimestre, maior taxa desde o início da série em 2012, e, como todos os outros aspectos, só continua subindo de forma acentuada.
Houve queda do consumo e recuo na construção civil, porém o consumo do governo continua positivo mesmo tendo queda em comparação anual. Um respiro poderia estar vindo do setor externo, já que a queda do real torna os produtos brasileiros mais competitivos e os importados menos atrativos, e de fato as exportações subiram, porém não é só o real que está depreciado, e a demanda mundial não está. Em resumo, o cenário atual e as previsões não são nada otimistas.

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