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PRINCIPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO CIVIL

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PRINCIPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
O sistema possui uma série de principios informativos que são inquestionáveis no ordenamento jurídico e de muita importância para compreensão desse sistema e para interpretação de cada norma. A seguir venho expor alguns principios do processo de execução de grande importância ao sistema jurídico. 
PRINCIPIO DA PATRIMONIALIDADE (CARATER REAL DA EXECUÇÃO)
Esse princípio diz respeito a execução da divida é conhecida como real por essa mesma recair diretamente sobre os bens, o patrimônio que possui o devedor e não sobre a pessoa do mesmo, como era anteriormente. Está disposto no art. 591 do CPC vigente “O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei”, portanto, todos os meios que envolvam a tomada de bens do executado são permitidas já que não envolve a pessoa e sim seus bens.
Antigamente o a execução da divida era pela pessoalidade, o que não ocorre mais nos dias de hoje e o adimplemento vinha a gerar prisões, capturas e torturas e hoje já ocorreu uma grande evolução diante desta questão, a prisão ainda é permitida em caso de devedor de alimentos dentro do direito de familia, sendo de casamento, união estável e até mesmo parentesco, também no caso do depositário infiel que virou sumula vinculante (25 do STF).
Diante disto, se o executado não possui bens suficientes exeqüíveis frusta a execução e suspende o processo.
PRINCIPIO DO RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (GARANTIA JURIDICA DO PATRIMONIO MINIMO)
Esse princípio é aceito por doutrinas e jurisprudências e vem para preservar a dignidade humana do executado.
Não pode a execução levar a ruína, a fome e o desabrigo do devedor e de sua familia, isso infringe o principio Constitucional, por isso, institui o código a impenhorabilidade de certos bens que não atinja o que o mesmo necessita para sobreviver.
Portando, o citado principio vem proteger o executado para que a divida não atinja sua dignidade e seu meio de sobrevivência.
PRINCIPIO DA LIVRE DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO
Reconhece ao credor a livre disponibilidade, desobrigando da execução do titulo, seja ele judicial ou extrajudicial.
Neste caso, a execução civil pode ser prestada de duas formas, a primeira mediante processo autônomo e a segunda por atos executivos de cumprimento da norma jurídica subseqüente ao processo de conhecimento, e em ambas o credor tem a livre disponibilidade de exercê-la. Ficará a critério do credor desistir do processo ou de alguma medida, como a penhora de determinado bem. A desistência e a renúncia são a mesma coisa, enquanto a primeira não impede a renovação da execução forçada sobre o mesmo titulo, a segunda faz extinguir o direito que se funda a ação. Se o autor for executado o devedor poderá seguir com o feito, mesmo com a desistência do credor, propondo embargos.
Não necessita de autorização da outra parte no caso de existência e, portanto, ninguém é obrigado a propor tal ação.
PRINCIPIO DO EXATO ADIMPLEMENTO (NULA EXECUTIO SINE TITULO)
O credor deverá obter o mesmo resultado que teria se o devedor tivesse cumprido a obrigação voluntariamente. A obrigação deve ser especifica, atribuindo ao credor exatamente aquilo a que faz jus, sendo obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa, respectivamente.
Só poderá essa em duas situações ser substituída essa obrigação especifica por reparação de danos: quando o credor preferir ou quando essa obrigação especifica for impossível. Esse princípio se limita áquilo que seja suficiente para o cumprimento da obrigação.
PRINCIPIO DA TIPICIDADE DOS TITULOS
A tipicidade significa que todos os atos executivos estão prévia e pormenorizadamente descritos na lei, daí a necessidade de escolha dos atos adequados conforme previsão normativa.
 Caberá ao legislador conferir o caráter do titulo executivo dos fatos e documentos, as partes não podem convencionar a esse respeito para não forçar uma execução, pela gravidade dos atos executivos existe pouco espaço para o contraditório.
PRINCIPIO DA UTILIDADE OU QUE MENCIONA QUE A EXECUÇÃO SE REALIZA NO INTERESSE DO CREDOR
A execução é justificada quando traz alguma vantagem ao credor, mesmo que forçada, pois assim trará a satisfação total ou parcial do crédito satisfazendo a divida trazendo assim benefícios ao credor. Por essas razões, que se diz que a execução é para o proveito do credor.
Se os bens do devedor forem suficientes para encerrar a divida ou parte dela trazendo assim vantagem econômica ao credor poderá ter prosseguimento, se não o fizer e somente trazer prejuízos ao devedor por qualquer motivo que seja não poderá ocorrer.
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE E DA MENOR ONEROSIDADE
Esta previsto em lei, quando assim o devedor tiver vários meios de cobrar a divida que se faça pelo modo menos gravoso ao devedor. Ele não permitirá que o devedor escolha os bens pela qual ocorrerá a penhora, tão pouco que se exima a obrigação. A escolha dos bens será feita pelo credor, e o devedor só poderá fazer substituição por dinheiro. Ainda que o devedor não possa fazer essa escolha e o credor sim, não poderá o credor o fazer para causar incômodos, humilhações e ofensas e tão pouco para prejudicar o outro.
A finalidade deste é satisfazer a obrigação e não prejudicar nenhuma das partes.
PRINCIPIO DO CONTRADITORIO
O contraditório é um principio do processo em geral ele tem de estar presente na natureza da execução também. O executado deve ser citado e intimado de todos os atos do processo, tendo a oportunidade de manisfestar-se, por meio de seu advogado.
O art. 5º, LV, da CF assegura o contraditório a todos os procedimentos jurisdicionais e administrativos. Como a execução civil tem natureza jurisdicional, ele há de ser observado.
PRINCIPIO DA EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO
A efetividade do processo reconhece o direito e o torna satisfeito, portanto, não basta à mera existência da tutela, ela deve ser efetiva. Exigi-se que a execução seja capaz de proporcionar a satisfação do débito.
Sendo assim, o processo executivo vem para satisfazer essa obrigação inadimplida, para o cumprimento com essa finalidade, o processo de execução busca alguns mecanismos que garante a viabilidade do processo, para que ao final satisfaça a obrigação.
PRINCIPIO DA LEALDADE E BOA FÉ PROCESSUAL
Os sujeitos do processo devem agir com boa-fé, atuando com ética e moral, comportando-se de acordo, com a confiança e lealdade processual a idéia de não fraudar ou abusar de direitos conferidos pela lei.
No que tange à execução, merecem destaque os arts. 593, 600 e 601. Agindo com má-fé pode até tipificar como crime.

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